Foto: O Dia
O sumiço de uma carga de haxixe no valor de R$ 30 mil foi o motivo da morte da modelo Luana Rodrigues, de 20 anos e de uma amiga dela na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. As duas jovens eram dadas como desaparecidas desde o dia 9 de maio. As informações são do delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore.
Segundo Ettore, a carga pertencia a um traficante de drogas do Morro de São Carlos, no Estácio, na Zona Norte do Rio. O local, antes de ser pacificado, era controlado pela mesma facção criminosa que comanda o tráfico na Rocinha, na Zona Sul.
Cerca de 130 de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios (DH), com ajuda de cães farejadores, encontraram três ossos durante a operação na comunidade nesta quarta-feira (29).
Ainda de acordo com a polícia, os traficantes não ficaram satisfeitos com a versão da modelo para o sumiço da droga. Ela teria dito não saber como a droga sumiu da casa dela, na favela. Cinco criminosos, incluindo Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, esquartejaram as duas jovens e em seguida queimaram os corpos.
O delegado informou ainda que a polícia já pediu o mandado de prisão temporária para os cinco traficantes que participaram da execução das jovens. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa, além de ocultação de cadáver.
Ettore afirmou ainda que as investigações apontaram que a modelo trabalhava com frequência para o tráfico como "mula", pessoa que faz o transporte da droga. Segundo a polícia, a amiga da modelo que também foi assassinada, já tinha passagem pela polícia por tráfico de droga.
A modelo teria tido um relacionamento amoroso com um dos traficantes que participaram da execução dela. (Globo.com)
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