Presssionado pela base aliada, o governo recuou e decidiu prorrogar por três meses o prazo para pagamento de emendas ao Orçamento feitas em 2009, os chamados "restos a pagar". A decisão deve ser publicada amanhã em uma edição extraordinária do "Diário Oficial da União".
O prazo original do decreto venceria nesta quinta-feira (30).
Nos últimos dias, o Planalto sinalizava que não atenderia ao pedido dos aliados, que reivindicavam a extensão do decreto até o final do ano.
Nesta quarta-feira, após chegar de viagem oficial ao Paraguai, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com a ministra Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais) para fechar a questão. Ideli passou o dia em negociações com os líderes na Câmara.
A definição ocorreu depois que a base se rebelou, paralisou as votações na Câmara e aprovou convite para o ministro Guido Mantega (Fazenda) explicar a decisão do governo de não prorrogar o decreto.
O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), disse que mesmo após a prorrogação acha importante a presença do ministrro na Câmara para discutir o tema. "Acho importante a ida para esclarecermos algumas coisas." E completou: "As coisas parecem voltar ao normal."
Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), a presidente ficou "sensibilizada" com a situação dos pequenos municípios. Ele disse que a condição imposta pelo Planalto foi de que não haverá pedido de nova prorrogação.
"A única condição foi que não podemos mais pedir uma nova prorrogação. A presidente ficou sensibilizada com a nossa situação, com a situação dos prefeitos." (Folha online)
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