domingo, 12 de novembro de 2017

Reforma trabalhista entra em vigor. Preparam-se para várias batalhas.

Sancionada há quatro meses, a reforma trabalhista já vinha acirrando ânimos – e só agora começa a valer. Assalariados, empresários, juízes e procuradores preparam-se para uma briga feia.
Na tarde da terça-feira passada (7), começaram a se acumular mensagens no celular do procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, em Brasília. Eram recados de procuradores de diversas partes do país, enfurecidos com uma orientação da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) às empresas associadas. A entidade recomendou a elas que prestem queixa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra juízes que se negarem a aplicar a nova lei trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer em 13 de julho e que passa a valer a partir deste sábado (11). Fleury ficou impaciente e se irritou ainda mais quando percebeu que outras dezenas de grupos da categoria, no Facebook e no WhatsApp, tratavam do mesmo assunto.

A fúria virtual dos procuradores não parece afetar o ambiente ordeiro no Banco Itaú, no bairro do Jabaquara, em São Paulo. Ali, 40 pessoas vêm se reunindo diariamente numa sala de treinamento, colorida, sem mesas e com lousas na parede, para que as ideias fluam de forma direta e sejam registradas na hora. São profissionais dos departamentos Jurídico, de Recursos Humanos e Financeiro. O grupo foi formado em junho, antes da sanção da reforma trabalhista, mas nos últimos três meses se dedicou só a esse tema. Os encontros se estendem frequentemente das 9 às 18 horas. “No começo houve muita dúvida, informações divergentes e desencontradas”, conta Leila Melo, diretora executiva da área jurídica. “Hoje (os funcionários) estão tranquilos. Ninguém foi pego de surpresa.” O Itaú é o maior banco privado e o sétimo maior empregador do país, com mais de 78 mil funcionários, segundo dados de 2016 do Ministério do Trabalho. Entre as possibilidades abertas pela reforma, o banco estuda implementar o parcelamento de férias em três vezes, a compensação do banco de horas (já aplicada em alguns casos) e negociações individuais para quem ganha acima de R$ 11 mil, duas vezes o teto da aposentadoria pelo INSS. Devem ficar para um segundo momento outras mudanças, mais complexas, como o trabalho intermitente, sem jornada fixa, para dias de pico de movimento em agências, e o home office, sobretudo na área administrativa. Leila aposta que novas modalidades de trabalho se refletirão em mais contratações no futuro. E também vê com bons olhos o cerne da proposta, de privilegiar a negociação entre empregados e empregadores: a primazia do negociado sobre o legislado. Essa mesma premissa, no entanto, provoca revolta entre outros atores envolvidos no debate.
* Trechos da reportagem de capa da Revista ÉPOCA desta semana

Tipologia da esquerda contemporânea.

Acima, na foto, grupo tipo "babacas úteis" do oba,oba da esquerda conteporânea

Há muito me ocupo do que seria uma tipologia da esquerda contemporânea. Calma! Um dia chegarei à tipologia da direita, aguardo apenas um pouco porque essa, pelo menos entre nós brasileiros, apenas começa a se acomodar em clichês suficientes para formar uma tipologia minimamente científica. A esquerda, velha como é, já tem seus clichês comportamentais.
Primeiro, a clássica, que deixaria a esquerda pós-moderninha, criada nos campi das universidades, em pânico. Essa esquerda confessa suas taras: que morram todos os reacionários. Corrupção é uma ferramenta válida, desde que usada para o partido e a revolução. Multiculturalismo, e sua mania de parques temáticos étnicos, é coisa de gente riquinha besta, com medo de sangue. Essa é a esquerda que, de fato, teme dizer seu nome.
Quase extinta porque sonhou em destruir o capitalismo. E ninguém tem nada para botar no lugar do capitalismo sem pôr em risco seu próprio capital.
Existe também a esquerda sindicalista. Essa, se retirada a metafísica social de redenção do "mundo do trabalho", é quase sempre formada de gente que adora a contribuição sindical obrigatória, nunca "trabalhou de fato", e enche as ruas com infelizes que ganham um lanche para fazer número. É bastante agressiva quando colocam em risco a sua renda paga pelos cofres públicos.
A esquerda dos "sem" e das vítimas está sempre cobrando algo da chamada "sociedade" -esse conceito vago, mas de grande utilidade retórica. Essa esquerda se alimenta do velho ressentimento humano, produzido em larga escala pelo capitalismo e seu método de produção de riqueza pela competição selvagem.
Há também a esquerda descendente dos hippies. Gente que quer mudar o mundo com a horta da varanda de sua casa e ainda acha o uso de drogas algo "questionador do sistema". Tem pouco dinheiro e se dedica a "arte e política".
Claro, a esquerda dos campi universitários é essencial. Composta de gente da classe média ou média alta, professores e alunos (os funcionários são, na sua maioria, ligados à esquerda sindical porque são mais pobres e nunca vão a congressos que discutem a desigualdade social), se constitui naquela que impacta a cultura e a opinião pública.
Gosta de tramar contra a desigualdade social comendo queijo e tomando vinho, quando não organizando festivais literários, de cinema ou teatro. Quando "prega", quase ninguém entende porque mistura jargão psicanalítico com um marxismo banhado numa jacuzzi cheia de óleos naturais para a pele e geleia "sugarless".
Não esqueçamos da esquerda de Hollywood e seus prêmios pautados por "race, class and gender", faturando milhões com super-heróis Marvel. Essa adora chorar em público.
A esquerda "sexual" é obcecada por suas idiossincrasias individuais que tentam transformar em pautas pedagógicas para crianças recém saídas do berço. Ligadas a essa, está toda a gama de pautas de gênero genéricas.
Há a esquerda dos "recursos humanos" e das palestras corporativas sobre capitalismo consciente. A mais aguada de todas, quase um marketing vagabundo. Usa expressões como "gestão do futuro" e "humanismo empresarial". Não gaste dinheiro com ela.
Também existe a esquerda da moçada que mora perto de onde trabalha e, por isso, confunde seu bairro com uma Amsterdã universal. Pode chegar suada no trabalho porque é dona do próprio negócio. São os "hackers urbanos", tem vocação para experimentalismo urbano e sonha com o Haddad como presidente dos EUA.
A multiculturalista só sobrevive quando tem muito investimento para deixar todas as culturas ali expostas num estado que agrade todo mundo que as visita.

Claro que não podemos esquecer da esquerda artística em geral, que delira com o politicamente correto e tem de si uma tal imagem de santidade política que deixaria Jesus envergonhado.

Luiz Felipe Pondé

sábado, 11 de novembro de 2017

Com a palavra Dostoièvski:

"Não. Levará a outro tipo de corrupção: aquela já descrita, ainda de forma "fascista", na obra "1984" de George Orwell. Não há tirano maior do que o controle de todos por todos. A soberania absoluta do "povo" sobre as pessoas é pior do que a tirania de Lênin ou Stálin. O maior fascismo é a democracia de todos contra o indivíduo. Não há onde se esconder."

*Fiodor Dostoiévski (1821-1881), o maior profeta desse tipo de horror moderno (entre outros profetizados por ele), viu o sonho da "democracia das redes sociais plena" em 1851 no Hyde Park em Londres: o Palácio de Cristal, a casa do futuro.

Porque hoje é Sábado, uma linda mulher.

A minha bela amiga Mari Oliveira

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Um Congresso e Governo avesso às prioridades e necessidades públicas.

O que mais falar?
Vê se eles se preocupam para melhorar a qualidade da educação, do saneamento básico, da saúde, da segurança pública, do transportes urbanos, da aposentadoria do “RPGS URBANO” e outros mais, que nunca entram em pauta, mas querem priorizar isso?
E ainda dizem que sabemos votar, mas onde? Estamos dia a dia indo de muito mal, para muito pior.
Que Deus tenha piedade de nós brasileiros

Desmoralizado, Aécio tenta destruir o PSDB.

AÉCIO DESMORALIZADO, SEM CREDIBILIDADE E MORTO PARA A POLÍTICA,RESOLVE IMPLODIR O SEU PRÓPRIO PARTIDO DESTITUINDO TASSO DA PRESIDÊNCIA INTERINA DO PSDB.

Até onde um partido pode ir em termos de autodesmoralização pública? A julgar pelo PSDB, não há limite.
Afastado do comando da sigla em virtude das graves acusações que pesam contra ele, denunciado pelo Ministério Público Federal e mantido no exercício do mandato por seus pares após uma queda de braço com o STF, Aécio Neves se recusou a renunciar definitivamente à presidência do PSDB.
Alegou que já estava afastado e a convenção que escolheria o sucessor definitivo estava próxima e não havia por que antecipar a saída. Agora, vê-se, não era bem assim: Aécio manteve o posto para influir nos rumos do partido. E o faz, reassumindo o cargo para destituir Tasso Jereissati do comando.
Ao deixar a licença para usar sua mão pesada sobre a sigla, Aécio atende a apelos dos ministros de Michel Temer, que vinham se sentindo pressionados depois que artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pregou o imediato desembarque do governo Michel Temer, posição partilhada por Tasso.
Ao buscarem o denunciado Aécio para ser seu procurador, os ministros tucanos automaticamente se alinham a ele no partido. E mostram ser seus comandados e integrantes de sua cota no governo.
A justificativa formal para Aécio ter reassumido brevemente para destituir Tasso e designar Alberto Goldman, também vice, para seu lugar é que, como candidato à presidência do PSDB em dezembro, Tasso influiria no pleito. Como se ele próprio, Aécio, não tivesse comandado o partido em sua própria reeleição e, depois, na decisão da Executiva que prorrogou seu mandato por mais uma vez.
A destituição de Tasso não é a primeira demonstração do fato de que Aécio nunca desencarnou totalmente do comando do PSDB. A recente discussão, que quase descambou para briga física, por conta da contratação de uma pesquisa, já mostrava que o mineiro insistirá o quanto puder em ditar os rumos do partido — de preferência de forma a que eles sejam os convenientes à sua própria sobrevivência política.
Com a intervenção de Aécio o PSDB atrela ainda mais seu destino ao do mineiro. E vai à convenção de dezembro ainda mais cindido e desgastado publicamente.
As pesquisas mostram que o envolvimento de Aécio na Lava Jato, a presença do partido no governo e as acusações que pesam contra vários de seus caciques fazem do PSDB, hoje, um partido mais desgastado que o PT. Isso porque ele perde o aval que tinha e não conserva algo que o PT detém e ele não: o fanatismo resiliente de uma massa de adoradores.
Sem se preocupar em apresentar uma agenda ao país, envolto em sua eterna indecisão hamletiana sobre ser ou não ser governo e usado como bunker por um presidente mais preocupado em manter o foro privilegiado que com a reputação da sigla que comanda, o PSDB pode deixar de ser, em 2018, uma alternativa de poder. Mesmo tendo, hoje, os dois nomes mais aceitos pelo “establishment” para a sucessão de Temer.
E toda essa pororoca de infortúnios, diferentemente das do PT e do PMDB, foi autoimposta. Os tucanos agem como adoradores de Jim Jones. ( Via Estadão )

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Guido Mantega é indiciado na Operação Zelotes

Segundo o site O Antagonista, a força-tarefa da Operação Zelotes denunciou hoje Guido Mantega, o empresário Victor Sandri –amigo e, segundo Joesley Batista, operador de Mantega– e outras 12 pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
O ministro da Fazenda dos governos petistas é acusado de ter agido para livrar a empresa de Sandri  de uma multa de mais de R$ 110 milhões. Para a força-tarefa, a influência da organização criminosa sobre Mantega era “inquestionável”.

O Antagonista já publicou uma série de posts sobre as relações entre Mantega e Sandri. Clique aqui para ler um deles, de 2015. E este outro, do final de 2016.

Um tiro na "Lava Jato".

Amigos e "associados" de Lula/Dilma assumem as indicações que destruirão a lava jato

Sarney continua mandando: emplacou Torquato Jardim (ex advogado de Roseana Sarney) no Ministério da Justiça e Fernando Segóvia (ex superintendente da PF no Maranhão) na Direção da Polícia Federal. Estão tentando estancar a sangria da Lava Jato, conforme prometeram.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O socialismo fez seus monstros.

O socialismo produziu monstros como Stalin e Mao Tsé-tung, e cometeu crimes até então sem precedentes contra a humanidade, em todos os estados comunistas. A destruição da Rússia e do Camboja, bem como a humilhação sofrida pela população da China e do Leste Europeu, não foram causadas por “distorções do socialismo”, como os defensores dessa doutrina gostam de argumentar. Elas são, isto sim, a consequência inevitável da destruição do mercado, que começou com a tentativa de se substituir as decisões económicas de indivíduos livres pela “sabedoria dos planeadores”.

O fracasso do socialismo não depende da cultura, da época ou da localização das vítimas. Vai da Alemanha à Venezuela; de Cuba ao Camboja; da Coreia à Nicarágua. O socialismo já é falho em seu núcleo: a propriedade “coletiva” dos meios de produção. Sendo assim, não há como criar uma versão funcional e produtiva do socialismo em lugar nenhum do mundo.


Na prática, os problemas teóricos do socialismo geram convulsões sociais e protestos, os quais são combatidos com rigor pelas forças policiais do estado, resultando em uma carnificina maior que a de todas as guerras oficiais já travadas no mundo. Quando o povo se torna faminto e infeliz, é impossível o estado sobreviver caso esse povo saiba que há pessoas em outros lugares do usufruindo uma vida muito melhor. Por isso, os estados comunistas recorrem à propaganda, à desinformação e à censura para fazer com que uma já cativa população fique ainda mais confusa e submissa.
* Via Resistência Democrática

Segundo Meirelles o Governo não vai recuar com a reforma da Previdência


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira que o governo não vai recuar na reforma da Previdência e acredita que há a possibilidade de aprovação do texto ainda neste ano. Ele avalia que a declaração do presidente Michel Temer na segunda-feira foi um reconhecimento da dificuldade da reforma, que é tema controverso não apenas no Brasil, mas no resto do mundo. 


Temer admitiu na segunda, pela primeira vez, a possibilidade de uma derrota do governo ao tentar aprovar a proposta. “Se não quiserem aprová-la, paciência, mas eu continuarei a lutar por ela”, disse o presidente da República, ao falar da Previdência. 

“O presidente reconheceu as dificuldades para as lideranças partidárias, que estavam expressando suas preocupações”, afirmou Meirelles a jornalistas nesta terça na capital paulista, após evento. “Não há país em que a reforma da Previdência tenha sido aprovada sem controvérsias, sem dificuldade”, disse ele. “Temer reconheceu uma realidade. A ideia é ir para a discussão e para a votação”, acrescentou. 

Meirelles disse que é preciso que se reconheçam as dificuldades para que se possa enfrentá-las. O ideal, segundo ele, é aprovar o texto ainda neste ano, mas, se não for possível, o governo vai tentar no ano que vem. 

O ministro avaliou que o número de dias úteis de 2017 é limitado, mas vê chances de aprovação. “Idealmente deve ser votada este ano e vários líderes estão dispostos a trabalhar nessa direção”, afirmou. “Mesmo os partidos que são contra, é bom que torçam para que a reforma seja aprovada para não terem que enfrentar esse problema caso ganhem as eleições”, disse Meirelles. 

O ministro afirmou que o governo tem dito aos parlamentares que a reforma da Previdência não é uma questão de escolha, mas uma questão fiscal. “Ela terá que ser feita em algum momento”, declarou, acrescentando que, se não for aprovada neste governo, será o primeiro desafio do próximo presidente.

*Veja.com