sábado, 12 de fevereiro de 2011

Analfabeto de bom gosto

Não sei, mas o Tiririca pode até ser analfabeto. Pode até não ser o deputado ( e não é ) que o país merecia que fosse eleito, mas o danado tem bom gosto.
Com todo respeito, sua esposa, Nana Magalhães, de vestido colante e decotado, chamou mais atenção do que o próprio, na Câmara, durante a posse dos parlamentares eleitos em outubro.
O povo de São Paulo pode até não está de parabéns pela escolha do parlamentar, mas o novel parlamentar está!!!

Voce votou no PT? Dilma agradece




gilgosi1946, por e-mail, via resistência democrática

Divida externa ou dívida eterna?

Clique para ampliar
Uma das grandes mentiras da campanha eleitoral e do petismo é que o apedeuta pagou a dívida externa. Dilma usou e abusou da boa fé dos brasileiros, espalhando a inverdade [Video http://bit.ly/fdv2kt]. 
Hoje, no Portal da transparência , as duas primeiras despesas pagas em fevereiro de 2011, totalizando mais de R$ 43 milhões, são para uma tal de dívida externa. Foram autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Será que tem alguém desviando dinheiro para pagar conta que não existe? Clique na imagem para ampliar e comprovar.

Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A atriz Cris Viana, rainha de bateria da Grande Rio em 2011

Governo copia ideias do PSDB, mas executa mal

As recentes decisões anunciadas tanto pela presidente Dilma Rousseff, em sua primeira aparição em cadeia de rádio e TV, como por sua equipe ao longo da semana, mais parecem uma lista de consolidação das ameaças divulgadas durante a campanha eleitoral como primeiras medidas de um possível governo José Serra. Ao longo da disputa presidencial de 2010, o marketing petista anunciava que Serra, caso se tornasse presidente, estaria disposto a mudar o rumo do governo Lula, promovendo cortes na proposta orçamentária e encolhendo a máquina de investimentos e contratações. Quatro meses após encerradas as discussões da época eleitoral, o script protagonizado pelo governo do PT é integrado justamente por ações cujo planejamento e execução eram atribuídos à oposição. Pra piorar, ainda copiam descaradamente as idéias do PSDB, como no caso do mais novo programa do governo: o Pronatec, que vem a ser o ProUni do ensino técnico. Quem não se lembra do candidato José Serra apresentando na campanha a sua proposta de criar o Protec, justamente a extensão do ProUni para o ensino técnico? Além de copiarem, sequer possuem a elegância de dar o crédito da ideia ao seu verdadeiro criador.
Como disse Serra em seu twitter, “na campanha, execram, mas no governo copiam”.
O problema é que, em geral, copiam e executam muito mal.
* http://www.blogalvarodias.com/2011/02/governo-copia-ideias-do-psdb-mas-executa-mal/

A brincadeira é esta: Dilma cuida do pão, e Lula, do circo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou com tudo ontem. Como a gente viu, ele não agüentou os tais três meses na muda, que havia prometido. Imaginem! Ele está doido pra falar. E vocês podem anotar aí: Dilma seguirá com o seu administrativismo sem imaginação, que a tantos encanta. Descobriu que a imprensa gosta dessa fantasia de que ela seria, em muitos aspectos, o avesso dele.
A economia atravessa uma quadra difícil. Quanto mais longe do noticiário ela ficar, melhor. Saberemos da soberana por intermédio de seus súditos e estafetas — e da imprensa cortesã. Ocorre que o petismo precisa ir para a galera; é vital uma certa mobilização permanente da massa “contra eles” — “eles” são todos os não-petistas.
E essa tarefa ficará com o Apedeuta. Ontem, ele já lançou o grito de guerra para 2012 — leia-se, antes de tudo, São Paulo! — e já se ofereceu para ser o animador de auditório da reforma política. E ele anda cheio de idéias ruins na cachola, como se hábito; entre elas, o voto em lista e o financiamento público de campanha.
A narrativa será assim: a rainha fica no palácio cuidando do pão, cultivando a imagem de austeridade, e Lula cuidará da performance circense. São figuras distintas, sim. Só que complementares.
*Texto por Reinaldo Azevedo

Corruptos day

A festa do novo PT, que rouba e não faz, não poderia ser mais simbólica. Teve ministro dizendo que o partido não vai fazer loucura e que o salário mínimo será mesmo reajustado abaixo da inflação real. Teve bandido mensaleiro dizendo que não quer prescrição da pena, desafiando o STF a absolvê-lo, dando uma espécie de ordem para a suprema corte. Mas o ponto alto foi o discurso do ex-presidente velhaco, que deixou o Brasil afundado em dívidas, renovando o decreto que determina que a nova presidente é ele e que falem bem, falem mal, o nome dela é Lulilma ou Dilmula, como queiram. E para que não restassem dúvidas, ordenou que a governanta chegasse apenas  para apagar as velas, sem direito a discurso.
*Texto por Gracialavida, por e-mail, via resistência democrática

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A tesoura no país das maravilhas

Dilma, afirmando buscar o corte de gastos, torna ainda mais visível a "herança maldita" deixada por Lula nas contas públicas.
Quando o Brasil foi descoberto, reinava em Portugal D. Manuel I, sob cujo cetro o país viveu período de grande glória e esplendor. Foi descoberto o Caminho das Índias e, mais importante ainda, o caminho das Molucas, pequeno arquipélago a leste da Indonésia, de onde vinham para o entreposto de Constantinopla as especiarias que genoveses e venezianos revendiam a peso de ouro no mercado europeu. Portugal enriqueceu e impressionantes obras públicas adornaram a paisagem de Lisboa, com um estilo que levou seu nome. Por essas e outras empreitadas, D. Manuel credenciou-se ao sonoro título de Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia. Entrou para a história como "O Venturoso".
Seriam necessários cinco séculos de governantes inúteis, explorações e frustrações para que o Brasil gerasse seu próprio Venturoso, graças à feliz combinação astral que nos regalou Lula como presidente. Você, leitor, pode discordar, bater pé, abanar a cabeça, mas Lula sabe que é assim. E é o que basta. Custou-lhe muito alcançar essa condição.
Não pense ser fácil, leitor, governar um país do tamanho do Brasil durante dois mandatos, trazer para o regaço do governo os maiores pilantras da política nacional, entregar o posto, passados oito anos, com a Educação entre as piores do planeta, o SUS num caos e a segurança do jeito que todos sabemos. E, ainda assim, contar com 87% de aprovação. Tem que ser muito venturoso! À sua sucessora, num mandato recebido de bandeja, restaram as desventuras e os ônus políticos de dar jeito na crise que o Venturoso empurrou para diante com a pança e o papo. Com gastança e lambança ao longo dos últimos anos de sua gestão.
Não havia no país mesa de economista na qual as luzes amarelas das contas nacionais e da inflação não estivessem acesas, intranquilizando as madrugadas. Mas o processo sucessório não permitia condescendências. Para o realismo cínico, as eleições vêm em primeiro lugar. O interesse nacional chega mais tarde, bem depois de coisas essenciais como o partido, o poder, os fundos de pensão, o marketing e os cargos.
O noticiário da semana mostra que a presidente Dilma, bem antes do que esperava, topou com as agruras da vida. Cortar R$ 50 bilhões do orçamento não contribui para a popularidade de quem quer que seja. O brasileiro é tolerante até com a corrupção, mas não admite austeridade. Metam a mão, mas não me cortem os gastos públicos! E dona Dilma tomou essa decisão que não apenas retira R$ 50 bi da gastança. Não senhor! Tira-os também da lambança. Tira-os das emendas parlamentares, o que equivale a rarear a moeda de troca com cujo tilintar se rege a orquestra da base de apoio.
Não nos surpreendamos se, em breve, os telefonemas da Casa Civil para seus deputados e senadores começarem a retornar com sinal de fora de área. E enquanto isso, D. Lula, Patriarca do Brasil e Protetor do Irã, Defensor Perpétuo da Democracia d'Além-Venezuela e d'Aquém-Cuba, e senhor do Comércio com Gabão, Congo, Burkina Faso e Tuvalu, diz que estão querendo desconstruir sua sacrossanta imagem.
*Texto por Percival Puccinga

Além da imaginação

Eu confesso: sou um sarney-dependente, preciso de pelo menos uma dose dele por dia para me divertir, ou me enfurecer. Virou um vício. Há 40 anos acompanho fascinado a sua história com olhos de ficcionista.
Porque só numa ficção de alta qualidade poderia existir um personagem verossímil com as características e a trajetória de Sarney, um pobre poeta maranhense que construiu um império sem nunca ter exercido outra atividade que não a politica e os cargos oficiais.
A vida pública de Sarney é um livro aberto, mas os estudiosos continuam debatendo o enigma do seu sucesso.
Uma das teses mais polêmicas é que ele empregaria, com verbas publicas, uma grande rede de pais-de-santo do Maranhão para baterem seus tambores dia e noite por ele, enquanto se garante comungando na capela do Curupu.
Só o sobrenatural poderia explicar alguém com tão pouco ter ido tão longe. Os mais céticos acham que ele é um homem de fé e sorte.
Dizem que Sarney, como pessoa física, é até cordial e agradável, um amigo antigo de amigos por quem tenho imenso apreço e respeito, como Ferreira Gullar e Marcos Vilaça. Claro, deve ter lá suas qualidades, mas também seus poderes mágicos, para conseguir sobreviver e crescer tendo feito tudo que fez. Com quem fez. E o que não fez. E não deixou fazer. Pelo que disse, do jeito que disse. Pelo que fala, e como escreve. Além de estilo, Sarney tem sorte. O seu Maranhão, não: há 40 anos mantém o pior IDH do Brasil.
Mas ele diz que o Senado é transparente e tem o orçamento enxuto, e que fará o sacrifício de presidi-lo mais uma vez. Todos aplaudem. Até ele acredita.
O meu Sarney é tão grande que se tornou um símbolo. Como uma síntese dos piores vícios e atrasos da política brasileira, ele se agiganta, sobranceiro (êpa ! peguei o estilo), como um grandioso personagem épico, que é como ele mesmo se vê. Mas como o seu talento ficcional é menor que o político, o personagem que ele imagina para si mesmo em seus discursos e entrevistas sempre parece tosco, inverossímil e cômico. Como o real.
Nem Jorge Amado, Dias Gomes e João Ubaldo, juntos, conseguiriam criar um Sarney.
*Texto por Nelson Mota

Para petistas o crime compensa?

O Partido dos Traidores no concgresso realizado em comemoração aos 31 anos de sua fundação, adotou uma decisão importantíssima para tentar mostrar que o crime compensa.
Decidiu não mais esperar pela decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o MENSALÃO do PT e promover uma campanha para trazer ao primeiro plano o JOSÉ DIRCEU, o chefe da organização criminosa que promovia o MENSALÃO do PT.
Sendo essa a decisão mais importante tomado na plenária daquele partido o resto de porcarias lá decididas não merece sequer comentário.
JÁ o LULA, vomitou essa pérola:
"Nos primeiros dias de ex-presidente você fica igual a um cão que cai do caminhão de mudança. Fica querendo saber que lado você está e para onde você vai.”
Lula, aproveitamos para perguntar:
Quando é que você vai devolver tudo que pertence ao Brasil e você levou na tua mudança?

Comunismo: Miséria e ignorância

Um terço dos russos acha que o Sol gira em torno da Terra
Da France press:
O Sol gira em torno da Terra? Aparentemente, um terço da população russa acredita que sim, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira.
Ao todo, 32% dos russos rejeitam a ideia de um sistema de planetas que revolve em torno do Sol, 4% a mais que em 2007, quando um estudo semelhante foi feito pelo Centro Russo de Opinião Pública e Pesquisa.
A sondagem dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do Universo.
A pesquisa revela ainda que 55% dos russos acreditam que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros.
Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.
O comunismo além de ter trazido desemprego, fome, aborto, miséria generalizada entre outras coisas, trouxe desinformação a uma geração de russos que remonta à idade média.
A pesquisa ocorreu em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia e tem margem de erro de 3,4%.

Ditadura gay

É o fim do mundo?
Os meninos estão sendo estuprados por adultos gays, e o governo quer ensinar as crianças nas escolas a admirarem o homossexualismo. A vítima tem que admirar quem lhe ataca.
Semana passada, foi um velho empresário gay de 62 anos preso por pagar R$ 20 reais para fazer sexo com um menino de 11 anos no Largo do Arouche em São Paulo.
Agora, um professor gay no Mato Grosso do Sul estupra um aluno de 12 anos !
A imprensa poderia dar 1% da cobertura que deram ao caso do cara atacado na Paulista às 4horas da manhã, saindo de uma boate, para estes casos, mas nada. O rapaz, um doutorando da USP (de onde mais?) cobrava que as escolas ensinassem as crianças sobre o homossexualismo.
As crianças que se danem?
Deveríamos fazer campanhas anti-pedofilia nas boates gay. Por que só campanhas anti-homofobia?
Porque o lobby gay é fortíssimo. Vejam bem, o líder do movimento gay Luiz Mott é um lutador pela causa da pedofilia. Em suas palestras, passa a mão no traseiro de uma estátua de um bebê. Em qualquer lugar, estaria preso, aqui no Brasil, participa da agência do governo que vai distribuir DVDs nas escolas ensinando as crianças a serem homossexuais.
Dona Marta Suplicy, enquanto isso, desengaveta a lei PCL122 no Senado, que vai censurar o pensamento e a opinião das pessoas. Você nem vai poder se opor ao lobby da pedofilia, sob oo risco de ser preso.
Não tenho nada contra nenhum gay, e sou contra qualquer discriminação.
Mas esse lobby não luta pelo direito dos gays, é um jogo político de poder, com o objetivo de destruir a liberdade de pensamento e destruir o direito dos pais ensinarem moralidade aos filhos. Isso é inadmissível em uma democracia e inconstitucional.
Bem vindo à ditadura gay.
*gracialavida, por e-mail, via resistencia democrática

Perigo islâmico à vista...

Assassinados por compatriotas fanáticos, Anwar El-Sadat e Yitzhak Rabin pagaram o mais alto preço pela paz, mas o prazo de validade do produto que adquiriram está se esgotando rapidamente. A queda de Hosni Mubarak retira do cenário um dos poucos obstáculos que ainda retardavam a constituição da grande unidade estratégica islâmica destinada a instaurar o Califado Universal, e de passagem, varrer Israel do mapa. Alguns fatores, que as mentes iluminadas dos comentaristas internacionais de praxe não vislumbram nem de longe, contribuem para elevar à enésima potência a periculosidade do momento:

A Irmandade Muçulmana, matriz ideológica das forças revolucionárias no mundo islâmico, talvez não tenha dado o impulso inicial da rebelião egípcia, mas é com certeza a única organização política habilitada a tirar proveito do caos e dominar o país após a saída de Mubarak. O governo americano sabe perfeitamente disso e vê com bons olhos a ascensão da Irmandade, provando uma vez mais que Barack Hussein Obama trabalha de caso pensado em prol dos inimigos do Ocidente. As desconversas tranqüilizantes emitidas pelo Departamento de Estado nos últimos dias são tão contraditórias que equivalem a uma confissão de falsidade: primeiro juraram que a Irmandade estava à margem dos acontecimentos; depois, quando se tornou impossível continuar acreditando nisso, asseguraram que a organização tinha mudado, que tinha se tornado mansa e pacífica como um cordeirinho. Comentaristas hostis ao governo observaram que, ao voltar-se contra Mubarak, Obama copiava o exemplo de Jimmy Carter, que, também a pretexto de fomentar a democracia, ajudou a derrubar um governo aliado para fazer do Irã um dos mais temíveis inimigos dos EUA e uma ditadura mil vezes mais repressiva que a do velho Xá. A diferença, creio eu, é que Carter parece ter agido por estupidez genuína, ao passo que Obama, que teve sua carreira apadrinhada por um príncipe saudita pró-terrorista, e cujas ligações com a esquerda radical são as mais comprometedoras que se pode imaginar, segue com toda a evidência um plano racional concebido para debilitar a posição do seu país no quadro internacional ao mesmo tempo que vai demolindo sistematicamente a economia no plano interno.

A política agrícola do governo Obama parece ter sido calculada para fomentar a rebelião. O Egito, país desértico, depende essencialmente do trigo americano, cujo preço subiu 70 por cento nos últimos meses, enquanto o dólar baixava de valor, criando uma situação insustentável para os egípcios. Com meses de antecedência, analistas econômicos avisavam que a coisa ia explodir

Rebeliões similares vêm se esboçando em outros países islâmicos, como Tunísia, Jordânia e Iêmen, sempre dirigidas à mesma meta: eliminar os governos pró-ocidentais e ampliar a influência da Irmandade Muçulmana, aliada do Hamas e de outras organizações terroristas. O estado de pânico que se espalhou entre aqueles governos pode ser avaliado pelo fato de que nos últimos meses importaram mais trigo do que nunca, dificultando ainda mais a vida dos egípcios.

Mesmo unificado em torno do projeto do Califado Universal, o Islam não representaria grande perigo estratégico de curto prazo para o Ocidente, mas nada do que acontece no mundo islâmico está isolado da grande estratégia “eurasiana” que hoje orienta os governos da Rússia e da China. A idéia originou-se no “nacional-bolchevismo”, um sincretismo ideológico criado pelo escritor Edward Limonov e pelo filósofo Alexandre Duguin nos anos 80. Partindo de um esquema brutalmente estereotipado da civilização do Ocidente, extraído do livro de Sir Karl Popper, “A Sociedade Aberta e Seus Inimigos”, Limonov sonhava com uma aliança mundial entre todos os virtuais inimigos da mentalidade científico-relativista ocidental, isto é, todos os amantes de “verdades absolutas”. Como se tratava apenas de destruir o relativismo – e, por tabela, a civilização baseada nele –, pouco importava, para Limonov, que os vários absolutos convocados à luta se contradisessem uns aos outros: a fraternidade negativa podia incluir em si, sem maiores escrúpulos de coerência, comunistas e tradicionalistas católicos, nazistas, fascistas, islamitas, hinduístas, admiradores de René Guénon e Julius Evola, etc. Como se isso não fosse elástico o bastante, a santa unidade ainda recebia de braços abertos toda sorte de odiadores da América, mesmo que desprovidos de qualquer absoluto identificável: punks, “rebeldes sem causa”, militantes Black Power e assim por diante. Na onda de anti-americanismo que se espalhou pelo mundo após a dissolução da URSS, a oferta de apaziguar velhos antagonismos na base do ódio a um inimigo comum pareceu um alívio para muita gente, especialmente guénonianos e evolianos, que, hostis ao “mundo moderno” em geral, viram aí o remédio do seu angustiante senso de isolamento.

O “nacional-bolchevismo” era apenas uma ideologia, mas Alexandre Duguin (um cérebro bem mais consistente que o de Limonov), acabou por superá-lo e absorvê-lo numa formidável síntese estratégica, o “eurasismo”, que hoje orienta a política internacional de Vladimir Putin e cuja primeira vitória substantiva foi a constituição do Pacto de Solidariedade de Shangai (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/060130dc.htm), destinado a ampliar-se até abranger, se possível, todas as forças anti-americanas do universo (especialmente a Irmandade Muçulmana), não somente em torno de uma vaga proposta ideológica, mas de planos de ação político-militares muito bem definidos.
Tanto Limonov quanto Duguin são filhos de oficiais da KGB, e o segundo é hoje o maître à penser do homem que mais nitidamente encarna a KGB no poder.

Seduzidos pela promessa de destruir o “mundo moderno”, muitos tradicionalistas de periferia – católicos, ortodoxos ou muçulmanos –, acabarão provavelmente se tornando os melhores idiotas úteis que a KGB já teve à sua disposição. A nenhuma dessas inteligências brilhantes ocorreu notar que o liberalismo de Karl Popper é uma coisa e a nação americana é outra completamente diversa; que a destruição ou marginalização desta última não trará a extinção da execrável “modernidade” e o advento do Reino de Deus na Terra, mas sim o triunfo dos globalistas ocidentais (Bilderbergers e tutti quanti), para os quais a neutralização do poder nacional americano é a urgência das urgências, e cujas relações com o esquema russo-chinês são bem mais amigáveis do que toda a retórica “eurasiana” dá a entender (o próprio apoio do governo Obama à rebelião egípcia é mais uma prova disso).
A crise no Egito não é só uma vitória do radicalismo islâmico, mas, por trás dele, do projeto eurasiano.
*Texto por Olavo de Carvalho

Tentando construir uma imagem para Dilma

Existe o esforço da marquetagem para construir uma Dilma independente? Existe, sim! O próprio PT deu sinal verde para isso, mas quer evitar exageros. Nesta quinta, uma reportagem no Estadão sobre os 31 anos do PT deu o que pensar. O repórter João Domingos avisou:
“De acordo com informação de auxiliares da presidente, ela procura não fazer distinção entre um ministro petista e um de outro partido e procura se ater mais aos objetivos traçados para as pastas do que se inteirar das últimas ‘fofocas’ partidárias.”
Fica, assim, evidente que “auxiliares da presidente” são a fonte da reportagem, certo? Logo, o que se lerá é fruto da consideração e da construção de pessoas empenhadas em plasmar a imagem da Dilma estadista — ou “rainha”, como quer João Santana. O trecho acima já dá o que pensar: ela se ocupa com “objetivos traçados”; por contraste, Lula gostava das “fofocas partidárias”.
As diferenças, segundo os “auxiliares”, não seriam só essas. Leiam este outro trecho muito impressionante:
“Ao contrário de Lula, que fazia festa toda a vez que se encontrava com velhos militantes petistas, Dilma não age assim. Até porque não teve origem no PT, mas no PDT de Leonel Brizola. Lula gostava de falar de pescarias, futebol e do tempo de sindicato. Dilma prefere falar de artes, literatura e música. Gosta um pouco de futebol, mas não a ponto de gastar o tempo nas intermináveis e acaloradas discussões que o assunto costuma gerar.”
COMENTÁRIO: Como se vê, a candidata que, num famoso vídeo do YouTube, não consegue dizer o nome do livro que está lendo foi alçada à condição de intelectual, posição a que seu antecessor jamais aspirou. Muito pelo contrário: sempre fez questão de transformar a própria ignorância numa categoria de pensamento e numa sabedoria superiormente rústica. Antes do treino intenso, Dilma demonstrava um domínio da Inculta & Bela inferior ao do Apedeuta. Agora, parece rivalizar com Padre Vieira. (gracialavida)

Hosni Mubarak decepciona os manifestantes, no Egito

Do G1, com agências internacionais:
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decepcionou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso nesta quinta-feira (10), que pretende continuar no governo, à frente de uma transição.
Ele afirmou que a transição vai ocorrer "dia após dia" e prometeu proteger a Constituição durante todo o processo.
Mubarak anunciou "procedimentos constitucionais", com mudanças em seis artigos e a suspensão de um sétimo.
Ele disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.
Ele disse que iria transferir poderes ao vice-presidente Omar Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.
Isso seria uma demonstração de que as reivindicações dos manifestantes seriam respondidas pelo diálogo.
Mubarak também disse que o diálogo com a oposição levou a um "consenso preliminar" para resolver a crise.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, discursa na noite desta quinta-feira (10) no Cairo (Foto: AP)
Mubarak também pediu desculpas pela repressão aos protestos de rua dos últimos dias e prometeu punir os responsáveis.
Ele afirmou que entendia e estava de acordo com as reivindicações dos jovens e disse que "não aceitaria ordem externas".
Mubarak também disse que as mudanças pretendem criar condições para anunciar o fim do estado de emergência, sob o qual governa desde o início, em 1981. Ele já havia prometido acabar com a medida, mas sem estabelecer data.
O discurso ocorreu em meio a vários relatos, muitos contraditórios, de que o contestado Mubarak iria renunciar imediatamente, depois de 17 dias de fortes protestos de rua contra seu regime, que já dura 30 anos no país.

A disputa no PSDB

No PSDB, todos querem presidir o partido, menos os que olham para o espelho, e recitam com sinceridade: “Nossa, como envelheci, que papada, afinal só tenho 80 anos”.
O ex-senador Sergio Guerra, que lucidamente não queria ficar sem espaço algum, sabia que não dava para se reeleger, voltou deputado.
Presidia o PSDB como senador, quer continuar como deputado. Como é um jogo de interesses, já tem apoio de que não tem medo dele, que é o governador Alckmin.
Serra precisa eleger o presidente do PSDB, pois seu destino está escrito: é candidato a prefeito de São Paulo, acha que ganha. Mas o roteiro terá que ter uma alteração em relação à outra vez.
Em 2002, derrotado para presidente, em 2006 se elegeu governador, em 2010 perdeu novamente para presidente.
A alteração de agora é por causa da idade. Pode disputar a maior prefeitura em 2012 com 70 anos, mas não pode fazer baldeação. Ou disputa a Presidência em 2014 com 72 anos, ou faz acordo com Alckmin. Se elege governador e apoia o atual para presidente.
Sabe que nem ele nem Alckmin serão presidentes, pelo menos encerra a carreira com 76 anos, governador do maior estado da federação. Para um homem sem charme, sem carisma, sem liderança, que maravilha viver.
* Texto de Helio Fernandes

Explica, Dona Dilma!

"Ninguém sai da pobreza se não tiver condições de educação gratuita, ..." disse a professora Dilma, ousando falar sobre educação na televisão. Assim, eu gostaria de saber:
1. Por que, de 2002 para 2009, o número de alunos matriculadas na Educação Básica, que inclui o ensino fundamental e médio, caiu em mais de 2 milhões?
2. Por que, de 2002 para 2009, o número de escolas foi reduzido de 214 mil para 197 mil ? Onde foram parar 17 mil escolas?
3. Por que, de 2002 para 2009, o número de concluintes baixou de 2,7 milhões para 2,4 milhões no país? A população brasileira diminuiu ao ponto de 300 mil alunos sumirem das salas de aula?
O que houve nos governos petistas, companheira? Foi por este desempenho que o ex-presidente ganhou um título de doutor honoris causa?
*Adaptação do texto e dados enviados por gracialavida, por e-mail, via resistência democrática 

Lula: Quem te viu e quem te vê!

O Partido dos Trabalhadores, hoje, é contra o sindicato dos trabalhadores!
Luiz Inácio se considera tão adorado pelo povo que nem se preocupa mais em ir contra os sindicalistas que brigam por melhor salário minimo. Da mesma forma que não se preocupou em assinar a MP limitando o salário a míseros 550,00 reais, às pressas. em seu último dia na presidência, deixando o abacaxi para a sucessora.
O ex-presidente L.I. chamou de oportunista a recusa dos dirigentes sindicais em aceitar o aumento no salário minimo proposto pelo governo de sua sucessora, Dilma Rousseff, aparentando um certo distanciamento da proposta que foi assinada por ele próprio. Ora, se tivesse a intenção de se distanciar, nos favoreceria ao não se intrometer nem dar palpite no governo que não é mais seu, por mais que isso aparente ser favorável ao atual governo.
O fato de criticar os atuais sindicalistas, pelo que ele mesmo faria antes de ascender politicamente, é prova de que o oportunista é ele. O que não significa que os paulinhos também não o sejam.
L.I. deveria se afastar é dos microfones, até porque a atual presidente já mostrou a nova personalidade presidencial, bem superior na maneira de agir como presidente.
E ainda temos que aturar o 'Paulinho da Força', dizer que Dilma, ao negar maior reajuste no piso salarial, vai contra o legado de Lula. Quem ele quer enganar com essa 'contradição' ? Pelo jeito, ele pensa que no Brasil só tem tiririca.
*Leia mais em puteiro nacional

Governo da desconstrução

É sabido e sobejamente reconhecido que os técnicos formados pelas escolas profissionalizantes do Senai, Senac, Senar são considerados os melhores pelo nosso mercado de trabalho... Parece que agora o ministro Haddad, que conseguiu o feito inédito de desprestigiar os exames do Enem, quer se aproveitar deste "prato pronto" que são estas excelentes escolas para fazê-las funcionar como mecanismo auxiliar da rede pública de ensino médio. Para conseguir seu intento ele , ministro, alega uma dívida do Sistema S ( que engloba as diferentes entidades dos setores produtivos) para com a União, dívida essa não reconhecida pela Confederação Nacional da Indústria. O risco previsível é o de que o que foi e é considerado ensino de nível A por 70 anos seguidos, seja desmantelado rapidamente como o foram as escolas públicas brasileiras em geral! Afinal, o ministro Haddad é um expert em desconstrução...
* Texto de Mara Montezuma Assaf, por e-mail, via resistência democrática

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Serra diz que vai ao Senado provar que governo pode pagar mínimo de R$ 600.

Na Folha de São Paulo:
O ex-governador José Serra (PSDB) disse nesta quarta-feira (9) que o valor do salário mínimo de R$ 600 é "factível" e pode ser absorvido pelas contas do governo federal. Durante a campanha eleitoral do ano passado, o então presidenciável Serra sugeriu o aumento do piso dos atuais R$ 510 para R$ 600. Agora, o tucano defende que a oposição se uma no Congresso para conseguir viabilizá-lo. "É importante sobretudo numa época em que a inflação de alimentos se acelera. Não há no horizonte melhora nesse aspecto. As contas públicas podem suportar isso no que se refere às questão da Previdência", afirmou. Serra disse que a oposição tem o direito de apresentar suas propostas no Legislativo, mobilizando-se para aprová-las -mesmo com a ampla maioria governista na Câmara e no Senado.

Apagão: A presidenta não aceita explicações

Acentua-se, assim, o contraste entre a confiança do ministro Lobão na segurança do sistema e a realidade. Afinal, é evidente a falta de investimentos em transmissão e distribuição.
A presidente Dilma Rousseff não aceitou as explicações das autoridades do setor elétrico para o apagão ocorrido na madrugada de sexta-feira em oito Estados da Região Nordeste. A falta de energia, durou cinco horas, prejudicou 46 milhões de pessoas e dezenas de milhares de empresas, inclusive de grande porte, como as do Polo Industrial de Camaçari.
Mas, para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, não houve apagão, mas uma simples "interrupção temporária de energia". E acrescentou que "não há sistema de energia mais moderno do que o brasileiro; pelo contrário, o nosso sistema é melhor do que na maior parte do mundo".
Dilma rejeitou a explicação de que uma falha num cartão eletrônico do sistema de proteção da Subestação Luiz Gonzaga foi a responsável pela "interrupção temporária" e convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para discutir o assunto.
Colapsos de menor amplitude ocorreram em todo o País, em escala crescente, entre 2008 e 2010 e o tempo médio das interrupções no fornecimento passou de 16 horas para 20 horas anuais, acima dos limites tolerados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A duração das interrupções no Nordeste (onde o problema é mais agudo) foi de 27 horas, em 2010, chegando a 44 horas, no Estado de Sergipe. E o número de ocorrências no Nordeste mais que duplicou entre 2008 e 2010 - de 48 para 91. Em 2009, um apagão generalizado na região durou mais de uma hora.
De modo geral, o sistema elétrico brasileiro padece com a falta de manutenção e de substituição de equipamentos obsoletos e com a ausência de mecanismos de redundância - com eles, se falhar um equipamento, entra em operação o sistema de backup.
Trata-se de um desmazelo cujas consequências são as interrupções frequentes, como as de anteontem, na cidade de São Paulo, onde uma pane da Subestação Bandeirantes da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) deixou 2,5 milhões de pessoas e 627 mil imóveis residenciais ou comerciais sem energia nas áreas da Paulista, Brigadeiro Luis Antônio, 13 de Maio, Vila Olímpia, Itaim-Bibi, Vila Leopoldina, Perdizes e Pinheiros, além de parte do município vizinho de Guarulhos.
Acentua-se, assim, o contraste entre a confiança do ministro Lobão na segurança do sistema e a realidade. Afinal, é evidente a falta de investimentos em transmissão e distribuição.
A falha ocorrida na Subestação Luiz Gonzaga, operada pelas Centrais Hidrelétricas do São Francisco (Chesf), é emblemática, pois se trata de empresa incluída entre as de melhor reputação no setor estatal de energia. Desligada uma das linhas de transmissão entre a Subestação Luiz Gonzaga e Sobradinho, caíram outras cinco do mesmo trajeto, sem quaisquer outras justificativas, como intempéries ou falha humana.
Não admitindo que haja falhas na manutenção, as autoridades não conseguem encontrar outra explicação plausível para o apagão. O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, admite, por exemplo, que, "efetivamente, houve um defeito" (num cartão de proteção da Subestação Luiz Gonzaga), mas não por falta de manutenção, segundo ele. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda não se manifestou. O ONS, aliás, ainda não apontou as causas da ocorrência registrada no dia 26, quando houve o desligamento automático das unidades geradoras da Usina de Funil (área de Furnas), afetando o Estado do Rio.
Uma das explicações para os problemas que ocorrem no setor elétrico está no crescimento da demanda de energia. A verdade é que o sistema não está respondendo à demanda.
Especialistas no setor argumentam que as usinas geradoras não investem o que seria necessário porque as concessões estão chegando ao fim e o governo federal não informou se pretende prorrogá-las - e em que condições - ou se fará novas licitações. Com isso, sucedem-se, cada vez com mais frequência, os apagões. É uma situação inadmissível.

Projeto de Perseguição Religiosa volta à pauta no Senado

Marta Suplicy,  com 26 senadores, colocam novamente em pauta a "lei da homofobia", ou, para bom entendedor, "lei de perseguição religiosa"
Por Alberto Távora:
Conforme anunciado pela Folha de S. Paulo (08/02), o projeto de lei que criminaliza a “discriminação” a homossexuais voltou à pauta do Senado.
No início da tarde da última terça-feira, o PLC 122/2006, mais conhecido como “lei da homofobia”, foi desarquivado pela senadora Marta Suplicy e outros 26 senadores.
De propósito coloquei “discriminação” entre aspas, pois é um conceito perfeitamente elástico, e pode se prestar a qualquer interpretação dos ativistas da causa homossexual. E como têm sido apontado por especialistas, a “lei da homofobia” poderá ser o início de uma grande perseguição religiosa no Brasil, além de colocar os homossexuais como classe privilegiada.
Lembro que esse projeto está entre as diretrizes do PNDH-3. Fiquemos de olho!

Campanha "Devolve, Lula"

A legislação brasileira, assim como a de vários outros países civilizados, determina que os presentes ganhos pelo Presidente da República no exercício da função sejam incorporados ao patrimônio público, por serem considerados propriedade do Estado.
Lula e sua família, ao deixarem o Palácio da Alvorada, levaram todos os presentes recebidos (nada menos de onze caminhões, conforme amplamente se noticiou na imprensa), inclusive uma coleção de joias raras recebida do presidente de Egito, já registradas no acervo da Presidência da República.
D. Marisa, a Italiana, disse que as joias eram delas e as colocou na sua bagagem, rumo a São Bernardo do Campo.
Funcionários antigos do Alvorada ficaram horrorizados quando perceberam a falta de diversos objetos de arte e peças de alto valor, tais como estatuetas e a faqueiros.
Durante o rescaldo do grande saque às instalações palacianas, observou-se que os Silva haviam surrupiado, inclusive, o crucifixo que há décadas adornava a sala de visitas do Presidente da República.
O problema é que aquela imagem do Cristo crucificado é tida como milagrosa e adorada pelos que lá trabalham.
Em vista desse descalabro, foi lançada a campanha de recuperação do patrimônio público nacional:
"Devolve, Lula"

No tempo em que juiz era Juiz...

Nesse Brasil Tirirca, cada vez mais consagrado como o paraíso da Lei de Gerson, as instituições, quando já não absolutamente desmoralizadas, a exemplo do Legislativo, estão em célere processo de deteriorização, a exemplo da Justiça. Para alguém que viveu um tempo em que um Juiz de Direito era visto na sociedade como uma figura quase mítica, detendo tal nível de respeito público que era comum que fosse alvo de honestas reverencias, em qualquer local em que estivesse. Hoje em dia, com magistrados habitualmente frequentando as páginas policiais, muitos dos quais envolvidos em escândalos de corrupção e/ ou nepotismo, até mesmo a respeitabilidade do cargo passou a ser questionada pela sociedade, tornando-se necessário, em muitas ocasiões, o uso do poder coercitivo Lei para que o cidadão comum, mesmo que não tenha, demonstre algum respeito pela figura do Juiz. A verdade é que esculhambou geral, fazendo com que só "na marra" seja mantida uma aparente respeitabilidade, coisa que antes era voluntária e natural. Estou errado? Cito um exemplo atualmente muito em uso por alguns magistrados, que na ânsia manter o status de dignidade que antes era a marca da classe, mas que hoje em dia foi jogado na lata do lixo, exatamente por conta das seguidas e inúmeras "estripulias" cometidas por representantes dessa mesma classe, costuma cultivar a fama de serem DUROS em suas decisões, esquecendo-se que um Juiz não é paga pela sociedade, e muito bem pago, diga-se de passagem, para ser DURO nem MOLE. Afinal, ele recebe salário para ser "apenas" JUSTO.
* Júlio Ferreira, por e-mail, via resistência democrática

O Brasil da Campanha de Dilma não era real

Na Campanha de Dilma o país estava prosperando. No Brasil real, o Brasil está cortando gastos com investimentos na área social para não ser derrotado pela volta da inflação.No Brasil da Campanha de Dilma, estávamos no paraíso. No Brasil real, estamos em entrando no inferno da volta da inflação. Embora o governo negue, o corte nos gastos não vai afetar apenas gastos supérfluos e sim investimentos e verbas com objetivos sociais. Lula gastou o que o país não podia, para eleger Dilma. Ela recebe a verdadeira herança maldita de Lula. O país esta quebrado. Importando mais do que exportando, com desaceleração do crescimento, e ameaça da volta da inflação. Em parte, uma das causas desta situação foram os gastos eleitoreiros, feitos pelo governo Lula para eleger Dilma. Lula se diz tranqüilo com Dilma no poder. Ela guarda o lugar dele de volta em 2014. Isso somente vai acontecer, se o povo brasileiro não se conscientizar da farsa chamada petismo. 50 bilhões de corte no orçamento, significa que todas as promessas eram falsas. Foi o maior corte de gastos nunca antes visto na história do país. Uma confissão de Dilma de ter recebido uma herança maldita: ou corta despesas ou o país entra no buraco. A culpa de tudo isso? A irresponsabilidade dos gastos excessivos e o dinheiro que saiu pelo ralo da corrupção, no governo anterior.
* Texto de Jorge Roriz

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O perigo do fundamentalismo islâmico ronda o Egito

A experiência iraniana nos faz temer pelo futuro do Egito
No início, após o ocorrido em Tunis, milhares de jovens egípcios, de todas as classes sociais, foram para as ruas protestar pela descarada corrupção, pelo vasto desemprego, pelos salários de fome, pelo alto custo de vida, pela baixa qualidade de vida, pelos abusos da classe governante, pela falta de liberdades individuais e pela férrea repressão. Exigiam o que era justo: reformas na economia e abertura democrática.
Em que pese o impulso das manifestações, a dificultade para conseguir essas aspirações reside na sua espontaneidade, sem organização estratégica prévia, nem partido político que as levem a bom termo, negociando uma etapa de transição que culmine em eleições limpas, com resultados legítimos, quando as novas autoridades se avoquem em construir estruturas sociais e institucionais próprias do sistema democrático.
O Egito não tem tradição democrática e, ironicamente, percebemos que após os primeiros dias de rebelião dos jovens em busca de liberdade, o movimento islâmico ‘Irmandade Muçulmana’, se achava acachapado, observando o desenvolvimento da crise, começou a capitalizar as conquistas da juventude egípcia. Na verdade, as reivindicações originais estão dando lugar a dogmas; entre os manifestantes há mudanças: mulheres inteiramente cobertas e homens barbudos, que declaram: "Odiamos Israel e se Mubarak não faz o mesmo, nós o destruiremos", "Israel maneja os EUA”; um ódio que não guarda relação com os genuínos reclamos da irrupção popular inicial.
O líder oposicionista iraniano, Husein Musaví, adverte: "Há trinta anos, a oposição laica também foi para as ruas de Teerã e de todo o Irã para demandar por mais liberdade e democracia, mas, no fim, os religiosos fundamentalistas aproveitaram a conjuntura e ficaram com o poder". A experiência iraniana nos faz temer pelo futuro do Egito.
*Texto de BEATRIZ W. DE RITTIGSTEIN- no El universal, Venezuela - bea.rwz@gmail.com
Tradução: Francisco Vianna

Contra a lei, Ideli abre o mar aos japoneses

Na surdina, como bom pescador, a ministra Ideli Salvatti (Pesca) autorizou o aluguel de barcos do Japão, sem tripulantes brasileiros, o que é proibido por lei.
Ela chancelou “herança” do antecessor, Altemir Gregolin, que descumpriu três avisos do ministério do Meio Ambiente contra o edital que desrespeita a legislação ambiental e trabalhista.
A ministra Isabella Teixeira também deixou o barco correr.
( Claudio Humberto).

Procura-se líder de oposição

A oposição brasileira parece à deriva, sem rumo. Enquanto PT e PMDB se digladiam por cargos num lamentável espetáculo de fisiologismo, o DEM corre o risco de rachar ao meio e o PSDB não consegue se definir como alternativa ao governo. Tucanos e petistas disputam a hegemonia da social-democracia retrógrada que predomina no debate ideológico do país. Nem mesmo as bem-sucedidas privatizações o PSDB consegue defender com convicção. Falta uma oposição que tenha um verdadeiro projeto alternativo a oferecer.
O que aconteceu na Inglaterra durante os anos 80 pode jogar uma luz na escuridão em que mergulhou nossa oposição. A era Thatcher foi uma verdadeira revolução, colocando o país novamente nos trilhos do progresso sustentável. Na fase precedente, a inflação chegava a dois dígitos após o descontrole dos gastos públicos, os sindicatos concentravam poder absurdo e os monopólios estatais haviam se transformado em enormes palcos de corrupção. A decadência inglesa era evidente.
Tal era a situação quando Thatcher assumiu o governo em 1979. Apesar de ser a primeira mulher a ocupar este importante cargo, ela jamais fez disso uma bandeira política. Quando perguntavam como ela se sentia sendo a primeira mulher naquela posição, ela respondia que não tinha como saber, pois nunca experimentara a alternativa. Thatcher foi uma mulher de grande coragem e fortes convicções, determinada a mudar a agenda keynesiana que havia afundado a economia inglesa. Mas a principal lição que se pode tirar de sua trajetória é que a vitória foi plantada antes da conquista do poder.
Sem o pano de fundo criado pelo incansável trabalho de divulgação de idéias enquanto oposição, os Conservadores dificilmente teriam derrotado as poderosas forças reacionárias que lutavam para preservar os privilégios do antigo regime. Nem mesmo Thatcher seria capaz de colocar abaixo o “Estado babá” se a mentalidade dos ingleses não estivesse preparada. Quando assumiu o poder, Thatcher já tinha um projeto de reformas pronto, divulgado de forma clara e direta, em linguagem simples. Isso impediu que suas medidas fossem vistas como radicais.
Os Trabalhistas entregaram um país com altos impostos, economia centralizada, inflação galopante, indústrias nacionalizadas, subsídios crescentes, regulação asfixiante, em suma, uma nação rumo ao socialismo fracassado. Thatcher abraçou com vontade a direção oposta, do livre mercado, do empreendedorismo, da meritocracia e do império da lei. As máfias sindicais seriam alvo de duros golpes.
Os desafios eram gigantescos, mas não faltava confiança a Thatcher, pois ela sabia que estava fazendo o que era certo.
Acima de tudo, Thatcher sabia que teria de vencer a batalha no campo das idéias. O esforço para disseminar seus valores foi hercúleo antes da chegada ao poder.
Até mesmo dentro de seu partido suas crenças estavam longe de ser unanimidade, e seu trabalho foi intenso para resgatar a fé dos colegas na liberdade individual. O governo não deveria mais ser visto como um “messias salvador”, dizendo a todos como agir, controlando a economia e também as vidas privadas.
Já no governo, as pequenas ações mostrariam as mudanças de postura. Thatcher pagou do próprio bolso as reformas que fez no estúdio de sua residência oficial. O exemplo vinha de cima.
A austeridade fiscal não ficaria apenas na retórica. A despeito dos imensos obstáculos, os esforços seriam redobrados quando necessário. As “soluções mágicas” são tentadoras, pois empurram os problemas para frente. Mas Thatcher estava decidida a mudar realmente os fundamentos da economia, mesmo com elevado custo político no primeiro momento.
Ela foi uma estadista, não uma populista.
Os resultados são conhecidos. Os ingleses colheram os frutos da dolorosa fase de ajustes. O encontro com a realidade permitiu reformas estruturais que devolveram a competitividade à economia inglesa. O desemprego não caiu no começo, mas em 1990, quando Thatcher deixou o governo, a Inglaterra já possuía a menor taxa da Europa. Seu sucesso, porém, foi plantado antes. Em 1975 ela se tornou líder da oposição, e ajudou a divulgar as idéias de pensadores como Hayek. Sem esta iniciativa, seu legado dificilmente seria o mesmo.
Que isso sirva de lição para nossa sonolenta oposição. Um dia os ventos externos mudam a direção, e vamos precisar de um modelo alternativo, quando as várias ineficiências da gestão petista vierem à tona. O caminho certo deve ser defendido desde já. Procura-se um líder de oposição. Que falta nos faz uma Margaret Thatcher!
*Texto de  Rodrigo Constantino , em O Globo

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Promessa cumprida

“Assinei algumas coisas, mas de cabeça assim não sei dizer o que era. Foi muita coisa que a galera toda assinou, ou seja, vários deputados”.

Tiririca, "cumprindo" a principal promessa da campanha: contar aos eleitores o que faz um deputado federal.

O comunismo da canalha

O comunismo não dá o que promete. Este é o pensamento dos cubanos, após a ditadura castrista cortar da “cesta básica” o sabonete, os dentifrícios e o detergente, sendo que há poucos meses já havia retirado batatas e cigarros. Para tentar salvar o socialismo falido, o regime cubano decidiu dispensar 1,3 milhão de operários e empregados públicos. Até março, 500 mil deles irão para a rua ou para o inexistente “setor privado” (leia-se mercado negro e trabalho ilegal). Comitês do Partido Comunista elaborarão as listas de dispensa, com a esperada e previsível proteção aos “companheiros” vermelhos. Em hotéis e locais turísticos, onde os empregados ganham gorjetas, as disputas são fortes. Este é o modelo de “dignidade socialista”, que líderes populistas do Brasil e de países vizinhos sonham implantar para sua população.
* Gracialavida, por e-mail. via resistência democrática- http://www.desdecuba.com/generaciony_pt/?p=1350

O perigo vermelho se traveste de livre comércio e chega ao Brasil

Travestido de livre comércio, o perigo amarelo, representado pela China, ao qual também chamo de "perigo vermelho", aproxima-se do Brasil e aqui finca bases de enorme poder de barganha podendo, inclusive, determinar uma séria dependência no futuro.
Ao contrário do que falam, e sempre falaram, os esquerdopatas debilóides brasileiros contra os Estados Unidos da América, a aproximação radical com a China poderá nos mostrar, no futuro, que o grande país comunista poderá "saquear" o Brasil assim como já o faz na África.
Numa reportagem no periódico britânico “The Guardian”, em determinado momento, o articulista indaga se a China é uma saqueadora do Brasil. A construção de um enorme complexo portuário e industrial no estado do Rio de Janeiro, apelidado “Estrada para a China”, está na origem do comentário.
Entre diversos empreendimentos chineses no Brasil, os investimentos no super-porto do Açu garantiriam à China o acesso irrestrito a recursos naturais fundamentais de nossa Pátria.
Na África a China expande-se, rapidamente, com ânsia e conotações colonizadoras, e após garantir a presença e importância econômica funamental, utiliza métodos extorsivos contra os países e contra o grande número de empregados que contrata.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Incêndio atinge Cidade do Samba, no Rio de Janeiro



O incêndio que atinge os barracões da Cidade do Samba, no centro do Rio de Janeiro, ainda não foi controlado pelos bombeiros. O incêndio começou por volta das 7h (horário de Brasília) desta segunda-feira e deixou uma grande coluna de fumaça no local. Não há informações de feridos.
O Corpo de Bombeiros já deslocou carros e homens na tentativa de conter o fogo. Cerca de 10 carros do quartel central dos bombeiros foram deslocados para o local. Devido à grande proporção do incêndio, carros de outras unidades também foram direcionados. Cada um dos carros conta com oito bombeiros.
Pelo menos quatro barracões foram atingidos, segundo informações da GloboNews: os das escolas Portela, União da Ilha e Grande Rio, e também o da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba).
Em entrevista ao "Bom Dia Brasil", o presidente da União da Ilha, Ney Fliardes, afirmou que a escola estava com 98% do carnaval pronto, sendo que fantasias e carros estavam guardados no local.
"É uma tristeza muito grande. Perdemos muita coisa", disse à Reuters um funcionário da União da Ilha que dormia no barracão e fugiu às pressas do local. Duas horas depois do início do incêndio, funcionários da escola tiveram acesso ao barracão e conseguiram retirar alguns carros que não haviam sido atingidos pelo fogo.
*Texto MSN/UOL notícias

Quando a garra prevalece

Prevaleceu a garra argentina e Neimar foi peça nula na derrota brasileira
O Brasil não resistiu à garra Argentina e perdeu por 2 a 1, na madrugada desta segunda-feira, pela terceira rodada do hexagonal final do Sul-Americano sub-20, que acontece no Peru.
O time brasileiro, cheio de "mungangas e trejeitos", foi superado por um time argentino com garra, técnica e objetivo.
O Brasil entrou em campo se sentindo vencedor e foi vencido. Se sentia o melhor e foi superado. Sua atuação coloca a equipe em sutuação de risco em relação a classificação para a olimpíada.
Faltou humildade e futebol.
Por incrível que nos pareça, além do futebol, sobrou humildade no lado argentino. Resultado: ganhou o jogo.
A derrota brasileira para a seleção argentina, transformou "Neymaradona" em "Neymar de lágrimas". Esta foi a manchete de capa do diário esportivo "Olé", o mesmo que já havia comparado o atacante do Santos com Diego Maradona.
Segundo o "Olé", Neymar esteve mal, irritado e, devido a um cartão amarelo, está suspenso para o jogo contra o Equador, na próxima quinta-feira, prejudicando o time brasileiro.

Governo culpa o rei do baião pelo apagão nordestino

Casal apagão: Lobão e Dilma ficam à vontade em meio a um blackout: ela sempre caminhou nas trevas e ele, como todo lobo, gosta de uivar na escuridão(Foto: Arquivo)

Oito entre os nove estados nordestinos , desde o estado da Bahia, até o Ceará e parte de Piauí, sofreram na madrugada desta quinta-feira mais um daqueles “apagões” de fornecimento de energia, resultante da incompetência e desleixo dos últimos oito anos de governo petista.
O blackout atingiu 47,7 milhões de pessoas e durou até cinco horas, em algumas cidades, que ficaram as escuras das 23hs do dia 03, até as 4hs do dia 05.
Um apagão não gera apenas desconforto. Ponham-se na conta dos responsáveis pelo funcionamento das redes de transmissão, prejuízos incalculáveis para bares, restaurantes, casas de espetáculos e para setores da indústria que funcionam por 24 horas. O complexo industrial de Camaçari na Bahia teve que as atividades suspensas abruptamente. Pela complexidade do sistema, só vai funcionar na integralidade, novamente, no prazo de 05 dias.
De acordo com o presidente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari, Manoel Carnaúba se pode calcular ainda os prejuízos financeiros causados às empresas, mas afirmou que a paralisação representa perdas significantes para a economia da Bahia.
"Ainda é precoce falar em números, mas é preciso lembrar que o Pólo de Camaçari representa 33% do Produto Interno Bruto (PIB) baiano e um dia parado representa um perda significante".
O apagão causa prejuízos a grosso e varejo. Quebra milhares de equipamentos, põe em risco pacientes em hospitais, proporciona boas oportunidades a criminalidade e deixa em risco a vida e o patrimônios dos cidadãos.
Pior que o apagão é ouvir no dia seguinte as explicações do filhote de Sarney, o Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Sem saber distinguir entre um interruptor e uma tomada, o Ministro, já experiente em dá explicações sobre o evento, desta vez acusa como responsável uma falha no circuito eletrônico da subestação Luiz Gonzaga, no município de Jatobá, em Pernambuco. Pelo visto, vão acabar repassando a culpa para o Rei do Baião, que nunca causou nem sofreu nenhum apagão durante toda a sua vida.
Lembrar que um mini apagão de uma hora, aconteceu, na região nordestina, há menos de um ano. Foi mais abrangente, pois atingiu também a terra do Ministro Lobão, o estado do Maranhão, que foi poupado, desta vez. Naquela ocasião, oficialmente, o culpado foi um galho de árvore.
O ministro Lobão, aos berros, disse, nesta sexta, aos jornalistas, que o sistema operacional do setor elétrico do Brasil é o melhor do mundo. Parecia querer ganhar no grito:
“O nosso sistema funciona muito bem. Tem falhas? Tem falhas, tem falhas em todos os sistemas do mundo", disse como se falasse para os seus eleitores do curral eleitoral de Mirador, sua terra natal.
A presidenta Dilma mandou emitir nota dizendo que o caso vai ser apurado (!?) e mandou os seus amigos do sistema Eletrobrás ficarem atentos para falhas como essa não voltarem a acontecer.
Só que, quem vai apurar é o próprio governo, naquele estilo de investigação que investigou as irregularidades da ex Ministra Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra e concluíram pela inocência.
Uma correta investigação iniciaria com um pedido de explicação sobre a volta de Edison Lobão ao Ministério da Minas e energia, depois de sua desastrada passagem no setor e sua falta de aptidão para o cargo.
Teria que se investigar também a passagem da própria Dilma Rousseff pelo Ministério das Minas e Energias e sua interferência esdrúxula no setor, mesmo depois de estar na Casa Civil, através do seu protegido, o faz de tudo, Valter Cardeal. Que agora tem as rédeas da construção da hidroelétrica de Belo Monte.
Em parceria com Luiz Gonzaga, a culpada seria uma “cartela eletrônica”, do sistema de controle e proteção, apresentou defeito e deu ordem para desligar a subestação, sem que existisse nenhum problema.
O diretor de operações da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), Mozart Bandeira Arnaud, diz que tem oito anos como diretor da Chesf (o mesmo tempo do governo Lula) e nunca viveu uma ocorrência desse tipo”.
Não acrescentou que a cartela desligou apenas parte da subestação e o fornecimento não foi até então afetado. O pessoal de serviço na estação, destreinados e despreparados, resolveu mesmo sem identificar o que estava acontecendo, tentou religar a parte desligada da subestação, contaminando com o problema todo o resto do sistema, causando por fim o apagão. Assim uma insignificante cartela eletrônica e meia dúzia de funcionários sonolentos derrubaram o melhor sistema de controle elétrico do mundo(?)
Comprem geradores e preparem-se para o pior, sob a tutela de Dilma e sua trupe, outros apagões estão por vir, e não serão apenas apagões elétricos.  

Tempo de muda

Por Fernando Henrique Cardoso:
Novo ano, nova presidente, novo Congresso atuando no Brasil de sempre, com seus êxitos, suas lacunas e suas aspirações.
Tempo de muda, palavra que no dicionário se refere à troca de animais cansados por outros mais bem dispostos, ou de plantas que dos vasos em viveiro vão florescer em terra firme.
A presidente tem um estilo diferente do antecessor, não necessariamente porque tenha o propósito de contrastar, mas porque seu jeito é outro.
Mais discreta, com menos loquacidade retórica.
Mais afeita aos números, parece ter percebido, mesmo sem proclamar, que recebeu uma herança braba de seu patrono e de si mesma.
Nem bem assume e seus porta-vozes econômicos já têm que apelar às mágicas antigas (quanto foi mal falado o doutor Delfim, que nadava de braçada nos arabescos contábeis para esconder o que todos sabiam!) porque a situação fiscal se agravou.
Até os mercados, que só descobrem estas coisas quando está tudo por um fio, perceberam.
Mesmo os velhos bobos ortodoxos do FMI, no linguajar descontraído do ministro da Fazenda, viram que algo anda mal.
Seja no reconhecimento maldisfarçado da necessidade de um ajuste fiscal, seja no alerta quanto ao cheiro de fumaça na compra a toque de caixa dos jatos franceses, seja nas tiradas sobre os até pouco tempo esquecidos “direitos humanos”, há sinais de mudança.
Os pelegos aliados do governo que enfiem a viola no saco, pois os déficits deverão falar mais alto do que as benesses que solidarizaram as centrais sindicais com o governo Lula.
Aos novos sinais, se contrapõem os amores antigos: Belo Monte há de vir à luz com cesariana, esquecendo as preocupações com o meio ambiente e com o cumprimento dos requisitos legais; as alianças com os partidos da “governabilidade” continuarão a custar caro no Congresso e nos ministérios, sem falar no “segundo escalão”, cujas joias mais vistosas, como Furnas (está longe de ser a única), já são objeto de ameaças de rapto e retaliação.
Diante de tudo isso, como fica a oposição?
Digamos que ela quer ser “elevada”, sem sujar as mãos (ou a língua) nas nódoas do cotidiano nem confundir crítica ao que está errado com oposição ao país (preocupação que os petistas nunca tiveram quando na oposição).
Ainda assim, há muito a fazer para corresponder à fase de “muda”.
A começar pela crítica à falta de estratégia para o país: que faremos para lidar com a China (reconhecendo seu papel e o muito de valioso que podemos aprender com ela)?
Não basta jogar a culpa da baixa competitividade nas altas taxas de juro.
Olhando para o futuro, teremos de escolher em que produtos poderemos competir com China, Índia, asiáticos em geral, Estados Unidos, etc.
Provavelmente serão os de alta tecnologia, sem esquecer que os agrícolas e minerais também requerem tal tipo de conhecimento.
Preparamo-nos para a era da inovação?
Reorientamos nosso sistema escolar nesta direção?
Como investir em novas e nas antigas áreas produtivas sem poupança interna?
No governo anterior, os interesses do Brasil pareciam submergir nos limites do antigo “Terceiro Mundo”, guiados pela retórica do Sul-Sul, esquecidos de que a China é Norte e nós, mais ou menos.
Definimos os Estados Unidos como “o outro lado” e percebemos agora que suas diferenças com a China são menores do que imaginávamos.
Que faremos para evitar o isolamento e assegurar o interesse nacional sem guiar-nos por ideologias arcaicas?
Há outros objetivos estratégicos. Por exemplo, no caso da energia: aproveitaremos de fato as vantagens do etanol, criaremos uma indústria alcoolquímica, usaremos a energia eólica mais intensamente?
Ou, noutro plano, por que tanta pressa para capitalizar a Petrobras e endividar o Tesouro com o pré-sal em momento de agrura fiscal?
As jazidas do pré-sal são importantes, mas deveríamos ter uma estratégia mais clara sobre como e quando aproveitá-las.
O regime de partilha é mesmo mais vantajoso?
Nada disso está definido com clareza.
O governo anterior sonegava à população o debate sobre seu futuro.
O caminho a ser seguido era definido em surdina nos gabinetes governamentais e nas grandes empresas.
Depois se servia ao país o prato feito na marcha batida dos projetos-impacto tipo trem-bala, PACs diversos, usinas hidrelétricas de custo indefinido e serventia pouco demonstrada.
Como nos governos autoritários do passado.
Está na hora de a oposição berrar e pedir a democratização das decisões, submetendo-as ao debate público.
Não basta isso, entretanto, para a oposição atuar de modo efetivo. Há que mexer no desagradável.
Não dá para calar diante da Caixa Econômica ter se associado a um banco já falido que agora é salvo sem transparência pelos mecanismos do Proer e assemelhados.
E não foi só lá que o dinheiro do contribuinte escapou pelos ralos para subsidiar grandes empresas nacionais e estrangeiras, via BNDES.
Não será tempo de esquadrinhar a fundo a compra dos aviões?
E o montante da dívida interna, que ultrapassa um trilhão e seiscentos bilhões de reais, não empana o feito da redução da dívida externa?
E dá para esquecer dos cartões corporativos usados pelo Alvorada que foram tornados “de interesse da segurança nacional” até o final do governo Lula para esconder o montante dos gastos?
Não cobraremos agora a transparência?
E o ritmo lento das obras de infraestrutura, prejudicadas pelo preconceito ideológico contra a associação do público com o privado, contra a privatização necessária em casos específicos, passará como se fosse contingência natural?
Ou as responsabilidades pelos atrasos nas obras viárias, de aeroportos e de usinas serão cobradas?
Por que não começar com as da Copa, libertas de licitação e mesmo assim dormindo em berço esplêndido?
Há, sim, muita coisa para dizer nesta hora de “muda”.
Ou a oposição fala e fala forte, sem se perder em questiúnculas internas, ou tudo continuará na toada de tomar a propaganda por realização.
Mesmo porque, por mais que haja nuances, o governo é um só Lula-Dilma, governo do PT ao qual se subordinam ávidos aliados.