sábado, 26 de julho de 2014

Propina nos Transportes, sob comando do PR, dobrou.

César Borges, ex-ministro dos Transportes e agora ministro da Secretaria de Portos, fez o mesmo relato a amigos e a aliados políticos: "O dono da Pavotec me procurou no ministério para dizer que o deputado João Bacelar está cobrando dele uma participação nos contratos com a Valec."
         César Borges, ex-ministro dos Transportes e agora ministro da Secretaria de Portos, fez o mesmo relato a                        amigos e a aliados políticos: "O dono da Pavotec me procurou no ministério para dizer que o deputado João                        Bacelar está cobrando dele uma participação nos contratos com a Valec." (Jorge William/Agência o Globo)
Em junho de 2011, a presidente Dilma Rousseff reuniu alguns dos principais integrantes da cúpula do Ministério dos Transportes no Palácio do Planalto para passar-lhes uma descompostura daquelas de fazer tremer o chão. Re­cém-acomodada no gabinete mais importante da República, Dilma reclamou dos seguidos aumentos nos custos das obras de rodovias e ferrovias tocadas pelo ministério e, fazendo jus à fama de durona, soltou o verbo contra os responsáveis por gerenciar os contratos — todos eles ligados ao PR, o Partido da República, que ocupava a pasta na ocasião. “Vocês são inadministráveis e estão inviabilizando o meu governo”, sentenciou. Era o primeiro ato da chamada “faxina ética”, durante a qual a presidente demitiu seis ministros acusados de corrupção. O então titular dos Transportes, Alfredo Nascimento, inaugurou a lista após VEJA mostrar que a elevação dos custos das obras do ministério era, na verdade, uma maneira de bancar um esquema clandestino de arrecadação de propina controlado pelo PR: para conseguirem os contratos, os empreiteiros superfaturavam as obras e repassavam 4% do que ganhavam ao partido.
Três anos depois da faxina, o mesmo PR, presidido pelo mesmo Alfredo Nascimento enxotado lá atrás, segue firme e forte no comando do mesmo Ministério dos Transportes e envolvido nas mesmas tramoias. Diferente mesmo só a taxa de propina, que dobrou. Pouco antes de deixar o comando dos Transportes, no mês passado, o ministro César Borges recebeu em seu gabinete a visita do empreiteiro Djalma Diniz, dono da Pavotec Pavimentação e Terraplenagem. A empresa, com sede em Minas Gerais, tem contratos no Ministério dos Transportes que, somados, chegam perto de 2 bilhões de reais. O empreiteiro foi ao ministro reclamar que estava sofrendo pressão para repassar a deputados do PR uma parte de seus ganhos — mais especificamente, dos pagamentos relativos a dois contratos, um de 514 milhões e outro de 719 milhões, firmados no começo deste ano com a Valec, estatal encarregada de construir estradas de ferro. Djalma Diniz relatou em detalhes ao ministro o que classificava de achaque escancarado. Parlamentares exigiam dele parte dos lucros sob pena de rescisão dos contratos. Nas duas últimas semanas, com base em conversas gravadas, VEJA reconstituiu o episódio e seus desdobramentos.
O autor da pressão, segundo o empreiteiro, era o deputado federal baiano João Carlos Bacelar Filho, um dos mais conhecidos expoentes da bancada do PR na Câmara dos Deputados. Foi o próprio ministro César Borges quem relatou a queixa do empreiteiro. Primeiro, a assessores e a políticos de sua confiança. “O dono da Pavotec me procurou no ministério para dizer que o deputado João Bacelar está cobrando dele uma participação nos contratos com a Valec”, disse a um amigo. A cobrança, segundo o empreiteiro relatara ao ministro, era explícita: em troca dos contratos firmados, o deputado exigia uma participação nos pagamentos. Em outras palavras, propina. O parlamentar dizia falar em nome do PR — e ainda explicava o motivo da cobrança. Segundo ele, o partido ajudara a Pavotec a fechar os contratos no governo e, por isso, o dono da empreiteira tinha de repassar uma parte do valor. Era assim que funcionaria a partir daquele instante. O empreiteiro procurou o ministro para saber se Bacelar falava mesmo em nome do partido. Foi informado de que não, e se recusou a fazer o pagamento. Caso aparentemente encerrado — mas não para o deputado e seu grupo no PR.
*Na Veja - Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas.

O Santander está certo, mas as justificativas, ulteriores, foram desnecessárias e esfarrapadas.

O Banco Santander enviou neste mês de julho de 2014 aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.
A análise foi impressa na última página do extrato dos clientes na categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil. Diz que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.
O texto vem sob o título “Você e seu dinheiro” e orienta os clientes do Santander: um cenário eleitoral favorável à petista reverterá “parte das altas recentes” na Bolsa.
Eis a reprodução do extrato:
Descrição: Reprodução
O documento do Santander ao seus correntistas mais abastados contém uma análise que já frequentava o mercado financeiro brasileiro de forma difusa, mas nunca de maneira institucional por um grande banco.
Esse tipo de comportamento do mercado não é novo. Desde a primeira eleição direta pós-ditadura ocorrem interpretações nesse sentido. Em 1989, o empresário Mário Amato deu uma entrevista dizendo que se o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse naquele ano, 800 mil empresários deixariam o Brasil.
Em 2002, quando o mercado financeiro novamente ficou apreensivo com uma possível vitória de Lula, o analista Daniel Tenengauzer, do banco Goldman Sachs, chegou a inventar o “lulômetro”, que previa a cotação futura do dólar caso o petista fosse eleito. Tenengauzer acabou repreendido pelo banco, que considerou “leviano” e de “mau gosto” o nome de seu modelo matemático.
O Santander confirmou a autenticidade do documento ao qual o Blog teve acesso. Em nota, disse adotar critérios “exclusivamente técnicos” em suas análises econômicas, “sem qualquer viés político ou partidário”.
O banco reconhece que o texto enviado a seus clientes “pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz” (de se ater a análises mais técnicas). A instituição emitiu uma nota na qual pede desculpas ao seus correntistas e diz que adotará providências internas.
De capital espanhol, o Santander é o 5º maior banco e o 1º estrangeiro em atuação no Brasil. Fica atrás de Banco do Brasil, Itaú, Caixa e Bradesco. Em 2000, massificou sua operação de varejo ao comprar o Banespa, o antigo banco estatal que pertenceu ao governo paulista.
Abaixo, a íntegra da nota do Santander:
“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’, no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação.”
(Bruno Lupion)

O laranja de Romero Jucá, o eterno e impune governistra.

TRIANGULAÇÃO Acima, o contrato de gaveta em que o lobista Geraldo Magela, ligado ao senador Romero Jucá (abaixo, foto maior), passa o apartamento em Brasília (abaixo, à esq.) para Álvaro, irmão de Romero Jucá. O imóvel foi construído por José Celso Gontijo(abaixo, foto menor), amigo do senador e beneficiário de verbas sob a influência de Jucá.
   Igo Estrela/ÉPOCA, Beto Barata/AE
Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, Jucá percorreu uma trajetória invejável. Nos anos 70, era um mero assessor na prefeitura do Recife, em Pernambuco. Nos anos 80, tornou-se presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e, em seguida, governador de Roraima, nomeado pelo então presidente da República, José Sarney, com quem muito aprendeu. Nos anos 90, virou secretário nacional de Habitação do governo Fernando Collor de Mello e se elegeu senador por Roraima. A partir dos anos 2000, dedicou-se a liderar os trabalhos do governo no Senado. Primeiro pelo PSDB, depois pelo PMDB. Destacou-se tanto na lida que foi líder no governo Fernando Henrique Cardoso, permaneceu líder nos dois governos do petista Luiz Inácio Lula da Silva e mantém-se líder no governo Dilma Rousseff. A identificação entre cargo e político é tamanha que, em Brasília, subentende-se que, havendo governo, Jucá será fatalmente seu líder no Senado.
Romero Jucá é um profissional. Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, as finanças de Jucá percorreram uma trajetória invejável. De garoto que cresceu à míngua no Recife, Jucá tornou-se um político rico. Amealhou, apenas em valores declarados à Justiça Eleitoral, R$ 4,4 milhões em patrimônio – tudo registrado em nome de familiares, sem computar as empresas que florescem em nome de seus parentes. Enquanto o patrimônio de Jucá e o de sua família cresciam às franjas do poder público, crescia também o número de processos contra ele. Jucá já foi acusado – e com abundantes provas – de quase tudo. No governo Sarney, à frente da Funai, foi acusado de cobrar propina para permitir exploração ilegal de madeira em terras indígenas. No governo Collor, foi acusado de desviar à sua fundação dinheiro federal destinado a “ações sociais”. Nos governos FHC e Lula, já como senador, foi acusado de comprar votos, de dar calote em bancos públicos, de receber propina de empreiteiras, de empregar parentes, de fazer caixa dois...
Com tantas acusações, Jucá começa a competir em feitos que atingem os cofres públicos com nomes bem mais conhecidos no plantel nacional de réus por corrupção, gente como Joaquim Roriz e Paulo Maluf. Nas últimas semanas, na tentativa de iluminar as ações profissionais de Jucá, ÉPOCA entrevistou lobistas, doleiros, ex-funcionários, empresários e laranjas ligados ao senador. A reportagem obteve documentos e depoimentos inéditos sobre as negociatas de Jucá – entre eles contratos de gaveta, procurações para laranjas e acordos comerciais. Um dos principais lobistas associados a Jucá, Geraldo Magela Fernandes, aceitou contar, em entrevista gravada, o que fez e presenciou em 30 anos de relação com Jucá.
Dessa investigação, emergem fortíssimas evidências de que:
  • Jucá ganhou um apartamento em Brasília da Via Engenharia, empreiteira então presidida pelo empresário José Celso Gontijo, amigo dele há 20 anos e, como ele, presença constante no noticiário. Quando os dois fecharam a operação, em dezembro de 2001, a Via Engenharia prosperava no setor de obras públicas, precisamente em áreas sob a influência de Jucá. Para tornar possível a transação com a Via Engenharia, bastaram a Jucá um laranja e um contrato de gaveta, a que ÉPOCA teve acesso. Três anos depois, enquanto a empreiteira ainda construía o apartamento, a família Jucá, sem ter desembolsado um centavo, repassou a propriedade do imóvel à própria Via. Ao final, a heterodoxa operação rendeu à família Jucá meio milhão de reais.
  • Jucá paga tudo em espécie – um indício de que a origem de seus rendimentos pode ser duvidosa. “O Jucá só mexe com dinheiro vivo”, diz Magela. Para cobrir os gastos com uma TV de sua propriedade, Jucá pagava a Magela uma mesada que variava entre R$ 30 mil e R$ 60 mil. Eram constantes também, segundo Magela, os pagamentos avulsos, acima de R$ 100 mil, para cobrir despesas extras dessa TV, como reformas de estúdio e compras de equipamentos. Magela conta que Jucá fazia os pagamentos em seu gabinete no Senado ou em sua fazenda no município de Boa Vista, em Roraima. “Ele tirava o dinheiro da gaveta e me entregava”, diz. Em sua campanha ao Senado em 2002, Jucá gastou, de acordo com o relato, cerca de R$ 15 milhões em dinheiro vivo, quase tudo caixa dois. “Eu era o responsável pela contabilidade da campanha e declarei só 1% das despesas”, diz Magela. 
  • Para movimentar tanto dinheiro, Jucá recorria a serviços de doleiros conhecidos. Além do principal doleiro de Roraima, conhecido como Pedro Reis, que chegou a ser sócio de seus filhos e seu suplente no Senado, Jucá era, segundo Magela, cliente especial do lendário doleiro paulista Antônio Pires de Almeida, preso em 2005 pela Polícia Federal, acusado de movimentar ilegalmente US$ 1,8 bilhão em contas secretas nos Estados Unidos. Magela conta que Jucá o tratava respeitosamente por Seu Pires e, às vezes ao lado do irmão e empresário Álvaro, visitava o escritório do doleiro em São Paulo. “Romero me apresentou pessoalmente ao Seu Pires e me autorizou a apanhar dinheiro no escritório dele”, diz Magela. “Busquei dinheiro lá ao menos 12 vezes.” Os recursos eram, segundo ele, repassados a Jucá ou gastos em campanhas políticas. Quando era ministro da Previdência, no primeiro mandato do presidente Lula, Jucá também manteve conversas misteriosas com o doleiro Lúcio Funaro, envolvido no escândalo do mensalão. Segundo contou a amigos, Funaro fez negócios no mercado de empréstimo consignado do INSS, cujo presidente era indicado por Jucá. 
  • Os negócios da família Jucá crescem na mesma medida que a influência política do senador. Cada ano à frente da liderança do governo no Senado significa a abertura de mais uma ou duas empresas ligadas a Jucá, em nome de laranjas ou familiares. Hoje, a família de Jucá detém participação em ao menos dez empresas, cujas atividades vão desde venda de combustível até administração de shopping centers (leia o quadro). Algumas delas, como a Diagonal Urbana e a Alfândega Empreendimentos, faturam milhões de reais em contratos com o governo e em patrocínios liberados pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.
Igo estrela/ÉPOCA
CONFISSÃOEm entrevista a ÉPOCA, Geraldo Magela (acima) admitiu ser laranja de Jucá e ter buscado dinheiro para ele com o doleiro Antônio Pires de Almeida
Magela, a principal testemunha contra Jucá, também é pernambucano e conheceu Jucá no final dos anos 70, quando ambos trabalhavam na prefeitura do Recife. No governo Sarney, Magela virou assessor de Jucá na Funai. Quando Jucá se elegeu ao Senado, em 1994, Magela fazia lobby para empresas da indústria farmacêutica e passou a frequentar o gabinete do amigo. Anos depois, em 1999, Jucá pediu a Magela que criasse uma empresa para administrar a TV Caburaí, retransmissora da Rede Bandeirantes em Roraima. A concessão da TV estava em nome de uma fundação, cujo presidente era contador de Jucá. “Criei a empresa e fizemos um contrato de boca, um acordo de cavalheiros”, diz Magela. “O nome do Romero não podia aparecer, por isso entrei como laranja. Eu administraria a TV, que estava em dificuldades financeiras, e ficaria com 20% a 30% do lucro. A ideia era usar o canal para fazer propaganda política para a campanha de Teresa Jucá (então mulher do senador) à prefeitura de Boa Vista.”
O problema, diz Magela, era que a TV dava prejuízo. “O dinheiro que vinha em publicidade do governo federal, do Estado de Roraima e da prefeitura de Boa Vista não cobria todas as despesas”, afirma. “Por isso, Romero tinha de complementar todo mês (com os pagamentos em dinheiro vivo). A TV sempre foi apenas um instrumento político.” Em 2003, Jucá pediu a Magela que transferisse a TV ao estudante universitário Rodrigo Jucá, filho do senador. “Achei bom. Eu só tinha prejuízo lá”, diz Magela. Ele assinou uma procuração com esse fim e a repassou ao filho de Jucá. Um ano depois, verificou que Rodrigo Jucá não formalizara a transferência – e estava administrando a TV em seu nome, sem pagar impostos e débitos trabalhistas. “O Romero prometeu acertar isso, mas sempre enrolou”, diz Magela. Há dois anos, ele descobriu que devia cerca de R$ 3 milhões à Receita e ao INSS. “Reclamei com o Romero, eles refinanciaram a dívida no meu nome, mas duvido que vão pagar. Tenho certeza de que vai sobrar para mim”, afirma. Hoje, a TV continua funcionando normalmente – mas em nome de Rodrigo Jucá.

“O Romero só mexe com dinheiro vivo”, diz o 
lobista Geraldo Magela, laranja confesso do senador
No curso da Operação Navalha, na qual a Polícia Federal desbaratou um esquema de propina comandado pelo empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, Magela chegou a ser preso, acusado de envolvimento nos desvios. A PF apreendeu planilhas da empreiteira em que o nome de Magela aparecia vinculado ao de Romero Jucá, ao lado de valores. “Eu tinha contrato com a Gautama, me relacionava com o Romero, mas nunca paguei nada”, diz Magela.
A sociedade oculta na TV não foi o único negócio fechado entre Jucá e Magela. Em 2001, o senador tornou-se dono oculto de um apartamento da Via Engenharia, presidida pelo empreiteiro José Celso Gontijo. Naquele ano, a Via recebera R$ 12 milhões do governo federal. “O Jucá pediu que eu fosse à sede da Via registrar o apartamento no meu nome”, afirma Magela. “Bote no seu nome e depois a gente vê como transfere para mim”, disse o senador, segundo o relato de Magela. Magela conta que foi então à empreiteira e assinou o contrato com seus dados. “Nunca paguei nada. Só fiz um favor para o Romero”, diz ele.
C.Bispo/Folha de Boa vista, Tiago Orihuela/ÉPOCA, reprodução
FAMÍLIA UNIDARodrigo Jucá (no alto), filho de Romero Jucá, é, ao lado da atual mulher do senador, Rosilene Pereira (acima, à esq), dono de empresas como a R & J Empreendimentos, cuja sede fica num galpão abandonado em Boa Vista (acima, à dir)
Gontijo sempre frequentou o gabinete de Jucá. “Ele ficava atrás de verbas para as obras dele em Brasília”, diz Magela. Gontijo ficou famoso há pouco mais de um ano, após a exibição de um vídeo em que aparece entregando dinheiro a Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM. Nos anos seguintes ao negócio, uma das empresas de Gontijo ganhou contrato em Roraima – e passou a faturar muito no governo federal. Procurado, Gontijo admitiu a “amizade” com Jucá, disse frequentar o gabinete para tratar de “questões pessoais”, mas se recusou a dar maiores explicações a respeito das acusações de Magela.
Semanas depois de ter atendido Jucá, Magela conta que foi surpreendido com outra solicitação do senador. Dessa vez, para devolver o apartamento de três quartos que acabara de assumir e trocar por outro, maior e mais confortável, também oferecido pela Via. Em dezembro de 2001, Magela afirma ter fechado um contrato de promessa de compra e venda com a construtora. “Passei a papelada para o senador e depois assinei, no gabinete dele, uma procuração dando poderes para o Rodrigo Jucá ficar com o apartamento”, diz. Questionada sobre a forma de pagamento do imóvel, a Via não respondeu.
Três anos mais tarde, em julho de 2004, de acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, o apartamento foi transferido de Magela a Álvaro Jucá. O curioso na história é que Rodrigo Jucá, filho do senador, aparece como procurador tanto de Magela quanto de seu tio, Álvaro. Rodrigo, na ocasião, tinha 23 anos. Em dezembro daquele ano, o negócio entre a família Jucá e a Via foi desfeito. Álvaro teve direito a receber R$ 550 mil para abrir mão do apartamento. “Acho que eram contratos de gaveta”, diz Marcello Paes, atual dono do imóvel. “Comprei o apartamento da Via em 2006. Sou o primeiro morador. Nunca ouvi dizer que esse apartamento tenha pertencido a alguém da família do senador Jucá.” A Via confirmou que a operação de R$ 550 mil foi “efetivamente realizada e liquidada”. Tradução: o dinheiro foi pago. Apesar dos contratos e da confirmação da empreiteira, Álvaro Jucá nega a existência da operação. “A vinculação de meu nome à compra de qualquer imóvel junto à Via Engenharia é uma inverdade absoluta”, diz Álvaro. Procurados pela reportagem, Romero Jucá e seu filho, Rodrigo, não responderam aos pedidos de esclarecimento sobre os negócios da família.
Encontrar o nome de Romero Jucá associado a empresas e imóveis é algo difícil. Mas sobram laranjas, como o motorista João Francisco de Moura, um dos sócios da Paraviana Comunicações, que administra duas rádios e uma TV da família Jucá em Roraima. Em e-mail encaminhado a ÉPOCA, João Francisco disse que se tornou sócio da empresa a pedido de Magela e não conhece seu outro sócio na Paraviana, Márcio Oliveira. Em tese, os dois pagaram R$ 2 milhões pela outorga de funcionamento dos veículos de comunicação. João Francisco é vendedor de equipamentos agrícolas no entorno do Distrito Federal. “Tenho medo do poder do senador. Nunca tratei nada com ele”, afirma. Claro que não. Romero Jucá é profissional.
Beto Barata/AE
*http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI235172-15223,00-O+LARANJA+DE+ROMERO+JUCA.html

Cristo Redentor censurado? Não,o que não se deseja é a indevida e repugnante ofensa ao Cristo!

Antes de mais nada, o Canto da Paz pede mil desculpas pelo linguajar empregado neste artigo. Tentamos contornar ao máximo, mas não existiu outra forma de transmitirmos esta notícia. Compartilhe!
Se você mora no Brasil ou se está atualizado com os acontecimentos ocorridos nos últimos dias no Brasil, então saberá que o Jornal “O Globo” (de propriedade da Rede Globo), o Prefeito do Rio de Janeiro (Eduardo Paes) e várias outras personalidades se dedicaram, nestas semanas, a criticar o Arcebisbo do Rio de Janeiro, Dom Orani, e também a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Mas, qual a razão de tais críticas? Eles são acusados de ter censurado uma cena do filme “Rio, eu te amo”, do cineasta José Padilha. Numa das cenas, o ator Wagner Moura conversa com o Cristo de uma forma desrespeitosa. durante um vôo de asa delta.
Como o Cristo Redentor é de propriedade da Arquidiocese do Rio de Janeiro, ela apresentou o veto a esta cena. Foi só isto acontecer para rotularem o Arcebispo e a Arquidiocese de “censuradores” e de exercerem uma “intolerância religiosa”. O jornal “O Globo”, por sua vez, disse que foi um retrocesso da democracia! Já o prefeito Eduardo Paes se manifestou dizendo que o Cristo Redentor é um ícone brasileiro e que não pode haver uma censura deste tipo!
Como nenhum dos que criticou a atitude da Igreja apresentouo diálogo da cena do filme, então nós nos propusemos a isto. Leia com atençao.
…………………………………...................
TRANSCRIÇÃO DA CENA ÏNÚTIL PAISAGEM”
O ator Wagner Moura falando com o Cristo:
- “E ai?
Vai me pedir desculpa, não?
Com a Clara você nunca me ajudou, rapaz.
É tudo uma mentira.
Esse braço aberto teu é mentira também.
Essa cidade ai é uma mentira.
Já foi la embaixo?
Lá embaixo você não vai, né?
Lá embaixo não tem amor, né?
Ai você fica ai.
A policia matando as pessoas.
Quando chove alaga a p***a toda, todo mundo morre.
As crianças sem escola.
Mas aqui em cima é melhor, né? de ver, né?
Quer saber de uma coisa? eu vou embora.
Cidade maravilhosa é o c****lho.
.......................................................................
Ai o ator termina a cena “dandando uma  banana” (em Portugal: “manguito”) para o Cristo.
Deixamos que os nosso amigos leitores reflitam se ficarão do lado da opinião pública sem noção do respeito que se deve ter por Cristo ou se ficarão do lado da correta atitude da Arquidiocese do Rio de Janeiro e de seu Arcebispo.
Reflita e compartilhe com seus amigos. O cristão deve se posicionar sempre do lado do bem.
*Notícia do site Canto da Paz, enviada pelo internauta Ayrton Dias,por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz, Marjore Estiano

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dilma passa por merecido constrangimento durante o velório de Suassuna.

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Dilma ouve cantos por Campos durante velório de Suassuna

A presidente Dilma Rousseff teve que conviver com cânticos em favor de Eduardo Campos, candidato do PSB à presidência, durante o velório do escritor paraibano Ariano Suassuna, em Pernambuco, estado no qual Campos foi governador até este ano.
Durante o momento em que os candidatos à presidência estiveram no local, o público entoou a música "Madeira do Rosarinho", que era cantada sempre por Suassuna nos comícios de Campos desde 2006, quando o pernambucano foi eleito governador pela primeira vez.
Suassuna era casado com a tia de Renata Campos, mulher do ex-governador de Pernambuco, e nos últimos meses já havia declarado publicamente seu apoio à campanha de Eduardo Campos. Dilma deixou o enterro antes do concorrente e, na hora da saída, teve único e rápido contato com o pernambucano.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

E o país rico?

País rico é pais sem pobreza?
Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo
Brasil: seis milhões de pessoas em situação de pobrezahttp://glo.bo/1z6WxA

Por quê não dizem a verdade sobre o aeroporto de Claudio-MG.

Aécio construiu um aeroporto em terra de familiares quando era governador?
Não. O aeroporto foi construído em área pertencente ao Estado. O governo de Minas Gerais desapropriou um terreno que pertenceu anteriormente a familiares do senador para a construção do aeroporto. Quando as obras foram feitas, o terreno já pertencia ao Estado. O próprio governo federal confirma que a a área pertence ao Estado. Uma das condições necessárias para que a Secretaria Nacional de Aviação Civil transfira a jurisdição de aeroportos para os Estados é a confirmação da posse da área. Em abril de 2014, a secretaria transferiu o aeroporto de Cláudio para o Estado, o que confirma o reconhecimento de que não há dúvidas sobre a quem o terreno pertence.
Por que o Estado desapropriou um terreno que pertencia a um familiar do governador?
Porque era a maneira de a obra ficar mais barata. Nesse terreno, já existia uma pista de pouso há mais de 20 anos.
Por que o aeroporto foi construído nesse local?
O governo de Minas criou um programa chamado ProAero, para apoiar os aeroportos do estado. Minas é o estado que tem o maior número de municípios e o maior numero de aeroportos públicos. São 92, sendo que 81 desses são aeroportos locais, que não têm aviação comercial. A média é de um aeroporto a cada 10 municípios. Os aeroportos servem de apoio às atividades econômicas locais e serviços, como de urgência médica.
A cidade de Cláudio foi escolhida para receber melhorias numa pista antiga já existente. O Estado tinha duas escolhas: aproveitar uma pista de pouso antiga já existente ou comprar outro terreno para começar a fazer uma nova obra, que seria muito mais cara.
O curioso é que, se o Estado tivesse feito isso, os responsáveis poderiam ser acusados de improbidade administrativa, pois teriam gastado mais dinheiro apenas para não contrariar os interesses particulares de um familiar do governador da época, que não concordava com as bases da desapropriação.
O familiar de Aécio teve alguma vantagem pessoal com a construção do aeroporto?
Não. Ele resistiu à desapropriação e não concordou com o valor estabelecido pela perícia do Estado. Ele queria receber R$ 9 milhões e o Estado ofereceu R$ 1 milhão. O processo de desapropriação foi absolutamente regular, como confirmam os pareceres de dois ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal.
VEJA AQUI
A desapropriação foi feita da mesma forma de todas as desapropriações feitas pelo poder público, seja ele federal ou estadual. Como não houve acordo sobre valores, a Justiça transferiu o terreno para o Estado e a disputa judicial em torno dos valores continua.
Por que a disputa continua?
Quando a Justiça desapropria uma área em favor do poder público, a desapropriação é irreversível. Mas a decisão em torno dos valores a serem pagos pode se arrastar por décadas. O valor de R$ 1 milhão foi depositado em juízo. Anos depois, a ex-esposa do antigo proprietário da terra, de quem ele está separado judicialmente há 38 anos, obteve autorização da Justiça para sacar a parte a que tinha direito. A parte relativa ao antigo proprietário permanece bloqueada pela Justiça.
Por que o dinheiro está bloqueado?
Porque em 1983 o Estado fez um repasse de recursos à Prefeitura de Cláudio para a construção de uma pista de pouso de terra no município. Na época, o antigo proprietário da área do aeroporto, Múcio Tolentino, era o prefeito. Ele recebeu o recurso e construiu a pista de pouso em terreno particular. O Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra ele, pedindo que devolva ao município o valor investido na pista.
Essa ação não atrapalhou a desapropriação de 2008?
Não, uma coisa não tem nada a ver com a outra. A ação civil pública solicita a devolução dos recursos públicos investidos na pista de terra ao município. É um processo diferente, que se arrasta já há 13 anos e pode durar ainda muitos mais.
Há risco de prejuízo aos cofres públicos ?
Ao contrário. O governo de Minas Gerais tomou todas as providências para impedir isso. O Estado fez questão de registrar a existência dessa ação ao solicitar à Justiça a desapropriação, da área para que o juiz responsável pudesse pedir o bloqueio dos recursos, como de fato aconteceu. O dinheiro pago pela desapropriação está bloqueado para ser usado no ressarcimento à prefeitura, se esse for o resultado da ação. Como se vê, o interesse público foi totalmente preservado.
O processo de desapropriação usado nesse caso é comum?
Sim, é assim que são feitas todas as desapropriações do poder publico, quando não se chega a um acordo sobre o valor. Muitas vezes, as discussões sobre valores levam muitos anos, até décadas, na Justiça. Não se pode esperar o fim da disputa judicial sobre valores para começar uma obra, caso contrário nenhuma obra seria feita, para construir uma estrada, um aeroporto ou um hospital.
Por que o aeroporto ainda não está homologado?
O Estado iniciou o pedido de homologação ainda em 2011 e são várias as correspondências endereçadas às autoridades federais. O Estado já enviou todos os documentos necessários.
Quem administra o aeroporto?
A prefeitura.
Mas se o aeroporto é administrado pela prefeitura, porque o portão estava trancado?
Segundo o prefeito, o aeroporto não fica sempre trancado. É fechado em alguns períodos, para evitar riscos à segurança. A prefeitura mantém as chaves. A partir do momento que houver a homologação, o portão ficará sempre aberto, com a contratação de funcionários.
Disseram que um parente do senador Aécio Neves possuía as chaves do portão. É verdade?
Não sabemos. Não é correto que outras pessoas possuam as chaves.
A quem pertence o aeroporto?
Todos os aeroportos do país pertencem à União. Em abril deste ano, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República transferiu a jurisdição do aeroporto de Cláudio para o Estado. No mesmo dia, o Estado enviou os últimos documentos que faltavam. Ao receber a jurisdição dos aeroportos do governo federal, os estados os repassam para as prefeituras.
Disseram que o Ministério Público vai investigar a obra. É verdade?
Toda investigação do Ministério Público é sempre importante. Na verdade, nesse caso, o Ministério Público já investigou a obra. A investigação começou em 2009 e foi motivada por uma denúncia anônima. Depois de 5 anos de apuração, em fevereiro de 2014, o Ministério Público concluiu que não havia nenhuma irregularidade na obra e arquivou o processo.

Nosso adeus ao professor, escritor, dramaturgo e artista plástico Ariano Suassuna.

Em homenagem a Ariano Suassuna, um patrimônio cultural do Nordeste e do Brasil, publicamos uma nota de Aécio Neves, presidente do PSDB:
"Ariano Suassuna foi antes de tudo um homem apaixonado pelo Brasil. Ele nos deixa um legado insuperável de coerência e inteligência em defesa da cultura brasileira. A sua voz ecoou de forma única, corajosa e criativa durante toda a sua vida, tornando-se um testemunho comovente de um homem que sempre acreditou no seu país. Um homem raro, a quem devemos profunda admiração. Sua morte entristece e empobrece o Brasil. Meus sentimentos aos seus amigos, familiares e a todo o povo paraibano.
* Aécio Neves

Crime político, abuso de poder e ofensa ao Princípio Constitucional da Isonomia.




quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pesquisa truncada.


Quando a IstoÉ/Sensus vem divulgar esta pesquisa, com uma diferença irrisória entre os comunistas e a oposição, é porque a diferença é pró oposição e eles não podem, por razões óbvias, porém lamentavelmente indecentes, publicar a verdade.

Dilma e o absurdo.

Foto montagem via Facebook de Ana Lima
Momentos depois da tragédia com o Boeing 777 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil enquanto sobrevoava a parte do território ucraniano ocupada pelos rebeldes separatistas, Dilma abusou da bizarrice discursiva ao tentar defender o companheiro Vladimir Putin. Disse a presidente que o governo brasileiro não se posicionará sobre a queda do avião malaio até que haja informações mais claras sobre o acidente. Após a reunião da Cúpula China-Brasil e líderes da América Latina e do Caribe, Dilma disse que é preciso ser prudente.

“Tem um segmento da imprensa dizendo que o avião que foi derrubado estava na rota da volta do presidente Putin, que coincidia o horário e o percurso. Eu acho que é importante ter claro que não é um míssil de fácil manejo. Então, nós temos que olhar de fato o que realmente aconteceu. O governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro, por uma questão não só de seriedade, como também de prudência”, afirmou a petista.
A presidente pode dizer o que bem quiser, pois, ainda que em tese, o Brasil é uma democracia que preserva a livre manifestação do pensamento, mas não se pode aceitar uma declaração dessa natureza diante de um atentado terrorista que colocou abaixo uma aeronave comercial e fez pelo menos 298 mortos, apenas porque Vladimir Putin quer recuperar o prestígio político por meio da desestabilização regional e a anexação de territórios que não pertencem ao seu país.
Dilma, sabem os leitores, é adepta confessa de atos terroristas, até porque seu passado fala por si só, mas a mandatária verde-loura perdeu uma grande chance de ficar calada e não destilar a sua essência truculenta, sempre a favor do totalitarismo esquerdista.
É importante que os brasileiros atentem para esse fato absurdo, uma vez que o “vale-tudo” poderá ser adotado em breve caso o PT seja derrotado na eleição presidencial que se avizinha, o que inviabilizará a implantação do projeto de poder da legenda, que vem se espelhando na ditadura bolivariana que há anos consome a vizinha e combalida Venezuela.
* Ana Lima, via Facebook,com Ucho.info

terça-feira, 22 de julho de 2014

E Aécio segue...

Aécio com o Ministro Durão Barroso,em foto de Marcos Fernandes.
Café da manhã com o meu amigo ministro Durão Barroso, presidente do Comissão da União Europeia. Conversa sobre temas internacionais. Reiterei minha convicção de que estamos atrasados com a negociação com a União Europeia, que poderia estar ampliando nossos mercados. Lamento o desinteresse do atual governo pelo tema, adiando mais uma vez, agora para o próximo ano, a conclusão dessas negociações. Enquanto isso, a União Europeia avança seus entendimentos com outras regiões do mundo, em especial com os Estados Unidos. Em um governo do PSDB, esse tema será tratado como prioridade. - Aécio Neves

Guilherme Boulos - O rico menino que resolveu brincar de revolucionário.

Que coisa! Numa cidade de 12 milhões de habitantes, o dito Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST, espalha uns quatro mil em várias manifestações. Nesta quinta, até agora, a manifestação maior ocorreu nas imediações do Itaquerão. O chefão da turma é um sujeito chamado Guilherme Boulos. Atenção para o currículo do rapaz: é professor, formado em filosofia, com especialização em psicanálise. Vem de uma família de classe média alta. Na verdade, rica mesmo. Mas ele decidiu abraçar a causa dos sem-teto. Até aí, problema dele.
Isso, a muitos, parece irresistível. Remete a uma espécie de renúncia religiosa. É o João Pedro Stédile das cidades, para lembrar o chefão do MST, o Movimento dos Sem-Terra. Trata-se de um economista que está a muitas léguas da formação intelectual do povo que ele mobiliza.
Desde Lênin e Trotsky, dois dos líderes da revolução russa, que vinham de famílias ricas — o pai do primeiro era um burocrata do czar; o do segundo, um rico latifundiário —, esses extremistas oriundos da elite econômica assumem certa aura de santidade, de intocabilidade, como se tudo lhes fosse permitido. Afinal, pensam alguns, se eles renunciaram aos bens materiais, então não estão pensando em si mesmos e só no bem do próximo.
Acontece, leitores, que as pessoas podem ser boazinhas e equivocadas. São Francisco de Assis não foi um grande sujeito porque renunciou aos bens materiais, mas porque levou a bondade, a generosidade e a concórdia por onde quer que tenha passado. O fato de alguém decidir viver uma vida humilde não coloca ninguém acima do bem e do mal. Pode-se fazer essa escolha por uma ambição ainda maior do que a de bens materiais: a ambição de reformar o mundo nem que seja na marra, sem atentar para os prejuízos de terceiros.
Não consta que Robespierre, o maior assassino da Revolução Francesa, quisesse algo para si, pessoalmente. Ao contrário até: era inteira mente dedicado à sua causa. E, cegado por ela, respondeu pela morte de milhares, até que a sua cabeça foi cortada pelo sistema que ele mesmo inventou. Stálin não queria ser rico. Queria o poder.

Nesta quinta, Boulos deu um ultimato aos poderes públicos. Segundo disse, eles têm 28 dias para regularizar todas as invasões de sem-teto da cidade, ou ele promete transformar São Paulo num inferno, com a sua minoria de extremistas. Sim, “todas as invasões”, ele disse, inclusive a chamada “Copa do Povo”, nas imediações do Itaquerão. “Os governos federal, estadual e a prefeitura que se entendam para resolver a situação e desapropriar o terreno”, afirmou Boulos, dando de ombros para a democracia. Ele é o dono da verdade, o dono da causa, o dono da bola.
Natália Szermeta, parceira do doutor no movimento, resolveu fazer literatura ruim: “O MTST colocou em campo a seleção dos brasileiros oprimidos, dos que não se contentam com migalhas. A seleção dos opressores pode até entrar em cena, mas não vão dormir uma noite sem que a gente incomode o sono deles”.
A democracia é o regime da maioria e que tem, como um de seus pilares, a tolerância com as minorias. Em nenhum lugar está escrito que essas minorias tiranizam e dão ultimatos às maiorias. A razão é simples: onde quer que isso aconteça, o que se tem é tirania. O senhor Guilherme Boulos é um contumaz violador da lei e só não está na cadeia, se querem saber, porque é um extremista oriundo das elites, que virou herói também de setores da imprensa, apesar de suas práticas truculentas.
Ele é psicanalista? Está na hora de esse rapaz ir para o divã saber por que ele acredita tão pouco na negociação e só escolhe o caminho do confronto. Freud certamente explica.
*Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Isto é uma verdadeira afronta ao Estado Democrático de Direito!

Este sempre foi o sonho dos terroristas de 64, está realizado, o Ditador cubano de dono das acomodações da presidência da republica do Brasil.Precisam mais para confirmar que já somos uma colônia de Cuba,já temos os escravos cubanos, a única obra de infraestrutura feita pelo governo foi em Cuba,o porto de Mariel, e por ai vai.Nossa ultima esperança esta nas eleições de outubro, do contrario é o prenuncio de um futuro de muita instabilidade institucional,não estando descartada até uma eventual guerra civil,muito embora esta na pratica já exista pela insegurança em que vivemos e os mais de 50.000 mortos por ano no país.
*Ana Lima, via Facebook

domingo, 20 de julho de 2014

A quem interessa esta "falcatrua"?



Postes de Lula em queda livre.


A semana definitivamente não foi das melhores para o PT. Em evento de campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, nesta sexta-feira, o ex-presidente Lula afirmou ter ficado "preocupado" com os números da pesquisa Datafolha divulgados na quinta. Não é para menos: Padilha, seu terceiro "poste", patina com 4% de preferência do eleitorado, e pela primeira vez o instituto apontou empate técnico em eventual segundo turno entre a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT), seu primeiro "poste", e o tucano Aécio Neves. E a sexta-feira termina com mais um dado desfavorável aos "postes" de Lula: em queda livre, a popularidade do prefeito Fernando Haddad (PT) atingiu o pior índice desde que assumiu a cadeira, há um ano e sete meses – 47% dos paulistanos reprovam sua administração, ante 36% na sondagem anterior, feita em junho.(Veja).
*Ana Lima, via Facebook

Na política e na imprensa,Edir Macedo cada vez mais forte.



Vista aérea do templo, que terá 74 mil metros quadrados de área construídaAnderson Chaurais/Abril Comunicações SA - 27.05.2014
A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) prepara um evento político para 17 dias antes do início da campanha eleitoral na TV. Seus dirigentes querem reunir a presidente Dilma Rousseff (PT), os 27 governadores, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), os ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB) para inaugurar um de seus mais importantes projetos religiosos: o Templo de Salomão, instalado no Brás, na região central de São Paulo.
O Palácio do Planalto confirmou ontem que Dilma prevê comparecer à abertura do templo - o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Haddad ainda não confirmaram presença, segundo suas assessorias. Com forte presença entre os dirigentes do Partido Republicano Brasileiro (PRB), a Iurd informou que somente o fundador e líder da igreja, o bispo Edir Macedo, vai se pronunciar durante o evento.
O PRB faz parte da base aliada a Dilma e participa do primeiro escalão do governo - ocupa o Ministério da Pesca. Em São Paulo, o partido faz parte da base de sustentação do governador Alckmin e deve apoiar a reeleição do tucano. A sigla ocupa a Secretaria do Desenvolvimento Social do governo Alckmin. No Congresso, o partido elegeu em 2010 um senador - Marcelo Crivella (RJ) - e possui uma bancada de 10 deputados federais.
Além de reunir os representantes dos três Poderes da República, a Iurd quer levar para os 10 mil lugares do Templo de Salomão lideranças da sociedade civil e do empresariado e cerca de 60 delegações estrangeiras - a mais aguardada é a de Israel, País com o qual a igreja procura manter laços estreitos.
O evento será reservado somente para convidados da igreja e não será o único para marcar a abertura da obra, a maior feita pela Iurd em São Paulo. A festa de abertura deve durar 20 dias - o evento com os políticos deve ocorrer no dia 31 de julho, após o término da Copa do Mundo. Por enquanto, o templo está cercado por tapumes, ao longo dos quais os fiéis da igreja começaram a rezar.
Quatro anos. A obra feita pela Iurd demorou quatro anos para ficar pronta. Ela terá 74 mil m² de área construída, dez mil lugares e uma fachada com altura de 56 metros. Para se ter ideia do tamanho do templo, a Basílica de Aparecida, no interior paulista, pode abrigar até 45 mil fiéis. Ela tem 23 mil m² de área construída e sua nave tem 40 metros de altura - a torre, separada do edifício da basílica, atinge 100 metros de altura.
Como comparação, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, tem 45 metros de altura na fachada e chega, na cúpula, a 133 metros. Sua área construída é também de 23 mil m².
Mas, ao contrário dos templos católicos, nos quais é possível fotografar e filmar as missas, no Templo de Salomão será proibido fazer fotos ou filme de seu interior. De acordo com Renato Parente, da assessoria da Iurd, o objetivo da igreja com a medida é preservar o caráter sagrado do templo. Feito, segundo a igreja, com pedras trazidas de Israel e segundo o modelo arquitetônico do antigo Templo de Salomão, destruído no ano 70, quando o exército romano esmagou uma rebelião dos judeus. A obra custou cerca de R$ 650 milhões - dinheiro, segundo Parente, obtido de doações de fiéis, obreiros e pastores.
O complexo do novo templo vai ter ainda um edifício para estacionamento de carros e um museu. A fachada não terá a tradicional marca dos templos da Iurd: "Jesus Cristo é o Senhor - Igreja Universal do Reino de Deus". Abrigará cultos da igreja, mas nenhum será transmitido nos programa de TV da Iurd.
Para lembrar. A Igreja Universal do Reino de Deus foi fundada no Brasil em 1977 pelo bispo Edir Macedo. Trata-se de uma denominação neopentecostal ligada à chamada teologia da prosperidade, que procura para os fiéis a realização nesta vida como forma de manifestação da graça divina.
Também acredita em rituais de exorcismo e de cura e mantém algumas posições distantes de setores conservadores religiosos, admitindo, por exemplo, o uso de preservativos em relações sexuais.
Em 1989, o bispo Edir Macedo se tornou controlador da TV Record. Além dele, diversos bispos da igreja detêm o controle de 64 emissoras de rádio - a chamada “Rede Aleluia” e de canais de TV por todo o País. O grupo edita ainda o jornal Folha Universal e tem os “canais de salvação” no Facebook e no Twitter.
*Por MARCELO GODOY - EM O ESTADO DE S.PAULO