sábado, 17 de maio de 2014

Corrupção na aliança entre PT-PMDB.



As provas do esquema internacional de corrupção do PMDB no Postalis, fundo de pensão dos Correios. 
A matéria de Diego Escosteguy, revela como dinheiro do Postalis era desviado para contas secretas em paraísos fiscais, controladas por um operador ligado ao PMDB.
O dinheiro do Postalis foi desviado para a Spectra quando Russo, o amigo de Lobão, presidia o fundo. Russo era o beneficiário da Spectra.
A reportagem revela os desvios de dinheiro do Postalis, aplicados nos EUA, para a conta offshore da Spectra Trust, nas Ilhas Virgens.
*EXCLUSIVO NA REVISTA ÉPOCA: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/05/b-evidencias-de-fraudeb-no-fundo-dos-correios-ligado-ao-pmdb.html 

Gestão amadora do Governo Federal causará fiasco da Copa 2014.


Dos oito aeroportos administrados pela Infraero com previsão de obras para a Copa do Mundo, nenhum ficará 100% pronto antes do início da competição, daqui a 29 dias.

São eles: Afonso Pena (Curitiba), Confins (Belo Horizonte), Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador), Eduardo Gomes (Manaus), Galeão (Rio de Janeiro), Marechal Rondon (Cuiabá), Pinto Martins (Fortaleza) e Salgado Filho (Porto Alegre).
O levantamento foi feito com base na "matriz de responsabilidades", documento no qual o Brasil lista o que pretende fazer para a Copa, e em informações da Infraero -que já trabalha oficialmente com dois cronogramas para as obras, um pré e outro pós Copa. Os atrasos mais graves estão em Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba.
Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, em 2007, os aeroportos eram a maior preocupação dos organizadores. Sete anos depois, nenhum dos aeroportos administrados pela Infraero terá todas as obras prometidas para a Copa -e mesmo os aeroportos privatizados têm problemas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
*Leia mais: http://bit.ly/1lzABr

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O PT descendo a ladeira.

Dilma confessa que governo errou na Transposição. Erro deixa 12 milhões sem água e custa bilhões ao país.

A Transposição do Rio São Francisco começou em 2007, pelas mãos do Exército. Sem dinheiro e sem projeto. O prazo de entrega era 2012. Mas na verdade os editais foram lançados em 2005 e desde lá o TCU alerta para as falcatruas cometidas na obra. Os primeiros editais de concorrência para elaboração do projeto, execução e supervisão das obras, foram cancelados em decorrência do sobrepreço detectado da ordem de R$ 400 milhões. Portanto, a obra começou não em 2007, mas em 2005. Depois de furar o primeiro prazo de entrega, que seria 2012, está prevista para ficar pronta em 2015.

Ontem Dilma Rousseff visitou a obra, novamente. Em meio a protestos da população de várias cidades. E declarou, com a maior cara de pau: "a obra foi subestimada. Mas, pela complexidade do projeto, posso afirmar que nenhum outro país conseguiria terminá-la em um, dois ou três anos", disse.
Sim, foi subestimada pelo PT. Não, não são três anos. Serão dez anos entre projeto, editais e final da obra. Isto se ficar pronto, porque tem tudo para Dilma não cumprir mais esta promessa. Os resultados até agora são um escândalo. Um superfaturamento de R$ 1,1 bilhão e um aumento de custos da ordem de R$ 3,5 bilhões. A Tranposição do Rio São Francisco é um símbolo da mentira e da incompetência petista.
*Ana Lima, via Facebook

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O PT dá um tiro no pé!

O Aécio Neves se manifestou sobre a (deprimente) campanha do PT lançada na televisão. Concordo em gênero, número e grau que é uma vergonha o partido tentar assustar a população, como se toda e qualquer mudança pudesse representar apenas o pior e não um alívio positivo diante novas expectativas. A troca de governo não deveria ser vista como um atentado terrorista que nos levará de volta para a idade das pedras. Até parece que ainda vivemos na idade das pedras, em que nossa população não tem acesso à informação de verdade.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Revista alemã afirma que sonho da Copa no Brasil pode virar fiasco.


"Spiegel" dedica dez páginas ao Mundial e prevê que país do futebol pode ter protestos e tiroteios em vez de festa. Maracanã, diz a reportagem, teve a alma roubada e é exemplo de como políticos se distanciaram do povo.
A um mês da Copa, a maior e mais importante revista da Alemanha, a Der Spiegel, faz uma previsão sombria sobre o Mundial no país do futebol. Com o título "Morte e jogos", o semanário traz em sua capa uma imagem da bola oficial do torneio em chamas caindo sobre o Rio de Janeiro. Em três matérias, que juntas somam dez páginas, é apresentado um retrato dos atrasos nas obras, da insatisfação dos brasileiros com os altos custos do evento e dos prováveis embates nas ruas das cidades-sede.
"Justamente no país do futebol, a Copa do Mundo pode virar um fiasco: protestos, greves e tiroteios em vez de festa", afirma a matéria, assinada pelo jornalista alemão Jens Glüsing e que leva o título de "Gol contra do Brasil". "As notícias serão sobre protestos e greves, problemas com infraestrutura e violência", prevê.
Enquanto na Alemanha os torcedores já estão vestindo a camisa da seleção nacional, e enfeites e adereços com as cores da bandeira estão à venda nas lojas, no país conhecido pelo carnaval, compara o jornalista, o clima é outro: "Nas favelas do Rio, policiais e traficantes se enfrentam de maneira sangrenta. Em São Paulo, gangues queimam ônibus quase todas as noites."
Para a Spiegel, o clima de festa só vai aparecer se a seleção brasileira vencer o torneio. Mas, caso isso não aconteça, a revista questiona se o país viverá uma onda de violência: "Os jogos vão terminar em pancadaria nas ruas? Políticos e funcionários da Fifa serão perseguidos por uma multidão enfurecida?"
Capa da "Der Spiegel" desta semana: previsão de protestos violentos durante o Mundial
Da promessa a ilusão
A revista traça um paralelo entre o otimismo que tomou conta do país no início dos anos 2000, por conta dos números favoráveis da economia, e as dificuldades vividas pelo Brasil atual para crescer. Apesar da expansão da classe média, que cada vez consome mais e paga mais impostos, os sistemas de saúde e educação continuam sucateados, diz a reportagem, que prossegue: o transporte público é ruim e dois terços das residências no país não têm saneamento básico.
Spiegel avalia que o descontentamento da população com as condições de vida no país agora se mistura ao ódio à Fifa: "A alegria que se via antigamente com a Copa do Mundo transformou-se em irritação com o governo e com a organização". Exemplo disso, diz o texto, pôde ser observado nos protestos que tomaram conta do país em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações.
"Caçando elefantes brancos"
Em outra matéria, intitulada "Caçando elefantes brancos", a Spiegel ressalta os valores estratosféricos gastos com a construção de novos estádios "cerca de 2,7 bilhões de euros (...), talvez até mais, ninguém sabe ao certo", alfineta a revista, destacando que o Tribunal de Contas da União, o Ministério do Esporte e o Portal da Transparência do governo revelam valores distintos. "Nenhum país gastou tanto com a Copa. E quase tudo foi pago com dinheiro público."
Enquanto isso, lembra a revista, dos 49 grandes projetos de construção que ficariam como importantes legados do torneio, 13 sequer saíram do papel ou foram drasticamente reduzidos. Entre eles, o trem-bala ligando o Rio a São Paulo, ressalta o semanário alemão.
Assinada pelos jornalistas Jens Glüsing e Maik Grossekathöfer, a matéria diz que a reforma do Maracanã é um exemplo de "como os políticos se distanciaram do povo", citando as palavras de um professor americano que vive no Rio há cinco anos. A antiga casa do futebol brasileiro "teve sua alma roubada", diz a publicação.
Insatisfação com situação econômica e com a Fifa alimentarão manifestações durante a Copa, diz revista.
Spiegel conta que o estádio, construído em 1950, era um símbolo contra o racismo e a ditadura. "A arquibancada era redonda para que todos pudessem ter a mesma visão do estádio. Não havia divisões. Quando as equipes trocavam de lado, os torcedores davam a volta", continua.
"E todos podiam entrar. Duzentas mil pessoas cabiam no Maracanã, era o maior estádio do mundo. Os ingressos no anel inferior eram tão baratos que até mesmo mendigos podiam comprá-los. Os franceses tinham a Torre Eiffel. Os americanos, a Estátua da Liberdade. Os brasileiros, o Maracanã."
Após diversas reformas ao longo dos anos, o estádio virou um shopping center com grama no meio, critica a revista, e os ingressos mais baratos custam 80 reais. "Hoje o Maracanã tem a cara de qualquer estádio da Fifa. Podia estar em Londres, em Frankfurt ou em Yokohama", lamenta a reportagem. "É uma arena para a televisão, e não para os brasileiros. É um assassinato cultural".
Violência intrínseca
Spiegel traz ainda uma entrevista com o escritor brasileiro Luiz Ruffato sob o título "Sempre fomos violentos". Nela, o escritor ressalta os conflitos que marcaram a história do Brasil extermínio de índios, escravidão, ditadura e que, para ele, marcaram a sociedade brasileira.
Ruffato causou grande polêmica no ano passado durante a Feira do Livro em Frankfurt , quando o Brasil foi o homenageado do evento. Ele discursou sobre as injustiças sociais e as desigualdades do país, o qual para ele é paradoxal ora visto como exótico e paradisíaco, ora como um local execrável e violento.

População expulsa invasores do MST em Santa Catarina.

Algo de muito interessante se passa em Santa Catarina e, em certa medida, se espalha Brasil afora. O Estado, é verdade, abriga o único autointitulado “núcleo bolivariano” do país, na UFSC. Mas vocês sabem como costumam ser as universidades quando sequestradas pela extrema esquerda, né? Há coisas que só acontecem por lá e não refletem o espírito da população. Há três dias, em Florianópolis, houve um “protesto contra os protestos”. Cansada de ser refém de movimentos que decidem a toda hora paralisar os transportes e os serviços públicos, parte da população se revoltou e decidiu… protestar contra quem protesta. Que bom! É um sinal de que a sociedade está viva e ainda não sucumbiu às minorias extremistas.
No dia 21 do mês passado, houve outro evento muito interessante, já noticiado em vários lugares. Mas agora há o vídeo, que, a meu ver, não circulou o suficiente. O resumo é o seguinte: militantes do MST, de organizações ditas de sem-teto, do PSOL e do PCdoB ocupavam um terreno particular às margens da SC- 401. Foram retirados de lá e alojados numa área na cidade de “Palhoça”, na região metropolitana de Florianópolis. Se queriam terra para trabalhar, lá havia bastante. Mas a ideia não era bem essa.
Solertes, os membros da invasão autointitulada “Ocupação Amarildo” resolveram se transferir para o bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, em plena ilha, bem pertinho do mar. Sabem como é… Foram chegando, ocupando, levantando cerca, fazendo porteira… Ocorre, meus caros, que a população local não aceitou!
Não! Não foram os “ricos” do Rio Vermelho que se opuseram (e também tinham esse direito), mas os pobres mesmo, os trabalhadores, os que ganham a vida com o suor do seu rosto. A população não teve dúvida: organizou-se e pôs os invasores para correr.
Vejam o vídeo. Volto em seguida.

Voltei
Atenção! A área que a turma queria ocupar é um bosque público. Destaco algumas falas:
“Eu trabalho de faxina, vendo até latinha, para pagar meu aluguel. Então eu não aceito isso aqui”. “Tem que conquistar é aqui, ó [o trabalhador mostra o muque], não é roubando terra dos outros”. “Quer casinha de praia, vai trabalhar, vagabundo!” “Eles só querem que o governo dê dinheiro, o governo dá remédio, dá tudo aquilo. Mas pede para um vagabundo desse trabalhar, nenhum deles vem”.
A gente vê um coisa incrível: uma verdadeira carreata de invasores! Sim, eles deixavam a área invadida em seus próprios veículos. E uma moradora resumiu:
“Tem que mandar tudo embora para o lugar deles, porque eles têm carro, eles têm casa. Se eles têm carro, eles têm dinheiro para pagar aluguel. Eles não trabalham porque são vagabundos”.
É isto: gente que ganha a vida com o próprio esforço se sente moralmente ofendida com a indústria de invasões criada no país. E é preciso reagir, sim, SEM VIOLÊNCIA E SEM ACEITAR A VIOLÊNCIA. É preciso dizer “não” aos linchadores da lei e dos direitos alheios.
*Reinaldo Azevedo

Aécio cobra explicações de Lula sobre falcatruas na Petrobras.


O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, cobrou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicações sobre a “governança” da Petrobrás durante sua gestão, quando ocorreu a compra da refinaria de Pasadena (EUA). “Será que é normal, será que o presidente Lula acha adequado que uma refinaria que valia US$ 55 milhões (US$ 52 milhões) num ano e no outro ano é comprada por US$ 1,3 bilhão (US$ 1,2 bilhão) com dinheiro do povo brasileiro? O presidente precisa dar uma satisfação sobre a governança da principal empresa brasileira”, disse no final da manhã desta segunda-feira, 12, à Rádio Sociedade AM de Feira de Santana, a 109 quilômetros de Salvador, ao visitar a cidade.

O tucano se referiu à entrevista de Lula publicada na edição desta segunda pelo jornal A Tarde, em que o petista alegou que propor uma CPI para investigar a Petrobrás seria jogo político.“Há também a Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, construída pela Petrobrás orçada em R$ 2,5 bilhões em que já gastaram R$ 18 bilhões e não fica pronto por menos de R$ 20 milhões. A CPI não tem o poder de pré-julgar ninguém. Se não tiver o que temer, tudo bem”, disse Aécio.
Aécio também voltou a dizer que o crescimento das suas intenções de voto nas pesquisas eleitorais é resultado do desejo de mudança da população. “A percepção que se tem hoje é que há um sentimento de mudança no Brasil. Há uma compreensão crescente de que as coisas não vão bem”, afirmou. Na pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, os índices de intenção de voto do tucano aumentam de 16% em abril para 20% em maio. O presidente do PSDB participa de reunião com aliados com Feira de Santana nesta tarde. À noite, ele recebeu título de Cidadão de Salvador concedido pela Câmara Municipal.
(Estadão).

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dinheiro público jogado fora?

Refinaria da Petrobras que Dilma lançou pedra fundamental em 2010 já consumiu mais de R$ 1 bilhão e está paralisada. TCU achou dezenas de irregularidades na obra.

O lançamento da pedra fundamental, em 15 de janeiro de 2010. Só faltou Paulo Roberto Costa na foto.
BACABEIRA (MA) - No início de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a governadora Roseana Sarney, o pai dela, senador José Sarney (PMDB-AP) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, fizeram festa, com direito a discurso, para o lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium I em Bacabeira, a 60 km de São Luis. Seria a maior refinaria do Brasil, com capacidade de produzir 600 mil barris/dia, empregaria 25 mil pessoas no ápice das obras e deveria entrar em pleno funcionamento em 2016.
Quatro anos depois, o que se vê é a paralisação da obra, que somente em terraplanagem, consumiu R$ 583 milhões, além de mais R$ 1 bilhão em projetos, treinamentos, transporte, estudos ambientais. Todo o montante foi pago pela Petrobras.
O custo total da refinaria está estimado em R$ 38 bilhões, mas a própria empresa afirmou, em nota enviada ao GLOBO, que “somente após a conclusão da etapa de consulta ao mercado será possível mensurar o custo total da refinaria”. A previsão, agora, é que ela entre em operação em 2018.
Apesar da festa no lançamento da pedra fundamental, nem projeto básico havia na ocasião. De prioritária, a futura refinaria entrou num limbo. No Plano de Negócios para o quadriênio 2013/2017, o empreendimento consta apenas na carteira de fase de projeto. Um relatório de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), de abril do ano passado, apontou indícios graves de irregularidade na terraplanagem — a única obra que teve início, mas que foi paralisada sem ser concluída, conforme relatório do tribunal. De acordo com os fiscais do TCU, somente em 1º de novembro de 2010 — oito meses depois da festa com Lula e companhia — e já com a terraplanagem em andamento, é que foi assinado um contrato para elaboração do projeto básico da Refinaria.
A pressa da Petrobras em dar visibilidade a uma refinaria que não tinha nem projeto básico ocasionou, de acordo com relatório do TCU, um dano de R$ 84,9 milhões. Diz um trecho do documento: “Entende-se que o contrato não poderia ter sido assinado sem a liberação das áreas para o consórcio construtor. A consequência disso foi um dano de R$ 84,9 milhões”. No entendimento dos técnicos do tribunal, a petroleira foi responsável pelo atraso na liberação do terreno e demorou a emitir ordens de serviço para que a terraplanagem começasse. O valor do dano contempla uma ação extrajudicial e um aditivo.
Os auditores do TCU apontaram que houve mudanças no leiaute do projeto e, com isso, toda a obra foi comprometida. “A gênese de todo o problema parece estar na decisão de iniciar-se uma obra desse porte sem um planejamento adequado, passível de toda sorte de modificações. Até esta data (3 de abril de 2013), passados cinco anos dos primeiros estudos, ainda não se tem um projeto completamente definido para a Premium I”, anotaram os auditores.
Profusão de aditivos
Segundo a vistoria do TCU, foram feitas alterações que transformaram completamente o projeto. “Uma importante alteração foi o aumento considerável do número de tanques. Ao que consta, a tancagem planejada inicialmente para situar-se na zona portuária, por restrições de espaço ou mesmo por mudança de concepção do projeto, localizar-se-á na área da refinaria”, observaram os técnicos, que apontaram outras mudanças significativas no plano original. “Essas modificações impactaram o contrato de terraplanagem, contribuindo, certamente, para a profusão de aditivos”, escreveram os auditores.
A terraplanagem foi contratada em 14 de julho de 2010 com o Consórcio GSF, formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng Civilsan e Fidens Engenharia, com valor inicial de R$ 711 milhões. Em abril do ano passado, o contrato foi interrompido, com 80% das obras concluídas e o pagamento de R$ 583 milhões. Os auditores verificaram que, entre esses aditivos, haviam vários que cancelavam determinado valor, com mudanças no quantitativo dos trabalhos, mas, em seguida, um novo aditivo aumentava o mesmo valor, inclusive com centavos, em outro tipo de serviço.
Os 13 aditivos feitos ao contrato da terraplanagem acarretaram um acréscimo de R$ 14,2 milhões na obra. No total, foram realizadas 14 modificações de valores e mais uma transação extrajudicial entre as partes no valor de R$ 73,9 milhões. A terraplanagem também precisou contar com um trabalho extra por causa de erosão no solo e, para tratar do problema, a Petrobras contratou outra empresa a Cristal Engenharia, por mais R$ 7,5 milhões. A auditoria anotou: “ou seja, a Petrobras celebrou outro contrato, destinado a manter parte dos trabalhos de terraplanagem já desenvolvidos. Todavia, foi constatado que este novo ajuste não prevê a conclusão de algumas estruturas inacabadas.”
Oito dos aditivos realizados pela Petrobras no contrato modificavam, e muito, o tipo de serviço a ser realizado, mas, no final, os valores cancelados e acrescidos acabaram praticamente os mesmos. Os técnicos demonstraram que “embora se compreenda que uma obra de terraplanagem necessite de ajustes nas quantidades estimadas inicialmente, a dimensão desses ajustes reflete a má qualidade do projeto. Não se pode aceitar, por exemplo, uma redução da ordem de 96% em um quantitativo”.
A Petrobras informou que os aditivos ocorreram “em consequência do elevado grau de detalhamento adotado pela empresa na contratação, com mais de 144 itens na planilha de preços unitários”. Sobre a concorrência para a construção da refinaria, a assessoria da petroleira declarou que “os pacotes de contratação estão em ajustes finais para serem lançados no mercado. Em março já foram emitidos convites para terceirização dos serviços de geração de hidrogênio e de tratamento de água e efluentes. Os projetos passaram por adequações e estão aderentes às métricas internacionais”.
( O Globo )

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Adeus Dilma!


http://i.huffpost.com/gen/1590539/thumbs/o-DILMA-facebook.jpg
O ADEUS DA DILMA BEATTY BOUPPY DENTUÇA
A divulgação da última pesquisa Datafolha, que mostra uma tendência consistente de queda na avaliação e intenção de votos da presidente Dilma Rousseff , foi um incentivo a mais para empurrar para fora do barco governista setores expressivos da base aliada e que vai levar junto a Dilma. Não tem mais solução. Ella está cada vez mais fora da disputa presidencial e já está dizendo adeusinho para a reeleição. A culpa é do molusco de 09 tentáculos, mais conhecido como “Barba – O Traidor, que usa o codinome de Lulla, que largou no colo da Dillma uma herança maldita, o pais falido, a Petrobras loteada entre os salafrários petralhas e muitas outras fraudes e roubalheira, descarada onde somente Elle ganhou e muito $........... e que Ella não tinha capacidade ou competência para gerenciar e nem administrar. O resultado somente poderia ser o que estamos vendo. O Brasil descendo ladeira abaixo e sem freios e vai bater no muro da inflação, da corrupção, da safadeza, da enganação, das mentiras e etc. Na avaliação de aliados de diversos partidos, até as convenções de julho que decidirão pela manutenção ou não das alianças nacionais com o PT, o nível de traição crescerá caso a presidente continue caindo nas pesquisas de intenção de votos. Aécio vem sendo o maior beneficiário das dissidências entre os partidos dilmistas. O melhor que a Dillma tem a fazer é relaxar e gozar e mandar tudo para o  inferno junto com o traidor Barba. Brasil um pais de tolos e ignorantes. Pais rico e pais sem safadeza. O Partido Trambiqueiro e os PeTralhas são o cavalo de troia dos brasileiros. É tudo mentira. É tudo enganação. É tudo corrupção.
*De: Terra Mail [mailto:soares.queiroz@terra.com.br] , via Grupo Resistência Democrática.

Petrobras é suspeita de ter violado normas internas para assinar contrato com a Odebrecht nas eleições de 2010.

Uma auditoria interna da estatal revela que o documento foi assinado cinco dias antes do segundo turno, por funcionário sem poderes para isso; lobista diz que a operação rendeu 8 US$ milhões à campanha de Dilma

Uma auditoria da Petrobras, obtida por ÉPOCA, revela que os diretores da estatal tiveram pressa para fechar um contrato com a Odebrecht, no valor de US$ 826 milhões, durante o segundo turno das eleições de 2010. Segundo a auditoria, normas da Petrobras foram violadas para que o contrato fosse assinado o quanto antes. Segundo o lobista João Augusto Henriques, que supervisionava as operações da Diretoria Internacional, naquele momento ocupada pelo PMDB, a pressa devia-se ao segundo turno das eleições presidenciais. Se o contrato não fosse assinado até o dia 31 de outubro de 2010, a Odebrecht não pagaria o equivalente a US$ 8 milhões para a campanha de Dilma Rousseff, do PT, diz João Augusto. O contrato foi assinado cinco dias antes das eleições.
Como revelou ÉPOCA em sua última edição, há suspeitas de irregularidades no contrato com a Odebrecht, que previa a prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde no Brasil e no exterior. De acordo com uma auditoria preliminar da Petrobras, o contrato fora assinado por empregado sem poderes para tal. O funcionário indicado pela Diretoria Executiva para essa providência estava em missão externa. "O contrato foi assinado em 26/10/2010 por um dos coordenadores da Área Internacional, sem que houvesse/haja evidência qualquer de delegação de poderes para assinar o contrato. Em 27/10/2010, ou seja, um dia após a assinatura do contrato, o titular já havia retornado , afirmaram os auditores.
Relatório da auditoria realizada na Petrobras a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade (Foto: Reprodução)
O lobista João Augusto Henriques Rezende revelou a ÉPOCA que, como o contrato foi assinado a tempo, a doação da Odebrecht para a campanha de Dilma aconteceu como previsto. "Todo mundo recebeu", disse João Augusto. Segundo ele, "todo mundo" incluía, além da campanha de Dilma, o então diretor Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, funcionários da área e deputados do PMDB.  João Augusto disse a ÉPOCA que "montou" o "projeto Odebrecht". "Eu escolhi a Odebrecht. Ela tinha que ganhar. Pelo padrão." A confissão do lobista é corroborada pelos achados da auditoria interna da Petrobras, que apontou evidências de que a licitação fora dirigida à Odebrecht.
Na edição desta semana, ÉPOCA revelou trechos das duas auditorias feitas pela Petrobras nesse contrato - somente parte da auditoria mais recente viera a público, no começo deste ano. A primeira auditoria, contudo, contém evidências mais consistentes de irregularidades. A contratação da Odebrecht é alvo de investigações na Polícia Federal, no Ministério Público e no Tribunal de Contas da União. Os auditores apontaram uma série de irgularidades: a Petrobras errou no perfil das empresas convidadas a participar da disputa e estabeleceu prazo reduzido para a apresentação das propostas. A auditoria identificou no orçamento da Odebrecht a manipulação de preços e quantidade de serviços, de forma irregular, para elevar gastos, sem que houvesse uma contestação da estatal, prática conhecida como jogo de planilha. Descobriu-se, ainda, a falta de autorização por parte da diretoria executiva da Petrobras para a realização de gastos adicionais no montante de US$ 20,3 milhões para estender o contrato à refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Sob tais circunstâncias, o processo licitatório deveria ter sido interrompido , concluiu Marise Feitoza, gerente de Auditorias Especiais.
Apesar de todas as restrições, a presidente Graça Foster decidiu, em janeiro de 2013, manter o contrato, reduzindo-o a US$ 480 milhões. ÉPOCA mostrou bastidores dessa decisão. Após a primeira versão da auditoria, João Augusto e a Odebrecht pressionaram a presidente da estatal, Graça Foster, para que o contrato fosse mantido. Aprovou-se, em seguida, uma versão mais amena da auditoria: uma solução intermediária para que a contratação não fosse cancelada.
Outro trecho do primeiro relatório reforça a conclusão dos auditores de que a Petrobras tinha pressa em fechar o negócio. Em 11 de novembro de 2010, menos de um mês depois de assinar com a Odebrecht, a estatal contratou a Atnas Engenharia, por R$ 29 milhões, para realizar estudos para "a implantação dos serviços de segurança, meio-ambiente e saúde". Ou seja, a Atnas foi contratada dias depois para fazer uma análise que antecederia o contrato com a Odebrecht. O diagnóstico da Atnas foi de que "apenas 19,5% dos projetos contemplavam as informações necessárias à perfeita execução dos serviços já contratados com a CNO (Odebrecht)".

Relatório da auditoria realizada na Petrobras a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade (Foto: Reprodução) 
Procurada na semana passada, a Petrobras informou que não se manifestaria. Em nota, a Odebrecht afirma: A Odebrecht nega veementemente a existência de qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, conquistados legitimamente por meio de concorrências públicas. Esclareça-se que a redução no valor do mencionado contrato para a execução de serviços em instalações da Petrobras fora do Brasil foi única e exclusivamente consequência da diminuição do escopo deste contrato. Em decorrência do plano de desinvestimentos da Petrobras no exterior, a prestação dos serviços elencados no contrato, originalmente prevista para ocorrer em nove países, foi reduzida para quatro. A Odebrecht desconhece questionamentos feitos em auditoria interna da Petrobras e as conclusões dessa mesma auditoria. A empresa está à disposição de qualquer órgão de fiscalização para fornecer informações sobre o mencionado contrato, cujas obras previstas já foram concluídas e entregues.
*MARCELO ROCHA E DIEGO ESCOSTEGUY

Aloysio Nunes: Okinawa é cópia descarada de Pasadena.

Brasília (DF) - O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou nesta terça-feira (6) que as irregularidades nas negociações para a compra da refinaria Nansei, em Okinawa, no Japão, são uma cópia do que ocorreu com Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos.

É a cópia autêntica, descarada, de Pasadena, só que no Japão. Mas é a mesma diretoria presidida pelo [José Sergio] Gabrielli e o conselho de administração presidido por Dilma Rousseff. Os mesmos documentos falhos, incompletos, que omitem características essenciais do negócio, elaboradas pelo mesmo [Nestor] Cerveró , disse o senador.
Reportagem publicada nesta terça-feira (6) na Folha de S.Paulo mostra que Pasadena não foi a única aquisição controversa feita pela Petrobras.
A compra da refinaria Nansei, em Okinawa, foi aprovada pelo conselho de administração da empresa sem que ele fosse informado dos riscos do investimento.
Além de todos os problemas técnicos, Nansei não tinha uma licença ambiental necessária para operar no nível que a Petrobras exigia. A refinaria teria de ampliar sua produção para 100 mil barris por dia, mas a licença não foi concedida e a estrutura continuou a gerar apenas 45 mil barris/dia. Para o senador, os entraves ambientais também repetem Pasadena e se configuram como mais um Mico da estatal.
[São] prejuízos, maus negócios que revelam uma administração incompetente, que abusou dos poderes que tinha, e que merece agora ser analisada a fundo pela CPI , analisou Aloysio Nunes.

Governo petista gasta 1,6 bilhões em refinaria, no Maranhão, que jamais saiu do papel!

Unidade foi anunciada por Lula e Dima em 2010 com a promessa de que seria a maior do Brasil...... Foi anunciada mais até hoje não saiu do papel.
Deve ser o maior mico da história do Brasil atual é o que me parece.........De escândalos e mais escândalos o Governo de Dilma vai acabando.
*José Paulo de Resende

Católicos na miséria resistem à perseguição russo-cismática na Criméia.


Católicos na miséria sob a perseguição na Criméia
Católicos na miséria sob a perseguição na Criméia
“Fomos isolados do resto do país. Só podemos nos comunicar por telefone ou e-mail”, disse em comunicação telefônica com a associação assistencial Aid to the Church in Need Dom Jacek Pyl, bispo auxiliar católico de Odessa-Simferopol, na Criméia. “Até os pacotes com ajuda humanitária são recusados na fronteira”.

Apesar da hostilização e dos percalços, a Igreja Católica, que tem apenas 2.000 fiéis na região, continua ajudando as famílias em dificuldades.

Os bancos ucranianos foram fechados e só há bancos russos, não podendo os cidadãos acessar suas contas. Por isso deixaram de receber ordenados, pensões ou outros auxílios. A moeda ucraniana ficou proibida. Em seu lugar entrou a moeda russa, mas a conta-gotas.
Os católicos de rito latino auxiliam as famílias greco-católicas (“uniatas”), especialmente as mais numerosas, com alimentos e medicamentos, porque os sacerdotes tiveram que fugir da Criméia ameaçados por agentes russos.
Dom Jacek Pyl, bispo auxiliar católico de Odessa-Simferopol, Criméia
Dom Jacek Pyl, bispo auxiliar católico de Odessa-Simferopol, Criméia
A ocupação russa também invalidou os processos que visavam à devolução dos bens da Igreja Católica confiscados pela União Soviética, recriando neste ponto a situação dos tempos de Stalin.
“A igreja católica de Sebastopol havia sido transformada num teatro sob o comunismo e ia ser devolvida à Igreja, mas agora tudo o que foi feito nesse sentido ficou reduzido a nada”.
As licenças concedidas outrora para construir igrejas ou dependências eclesiásticas não são mais reconhecidas.
Porém, os católicos não desanimam, diz D. Pyl. O bispo destaca a grande necessidade de orações dos católicos no mundo todo pela Igreja perseguida na Criméia.
“A fé, disse, nos permite ver tudo sob o prisma a Providência Divina; olhamos o futuro com esperança, e por isso sabemos que Deus está perto de nós nas dificuldades presentes”, acrescentou o prelado.
Os católicos conheceram situações piores sob o comunismo e muitíssimos deles foram martirizados. Mas, cada vez que o catolicismo recomeçou de zero, acabou mais reforçado e mais prestigiado. Muitos seguidores dos cismas “ortodoxos” passaram a frequentar os templos católicos.
Na grande cidade de Kharkiv os bispos ucranianos renovaram a consagração do país ao Imaculado Coração de Maria e encorajam os fiéis de toda a Ucrânia a rezarem: “Coração Imaculado de Maria, rogai por nós”.

Barbosa faz a coisa certa e veta trabalho externo para Dirceu.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, vetou nesta sexta-feira o pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para trabalhar fora do presídio da Papuda, no Distrito Federal, enquanto cumpre pena pela condenação no julgamento do mensalão. Relator do processo na Corte, Barbosa sustentou que o petista ainda não cumpriu o mínimo de um sexto de sua pena – sete anos e onze meses –, um requisito para conseguir o benefício, segundo a Lei de Execução Penal. No caso de Dirceu, seria preciso cumprir ao menos 1 ano, 3 meses e 25 dias de prisão no regime semiaberto – com possibilidade de descontar os dias remidos por trabalho ou estudo.
Por lei, a autorização para o trabalho externo depende do cumprimento prévio de um sexto da pena. Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência que autoriza o trabalho independentemente da comprovação deste prazo. O Supremo, por sua vez, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença. Nesta quinta-feira, por exemplo, Barbosa revogou a permissão de outro mensaleiro, Romeu Queiroz, para trabalhar fora do presídio em Minas Gerais – o que deverá ser replicado para os demais menaleiros que conseguiram o benefício.
“Ausente o pressuposto objetivo para a concessão do benefício (não cumprimento de 1/6 da pena) e por ser absolutamente contrários aos fins da pena aplicada (…) indefiro o pedido”, disse Barbosa na decisão sobre o pedido de Dirceu. Em sua decisão, o magistrado contesta ainda a interpretação frequente do STJ de que o cumprimento de um sexto da pena não seria necessário e afirma que as decisões daquele tribunal “violam frontalmente o disposto no artigo 37 da Lei de Execução Penal”. “Ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena total aplicada ao condenado a regime semiaberto, as VEPs e o Superior Tribunal de Justiça tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto, sem que o Código Penal ou a Lei de Execução Penal assim o tenham estabelecido. Noutras palavras, ignora-se às claras o comando legal, sem qualquer justificativa minimamente aceitável”, afirmou.
Em resposta à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal já havia rejeitado a principal tese petista, segundo a qual ele estaria sendo prejudicado por ser o único mensaleiro a não ter tido autorizado o pedido de trabalho externo. Dirceu tem oferta para trabalhar no escritório do criminalista José Gerardo Grossi.
Para Barbosa, o fato de Grossi não permanecer em seu escritório durante todo o expediente, por exemplo, dificultaria a fiscalização de Dirceu durante a jornada de trabalho. “Ademais, para fins de reeducação, o apenado já vem executando atividade similar dentro do sistema prisional”, onde tem feito cursos de Direito Constitucional e trabalhado dentro da biblioteca da Papuda. Na avaliação do ministro, “não há, assim, motivo para autorizar a saída do preso para executar serviços da mesma natureza do que já vem executando atualmente, considerada a finalidade do trabalho do condenado”, que é educativa e produtiva, conforme a Lei de Execução Penal.
Em seu despacho, o ministro ainda critica duramente a oferta de trabalho feita por Grossi ao principal condenado no escândalo do mensalão e afirma que “é lícito vislumbrar na oferta de trabalho uma mera ‘ação de complacência entre companheiros’”. “É de se indagar: o direito de punir indivíduos definitivamente condenados pela prática de crimes, que é uma prerrogativa típica do Estado, compatibiliza-se com esse inaceitável tradeoff entre proprietários de escritórios de advocacia criminal? Harmoniza-se tudo isso com o interesse público, com o direito da sociedade de ver os condenados cumprirem regularmente as penas que lhes foram impostas?”, questiona ele.
Mordomias

A decisão contrária ao trabalho a José Dirceu foi divulgada no mesmo dia em que o jornal Folha de S. Paulo revelou que as mordomias do ex-ministro da Casa Civil na prisão continuam: sua filha, Joana Saragoça, foi flagrada furando a fila de visitas na Papuda com a ajuda de um funcionário da Subsecretaria do Sistema Prisional.
Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia encaminhado documento ao Supremo no qual apontava “indicativos claros” de tratamento diferenciado concedido aos mensaleiros na cadeia. Entre esses indicativos, ele citou o fato de os presos terem recebido visitas em horários diferenciados na Papuda, administrada pelo governo Agnelo Queiroz (PT). O procurador ressaltou ainda depoimento no qual outros presidiários relataram que os condenados do mensalão recebem café da manhã diferente. “Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”, disse.
Em duas edições, VEJA revelou uma série de mordomias que Dirceu e Delúbio Soares desfrutam na Papuda. Dirceu passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas – incluindo um podólogo –, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas.
Já o ex-tesoureiro petista detém forte influência no Centro de Progressão Penitenciária. Os benefícios, considerados irregulares pelo Ministério Público do Distrito Federal, incluem até refeições especiais, como feijoada aos finais de semana, o que é proibido para todo o restante da população carcerária. Outro exemplo da influência de Delúbio dentro do CPP ocorreu quando o petista teve sua carteira roubada. Ele chamou o chefe de plantão, que determinou que ninguém deixasse a ala do centro de detenção até que a carteira, os documentos e os 200 reais em dinheiro fossem encontrados.

Comandada pelo PT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizou uma diligência na Papuda com o objetivo de negar a existência de benefícios aos condenados no julgamento do mensalão e, dessa forma, evitar sanções aos mensaleiros. A intenção era pressionar pela liberação do trabalho externo para Dirceu, mas o tiro saiu pela culatra: os deputados encontraram Dirceu assistindo a um jogo de futebol em TV de plasma e conferiram que sua cela é maior e mais equipada que a dos demais detentos – possui micro-ondas, chuveiro quente e uma cama melhor.
Em resposta à Comissão, a própria Vara de Execuções Penais desconstruiu o argumento de que Dirceu estaria sendo penalizado pelas autoridades judiciárias por não ter recebido aval para o trabalho externo. Conforme a VEP, ao contrário do que alega a militância petista, o regime semiaberto não garante o direito ao trabalho externo, e sim à possibilidade de o detento ser ser contemplado com esse benefício. “O regime semiaberto não se caracteriza pela existência de benefícios externos, os quais, na forma do artigo 35 do Código Penal, podem ser autorizados de forma excepcional. O trabalho ao sentenciado, como regra, é interno, mesmo no regime semiaberto. O sentenciado José Dirceu cumpre pena no regime semiaberto com estabelecimento adequado ao regime prisional fixado na sentença”, informou a VEP em ofício enviado à Câmara dos Deputados.
Dirceu está sendo investigado pela Justiça por ter usado um celular dentro da cadeia do secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, no dia 6 de janeiro.
*Por Laryssa Borges, na Veja.com

domingo, 11 de maio de 2014

Delícias do poder.

O poder tem suas vantagens. Em 2013 o PT bateu novo recorde de arrecadação de doações de empresas privadas, chegando a quase R$ 80 milhões. É uma marca particularmente notável pelo fato de não ter sido um ano eleitoral, em que as doações se destinam, basicamente, ao custeio das atividades partidárias. Segundo revelou o jornal Valor, com base na prestação anual de contas apresentada pela legenda de Lula & Cia. ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2013 essas doações foram 57,3% maiores do que no primeiro ano do governo Dilma Rousseff (2011).
Os principais doadores do PT- geralmente os mesmos que dão dinheiro para todas as outras legendas partidárias - são empreiteiras de obras públicas e grandes empresas que dependem fortemente da boa vontade do poder público para o desenvolvimento de seus negócios. Isso evidencia, desde logo, a distorção representada pela indevida influência que a força do dinheiro empresarial passa a ter na política e, consequentemente, na administração pública, a partir do instante em que as corporações fazem "doações" aos partidos.
Justiça seja feita, essa distorção - que o STF está na iminência de erradicar - não é uma invenção do PT. Há mais de uma década no poder, a companheirada que não quer largar o osso só fez "aperfeiçoar" a distorção, enquanto jura devoção à exclusividade do financiamento público.
Mas não deixa de ser muito revelador de seu verdadeiro propósito - a permanência no poder a qualquer custo - os petistas se deixarem tranquilamente financiar pela elite que tão ferozmente combatem. Afinal, quem são os donos das maiores empresas do País? E bota elite nisso, porque 74,3% das doações de empresas recebidas pelo Diretório Nacional do PT no ano passado (R$ 59,27 milhões) saíram do bolso de um grupo de apenas 10 delas. À frente desse grupo está uma empreiteira que contribuiu com generosos R$ 12,3 milhões, despesa contabilizada que representa apenas 2% dos mais de R$ 590 milhões que faturou em contratos com o governo federal em 2013.
A lógica desse processo de financiamento partidário - que transforma governantes e aspirantes a essa condição em reféns do poder econômico - por si só demonstra que o modelo é incompatível com os fundamentos de uma sociedade democrática, na qual o voto de cada cidadão é o único instrumento legítimo para a eleição de mandatários. Empresas não votam. E seu objetivo é, primeiro, o lucro e, depois, a maximização do lucro - o que não é nenhum pecado ou demérito no capitalismo.
A receita total do diretório nacional do PT em 2013, ainda segundo a prestação de contas apresentada ao TSE, foi de R$ 170 milhões. Depois dos R$ 79,7 milhões em doações de empresas (57,3% do total), a segunda maior parcela é constituída pelos recursos públicos provenientes do Fundo Partidário: R$ 58 milhões (34%). E ainda R$ 32 milhões (18,8%) em contribuições de filiados que ocupam cargos na administração pública. As doações de pessoas físicas foram de apenas R$ 2,9 mil, equivalentes a menos de 0,05% da receita total.
A aparente má notícia é que, daqueles R$ 170 milhões, o saldo remanescente para o ano eleitoral de 2014 foi de modesto R$ 1,6 milhão. Isso deveria preocupar a cúpula do partido, que terá de enfrentar milionários compromissos financeiros na campanha eleitoral deste ano. Financiar candidaturas ao Planalto, ao Congresso, às governanças e assembleias estaduais, com os requintes tecnológicos determinados pelos marqueteiros, demanda recursos astronômicos. Mas a elite política não está preocupada com isso. A máquina arrecadadora petista - e a dos demais partidos também - tem um longo, ameno e proveitoso convívio com a elite que é dona do dinheiro.
Fique também tranquilo o cidadão-contribuinte. No final, será ele o verdadeiro financiador das campanhas políticas milionárias, pois as obras públicas que forem feitas e os serviços que forem prestados certamente virão generosamente majorados para proporcionar o reembolso daquilo que, para uns, é financiamento de uma atividade cívica, mas, para outros, é um investimento altamente lucrativo.
* Fonte: O Estado de S. Paulo

PF identifica um dos autores de ameaças de morte a Joaquim Barbosa.

Homem que desejava atentar contra a vida do presidente o STF é um integrante da Comissão de Ética do PT. E agora?

      PROCURADO - A PF tenta descobrir a identidade de um tal "Antonio Granado", que incita       os militantes a atentar contra a vida do ministro. (Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo)
Desde que o julgamento do mensalão foi concluído, em novembro do ano passado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, tornou-se alvo de uma série de constrangimentos orquestrados por seguidores dos petistas condenados por envolvimento no maior escândalo de corrupção da história. A chamada “militância virtual” do PT, treinada pela falconaria do partido para perseguir e difamar desafetos políticos do petismo na internet, caçou Barbosa de forma implacável. O presidente do Supremo sofreu toda sorte de canalhice virtual e foi até perseguido e hostilizado por patetas fantasiados de revolucionários nas ruas de Brasília. Os ataques anônimos da patrulha virtual petista, porém, não chegavam a preocupar Barbosa até que atingiram um nível inaceitável. Da hostilidade recorrente, o jogo sujo evoluiu para uma onda de atos criminosos, incluindo ameaças de morte e virulentos ataques racistas.
Os mais graves surgiram quando Joaquim Barbosa decretou a prisão dos mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Disparadas por perfis apócrifos de simpatizantes petistas, as mensagens foram encaminhadas ao Supremo. Em uma delas, um sujeito que usava a foto de José Dirceu em seu perfil no Facebook escreve que o ministro “morreria de câncer ou com um tiro na cabeça” e que seus algozes seriam “seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato”. Por fim, chama Joaquim de “traidor” e vocifera: “Tirem as patas dos nossos heróis!”. Em uma segunda mensagem, de dezembro de 2013, o recado foi ainda mais ameaçador: “Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas (...). Joaquim Barbosa deve ser morto”. Temendo pela integridade do presidente da mais alta corte do país, a direção do STF acionou a Polícia Federal para que apurasse a origem das ameaças. Dividida em dois inquéritos, a averiguação está em curso na polícia, mas os resultados já colhidos pelos investigadores começam a revelar o que parecia evidente.
*Robson Bonin

Greves ameaçam parar o Rio no mês da Copa do Mundo.


A quinta-feira sem ônibus no Rio de Janeiro foi um exemplo, em escala reduzida, do que um grupo planeja para o mês da Copa do Mundo na cidade. O período que antecede a competição, com grande visibilidade internacional, estimula diversas categorias a concentrar para maio e junho suas reivindicações, com ameaças de greve. Estão no grupo uma parte dos rodoviários, professores das redes municipal e estadual, policiais civis e militares e vigilantes. Diante da possibilidade de causar algum transtorno, páginas dos grupos Black Bloc e Anonymous no Facebook estimulam todo e qualquer protesto.
A adesão de manifestantes de plantão, mascarados e outros grupos radicais já tem um grito de guerra. O “não vai ter copa” foi substituído, nas trocas de mensagens em redes sociais, pelo “não vai ter paz na Copa”. A tática dos manifestantes é apoiar e intensificar qualquer movimento que possa inflar os protestos contra a realização da competição e os governos municipal, estadual e federal. As greves também são a forma de retomar a mobilização, esvaziada desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade, que resultou na prisão de dois manifestantes.
Nesta sexta-feira, os vigilantes têm protesto marcado às 15h, na Candelária. Uma hora antes, grevistas da categoria vão caminhar da Candelária até o Maracanã. Professores das redes municipal e estadual anunciaram uma paralisação a partir desta segunda-feira. Policiais Civis estão dispostos a cruzar os braços e o governo não aprovar a incorporação de uma gratificação de 850 reais aos salários, no dia 15. Na lista dos que podem entrar em greve às vésperas do Mundial ainda estão as polícias Civil e Federal.
O resultado da paralisação dos ônibus na quinta-feira deixa claro que o objetivo de uma parte dos manifestantes não é só reivindicar. Piquetes para impedir a saída de veículos resultaram em 467 veículos depredados. Nas redes sociais, grupos contrários à realização da Copa no país comemoraram e listaram outras categorias que estão em greve, como os vigilantes, parados desde 24 de abril. “A luta do povo está roubando a cena. Viva”, dizia uma publicação do grupo Anonymous no Facebook.
Professores
A nova greve dos professores, após nove meses da última paralisação da categoria, pode ser um problema não só pela interrupção das aulas de milhares de alunos. A greve aumenta o risco de protestos violentos, como os que transformaram as ruas do Centro do Rio em praças de guerra no ano passado. A preocupação não está nas manifestações dos profissionais da educação, mas na adesão dos Black Blocs, que em outubro receberam o “apoio incondicional” do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe).
*Por Pâmela Oliveira, na VEJA.com: