sábado, 22 de agosto de 2009

Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A bela atriz Lindsay Lohan

CGU vê erros em patrocínios da Petrobras

Na Folha Online:
Nota técnica da CGU (Controladoria Geral da União) concluída nesta semana apontou uma série de irregularidades em contratos de patrocínio da Petrobras com organizações não governamentais.
O relatório, encaminhado à CPI da Petrobras, listou problemas em todos os oito contratos de patrocínio analisados, firmados entre 2001 e 2008. As entidades receberam um total de R$ 5,6 milhões.
A maior dificuldade dos técnicos foi encontrar notas fiscais que comprovassem os gastos. "Mesmo dentro desse quadro de desordem organizacional, a associação fiscalizada teve suas contas aprovadas e novos recursos financeiros liberados pela Petrobras, sem que comprovasse sua plena utilização conforme definido nos contratos", diz o documento da CGU, citando entidade que não comprovou o uso do dinheiro na fabricação de telhas ecológicas e coleta seletiva de lixo.
Uma das entidades recebeu R$ 477 mil para dar cursos a mulheres carentes em Santo Amaro (BA). As despesas foram comprovadas com notas fiscais de empresas da filha e do marido presidente da ONG.
Além de não localizarem as sedes dessas empresas, os técnicos identificaram recibos de serviço prestado com data de 1996, dez anos antes do contrato com a Petrobras. Nesse caso, a própria estatal já havia decidido não prorrogar o contrato.
À CGU, a Petrobras disse que fiscaliza as ações e que auditoria interna já havia detectado deficiências e que teria aprimorado os métodos de controle.
Outros papéis que chegaram à CPI dão conta que a Petrobras não atendeu às solicitações do TCU (Tribunal de Contas da União) de enviar informações sobre as obras da refinaria Abreu e Lima (PE).
O TCU enfatiza que a estatal obstruiu uma auditoria de maio deste ano. "Para se ter uma visão da magnitude da obstrução/sonegação imposta pela Petrobras, de um total de R$ 15,7 bilhões, a equipe do TCU teve acesso às planilhas de apenas R$ 3,9 bilhões do empreendimento", diz.
A Petrobras admite que descumpriu o prazo para entregar a documentação solicitada pelo TCU, mas nega ter sonegado informação e obstruído o trabalho dos auditores.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Lula lamenta a saída de Marina do PT

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Pequenez: Governo demite auditores nomeados por Lina Vieira

Da Folha Online:
Dois dias após Lina Vieira ter dito que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fez uma "ingerência descabida" na Receita Federal, servidores de confiança nomeados pela ex-secretária foram avisados de que serão exonerados, informa reportagem publicada nesta sexta-feira pela Folha de São Paulo.
Segundo a reportagem, um deles é Henrique Jorge Freitas, subsecretário de Fiscalização.
Em audiência no Senado na terça-feira, Lina disse que pediu a ele um relatório sobre as auditorias em andamento, incluindo as que envolvem o filho do senador José Sarney (PMDB-AP), Fernando, após a reunião em que Dilma teria pedido para "agilizar" fiscalização nas empresas da família.
A Folha informa que, além de Freitas, sairiam ainda o coordenador-geral de Estudos, Marcelo Lettieri, e Alberto Amadei, que Lina nomeara como seu assessor especial.
Auditores entenderam as demissões como uma reação do Planalto ao problema político causado por Lina a Dilma.

Operação da PF prende 18 por fraude em importação

Na Folha Online:
A Polícia Federal iniciou nesta sexta-feira ações com objetivo de desarticular um grupo suspeito de fraude em atividades de comércio exterior. A operação Duty Free prendeu 18 suspeitos e teve o apoio do Ministério Público Federal. Segundo a PF, o grupo é formado por advogados, empresários e servidores públicos, especializada em crimes ligados à área do comércio exterior, que atuava nos Estados de São Paulo e Espírito Santo.
Foram mobilizados 200 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisões preventivas e 40 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vitória, Vila Velha, Viana, Castelo, Alfredo Chaves, Anchieta, Conceição da Barra e Cariacica, todas no Estado do Espírito Santo, além da cidade de São Paulo.
Segundo a PF, as investigações, iniciadas em fevereiro de 2009, revelaram que o grupo criminoso conseguia, com ajuda de servidores da Receita Federal, facilidades e agilidade em processos de importação, prestação de consultorias e reiteradas interposições fraudulentas, em troca de dinheiro e outras vantagens.
O grupo também teria se beneficiado de um contrato firmado com o Bandes (Banco de Desenvolvimento do Espírito Santos), além de fraude em licitação com uma prefeitura do interior do Estado do Espírito Santo.
Os presos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa, advocacia administrativa e contrabando e descaminho. Se condenados, as penas máximas podem chegar a 46 anos de prisão. Não há ainda informação sobre valores sonegados.

Um político comum e sem brio

Conversador e sem brio, como sempre, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), mostrou-se hoje um político tão comum como qualquer outro inexpressivo membro do legislativo nacional, ao recuar de sua intenção de deixar a liderança do PT no Senado em discurso na tribuna da Casa. A decisão ocorre um dia depois dele informar que deixaria o cargo. O bufão deixou transparecer que atende a um pedido do presidente Lula com quem teve uma conversa. Agindo como agiu, Mercadante só demonstra que deveria ter calado antes de bufar e afirmar que renunciaria, "fazendo pose para a galera". Disse o senador: "Não tenho condições de dizer não [ao pedido do presidente Lula]. Não tenho, como não tive antes".
Apesar de permanecer no cargo, Mercadante criticou a decisão do comando do PT de orientar pelo arquivamento de todos os processos contra o senado José Sarney (PMDB-AP) no Conselho de Ética. "Esbarramos na maior bancada do Senado, que é o PMDB, que teve papel fundamental nesse processo. Esbarramos infelizmente na resposta que o meu governo e o meu partido deram e que não era a minha desde o começo", afirmou.
O petista lembrou que colocou o seu cargo à disposição da bancada logo após a reunião do conselho, mas recebeu apelo da maioria dos senadores e de petistas ilustres para ficar no cargo.
Para justificar ainda a mudança de rumo em sua trajetória, Mercadante usou a crise no PT e a saída dos senadores Marina Silva (AC) e Flávio Arns (PR) do partido.
"Todos os senadores [da bancada] disseram: 'Mercadante, não é esse o caminho. Vocêtem que continuar, tem que ficar'. Pediram que eu ficasse, especialmente neste momento difícil para a própria bancada. Porque a Marina não é um quadro qualquer. Tem uma história de 30 anos [no partido] e representa uma agenda importante para o Brasil. Uma agenda que existe dentro do meu partido", afirmou ele no discurso.
Ontem, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), criticou a decisão do líder de entregar o cargo --depois da orientação da cúpula da legenda para o arquivamento das acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética.

Lobão diz que Dilma 'não é simpática como JK'

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acabou cometendo uma gafe ao tentar elogiar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Comentando sobre sua competência à frente do governo, em discurso durante a posse do novo presidente da BR Distribuidora, o ex-secretário de Petróleo e Gás do Ministério, José Lima de Andrade Neto, o ministro comentou que "Dilma até pode não ter a simpatia de muitos grandes líderes do passado, como o Juscelino (Kubitschek), que era um monumento de simpatia".
"Ela é simpática também, se relaciona bem com as pessoas, não como o Juscelino, que era transbordante de simpatia", afirmou, emendando na sequência: "Mas ela é de uma competência como poucas vezes vi ao longo de minha caminhada. E o País necessita de pessoas deste gênero para dirigir bem o novo tempo que se abriu para o Brasil".
Em discurso recheado de pérolas nacionalistas - "o Hino Nacional traz não só noção de brasilidade, como elevação espiritual" - o ministro também aproveitou para defender a Petrobras, que hoje é alvo de CPI. "A Petrobras é um símbolo nacional que se confunde com a bandeira brasileira. Temos portanto o dever de não apenas amá-la, mas defende-la. Defende-la dos acidentes e de gestos de mal querença", disse.

O PT esfacelado

O presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), endossou hoje as palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assegurou que o PT não passa por crise. Em sua página no twitter, rede social de microblogs, o deputado federal afirmou que o PT é "muito maior que qualquer militante" e disse que é "natural" um partido democrático viver momentos de "tensão". Berzoini se refere à saída da senadora Marina Silva (AC) e ao anúncio de desfiliação do senador Flávio Arns (PR) da sigla. Na tarde de ontem, o presidente Lula disse em entrevista a rádios de Mossoró (RN), que a legenda que ajudou a fundar continua "forte, com muitas possibilidades".
Comento: Lula também afirmou, ontem, no Rio Grande do Norte que a oposição é a pior doença. Isso deixa claro que o Presidente abomina oposição, quando o foi por décadas e se ufanava disso. Demonstra que ele sofre da dificuldade de ser estadista e democrata. Mas a verdade é que o PT perdeu, desde sua ascensão ao poder, quatro Senadores. Quatro quadros importantes e que detém respeito e capacidade. Será que "sobrarão os restos"???

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lina x Dilma: Ministro defende liberação de imagem da Casa Civil sobre suposto encontro

Na Folha Online:
Em meio à resistência do Palácio do Planto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, defendeu hoje que a Presidência libere a cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil, que comprovaria o suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.
Segundo Marco Aurélio, não há razões para o material não ser entregue porque as autoridades são pessoas públicas. "Não há motivo para esconder-se o registro de ingresso de cidadãos ou servidores públicos em uma repartição. E até tenho certeza que será disponibilizado, porque julgo os outros por mim", disse. "No tribunal [STF] temos registros. Duvido que ocorra a negativa de fornecimento de dados pelo presidente do tribunal. Ou seja, não distingui, o homem público é um livro aberto", completou.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), encaminhou hoje à Presidência da o pedido da oposição para receber cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil e Xerox da planilha de carros que entraram e saíram da Casa Civil no período.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), afirma que não pretende divulgar as informações para preservar a privacidade dos visitantes.
A ex-secretária prestou depoimento à CCJ na terça-feira, quando classificou de "incabível" o pedido da ministra para acelerar o andamento de processo contra familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no âmbito da instituição.
Mesmo com a ministra negando o encontro, Lina Vieira apresentou detalhes de sua conversa com a ministra e do desembarque na Casa Civil. "Cheguei pela garagem, entrei. Lá existe uma mesinha onde fica um vigilante ali para as pessoas ingressarem porque não são todas as pessoas que ingressam, você precisa estar registrada, ter o nome lá numa lista. Entrei, passei por um detector de metais, subi um elevador e fui ao quarto andar", disse.

Jogo da política

http://jornale.com.br/simon/?p=1129

Berzoini diz que não pedirá mandato de Marina Silva

São Paulo - O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou hoje que não vai pedir à senadora Marina Silva (sem partido-AC) que entregue à legenda seu mandato de senadora. Agora que Marina apresentou seu pedido de desfiliação, de olho em uma candidatura presidencial pelo PV, o PT tem base legal e estatutária para pedir que seja aplicada a regra da fidelidade partidária. "O estatuto do PT prevê que os mandatos pertencem ao partido e isso ganhou força com o posicionamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre o assunto", reconheceu Berzoini.
"Apesar disso, tendo em vista a maneira como ela dialogou com o partido, as alegações dela sobre as angústias pessoais em relação à política, na minha opinião pessoal, seria inadequado fazer esse pedido judicial." Berzoini admitiu que sua decisão de não cobrar o mandato de Marina não significa necessariamente que o assunto deixará de ser debatido pelas instâncias partidárias. "Mas eu não vou propor, nem sinto no PT um clima para que se proponha", prosseguiu o dirigente.

Prefeito de Maceió é denunciado por fraudes financeiras

Do Portal da Abril:
O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), foi denunciado hoje ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal por enriquecimento ilícito e movimentação financeira fraudulenta. A denúncia foi feita pelo coordenador do Movimento Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas, Antônio Fernando da Silva. Segundo ele, o prefeito teria movimentado em sua conta bancária pessoal mais de R$ 5 milhões nos últimos cinco anos.
Almeida foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Taturana, durante as investigações sobre o desvio de mais de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas. De acordo com a PF, o prefeito foi indiciado porque teria contraído empréstimo de forma irregular quando era deputado, usando como garantia a verba de gabinete da Assembleia e o aval do Legislativo alagoano. Na época, o prefeito negou qualquer participação no golpe, mas confirmou o empréstimo, no valor de R$ 120 mil.
Almeida disse que o dinheiro contraído no empréstimo teria sido repassado ao então deputado estadual e atual deputado federal Francisco Tenório (PMN), para a instalação de uma fábrica de derivados do leite, em 2003. Almeida também nega a denúncia de enriquecimento ilícito e se diz alvo de uma campanha difamatória, que tem como objetivo prejudicar sua imagem, por conta de uma provável candidatura sua ao governo do Estado, nas eleições de 2010. Quanto à movimentação financeira, o prefeito justificou dizendo que os valores levantados pela PF são fruto de doações recebidas nas últimas campanhas eleitorais de que participou em Alagoas.
Comento: Se for confirmada a denúncia no âmbito do Judiciário, se o prefeito realmente tiver cometido uma ilegalidade, o Prefeito de Maceió não será apenas o responsável por uma fraude financeira mas um otário ou um ingênuo, coisa que em política não existe. É o cúmulo do cinismo, um acinte, alguém se valer de dinheiro ilegal e, ainda ,utilizar sua própria conta bancária para movimentá-lo. Em relação a alegação de doações de campanha...sei não! A legislação eleitoral prevê algum procedimento e utilização de conta exclusiva para fins eleitorais.

Mantega é convidado para abrir pregão da Bolsa de NY

Brasília - O presidente da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), Duncan Niederauer, convidou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para bater o martelo de início do pregão da Bolsa norte-americana. O convite foi feito durante reunião de Niederauer com Mantega, em Brasília.
O Brasil é o terceiro país em empresas listadas na Bolsa de Nova York, atrás apenas do Canadá e da China. Somente os recibos de ações (ADRs) da Petrobras são responsáveis por um giro de US$ 1,3 bilhão por dia, o maior da Bolsa de Nova York para esses papeis. Além da Petrobras, a Vale também tem papel de destaque nas negociações, com uma média diária de US$ 1 bilhão. Os papéis brasileiros mais negociados na Bolsa em 2008 foram Petrobras, Vale, Unibanco e Bradesco.
Em conversa com Mantega, Niederauer, que assumiu recentemente o cargo, afirmou que o Brasil é visto como importante parceiro estratégico. Ele elogiou, segundo participantes do encontro, a condução das medidas para combater os efeitos da crise na economia brasileira. A conversa durou um hora e ficou acertado que a participação de Mantega na abertura do pregão ocorrerá em setembro, quando o ministro fará viagem aos Estados Unidos para a reunião de líderes do G-20. A data certa ainda será fechada.

Em meia hora, Senado 'arquiva' crise de seis meses

De Josias de Souza, na Folha:
O jogo, como se sabe, estava jogado. O Conselho de (a)Ética consumou nesta quarta (19) a pantomima que se esboçava há duas semanas. Conforme antecipado aqui, de madrugada, o velório do Senado terminou sem defunto. Ou, por outra, foi à cova o próprio Senado.Em escassos 30 minutos, o conselho fulminou acusações que eletrificaram o plenário do Senado por mais de seis meses, desde fevereiro. Por nove votos contra seis, mantiveram-se na gaveta as 11 ações protocoladas contra José Sarney (veja aqui como votaram os conselheiros). Por unanimidade, arquivou-se a ação solitária que o PMDB abrira contra o líder tucano Arthur Virgílio.Enredado pelas teias da oposição e pelos desígnios de Lula, o PT cumpriu no teatro do Senado o papel de salvador de Sarney.Em nota, Ricardo Berzoini reduziu a reles luta política o que a sociedade enxergara como esforço moralizador. Coube ao petê João Pedro (AM) ler o texto no conselho.Escondidos atrás do escudo da posição partidária, os três petês com direito a voto no conselho votaram com a gaveta.Pedro Simon (PMDB-RS) realçou o inusitado: o petismo abraçou-se aos ex-algozes Sarney e Fernando Collor no dia em que Marina Silva bate em retirada.Simon desdenhou da nota de Berzoini. Viu no presidente do PT um mero coadjuvante. O diretor da cena, disse ele, é Lula.Flávio Arns (PT-PR), acomodou a lápide sobre os restos do que sobrara do velho PT.“Tenho que me envergonhar daquilo que o meu partido fez. O PT rasgou a página fundamental da sua constituição, que é a ética...”“...Pegou a folha da ética e jogou no lixo. Vai ter que achar outra bandeira, que não existe. A ética foi jogada no lixo pelo PT...”“...Particularmente com a nota do seu presidente, recomendando que a ética fosse jogada no lixo”.Com a declaração de Arns, os senadores do PSDB e do DEM, ficaram como que desobrigados de fustigar o petismo.
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

Ambientalistas dos EUA lançam campanha contra aquecimento

Pássaro-cetim em estudos pela Universidade de Maryland-USA
Grupos ambientalistas e sindicatos dos Estados Unidos lançaram, conjuntamente, uma campanha nacional para rejeitar as alegações de que uma legislação para combater as mudanças climáticas provocaria a perda de empregos em um momento de recessão.
"Trata-se de criar bons empregos (...) enquanto fazemos o correto por nosso planeta", disse Leo Gerard, presidente do sindicato de trabalhadores da indústria siderúrgica, que previu que a legislação para combater o aquecimento global criará centenas de milhares de empregos, caso seja bem elaborada.
O "Made In America Jobs Tour" começará na quinta-feira em Ohio e deverá se estender até setembro, quando os legisladores retornarão de seu recesso de agosto.
O Senado norte-americano deve analisar um projeto de lei sobre o aquecimento global quando retornar no início de setembro, três meses antes da cúpula mundial sobre o clima de dezembro, na Dinamarca.
*As informações são da Folha Online

Suspenso o registro profissional de Roger Abdelmassih

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo decidiu nesta quarta-feira suspender o registro profissional de Roger Abdelmassih, conhecido como um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país.
Abdelmassih está preso desde a última segunda-feira (17) e assim está impedido do exercício da profissão até a apuração dos fatos. Em reportagem publicada no Jornal Folha de São Paulo, no último dia 11 mostra que 51 processos éticos foram abertos contra o médico. Caso Abdelmassih seja considerado culpado, a punição pode variar de advertência até a perda definitiva do registro médico. Ele poderá recorrer ao Conselho Federal de Medicina e à Justiça. Também nesta quarta, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, da 6ª Câmara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça), negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa do médico.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vem aí a CPMF do Lula

Na Folha Online:
O ministro José Gomes Temporão (Saúde) discutiu nesta quarta-feira com a bancada do PMDB na Câmara uma estratégia para retomar a votação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), um imposto voltado para a saúde e que substituiria a extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Temporão pediu empenho da bancada, que é a maior da Câmara, na análise da proposta. A matéria também deve contar com o aval dos petistas. No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou e disse que a única mágoa que vai levar de seu governo é a queda da CPMF.
O ministro teria sustentado aos peemedebistas que a criação da CSS seria a forma de o governo liberar recursos para custear a emenda 29, que garante a aplicação de 10% das receitas do PIB (Produto Interno Bruto) para a saúde de forma escalonada até 2011, e define em 12% e 15% da arrecadação, respectivamente, o investimento no setor de Estados e municípios.
A oposição impediu no final do ano passado a conclusão da votação da proposta que regulamenta a emenda 29 --que determina percentuais mínimos de investimentos federais na saúde.
Em junho do ano passado, o texto principal da proposta foi aprovado, mas a conclusão da análise da proposta pela Câmara ainda depende da votação de um destaque, de autoria do DEM, que pretende excluir do texto a base de cálculo da nova contribuição. Na prática, isso inviabilizaria a cobrança da CSS.
Os partidos de oposição afirmam que são favoráveis à regulamentação da emenda 29, mas sem a criação do novo tributo. Porém, os governistas informam que apenas por meio da CSS será possível assegurar cerca de R$ 12 bilhões para a saúde.
Se aprovada em 2009 pelo Congresso, a CSS só será cobrada a partir de 2010, nos moldes da extinta CPMF. A alíquota de 0,1% incidiria sobre as movimentações financeiras e a arrecadação seria inteiramente destinada à área de saúde. Ao participar da 12ª Marcha Nacional dos Prefeitos, em julho, o presidente Lula reclamou do fim da CPMF. "Eu tenho uma mágoa e vou sair do governo com ela. É a queda da CPMF. A mesquinhez política derrubou a CPMF. Não vi nenhum empresário cortar o 0,38% e colocar [esse percentual de desconto] sobre os produtos", disse.
Comento: O PT que tanto combateu e criticou a CPMF, mudou de idéia quando chegou ao poder. Como se não bastasse a carga tributária que o governo nos impõe, lá vem Lula com mais tributo para onerar os brasileiros. E a desculpa é a mais esfarrapada do mundo.

Apoio a Sarney divide, mais uma vez, o PT

Na Folha Online:
Com o apoio da maioria dos senadores da bancada do PT, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) decidiu nesta quarta-feira permanecer no cargo de líder do partido na Casa. Apesar do "racha" na legenda provocado pela decisão da direção nacional do PT de defender o arquivamento dos processos contra o senador José Sarney (PMDB-AP), Mercadante disse que não vai "abandonar" o partido em meio à crise que atinge a Casa e a bancada. O petista, porém, colocou o cargo à disposição dos senadores do PT e disse estar disposto a deixar a liderança caso outro petista se candidate para a função. Dos 11 senadores que integram a bancada, que hoje perdeu a senadora Marina Silva (PT-AC), seis manifestaram apoio a Mercadante.
Os senadores Ideli Salvatti (PT-SC) e Delcídio Amaral (PT-SC) não compareceram à reunião que referendou Mercadante no cargo. Os dois foram indicados pelo líder para ocuparem as duas vagas do PT abertas no Conselho de Ética --mesmo depois de manifestarem publicamente que não estavam dispostos a assumir o desgaste político de votar pró-Sarney.
"A minha vontade hoje era sair da liderança do PT. Não conseguimos enfrentar a crise com a nossa posição favorável ao afastamento do senador Sarney. Mas eu não vou contribuir para agravar a crise da bancada em um dia como hoje", afirmou.

Dilma melhora a imagem

Charge Amarildo_ Via Blog do Noblat

Marina se despede do PT

Após cerca de trinta anos de militância, em carta encaminhada ao presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), a senadora Marina Silva (AC) comunicou nesta quarta-feira a sua saída da legenda alegando que o partido não ofereceu "condições políticas" para avanços na questão ambiental. Sem críticas diretas à legenda, Marina disse a Berzoini que sua decisão foi difícil, mas consciente --numa sinalização de que pretende aceitar se filiar ao PV. "Não fiz nenhum movimento para que outros me acompanhassem na saída do PT, respeitando o espaço do exercício da cidadania política de cada militante. Não estou negando os imprescindíveis frutos das searas já plantadas, estou apenas me dispondo a continuar as semeaduras em outras searas", diz Marina na carta.
Em entrevista a senadora fez vários agradecimentos mas não mencionou o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque disse que não discutiu com o petista a sua saída da legenda. "Nós temos relação de respeito, amizade, companheirismo. Tomei para mim as palavras que ele disse a Ciro Gomes de que, quando o desaconselhavam [a disputar a Presidência], ele insistia", afirmou.
Marina evitou vincular sua saída do PT com a filiação ao PV, mas deu sinais claros de que vai aceitar o convite para ingressar nos quadros da legenda.
*As informações são da Folha Online

Vendedora que tenta provar que está viva

Do Portal G1:
Nos últimos três anos, a vendedora Juliana Gonçalves do Amaral, de 31 anos, já teve que provar que está viva duas vezes, em Joinville (SC). A primeira vez foi em 2006. "Eu não queria acreditar no que estava acontecendo comigo."
Em 3 de julho deste ano, ela descobriu que era dada como morta, pela segunda vez, quando tentou sacar a primeira parcela do seguro-desemprego. O pedido do benefício estava cancelado pelo motivo de "morte", como aparece no extrato da Caixa.
Juliana lembrou que, em 2006, o próprio banco conseguiu resolver o problema e ela recebeu as três parcelas do seguro-desemprego. "Lembro que minha primeira filha era bem pequena ainda. Fiquei sem saber o que fazer. Sem emprego, sem benefício e com uma criança para cuidar." Ela contou que tinha sido demitida e resolveu viajar com a família para a casa dos pais, em Santo André (SP). Dias antes, ela tinha dado entrada no pedido de seguro-desemprego. "Tive de voltar correndo para Joinville porque fiquei sem dinheiro. Eu não sabia se ria ou se chorava."
Casada, mãe de duas filhas, uma de 11 meses e outra de 6 anos, Juliana está desempregada e enfrenta dificuldade para honrar os compromissos financeiros assumidos.
Ela disse que procurou a regional de Joinville do Ministério do Trabalho e Emprego para tentar solucionar o problema. A vendedora fez uma declaração de próprio punho dizendo que estava viva.

Teatro do senado: Do que é feito um senador?

De Josias de Souza-Folha Online:
A pesquisa Datafolha veiculada no último final de semana gritara para o Senado: Há uma fome de limpeza no ar. Nada menos que 74% dos brasileiros defendem o afastamento de José Sarney –por renúncia (38%) ou licença (36%). Descobriu-se que, na opinião de 66% dos patrícios, Sarney está envolvido nos malfeitos que o noticiário acomoda sob seu bigode.
Nesta quarta (19), nas pegadas do ronco do asfalto, o Conselho de (a)Ética reúne-se para decidir o que fazer com Sarney.
Não é uma decisão banal. Os senadores dirão ao país de que matéria-prima eles são feitos. O palco foi armado para o arquivamento. Respirava-se na noite passada uma atmosfera de jogo jogado.
Ensaiava-se a manutenção na gaveta de 12 ações –11 contra Sarney e uma contra Arthur Virgílio. Na época das Diretas-Já, o brasileiro bradava por liberdade. Refeita a democracia, imaginou-se que o voto resolveria tudo. Não resolveu.
A reincidência dos escândalos, um se sucedendo ao outro, expôs a cara de um monstro medonho: a impunidade. Mais recentemente, o país animara-se com o STF.
Ao arrastar 40 mensaleiros para o banco dos réus, o Supremo parecia informar aos políticos que tentaria fazer da cleptocracia brasileira uma democracia real.
Sobreveio novo desalento. O processo se arrasta. Estima-se que não será julgado antes de 2011. Flerta-se com a prescrição. Agora, Sarney. Não é um transgressor original. Apenas mimetiza, com variações, depravações já cometidas. Assemelha-se a Renan ‘Bois Voadores’ Calheiros e a Jader ‘Sudam’ Barbalho. Evoca a imagem de Antônio Carlos ‘Fraude no Painel’ Magalhães. Há uma diferença, contudo. Jader, ACM e Renan optaram por poupar os colegas do enfrentamento da tragédia. Renunciaram à presidência e/ou aos mandatos.
Com Sarney é diferente. Ele prefere levar o delírio às suas últimas conseqüências. A renúncia, no seu caso, é carta fora do baralho. Deve-se louvar a teimosia de Sarney. Graças a ela, o país está na bica atestar uma suspeita latente.
Confirmando-se a pantomima do arquivamento coletivo, os senadores informarão à nação que eles são feitos de insensatez.
O Senado, ficará demonstrado, é feito de uma maçaroca em que se misturam a conivência e o compadrio. Não há culpados no prédio. Só inocentes e cúmplices.
No fundo do poço, o Senado decidiu continuar cavando. Lula, salva-vidas de Sarney, festeja a opção pela cova. Enquanto fornece enxadas à bancada do PT, Lula ilude a malta com discursos pseudomoralizadores.
Discursos como o que pronunciou nesta terça (18), num pa©mício realizado no Rio. Disse que seu governo está mudando a forma de “fazer política” (assista lá no rodapé).
Lula perguntou à platéia: “Vocês sabem por que tem tanta coisa de corrupção na televisão e nos jornais?”
Respondeu: “É porque a corrupção só aparece nos jornais quando você está investigando”.
Louve-se a esperteza de Lula. Graças a ela, o país dá de cara com a política real de um Brasil gelatinoso.
Um país feito de inércia, de bigodes viscosos, da grandeza da vista curta, da sofreguidão dos interesses mesquinhos.
Com a ajuda de Lula, o Senado ganha a forma de um estômago gigantesco. É feito de tripas que engolem e digerem a paciência da platéia, saboreando o eterno poder sem propósito. Até bem pouco, o Senado era o império do privado disfarçado de interesse público. Agora, sonega-se à bugrada até a delicadeza da dissimulação.
Os senadores já não se preocupam em maneirar.

Procuradoria pede cassação do mandato de Deda

Deu no O Globo:
A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) encaminhou nesta segunda-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), parecer em que pede a cassação do governador do Sergipe, Marcelo Déda (PT), e seu vice, Belivaldo Chagas Silva, acusados de abuso de poder político e econômico, em período anterior à campanha eleitoral de 2006. O processo contra Marcelo Dedá foi ajuizado no TSE pelo extinto PAN (Partido dos Aposentados da Nação) - que foi incorporado pelo PTB - em dezembro de 2006. Segundo o processo, o então prefeito da capital sergipana Marcelo Déda teria realizado massiva campanha promocional, ressaltando as realizações de sua gestão em Aracaju. No parecer, a vice-procuradora Sandra Cureau opinou pela procedência do recurso contra Déda. "No exercício do cargo de prefeito de Aracaju, (Déda) executou esquema de promoção pessoal com nítido objetivo eleitoral, configurando abuso de poder político, ou de autoridade, e econômico", salientou no parecer. Sandra Cureau disse que não existe dúvida de que Déda era pré-candidato ao governo do estado, e que a maciça publicidade institucional da prefeitura em março de 2006, período pré-eleitoral, tinham clara conotação eleitoral. A propaganda, que incluía imagens do prefeito, teria desrespeitado o disposto na cabeça do artigo 37 da Constituição - o chamado princípio da impessoalidade, bem como o parágrafo 1º do mesmo artigo - que dispõe sobre o caráter educativo ou informativo da publicidade institucional. Como exemplo, a procuradora revela que, conforme os autos, os artistas contratados em março de 2006 para os shows teriam custado aproximadamente R$ 767 mil. Apenas essa quantia foi 80% superior ao gasto realizado em 2005, ano em que se comemoraram os 150 anos de Aracaju, ocasião em que foram gastos R$ 426 mil. Como Déda foi eleito em primeiro turno com mais de 50% dos votos válidos, a vice-procuradora salientou que, caso o governador seja cassado, deve ser realizada nova eleição, "sendo que dela não poderá participar o governador cassado, por ter dado causa à nulidade".

Mercadante mente ao se referir a José Serra

No O Estado de São Paulo:
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), reagiu à acusação feita pelo senador Aloizio Mercadante (PT) de que o currículo do governador traria informações falsas. O tucano chamou o petista de mitômano, ou seja, de viciado em mentir, e disse que tem tantos títulos acadêmicos que poderia emprestá-los a Mercadante. Alvo preferido dos petistas desde que teve seu nome posto como o principal candidato tucano à Presidência em 2010, Serra evitou falar sobre as possíveis motivações do senador petista para atacá-lo. “Não vou fazer psicologia ou sociologia do conhecimento, porque um mitômano é um mitômano. A gente tem de pedir para analistas fazerem isso”, disse após evento no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. “Eu acho que é um caso de psicanálise, não de política.” Mercadante afirmou nesta terça-feira, 18, no Senado, durante audiência com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que, à exemplo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), Serra também cometera erros em seu currículo. De acordo com Mercadante, o governador se diz formado em Engenharia e Economia sem ser graduado na área ou ter concluído um mestrado. Serra confirmou não ter diploma de engenheiro, mas reafirmou ser doutor na área de Economia. Segundo o governador, “é um fato mais do que conhecido” ele não ter terminado a faculdade de Engenharia. “Já disse em discursos da minha frustração em não ter podido me formar engenheiro por conta do golpe (militar, em 1964)”, disse o governador, que foi exilado no Chile. “Obtive um mestrado no Chile, outro nos Estados Unidos e um doutorado nos Estados Unidos. Quem teve carreira acadêmica de verdade sabe que ninguém brinca com currículo.” Ainda nas críticas, o governador disse que Mercadante mentiu ao divulgar seu currículo na campanha eleitoral para o governo paulista em 2006. Mercadante foi derrotado por Serra no pleito. “Ele afirmou que era doutor pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e não era. Foi meu aluno na Unicamp”, disse Serra. “Ele, de alguma maneira, é um precursor nessa matéria de mexer em currículos.”
Tire sua dúvida: Se você clicar aqui, entra na página da biblioteca da Cornell University, onde está listada a tese de doutorado de José Serra: “Some aspects of economic policy and income distribution in Chile, 1970-1973“.

Lina aceita ser acareada com Dilma

A ex-secretária da Receita Federal reafirmou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado tudo que disse antes em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e ao Jornal Nacional: que foi convidada pela ministra Dilma Rousseff para uma reunião no gabinete dela no Palácio do Planalto no fim do ano passado.
Lina afirma que ouviu da Ministra o pedido para que agilizasse as investigações em torno dos negócios suspeitos do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP). Afimou que crer que o Palácio do Planalto tenha registro de seu acesso ao Palácio quando dirigiu para um reunião com a ministra Dilma Rousseff e que topa uma acareção com a ministra. "Achei incabível o pedido da ministra", acrescentou Lina. A Justiça também pediu que a Receita Federal agilizasse as investigações sobre os negócios suspeitos do filho do senador Sarney. Considerou que o processo estava muito moroso, segundo Lina. A propósito, dá para imaginar que alguém chega de carro ao Palácio do Planalto para uma audiência com a Chefe da Casa Civil e ninguém registra a o número da placa do carro? Dá para imaginar que uma pessoa entra no Palácio do Planalto para uma audiência e ninguém registra seu nome? Dá para imaginar que alguém circula por corredores e gabinetes do Palácio do Planalto e não é filmada pelas câmeras de segurança? Na semana passada, Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara dos Deputados, pediu essas e outras informações a respeito da possível passagem de Lina pelo palácio no final do ano passado. O pedido foi engavetado pela direção da Câmara. Não saiu de lá para o palácio até hoje.
*As informações são do Blog do Noblat

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gente que mente


Sobre Sarney:Empreiteira reconhece que comprou o imóvel

Na Veja Online:
Quatro horas depois de José Sarney (PMDB-AP) dizer na segunda-feira, no plenário do Senado, que fora alvo de uma denúncia "irresponsável" e "sem provas" no fim de semana, a empresa Holdenn Construções Assessoria e Consultoria Ltda. admitiu, em nota, manter uma relação de favores com a família do senador. No domingo, o jornal O Estado de S. Paulo informou que a Holdenn negociou e pagou dois apartamentos usados pelo clã Sarney em São Paulo. Na nota, assinada pelo empresário e amigo da família Rogério Frota de Araújo, a empreiteira admite que comprou o apartamento número 22 do edifício Solar de Vila América, na Alameda Franca, 1.581, nos Jardins. A empresa afirma que, depois da compra, o imóvel "foi vendido ao senhor José Sarney Filho, mediante instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda e outras Avenças". O apartamento 22 foi comprado pela empreiteira depois de um contato inicial de José Adriano, neto de Sarney, com o proprietário do imóvel, o economista Felipe Jacques Gauer. O imóvel foi adquirido em fevereiro de 2006, quando a empresa ainda se chamava Aracati. "Ele (o neto do presidente do Senado) me fez algumas perguntas e disse que uma pessoa dessa empresa, a Aracati, iria me procurar para acertar a compra do apartamento", contou o antigo proprietário do imóvel em São Paulo.
O apartamento de número 32, diz a nota da empreiteira, foi comprado em dezembro de 2006 e "é de propriedade da Holdenn (...) para uso dos sócios da empresa". O dono do imóvel, o empresário Sidney Wajsbrot, disse, também em entrevista publicada na edição de domingo, que antes mesmo de pôr o apartamento à venda foi procurado pelo então zelador do prédio com a informação de que "o senador Sarney estava procurando um apartamento, que já tinha outros dois e queria um terceiro, para um assessor dele". A família usa os apartamentos desde que foram comprados pela Holdenn, em 2006. No 22, mora Gabriel Cordeiro Sarney, filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA)

O plano de retrocesso ao socialismo, de Dilma

Amparada em pesquisas de opinião e também na crença de que o mundo mudou com a crise mundial, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, já articula sua plataforma econômica para a campanha de 2010.
Dilma deverá vender ao distinto público a ideia de que o Brasil tem tudo para se tornar a quinta maior economia do mundo nas próximas décadas.
E que o caminho mais curto até lá passa, necessariamente, por uma nova onda estatizante.
Ironicamente, a estratégia guarda semelhança com os PNDs, os planos nacionais de desenvolvimento tocados pelos governos Costa e Silva e Ernesto Geisel durante o regime militar.
Para a candidata do PT, o aumento do Estado na economia se daria em três frentes: energia, mineração e telecomunicações.
No setor energético, a plataforma prevê o crescimento da estatal Eletrobrás, através da construção de novas hidrelétricas na Amazônia, em parceria com o setor privado, e também com a exploração do pré-sal pela Petrobrás, sob as rédeas curtas da União.
Aliás, o modelo de um novo marco regulatório para o petróleo ainda está longe de obter consenso até mesmo dentro do próprio governo.
Já em mineração, a campanha de Dilma deverá investir na bandeira - popularíssima entre os movimentos sociais - de que o Estado deve tentar retomar o controle da Vale, privatizada no governo FHC.
A reestatização da mineradora aconteceria através da compra da participação de grandes acionistas minoritários, como o Bradesco.
Convém lembrar que o atual presidente da Vale, Roger Agnelli, é um ex-executivo do Bradesco - e que o presidente Lula reclamou bastante das demissões na Vale na virada do ano.
Finalmente, em telecomunicações, a ideia é transformar o espólio da Telebrás - também privatizada pelo governo tucano - num player importante no segmento da banda larga.
Com essa plataforma, Dilma quer encarnar ao mesmo tempo o papel de gerentona, que lhe é natural, acrescentando uma face neo-nacionalista.
Para se ter uma ideia do novíssimo ufanismo tupiniquim - que deve ser usado pela campanha de Dilma à exaustão - basta assistir à nova campanha publicitária da Petrobras.

Procuradores devem desculpas ao País, diz presidente do STF

Deu no Estadão:
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, cobrou ontem uma retratação do Ministério Público perante o País pelo que considera excessos e erros praticados por promotores de Justiça e procuradores da República. "Que peçam desculpas, que digam que usaram e até indenizem o Estado por terem usado indevidamente força de trabalho paga pelo poder público, paga pela sociedade, para fins partidários", declarou o ministro, em São Paulo.Mendes atacou o Ministério Público ao ser indagado sobre a legitimidade da instituição em propor perante a primeira instância judicial uma ação de improbidade contra a governadora Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul, pedindo seu afastamento do cargo. "Esse tema já foi colocado em discussão no STF, num caso específico que envolvia o ex-ministro Ronaldo Sardenberg (de Assuntos Estratégicos, no governo Fernando Henrique Cardoso). O foro da governadora, se for matéria criminal, é no Superior Tribunal de Justiça. Esse tema precisa ser bem definido porque muitas vezes se presta à manipulação, a excessos. Não sei se esse é o caso, mas em geral isso se presta muitas vezes à politização, para obtenção, por exemplo, de liminares para afastamento dos ocupantes de cargos públicos, deputados, senadores, governadores e prefeitos, gerando grandes tumultos institucionais. O Brasil precisa resolver."É o mais pesado ataque do presidente do STF jamais desferido à categoria que recebeu da Constituição o papel de guardião da democracia e fiscal da lei. "Em alguns lugares, para ficar ruim o Ministério Público precisa melhorar muito", ele afirmou. "Em alguns Estados o Judiciário não vai bem, mas também o Ministério Público está em um estágio abaixo do Judiciário, não funciona, não recebe os processos."Mendes disse que a ação de improbidade "é importante", mas defendeu seu aperfeiçoamento."Temos de definir qual o seu âmbito de aplicação para não gerar suspeitas, às vezes devidas, às vezes indevidas, de que há manipulação ou partidarização. Eu vivenciei muito isso no governo Fernando Henrique, quando uma parte do Ministério Público era braço judicial dos partidos de oposição. Funcionava como tal e propunha todo tipo de ação. Tenho a impressão que no plano federal isso mudou, mas é preciso que o Brasil faça uma reflexão."Mendes acusa a instituição de responsabilidade pela prescrição - prazo que o Estado tem para punir o réu. Ele citou recente inspeção na Justiça do Piauí. "Encontramos massas e massas de processos aguardando o Ministério Público para se fazer intimado."Ele sugeriu "atuação efetiva" do Conselho Nacional do Ministério Público. "Que o CNMP faça aquilo que está sendo feito no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, correições em busca de padrão de serviço."O ministro afirmou que "o mau funcionamento atribuído ao Judiciário decorre do mau funcionamento do Ministério Público". Segundo ele, "processos criminais prescrevem porque ficaram abandonados no âmbito do Ministério Público". "As costas largas acabam sendo as do Judiciário."

Preso o médico Roger Abdelmassih

No Portal G1:
Foi preso ontem, segunda-feira (17), o médico Roger Abdelmassih, um dos mais conhecidos especialistas em fertilização do Brasil. O médico é acusado de estuprar mais de 50 mulheres. Ele nega as acusações. O médico foi preso dentro de sua clínica no Jardim América, em São Paulo. Eram pouco mais de 15h e ele tinha acabado de chegar para mais uma tarde de trabalho. Ele é acusado de estupro pelo Ministério Público, denúncia aceita nesta segunda-feira pela Justiça. Uma mulher descreveu um ataque do médico na sala de pré-cirurgia, pouco antes da retirada de óvulos para a fertilização, um procedimento que é feito na própria clínica.
“Quando eu deitei na cama, ele pegou e veio acariciar meu seio e eu coloquei as minhas mãos assim (se protegendo). Aí, eu falei pra ele: ‘você não precisa mexer no meu seio pra tirar o óvulo de mim’. Ele estava sentindo prazer no que ele estava fazendo, entendeu?”, relatou. Elas tinham problemas para engravidar e, por isso, procuraram o especialista conhecido. Há também relatos de ataques logo após a cirurgia de retirada de óvulos. “Eu acordei levemente e lembro dele me beijando, beijando minha boca e falando para eu beijar ele e lembro dele passando a mão no meu corpo”, relatou outra vítima. Roger Abdelmassih se orgulha de ter ajudado a trazer ao mundo milhares de bebês. Muitos deles, filhos de casais famosos e bem-sucedidos. Casais que investiram muito no sonho de ter filhos.
Veja o site do Jornal Nacional

Morre em São Paulo o ator Miguel Magno

No G1:
O ator Miguel Magno, que interpreta a persongem Doutora Percy no programa "Toma lá dá cá", morreu aos 58 anos na manhã de ontem, segunda-feira (17), no hospital Paulistano, em São Paulo, onde estava internado desde o início de julho. O ator estava tratando um câncer, já havia retirado o baço e estava aguardando o resultado de uma biópsia no fígado, informa a assessoria da Rede Globo. O corpo do artista está sendo velado desde as 18h, de ontem no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista.
O último episódio de "Toma lá dá cá" em que o ator participou, o "Répondez S’il Vous Plait", vai ao ar nesta terça-feira (18). Nascido no Rio de Janeiro em 28 de março de 1951, Miguel Magno começou sua carreira no teatro, em 1984. Além de ator, ele era autor e diretor. Um dos primeiros papéis de Magno na televisão foi em "Top model", com o personagem Marvin Gaye, em 1989. A última novela do ator foi "A lua me disse", onde fazia o papel de Dona Roma. Magno era conhecido por interpretar mulheres na TV. Além da Doutora Percy e da Dona Roma, o ator chegou a fazer o papel de 11 personagens femininas diferentes na peça “Quem tem medo de Itália Fausta?”. Até no programa “Armação Ilimitada” já apareceu travestido, no papel de Febe Camargo. No cinema, atuou em "Irma Vap - O retorno" (2006) como o pai de Camila e em "Lara" (2002). Magno atuou ainda nas novelas "Felicidade" (1991), "Estrela Guia" (2001) e "A Lua Me Disse" (2005). Na Rede Manchete, as produções “Helena” (1987) e “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990) contaram com o trabalho de Miguel. No SBT, ele esteve em “Dona Anja” (1996) e “Direito de Nascer” (2001). Em 2008, na Rede Globo, Magno participou da minissérie "Queridos Amigos" e trabalhou também nas séries "Os Normais" (2003) e "A Diarista" (2004).

Africano é preso com cocaína em Minas Gerais

Um africano, com um passaporte alemão, foi preso nesta segunda-feira (17) no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele tentava embarcar para Portugal com cocaína. A droga foi encontrada em toalhas que estavam guardadas na bagagem do homem. Um laudo preliminar constatou que as toalhas têm resíduos de cocaína. Ele foi encaminhado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG).

Senadores criticam discurso de Sarney

Na Folha Online:
O discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmando que sofre uma "campanha nazista" para se afastar do cargo foi duramente criticado por senadores. Diante de um plenário vazio, parlamentares que defendem o afastamento do peemedebista o acusaram de temer investigação e disseram que o Senado vive um "momento pior do que o inferno". Sem os tradicionais aliados que integram a tropa de choque do presidente do Senado, o tucano Papaléo Paes (PSDB-AP) fez as vozes de sua defesa e reforçou as declarações de Sarney de que as acusações fazem parte de perseguição política.
Segundo o senador Pedro Simon (PMDB-RS), é preciso deixar que se investigue a denúncia de que dois apartamentos utilizados pela sua família de Sarney, no bairro dos Jardins, em São Paulo, teriam sido adquiridos e registrados em nome da empreiteira Aracati. Para o peemedebista, o Senado está vivendo "um momento que é pior do que o inferno" com senadores sendo chantageados. "Essa Casa nunca foi santa, mas está vivendo um momento que é pior do que o inferno, pela ridicularização, e outras razões. Eu nunca vi essa Casa se rebaixar ao ponto que ela está. Eu nunca vi nada igual. Querem ganhar no grito, sem debater, sem investigar. Dizem, eu não sei quem, que a tropa de elite está organizando levantamentos contra parlamentares dessa Casa. Ouço as pessoas falando: fulano cuidado com isso, mas aonde nos estamos? Isso não é possível", disse.

Quase metade das despesas com cartão corporativo são sigilosas

Na Folha de São Paulo:
Levantamento do Portal da Transparência mostra que, até julho de 2009, de um total de R$ 34,975 milhões com as despesas de cartões corporativos do governo federal, R$ 15,721 milhões ou 45% tiveram seu conteúdo protegido por lei. Segundo reportagem publicada hoje pelo jornal "O Estado de S.Paulo", no ano passado, 33,86% dos gastos com cartões eram mantidos em sigilo. Procurada pela reportagem da Folha Online, a Casa Civil afirmou que não irá se pronunciar sobre o assunto. Ao jornal, a CGU (Controladoria-Geral da União) informou que os gastos com cartões são muitos pequenos em relação ao total de despesas do governo como um todo e que boa parte dos órgãos que usam esse mecanismo são responsáveis por áreas que necessitariam de sigilo para suas atividades. A nossa reportagem mostrou em abril que entre janeiro e março deste ano os gastos do governo federal com cartões corporativos cresceram 142% em relação ao mesmo período de 2008. O levantamento foi realizado por técnicos do PSDB com base em dados do Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos públicos). A pasta da Justiça, do ministro Tarso Genro, apresentou o maior aumento no uso do cartão. Os dados apontam que as despesas passaram de R$ 4.910.363 no primeiro trimestre do ano passado para R$ 11.898.160 em 2009. Os saques em dinheiro com os cartões também aumentaram, saltando de R$ 2.195.9390 para R$ 4.407.625 --um crescimento de 100%.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os caras-pintadas atuais

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Serra lidera com 37%, Dilma e Ciro empatam, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha publicada ontem, domingo (16) pelo Jornal Folha de São Paulo, indica que o governador José Serra (PSDB-SP) está na frente na preferência dos eleitores na sucessão presidencial em 2010. Serra tem 37% das intenções de voto. Em segundo lugar, estão empatados a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com 16% e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) com 15%. Heloísa Helena (PSOL) tem 12% e está em quarto lugar. A senadora Marina Silva (PT-AC) tem 3% das intenções de voto. A pesquisa ouviu 4.100 entrevistados entre os dias 11 e 13 de agosto, em 171 municípios. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

A terra de Lula é Serra

Na Veja desta Semana:
Pernambuco é onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcança seus maiores índices de aprovação. No estado, sua popularidade beira os 90%. Mas, até agora, Lula não conseguiu transferir seu capital político para a ministra Dilma Rousseff, escolhida por ele para suceder-lhe. Uma pesquisa realizada pelo Ipesp no início deste mês mostra que o tucano José Serra tem em Pernambuco mais que o dobro das intenções de voto da petista: 43% contra 21%. O terceiro colocado é o socialista Ciro Gomes, com 11%. Se Ciro sai do páreo, a situação fica ainda melhor para Serra, que atinge 49%, contra 23% de Dilma. A pesquisa também mostra que o governador Eduardo Campos, do PSB, tem apenas 10 pontos de vantagem em relação ao seu antecessor, Jarbas Vasconcelos, do PMDB, e indica que dois oposicionistas, o tucano Sérgio Guerra e o democrata Marco Maciel, são os favoritos na corrida pelo Senado.

Sim, ela é candidata

Entrou oxigênio puro na campanha eleitoral de 2010. A novidade se chama Marina Silva. A senadora petista e ex-ministra do Meio Ambiente está de mudança para o pequeno Partido Verde, que pretende lançá-la candidata ao Palácio do Planalto. Marina só vai anunciar sua decisão de entrar no PV em uma semana ou duas, e as convenções partidárias para confirmar candidaturas só acontecerão em junho do ano que vem. Mas a simples hipótese de existir uma candidata chamada Marina já abalou os fundamentos de uma disputa eleitoral que caminhava para ser um modorrento plebiscito entre a candidata do governo, a ministra Dilma Rousseff (PT), e o principal nome da oposição, o governador paulista, José Serra (PSDB). “A utopia precisa continuar”, disse Marina a ÉPOCA. É um gesto que está, a esta altura, no limite daquilo que ela pode afirmar para dar um sinal de que está disposta a aceitar o convite do PV. O vento novo de Marina fez subir também o balão do ex-ministro Ciro Gomes (PSB), que retomou seu projeto de candidatura presidencial. Tudo somado, as chances de uma disputa embolada até o segundo turno passaram a ser reais. Época – Já tomou sua decisão ? Marina Silva – Tenho vivido três momentos. O primeiro é sair ou não sair do PT, uma relação de 30 anos. O segundo, decidir sobre o convite à filiação ao PV. E, num terceiro momento, uma candidatura à Presidência. O modelo original do PV foram os partidos verdes europeus. Nesses países, as questões essenciais foram atendidas e fez-se uma luta de defesa do verde nos termos clássicos. Hoje, o principal desafio deles é a sustentabilidade. É preciso buscar uma ressignificação do PV, universal, em função da crise climática, sem deixar de dar respostas em todos os setores: economia, agricultura, energia, infraestrutura, ciência e inovação tecnológica.Época – A mudança do PV o aproximaria de sua trajetória pessoal? Marina Silva – Exatamente. Em função do que eles estão propondo, me interessou ouvi-los. Quero fazer uma discussão de conteúdo programático. Nenhum partido conseguirá homogeneizar a sociedade, mas acho que eles dão uma contribuição importante. A sociedade é diversa, multicêntrica, e é assim que os partidos têm de aprender a interagir. A falta dessa interação faz com que a gente esteja na crise política de hoje.Época – Sua carta de demissão elogia a política ambiental do governo Lula. Marina – Na carta, eu agradeço ao presidente Lula e digo que, enquanto encontrava apoio político para as questões estruturantes, eu permaneci. Como não encontrava mais condições políticas para essa agenda, saí. Houve avanços, mas o desafio é gigantesco. Estou sendo coerente com a carta.Época – Sua relação com o presidente Lula ficou trincada? Marina – A relação não precisa trincar para que seja refeita. O presidente Lula é um realizador de utopias, não mais um mantenedor de utopias. A utopia deve continuar. *Leia mais na Revista Época desta semana, nas bancas.

Secretário da Receita Federal sofre a primeira denúncia

Confirmado na quinta-feira (13) pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) no comando da Receita Federal, Otacílio Cartaxo emplacou a nomeação de uma filha no gabinete do amigo e senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB). A indicação de Leda Camila Pessoa de Mello Cartaxo ocorreu em março, um mês após o suplente Cavalcanti assumir a vaga aberta com a renúncia do titular José Maranhão (PMDB), hoje governador da Paraíba. Na ocasião, Otacílio Cartaxo era o adjunto da ex-secretária Lina Maria Vieira, protagonista da mais nova saia justa a rondar a sala da presidenciável e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Formada em direito, Leda Camila ocupa o posto de assistente parlamentar, com salário de R$ 2,8 mil, na cota de cargos de confiança preenchida sem concurso público. Cada um dos 81 senadores tem a prerrogativa de usar as vagas como bem entender. As recentes denúncias de nepotismo (contratação de parentes de senadores e diretores), funcionários fantasmas e outras irregularidades no Senado Federal vêm no rastro dessa brecha. Em relação à filha do agora secretário da Receita, há uma curiosidade. O senador Roberto Cavalcanti é empresário. Foi acusado pelo Ministério Público Federal na Paraíba no chamado "Escândalo da Fazenda Nacional”. O caso envolve denúncias de sonegação de milhões de reais em impostos. De acordo com a apuração do MPF, empresas quitavam dívidas por um milésimo do valor do débito. Dezenas de processos tramitam na Justiça.

Quem está dizendo a verdade?

Há séculos, filósofos debatem se é possível fazer política sem mentira. Otto von Bismarck, primeiro-ministro da Prússia no fim do século XIX, unificador da Alemanha, chegou a chanceler por meio de uma mentira. Em 1870, ele recebeu um telegrama escrito pelo embaixador da França propondo uma negociação entre as duas nações. Bismarck, defensor da guerra, alterou o texto, cortou frases inteiras e transformou o aceno de paz em uma declaração de hostilidade. Vieram a guerra, a vitória da Prússia e a unificação dos estados alemães. A revelação da farsa tempos depois maculou a imagem do herói que passou à história por defender abertamente a ideia de que um estadista precisa ter a mentira como arma legítima. Felizmente, com o triunfo das sociedades democráticas veio a intolerância com a mentira, mas nem isso tirou dela o papel central que exerce na prática política. Pergunte, por exemplo, ao presidente Lula o que ele pensa sobre o presidente do Congresso, senador José Sarney. Pergunte a alguns petistas de alto coturno o que eles realmente acham da candidatura da ministra Dilma Rousseff. As respostas serão políticas ou técnicas, mas elas mais esconderão do que revelarão. Isso é mentira? No mundo real, sim. Na política de todos os tempos, é apenas esperteza, inteligência ou habilidade. O pecado não está propriamente em mentir, mas em ser pego na mentira. Será? No Brasil de hoje, nem isso. O senador José Sarney, por exemplo, disse em plenário que nunca usou o poder para beneficiar amigos e parentes – e segue tranquilamente no comando do Senado. Alguns senadores de oposição juram de pés juntos que não existe o chamado "acordão" para esconder as irregularidades no Congresso debaixo do tapete – e seguem fazendo de conta que lutam pela moralidade. A ministra Dilma Rousseff tem como regra negar peremptoriamente qualquer fato que a envolva de forma negativa – mesmo quando as evidências se voltam totalmente contra ela. Por essa razão, talvez, mesmo quando o ônus da prova é de quem a acusa, a ministra parece estar, se não mentindo, pelo menos omitindo alguma coisa. Isso é o que se vê agora, com sua negativa de que tenha se reunido com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira para tentar interferir em uma investigação do órgão contra a família Sarney. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, na semana passada, a ex-secretária contou que, no fim do ano passado, foi chamada ao gabinete da ministra, no Palácio do Planalto, e ela pediu que a investigação sobre as empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Lina disse ter interpretado o pedido como uma ordem para encerrar o trabalho. Por ter se recusado a cumpri-la, foi demitida. Cabe a Lina provar o que afirmou e reafirmou. Esse é o ponto de vista não apenas legal, mas também ético da questão. Entretanto, do ponto de vista político, infelizmente o que vale mesmo são as aparências.
Leia mais em:http://veja.abril.com.br/190809/

Patrimônio de Edir Macedo inclui imóveis de luxo nos EUA

Acusado de usar doações de fiéis para fins particulares e comerciais, o bispo Edir Macedo e sua mulher, Ester Eunice Rangel Bezerra, são proprietários de dois apartamentos de luxo em Miami, nos EUA, segundo informou a revista "Veja". O fundador e líder da Igreja Universal e outras nove pessoas viraram réus em ação penal, acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, após a 9ª Vara Criminal de São Paulo aceitar denúncia do Ministério Público. De acordo com a "Veja", um dos imóveis de luxo nos Estados Unidos, comprado em 2006, está em nome de Ester e é avaliado em US$ 2,1 milhões. O outro, registrado em nome do casal, foi comprado em 2008 e custou US$ 4,7 milhões. Em 2007, o bispo trabalhava na construção de uma casa de 2 mil metros quadrados em Campos do Jordão (SP) no valor de R$ 6 milhões e já era dono de outra casa na mesma cidade, comprada 11 anos antes por US$ 600 mil. Pela denúncia do Ministério Público, a igreja burla o Fisco ao aproveitar-se de sua imunidade tributária para fazer transações comerciais. Em 1997, uma auditoria da Receita Federal sobre contas da Universal havia produzido um relatório defendendo que ela perdesse imunidade fiscal. Dez anos mais tarde, ao analisar a situação de cinco igrejas, entre elas a Universal, a Receita chegou a iniciar um estudo para regulamentar o uso das doações de dinheiro de fiéis, mas não foi dada continuidade ao projeto. Conforme a revista, o Ministério Público agora conseguiu rastrear o caminho do dinheiro, desde as doações de fiéis até a compra de emissoras de TV, um prédio e um jatinho de R$ 2,5 milhões.

Cronica de uma decisão anunciada:STF julga Palocci sobre caso Francenildo no dia 27

Depois de várias idas e vindas, foi marcado para o próximo dia 27 o julgamento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidirá se arquiva ou aceita o pedido de abertura de processo criminal contra o ex-ministro Antonio Palocci no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, informa a coluna "Painel" do Jornal Folha de São Paulo, editado por Renata Lo Prete.