Este blog objetiva a publicação de notícias e entretenimento, com base nas publicações jornalísticas nacionais. As de autoria de terceiros terão suas fontes declaradas ao final de cada postagem.
sábado, 3 de outubro de 2009
Zelaya é um boneco de Chávez

O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, tem 65 anos de idade, 29 de Congresso e o sangue quente que se costuma atribuir aos descendentes de italianos.
No início da entrevista que concedeu à editora Thaís Oyama, elogiou o presidente Lula, o "encantador povo brasileiro" e reiterou que, ao contrário do que havia sugerido, não mais ordenará nenhuma medida contra a Embaixada do Brasil, mesmo depois de terça-feira, quando se esgota o prazo dado por seu governo para que o país defina o status do "hóspede" Manuel Zelaya.
O senhor conhece Zelaya muito bem. Como o descreveria?
É uma pessoa que toma decisões impulsivas. Na dificuldade, tem serenidade para aguentar tudo, mas depois planeja a vingança. É um homem que não se deixa decifrar: a palavra dele não dura meia hora. Zelaya nunca cumpriu com sua palavra.
Como funciona hoje o poder em Honduras? Diz-se que as Forças Armadas mandam em tudo e que o senhor obedece.
Isso é mais uma mentira do seu amigo, o senhor Garcia!
Fechar TV, rádio, decretar estado de exceção são coisas que remetem à velha e infeliz tradição de golpismo. Por que o senhor achou necessário tomar essas medidas?
Quer saber por quê? Porque o Brasil, por meio de seu presidente, permitiu que Zelaya convocasse à insurreição e à violência da varanda da sua embaixada. Porque o senhor Lula da Silva não teve a cortesia de chamar esse senhor e dizer a ele: "Pare de fazer isso porque você está prejudicando a população hondurenha". Essa é a resposta. Depois, a lei me ordena que proteja a vida dos cidadãos hondurenhos. A determinação que tomei foi para evitar derramamento de sangue.
Leia mais em: "Zelaya é um boneco do Chávez"
No início da entrevista que concedeu à editora Thaís Oyama, elogiou o presidente Lula, o "encantador povo brasileiro" e reiterou que, ao contrário do que havia sugerido, não mais ordenará nenhuma medida contra a Embaixada do Brasil, mesmo depois de terça-feira, quando se esgota o prazo dado por seu governo para que o país defina o status do "hóspede" Manuel Zelaya.
O senhor conhece Zelaya muito bem. Como o descreveria?
É uma pessoa que toma decisões impulsivas. Na dificuldade, tem serenidade para aguentar tudo, mas depois planeja a vingança. É um homem que não se deixa decifrar: a palavra dele não dura meia hora. Zelaya nunca cumpriu com sua palavra.
Como funciona hoje o poder em Honduras? Diz-se que as Forças Armadas mandam em tudo e que o senhor obedece.
Isso é mais uma mentira do seu amigo, o senhor Garcia!
Fechar TV, rádio, decretar estado de exceção são coisas que remetem à velha e infeliz tradição de golpismo. Por que o senhor achou necessário tomar essas medidas?
Quer saber por quê? Porque o Brasil, por meio de seu presidente, permitiu que Zelaya convocasse à insurreição e à violência da varanda da sua embaixada. Porque o senhor Lula da Silva não teve a cortesia de chamar esse senhor e dizer a ele: "Pare de fazer isso porque você está prejudicando a população hondurenha". Essa é a resposta. Depois, a lei me ordena que proteja a vida dos cidadãos hondurenhos. A determinação que tomei foi para evitar derramamento de sangue.
Leia mais em: "Zelaya é um boneco do Chávez"
Yoani Sánchez: As três mentiras essenciais de Cuba

A blogueira cubana diz que as chamadas “conquistas da revolução” são um mito e que só quem nunca morou na ilha pode ter admiração por seu regime.
A cubana Yoani Sánchez, 34 anos, foi convidada a falar no Senado brasileiro e a comparecer ao lançamento de seu livro De Cuba, com Carinho (Contexto), em São Paulo. A obra, que chega às livrarias neste fim de semana, é uma coletânea de textos publicados por ela no blog Generación Y, o primeiro a ser criado em Cuba. Na internet, Yoani discorre livremente sobre o cotidiano do povo cubano, a ausência de liberdade e a escassez de gêneros de primeira necessidade - mas, bloqueado pelo governo, seu blog (desdecuba.com/generaciony) só pode ser acessado fora da ilha. Sua vinda ao Brasil, na segunda quinzena de outubro, depende de improvável permissão do governo cubano. Nos últimos doze meses, ela solicitou visto de saída em dez ocasiões para atender a convites no exterior. O visto foi negado em três delas. Nas demais, os trâmites burocráticos demoraram tanto que ela desistiu. Com 1,64 metro e 49 quilos, Yoani é formada em letras e vive em Havana com o filho e o marido. Ela conversou com VEJA pelo celular.
Em discurso a respeito do seu pedido de visto, o senador Eduardo Suplicy citou o que considera três conquistas da revolução cubana: a alfabetização, o aumento da expectativa de vida e a medicina de qualidade. Se pudesse, o que você diria sobre isso em Brasília?
Eu diria que os laços entre países não devem ocorrer apenas entre governantes ou diplomatas. Quando se trata de Cuba, as estatísticas oficiais divulgadas pelas nossas embaixadas não podem ser levadas a sério. Sou defensora da diplomacia popular, aquela que se inteira da realidade diretamente com o cidadão. Não sou uma analista política. Não sou especialista em nenhum tema. Não sou diplomata. Simplesmente vivo e conheço a realidade do meu país. Aqueles que roubam o estado, que recebem dinheiro enviado por parentes do exterior ou fazem trabalhos ilegais vivem melhor que os demais. Uma pessoa que escreve em um blog pode ser condenada sob a acusação de fazer propaganda inimiga. Os outros países não podem repercutir o clichê de que Cuba é uma ilha de música e rum. É preciso olhar para o cidadão. Aqui, nós vivemos e morremos todos os dias.
Mas é verdade que 99,8% da população cubana é alfabetizada?
Antes da revolução, nosso país já ostentava um dos menores índices de analfabetismo da América Latina. Uma das primeiras ações do governo autoritário de Fidel Castro foi ensinar o restante da população a ler e escrever. A questão principal hoje não é a taxa de alfabetização, e sim o que vamos ler depois que aprendemos. A censura controla totalmente o que passa diante de nossos olhos. E isso começa muito cedo. As cartilhas usadas na alfabetização só falam da guerrilha em Sierra Maestra ou do assalto ao quartel de Moncada pelos guerrilheiros barbudos. Meu filho tem 14 anos. Na sala de aula dele há seis fotos de Fidel Castro. Tudo o que se ensina nas escolas é o marxismo, o leninismo, essas coisas. Não se sabe o que acontece no resto do mundo. A primeira vez que vi imagens da queda do Muro de Berlim foi em 1999, dez anos depois de ela ter ocorrido. Foi num videocassete que um amigo trouxe clandestinamente. Para assistir às imagens do homem pisando na Lua, foi necessário esperar vinte anos.
A expectativa de vida realmente aumentou?
É uma estatística oficial, sem comprovação, que não resistiria a um questionamento mínimo feito por uma imprensa livre. Pelo que vejo nas ruas, é difícil acreditar que os cubanos possam sobreviver tantos anos. Os idosos estão em estado deplorável. Há uma avalanche de dados que poderiam ilustrar o que digo, mas estes nunca são divulgados. Jamais fomos informados sobre o número de pessoas que fogem da ilha a cada ano. Ninguém sabe qual é o índice de abortos, talvez o mais alto da América Latina. Os divórcios são inúmeros, motivados pelas carências habitacionais. Como há cinquenta anos quase não se constroem casas, é normal que três gerações de cubanos dividam uma mesma residência, o que acaba com a privacidade de qualquer casal. Também nunca se falou do número de suicídios, um dos mais altos do mundo.
Cuba tem mesmo uma medicina avançada?
O país construiu hospitais e formou médicos de boa qualidade na época em que recebia petróleo e subsídios soviéticos. Com o fim da União Soviética, tudo isso acabou. O salário mensal de um cirurgião não passa de 60 reais. A profissão de médico é hoje a que menos pode garantir uma vida decente e cômoda. A carência nos hospitais é trágica. Quando um doente é internado, todos os seus familiares migram para o hospital. Precisam levar tudo: roupa de cama, ventilador, balde para dar banho no paciente e descarregar a privada, travesseiro, toalha, desinfetante para limpar o banheiro e inseticida para as baratas. Eles não devem esquecer também os remédios, a gaze, o algodão e, dependendo do caso, a agulha e o fio de sutura.
O lado bom da amargura

A atriz Lilia Cabral tem sido abordada nas ruas por mulheres indignadas com a situação de sua personagem na novela Viver a Vida, de Manoel Carlos. As espectadoras acham o fim da picada que Tereza, ex-modelo elegante e mãe exemplar, tenha sido abandonada por seu marido cafajeste, Marcos (José Mayer). E ficaram irritadíssimas com a cena em que Tereza flagrou a heroína Helena (Taís Araújo), que fisgou o coração de seu ex, provando o vestido de noiva em seu quarto na mansão da família em Búzios (como se já não fosse humilhação suficiente, convenhamos, se sujeitar a dividir a mesma casa de praia após o divórcio). "Digo às mulheres que também morro de raiva. Naquela cena, minha vontade era jogar um sapato na cara da Helena", afirma a atriz. Por enquanto, essa desforra é incompatível com a personagem. Lilia faz de Tereza a imagem viva da resignação e infelicidade femininas, um registro que se tornou sua marca nos folhetins. Em Páginas da Vida (2006), também de Manoel Carlos, ela subiu de patamar ao representar Marta, uma mulher amargurada cujas ambições de ascensão social acabaram frustradas pelo casamento com um marido banana. Mais recentemente, em A Favorita (2008), interpretou Catarina, dona de casa anulada por um marido castrador e violento.
Paulistana de 52 anos, Lilia iniciou sua carreira no fim da década de 70, às escondidas do pai, um italiano que não queria saber de filha atriz. Por pelo menos duas décadas, foi mais conhecida pelo trabalho no teatro do que na TV – pois nas novelas parecia fadada a papéis quase sempre leves e de pouca relevância. A Marta de Páginas da Vida mudou isso. "Só aconteci de verdade na televisão depois dessa personagem", reconhece Lilia. A atriz consegue dar vazão à amargura em todas as suas nuances. Marta era uma criatura doentia que enxergava como sinal de fracasso até o fato de ter uma neta com síndrome de Down. Catarina exibia uma autoestima tão baixa que nem consciência tinha de quanto sua vida era ruim. Como Tereza, Lilia outra vez rouba a cena (Taís Araújo que se cuide: a personagem transmite tanta, digamos, verdade que está colocando a protagonista Helena na posição de antipática). Tereza, ex-modelo, trocou a trajetória de sucesso pela dedicação a um homem – e agora o vê refazer sua vida com uma jovem expoente da profissão (e rival de sua filha Luciana, vivida por Alinne Moraes). "Tereza é uma mulher inconformada. E mulheres inconformadas não deixam ninguém em paz", afirma Lilia. Tal como sua atual personagem, a atriz enfrentou o fim de uma união de sete anos, em 1994. Pouco depois, casou-se pela segunda vez – com o economista Iwan, pai de sua filha de 12 anos. "Na vida real, jamais agi como Tereza", diz. "Longe de mim ser porta-voz de mulheres infelizes."
Paulistana de 52 anos, Lilia iniciou sua carreira no fim da década de 70, às escondidas do pai, um italiano que não queria saber de filha atriz. Por pelo menos duas décadas, foi mais conhecida pelo trabalho no teatro do que na TV – pois nas novelas parecia fadada a papéis quase sempre leves e de pouca relevância. A Marta de Páginas da Vida mudou isso. "Só aconteci de verdade na televisão depois dessa personagem", reconhece Lilia. A atriz consegue dar vazão à amargura em todas as suas nuances. Marta era uma criatura doentia que enxergava como sinal de fracasso até o fato de ter uma neta com síndrome de Down. Catarina exibia uma autoestima tão baixa que nem consciência tinha de quanto sua vida era ruim. Como Tereza, Lilia outra vez rouba a cena (Taís Araújo que se cuide: a personagem transmite tanta, digamos, verdade que está colocando a protagonista Helena na posição de antipática). Tereza, ex-modelo, trocou a trajetória de sucesso pela dedicação a um homem – e agora o vê refazer sua vida com uma jovem expoente da profissão (e rival de sua filha Luciana, vivida por Alinne Moraes). "Tereza é uma mulher inconformada. E mulheres inconformadas não deixam ninguém em paz", afirma Lilia. Tal como sua atual personagem, a atriz enfrentou o fim de uma união de sete anos, em 1994. Pouco depois, casou-se pela segunda vez – com o economista Iwan, pai de sua filha de 12 anos. "Na vida real, jamais agi como Tereza", diz. "Longe de mim ser porta-voz de mulheres infelizes."
Índia cria trens exclusivos para mulheres

sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Minha casa, sua casa

Manoel Zelaya, presidente deposto de Honduras, confraterniza com alguns dos 60 partidários dele abrigados na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Dia após dia, Zelaya promove a maior "farra" sentindo-se, verdadeiramente, em casa.
Ah, quase esqueci, a conta quem paga somos nós, com nossos impostos.
Doutor em nada

José Antonio Toffoli, na resposta a um senador interessado em saber o que acha das férias anuais de 60 dias desfrutadas pelos juízes, revelando que, além de matricular-se num cursinho intensivo para togas sem cabeça, precisa conversar mais com a patroa sobre as coisas do lar, para aprender, por exemplo, que as empregadas domésticas têm 30 dias de férias desde 2006.
Mais sandice: Zelaya cobre janelas com papel-alumínio por temer "raios de micro-ondas"

Diariamente, Zelaya reclama de cansaço e de dor de cabeça, sintomas que atribui à emissão de raios. Ele desconfia que alguém de dentro do prédio informa os militares sobre sua localização para que o ataque seja mais direto.
Zelaya vive obcecado com segurança e, em uma semana, só foi visto na área externa uma vez. Dos 53 hondurenhos que acompanham o deposto e sua mulher, Xiomara, 27 têm funções de vigilância, segundo um "censo" feito por sua assessoria ontem (são 67 pessoas dormindo na embaixada, incluindo a reportagem da Folha, e não cerca de 50, como estimado anteontem).
A administração da embaixada tem 17 pistolas guardadas, todas entregues pela segurança do deposto. Além de proteger o casal, a nova "cortina" do quarto também ajuda a aumentar a escuridão interna. Uma espécie de guerra de holofotes começou há três dias, quando os militares instalaram poderosos refletores num morro ao lado de onde o presidente dorme.
As luzes militares foram uma resposta aos refletores instalados por Zelaya na entrada da embaixada. À noite, pelo menos dois vigias usavam o equipamento para iluminar a rua. Agora, a luz aponta para os refletores dos militares, e o resultado é que um cega o outro.
O papel-alumínio teria ainda uma terceira função: melhorar o sinal de celular, afetado pelos bloqueadores instalados pelos militares. Em vários momentos do dia, as ligações não duram mais do que 30 segundos, principalmente na frente da casa, onde está o quarto de Zelaya.
Tufão Ketsana deixa ao menos 125 mortos no Vietnã, Camboja e Laos

No Vietnã, o Comitê Nacional para o Controle de Inundações afirmou que ao menos 101 pessoas morreram e outras 24 estão desaparecidas, entre elas um coronel do Exército cuja embarcação naufragou ao tentar resgatar a vários aldeães isolados pelas inundações, enchentes e deslizamentos, causados pelo tufão Ketsana. Ketsana atingiu a região após devastar as Filipinas, ainda como tempestade tropical, causando a morte de 293 pessoas.
No Vietnã, o Comitê Nacional para o Controle de Inundações afirmou que ao menos 101 pessoas morreram e outras 24 estão desaparecidas, entre elas um coronel do Exército cuja embarcação naufragou ao tentar resgatar a vários aldeães isolados pelas inundações.
Empresa de José Alencar sofre investigação por doações eleitorais

De acordo com a reportagem, a Procuradoria suspeita que as doações da Coteminas para candidatos às eleições de 2006 infringiram o teto fixado em lei --que é de 2% do faturamento bruto do ano anterior às eleições para empresas e de 10% da renda das pessoas físicas.
A Coteminas, por exemplo, doou, em 2006, R$ 405,5 mil para a campanha de Cássio Cunha Lima (PSDB), governador cassado da Paraíba. A Coteminas informa que cumpriu a legislação.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Três poderes sem pudores

Desprovido de notável saber jurídico, com a reputação arranhada por condenações, processos em andamento, ilegalidades comprovadas e suspeitas incontáveis, a sumidade vai virar ministro aos 41 anos. Até a aposentadoria em 2038, estará livre de sustos ou sobressaltos. No Brasil, quem decide em última instância não é jamais julgado. Só julga. É o que fará pelos próximos 29 anos o caçula da turma.
Leia todo o texto aqui
A linha tênue entre o nazismo e o bolivarianismo

Se vocês clicarem aqui, terão acesso a um vídeo em que poderão ouvir a voz de David Romero, diretor da rádio Globo, que apóia Manuel Zelaya. É aquela rádio que sofreu intervenção do governo interino, acusada de incitar a violência, e que deixou os bolivarianos brasileiros excitadíssimos. Ouvindo o que está aí, vocês têm uma noção de quem é aquela gente. Zelaya havia acusado a existência de um complô judaico para matá-lo com gás e radiação de alta freqüência. Por incrível que pareça, alguns jornalistas brasileiros caíram na conversa. Já escrevi um post aqui em que demonstrei as raízes anti-semita do bolivarianismo chavista. Ouçam o que vai aí. Abaixo, publico um tradução de trecho da fala.
..."Às vezes, eu me pergunto se Hitler não teve razão de haver terminado com essa raça, com o famoso Holocausto. Se há gente que causa dano a este país, são os judeus, os israelitas. Eu quero, esta tarde, aqui na rádio Globo, dizer, com nome e sobrenome, quem são os oficiais do Exército judeu que estão trabalhando com as Forças Armadas de nosso país e que estão encarregados de fazer todas essas atividades de conspiração e ações secretas. E [quero dizer] tudo o que está acontecendo ao presidente da República.Depois que me informei, eu me pergunto por que não desejamos que Hitler tivesse cumprido sua missão histórica. Desculpem-me a expressão dura de repente. Porém eu me pergunto isso depois que fiquei sabendo disso e de outras coisas. Eu creio que teria sido justo e correto que Hitler tivesse terminado sua missão histórica”
Na opinião de vocês, uma rádio que tem um diretor que faz tal avaliação, no ar, estaria mesmo empenhada em incitar a violência? Olhem, é com esse tipo de gente que se meteu o governo brasileiro; é essa metafísica influente que Lula e Celso Amorim se mostram dispostos a apoiar até o fim; é por gente que tem esse universo mental que o Brasil está se mobilizando. Estes são os apoiadores de Manuel Zelaya.
Amorim precisa de "plateizinha"

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, ao justificar sua filiação ao PT
Lula fala em democracia e diz que derrota do Rio não será injustiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não se sentirá injustiçado se o Rio de Janeiro for derrotado na eleição de sexta-feira do COI (Comitê Olímpico Internacional) para sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Na coletiva realizada nesta quinta-feira, Lula disse ser defensor da democracia e reiterou que não seria capaz de obrigar a ninguém votar no Brasil.
"Lógico que não vai passar na minha cabeça nenhum o sentimento de injustiça se alguns delegados não votarem no Brasil. Afinal de contas, sou amante da democracia e acho que as pessoas têm o direito de gostar de nós ou não, de votar em nós ou não votar", disse Lula.
"Mas ninguém apresentou um projeto da qualidade como nós apresentamos, da magnitude como nós apresentamos e com a consistência que nós apresentamos", continuou.
Lula ainda se referiu às críticas feitas pelo fato de o Brasil querer investir na realização dos Jogos em detrimento a outros setores, como a saúde, a educação e a segurança. O presidente reafirmou que os Jogos ajudarão a desenvolver o Brasil.
"Tem gente que fica discutindo sobre o dinheiro, que vai fazer isso, que vai fazer aquilo. É mais do que isso. Realizar os Jogos significa despir o país por três, quatro anos antes", observou Lula, durante a coletiva para promover a candidatura do Rio à sede dos Jogos de 2016.
"E não tem preço que pague colocar o Rio durante anos anos na imprensa internacional mostrando as coisas boas, as coisas ruins e que com as coisas ruins a gente possa aprender coisas boas", finalizou.
Na coletiva realizada nesta quinta-feira, Lula disse ser defensor da democracia e reiterou que não seria capaz de obrigar a ninguém votar no Brasil.
"Lógico que não vai passar na minha cabeça nenhum o sentimento de injustiça se alguns delegados não votarem no Brasil. Afinal de contas, sou amante da democracia e acho que as pessoas têm o direito de gostar de nós ou não, de votar em nós ou não votar", disse Lula.
"Mas ninguém apresentou um projeto da qualidade como nós apresentamos, da magnitude como nós apresentamos e com a consistência que nós apresentamos", continuou.
Lula ainda se referiu às críticas feitas pelo fato de o Brasil querer investir na realização dos Jogos em detrimento a outros setores, como a saúde, a educação e a segurança. O presidente reafirmou que os Jogos ajudarão a desenvolver o Brasil.
"Tem gente que fica discutindo sobre o dinheiro, que vai fazer isso, que vai fazer aquilo. É mais do que isso. Realizar os Jogos significa despir o país por três, quatro anos antes", observou Lula, durante a coletiva para promover a candidatura do Rio à sede dos Jogos de 2016.
"E não tem preço que pague colocar o Rio durante anos anos na imprensa internacional mostrando as coisas boas, as coisas ruins e que com as coisas ruins a gente possa aprender coisas boas", finalizou.
Supremo tem apenas dois juízes de carreira

Excluindo os ministros Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello, as nove outras cadeiras são (ou serão) ocupadas por pessoas projetadas por seus trabalhos no Ministério Público, na advocacia ou na academia.
Há aqueles que possuem passagem pelos tribunais, como os ministros Ricardo Lewandowski (Tribunal de Justiça de São Paulo) e Ellen Gracie (Tribunal Regional Federal da 4ª região), mas eles foram alçados graças ao quinto constitucional --dispositivo que garante fatia nos tribunais a pessoas vindas de outras classes jurídicas.
Representantes desses segmentos dizem que a quase ausência de ministros com origem na magistratura é reflexo do mecanismo de escolha. Para eles, é premente a necessidade de mudança nesse mecanismo.
Pela Constituição, é da livre vontade do presidente da República a indicação dos ministros. Precisa seguir apenas três critérios, dois deles subjetivos: escolher um cidadão com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e de reputação ilibada. O Senado precisa aprovar a indicação, mas essa exigência é historicamente quase pro forma.
Por esse modelo, na opinião dos juristas, tem maior chance aquele com mais contato com o mundo político ou com o próprio presidente.
É o caso, por exemplo, do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, escolhido para a vaga do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que morreu no início de setembro.
Além do próprio governo, Toffoli foi advogado particular do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pela Constituição, é da livre vontade do presidente da República a indicação dos ministros. Precisa seguir apenas três critérios, dois deles subjetivos: escolher um cidadão com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e de reputação ilibada. O Senado precisa aprovar a indicação, mas essa exigência é historicamente quase pro forma.
Por esse modelo, na opinião dos juristas, tem maior chance aquele com mais contato com o mundo político ou com o próprio presidente.
É o caso, por exemplo, do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, escolhido para a vaga do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que morreu no início de setembro.
Além do próprio governo, Toffoli foi advogado particular do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Te cuida Serra!
O “oposicionista” Aécio Neves reuniu-se reservadamente com Lula, o mandachuva da situação.
Deu-se na tarde desta terça (28). Segundo a versão mineira, o convite partiu de Lula. O governo informa que Aécio pediu a audiência. “Notícia” pendurada no portal do governo de Minas informa que o governador foi tratar de economia. Meia verdade.
Um auxiliar do presidente disse ao blog, na noite passada, que o miolo da conversa não foi econômico, mas político.
Foi uma reunião sem testemunhas. Lula esquivou-se de esmiuçar, mesmo na intimidade, o teor político da reunião.
Aécio cuidou de detalhar apenas o pedaço econômico: siderurgia, mineração e a restituição aos Estados da compensação da Lei Kandir (R$ 3,9 bilhões).
A desinformação semeou nos subterrâneos de Brasília uma suspeita: Aécio teria retomado a idéia de migrar do PSDB para o PMDB.
“A hipótese de que isso venha ocorrer é zero”, viu-se compelido a desmentir o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.
Antes de bater asas em direção a Brasília, Aécio almoçara, em Minas, com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB).
Zito é, hoje, a água que caiu no chope que José Serra, o outro presidenciável tucano, pretendia servir a Fernando Gabeiro (PV), no Rio.
Gabeira costurara com Serra a montagem de um palanque duplo. O deputado disputaria o governo do Rio.
E recepcionaria no Estado o tucano Serra e a presidenciável do PV, Marina Silva. A fórmula ruiu depois que Zito apresentou-se como opção do PSDB.
No almoço com Aécio, Zito se dispôs a abrir mão de sua incipiente candidatura ao governo do Rio numa eventual composição com Sérgio Cabral (PMDB).
Funcionaria assim: candidato à reeleição, o governador Cabral desistiria de apoiar a presidenciável Dilma Rousseff (PT), bandeando-se para o lado de Aécio.
Feito o arranjo improvável, Zito se manteria na órbita municipal, desistiria do vôo estadual e apoiaria Cabral.
Esses últimos movimentos de Aécio deixaram a impressão de que a direção do PSDB precisa chamar o governador mineiro para uma conversa.
O diálogo seria aberto com uma pergunta básica: Aécio, afinal de contas, você é candidato a presidente ou quer apenas estorvar a vida do Serra?
A questão se justifica pelo seguinte: no alvorecer da queda-de-braço que mantém com Serra, Aécio exigiu a realização de prévias.
Hoje, o que parecia cavalo de batalha virou perspectiva de conchavo. Aécio já admite uma composição sem prévias, em reunião prevista para dezembro.
Ora, se não se dispõe a brigar nem mesmo pelas prévias que impusera, Aécio pode ser candidato a qualquer coisa, menos a presidente.
Tomado pelos gestos que faz em Minas, Aécio trabalha para chegar às portas de 2010 com uma composição:
Apoiaria o ministro Hélio Costa (PMDB) para o governo do Estado. E desceria à chapa como candidato a uma cadeira no Senado.
De Hélio Costa não se exigiria o apoio a Serra. O ministro manteria a fidelidade a Dilma. E Aécio manteria um pé em cada canoa presidencial.
Ótimo para Lula, a quem Aécio se recusa a fazer oposição. Péssimo para Serra, a quem Aécio jura ser leal depois da definição tucana.
Como se vê, a despeito das juras de amor eterno, o PSDB continua sendo um partido de amigos composto integralmente de inimigos.
Deu-se na tarde desta terça (28). Segundo a versão mineira, o convite partiu de Lula. O governo informa que Aécio pediu a audiência. “Notícia” pendurada no portal do governo de Minas informa que o governador foi tratar de economia. Meia verdade.
Um auxiliar do presidente disse ao blog, na noite passada, que o miolo da conversa não foi econômico, mas político.
Foi uma reunião sem testemunhas. Lula esquivou-se de esmiuçar, mesmo na intimidade, o teor político da reunião.
Aécio cuidou de detalhar apenas o pedaço econômico: siderurgia, mineração e a restituição aos Estados da compensação da Lei Kandir (R$ 3,9 bilhões).
A desinformação semeou nos subterrâneos de Brasília uma suspeita: Aécio teria retomado a idéia de migrar do PSDB para o PMDB.
“A hipótese de que isso venha ocorrer é zero”, viu-se compelido a desmentir o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB.
Antes de bater asas em direção a Brasília, Aécio almoçara, em Minas, com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito (PSDB).
Zito é, hoje, a água que caiu no chope que José Serra, o outro presidenciável tucano, pretendia servir a Fernando Gabeiro (PV), no Rio.
Gabeira costurara com Serra a montagem de um palanque duplo. O deputado disputaria o governo do Rio.
E recepcionaria no Estado o tucano Serra e a presidenciável do PV, Marina Silva. A fórmula ruiu depois que Zito apresentou-se como opção do PSDB.
No almoço com Aécio, Zito se dispôs a abrir mão de sua incipiente candidatura ao governo do Rio numa eventual composição com Sérgio Cabral (PMDB).
Funcionaria assim: candidato à reeleição, o governador Cabral desistiria de apoiar a presidenciável Dilma Rousseff (PT), bandeando-se para o lado de Aécio.
Feito o arranjo improvável, Zito se manteria na órbita municipal, desistiria do vôo estadual e apoiaria Cabral.
Esses últimos movimentos de Aécio deixaram a impressão de que a direção do PSDB precisa chamar o governador mineiro para uma conversa.
O diálogo seria aberto com uma pergunta básica: Aécio, afinal de contas, você é candidato a presidente ou quer apenas estorvar a vida do Serra?
A questão se justifica pelo seguinte: no alvorecer da queda-de-braço que mantém com Serra, Aécio exigiu a realização de prévias.
Hoje, o que parecia cavalo de batalha virou perspectiva de conchavo. Aécio já admite uma composição sem prévias, em reunião prevista para dezembro.
Ora, se não se dispõe a brigar nem mesmo pelas prévias que impusera, Aécio pode ser candidato a qualquer coisa, menos a presidente.
Tomado pelos gestos que faz em Minas, Aécio trabalha para chegar às portas de 2010 com uma composição:
Apoiaria o ministro Hélio Costa (PMDB) para o governo do Estado. E desceria à chapa como candidato a uma cadeira no Senado.
De Hélio Costa não se exigiria o apoio a Serra. O ministro manteria a fidelidade a Dilma. E Aécio manteria um pé em cada canoa presidencial.
Ótimo para Lula, a quem Aécio se recusa a fazer oposição. Péssimo para Serra, a quem Aécio jura ser leal depois da definição tucana.
Como se vê, a despeito das juras de amor eterno, o PSDB continua sendo um partido de amigos composto integralmente de inimigos.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Zelaya, um fazendeiro que se virou para a esquerda
Antes do golpe que o derrubou do poder, Manuel Zelaya tentava levar adiante uma consulta popular que abrisse caminho para reformar a Constituição.
Seus críticos dizem que ele buscava, nessa consulta, uma tentativa de aprovar a reeleição presidencial e, assim, candidatar-se a um novo mandato em 29 de novembro.
Mesmo com o Congresso, a Suprema Corte e as Forças Armadas sendo contrários à consulta por declará-la inconstitucional, Zelaya levou-a adiante, num desafio aos demais poderes.
Mas o golpe de 28 de junho impediu que ela fosse realizada e expulsou Zelaya do país, ainda de pijama. O golpe fez com que praticamente todo o continente se unisse em declarações de apoio ao presidente deposto e contra uma prática que se considerava ultrapassada na América Latina.
Uma polêmica pôs fim ao seu governo, mas outras tantas marcaram seu mandato. O chapéu de vaqueiro e o vasto bigode se tornaram a marca registrada desse fazendeiro, vindo de uma família de latifundiários, e que foi eleito pelo Partido Liberal em 2005.
Apesar de vir da direita, Zelaya virou-se para a esquerda logo após a eleição, aproximou-se da Venezuela, entrou para a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e afastou Honduras de seu antigo aliado, os EUA, despertando inquietação entre antigos correligionários.
Deputado por três vezes de 1985 a 1998, Zelaya foi ainda ministro de Investimento Social antes de se candidatar à Presidência. Como presidente, promoveu políticas assistencialistas, mas não conseguiu conter a alta dos preços ou o tráfico de drogas como prometera.
Algumas decisões, como a ordem para rádios e TVs transmitirem duas horas de propaganda do governo diárias, eram vistas com desconfiança por empresários.
Persistente, Zelaya levou à frente a decisão de realizar a consulta popular, apesar das oposições. Mas o golpe, ao amanhecer do dia em que a consulta seria realizada, abreviou o seu mandato e atraiu as atenções para Honduras.
Entre as polêmicas e os rumores despertados no seu governo, há quem o acuse de ter feito vista grossa — ou mesmo de estar ligado — aos pequenos aviões que pousam no país como escala na rota do tráfico internacional.
Segundo fontes, de janeiro a junho caíram ou foram interceptados 26 aviões com drogas no país. Desde 28 de junho, só um. As insinuações não param aí. Segundo a imprensa, Héctor (um dos quatro filhos que teve com Xiomara) foi passageiro no avião de um traficante que pousou no aeroporto de Tegucigalpa.
Na cidade de Catacamas, onde o presidente deposto iniciou sua vida política, a poderosa família Zelaya não é muito querida. Seu pai, José Manuel Zelaya, foi condenado pelo massacre de 14 pessoas. Elas iam participar da Marcha pela Fome, em 1975, pedindo terras.
Os corpos dos agricultores foram jogados num poço, fechado com explosões de dinamite. Sentenciado a 20 anos de prisão, o pai cumpriu apenas um ano e foi anistiado. O presidente deposto tinha 23 anos na época e há rumores de que teria ajudado a esconder os corpos.
Seus críticos dizem que ele buscava, nessa consulta, uma tentativa de aprovar a reeleição presidencial e, assim, candidatar-se a um novo mandato em 29 de novembro.
Mesmo com o Congresso, a Suprema Corte e as Forças Armadas sendo contrários à consulta por declará-la inconstitucional, Zelaya levou-a adiante, num desafio aos demais poderes.
Mas o golpe de 28 de junho impediu que ela fosse realizada e expulsou Zelaya do país, ainda de pijama. O golpe fez com que praticamente todo o continente se unisse em declarações de apoio ao presidente deposto e contra uma prática que se considerava ultrapassada na América Latina.
Uma polêmica pôs fim ao seu governo, mas outras tantas marcaram seu mandato. O chapéu de vaqueiro e o vasto bigode se tornaram a marca registrada desse fazendeiro, vindo de uma família de latifundiários, e que foi eleito pelo Partido Liberal em 2005.
Apesar de vir da direita, Zelaya virou-se para a esquerda logo após a eleição, aproximou-se da Venezuela, entrou para a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) e afastou Honduras de seu antigo aliado, os EUA, despertando inquietação entre antigos correligionários.
Deputado por três vezes de 1985 a 1998, Zelaya foi ainda ministro de Investimento Social antes de se candidatar à Presidência. Como presidente, promoveu políticas assistencialistas, mas não conseguiu conter a alta dos preços ou o tráfico de drogas como prometera.
Algumas decisões, como a ordem para rádios e TVs transmitirem duas horas de propaganda do governo diárias, eram vistas com desconfiança por empresários.
Persistente, Zelaya levou à frente a decisão de realizar a consulta popular, apesar das oposições. Mas o golpe, ao amanhecer do dia em que a consulta seria realizada, abreviou o seu mandato e atraiu as atenções para Honduras.
Entre as polêmicas e os rumores despertados no seu governo, há quem o acuse de ter feito vista grossa — ou mesmo de estar ligado — aos pequenos aviões que pousam no país como escala na rota do tráfico internacional.
Segundo fontes, de janeiro a junho caíram ou foram interceptados 26 aviões com drogas no país. Desde 28 de junho, só um. As insinuações não param aí. Segundo a imprensa, Héctor (um dos quatro filhos que teve com Xiomara) foi passageiro no avião de um traficante que pousou no aeroporto de Tegucigalpa.
Na cidade de Catacamas, onde o presidente deposto iniciou sua vida política, a poderosa família Zelaya não é muito querida. Seu pai, José Manuel Zelaya, foi condenado pelo massacre de 14 pessoas. Elas iam participar da Marcha pela Fome, em 1975, pedindo terras.
Os corpos dos agricultores foram jogados num poço, fechado com explosões de dinamite. Sentenciado a 20 anos de prisão, o pai cumpriu apenas um ano e foi anistiado. O presidente deposto tinha 23 anos na época e há rumores de que teria ajudado a esconder os corpos.
Oficial do Exército brasileiro não vê ‘golpe’

Irmão do verdadeiro Capitão Nascimento, do filme “Tropa de Elite”, o tenente-coronel Paulo Pimentel deveria ter sido ouvido antes de o governo Lula se meter em Honduras. Trabalhava no País pelo Exército brasileiro, num acordo de cooperação, quando após a saída de Manuel Zelaya recebeu ordem para voltar. Texto atribuído a ele critica a atitude do novo governo Honduras, mas é taxativo: não houve “golpe” no País. A Constituição de Honduras, diz Paulo Pimentel, veda a reeleição e destitui e considera “traidor da pátria” governante que tente instaurá-la.
A destituição de Zelaya, decidida pela Corte Suprema, foi referendada pelo Congresso por uma votação acachapante: 123 x 5.
Antes de cair, Zelaya liderou uma turba na invasão a instalações da Força Aérea hondurenha. Até seu ex-vice já estava contra ele.
Marina: Lula antecipou eleições 2010

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Volta do presidente deposto a Honduras foi 'irresponsável'

A volta clandestina do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao país foi "irresponsável" e não serve aos interesses do povo, disse nesta segunda-feira (28) o representante norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Anselem. Anselem fez as declarações durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da organização. "Os que facilitaram a volta de Zelaya têm uma especial responsabilidade para prevenir a violência e garantir o bem-estar do povo hondurenho", disse, sem detalhar. Na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia dito esperar que a volta de Zelaya pudesse ser uma "ocasião" para o reinício das negociações.
Dono da loja de fogos que explodiu no ABC presta depoimento

Sandro Luiz Castellani, dono da loja de fogos de artifício que explodiu na quinta-feira (24), em Santo André, no ABC, em São Paulo, começou a prestar depoimento sobre a tragédia. A Polícia Civil de Santo André iniciou os trabalhos para ouvir o proprietário por volta das 12h. Na explosão, morreram duas pessoas e outras 12 ficaram feridas. Cem pessoas também ficaram desalojadas porque a explosão danificou seus imóveis. Catellani se apresentou por volta das 10h30. Ele chegou acompanhado de sua mulher, Conceição Aparecida Fernandes, no 3º Distrito Policial. O casal deve dar uma entrevista coletiva às 15h desta segunda, no próprio DP. Um delegado que investiga o caso também deve participar.
De acordo com investigadores, que não quiseram se identificar, Castellani foi prestar esclarecimentos a respeito da explosão.
De acordo com investigadores, que não quiseram se identificar, Castellani foi prestar esclarecimentos a respeito da explosão.
Irã testa mísseis e ameaça Israel

Perigo para o Brasil em Honduras

Se Manuel Zelaya combinou ou não com o governo brasileiro sua ida à embaixada do Brasil em Tegucigalpa é algo ainda a ser esclarecido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva jura que seu governo de nada sabia e ofereceu sua palavra contra a dos "golpistas". Mas isso é pouco relevante diante do pepino em que se encontra a diplomacia brasileira, agora atolada até o pescoço na crise política de Honduras.
Todos sabem que grande poder traz grande responsabilidade. Por isso parecia uma questão de tempo, considerando o aumento da influência do Brasil na política da América Latina, que o país se visse diretamente ligado a uma crise de grandes proporções, dada o ainda alto nível de instabilidade em partes da região. Entretanto, na crise de Honduras a responsabilidade parece ter se tornado maior que o poder acumulado pelo Brasil. O país ainda não tem os recursos políticos, diplomáticos e militares que tinham, por exemplo, os Estados Unidos ao longo do século 20, tempo em que mandavam e desmandavam em quase todos os vizinhos das Américas. Por mais que a retórica de Lula pareça apoiada na razão e seja apreciada tanto por Barack Obama como por Hugo Chávez, as opções brasileiras nesta crise são limitadas.
Num passado não muito distante, mais precisamente em 1991, outro líder latino-americano passou por aperto semelhante ao de Zelaya. Jean-Bertrand Aristide mal completava um ano na Presidência do Haiti, que acabara de sair de uma longa e sangrenta ditadura familiar, quando bateu de frente com o Congresso do país, da mesma forma como aconteceria com o presidente de Honduras. Aristide perdeu o apoio político no Parlamento e acabou expulso do cargo e da meia-ilha que comandava. O país ficou nas mãos dos militares, que com o tempo passaram a sofrer pressão internacional para aceitar o retorno de Aristide ao poder. Tratava-se dos Estados Unidos de Bill Clinton e não do Brasil de Lula, então os generais acabaram não resistindo. Em 1994, tropas americanas tomaram o Haiti para garantir o retorno do presidente deposto. Aristide governou então até 1996, voltou ao cargo em 2000, apenas para ser expulso mais uma vez. Mas essa é uma outra história, que o Brasil inclusive conhece muito bem.
O fato é que o Brasil de Lula não é a maior potência das Américas, não tem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU nem tem condições ou histórico de invadir vizinhos para garantir um arranjo político, como era o caso dos Estados Unidos na crise haitiana dos anos 90. Sozinho, o Palácio do Planalto não pode fazer por Zelaya o que a Casa Branca fez Jean-Bertrand Aristide. O presidente deposto de Honduras não pode assumir residência fixa na embaixada brasileira de Tegucigalpa, e uma solução parece depender de um acordo com o governo interino. Se for obtido, o Brasil terá fortalecida ainda mais sua imagem internacional como potência emergente, confiável na mediação de crises internas ou regionais, e o presidente Lula terá reafirmadas suas credenciais como defensor da democracia no continente.
Mas, se Roberto Micheletti decidir não fazer concessão alguma, Honduras pode mergulhar num impasse político ainda mais grave, com um crescente perigo de mais violência nas ruas de um país claramente dividido. Nesse caso, o Brasil poderá lamentar ter atendido a campainha e oferecido o sofá da sala a Manuel Zelaya.
Todos sabem que grande poder traz grande responsabilidade. Por isso parecia uma questão de tempo, considerando o aumento da influência do Brasil na política da América Latina, que o país se visse diretamente ligado a uma crise de grandes proporções, dada o ainda alto nível de instabilidade em partes da região. Entretanto, na crise de Honduras a responsabilidade parece ter se tornado maior que o poder acumulado pelo Brasil. O país ainda não tem os recursos políticos, diplomáticos e militares que tinham, por exemplo, os Estados Unidos ao longo do século 20, tempo em que mandavam e desmandavam em quase todos os vizinhos das Américas. Por mais que a retórica de Lula pareça apoiada na razão e seja apreciada tanto por Barack Obama como por Hugo Chávez, as opções brasileiras nesta crise são limitadas.
Num passado não muito distante, mais precisamente em 1991, outro líder latino-americano passou por aperto semelhante ao de Zelaya. Jean-Bertrand Aristide mal completava um ano na Presidência do Haiti, que acabara de sair de uma longa e sangrenta ditadura familiar, quando bateu de frente com o Congresso do país, da mesma forma como aconteceria com o presidente de Honduras. Aristide perdeu o apoio político no Parlamento e acabou expulso do cargo e da meia-ilha que comandava. O país ficou nas mãos dos militares, que com o tempo passaram a sofrer pressão internacional para aceitar o retorno de Aristide ao poder. Tratava-se dos Estados Unidos de Bill Clinton e não do Brasil de Lula, então os generais acabaram não resistindo. Em 1994, tropas americanas tomaram o Haiti para garantir o retorno do presidente deposto. Aristide governou então até 1996, voltou ao cargo em 2000, apenas para ser expulso mais uma vez. Mas essa é uma outra história, que o Brasil inclusive conhece muito bem.
O fato é que o Brasil de Lula não é a maior potência das Américas, não tem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU nem tem condições ou histórico de invadir vizinhos para garantir um arranjo político, como era o caso dos Estados Unidos na crise haitiana dos anos 90. Sozinho, o Palácio do Planalto não pode fazer por Zelaya o que a Casa Branca fez Jean-Bertrand Aristide. O presidente deposto de Honduras não pode assumir residência fixa na embaixada brasileira de Tegucigalpa, e uma solução parece depender de um acordo com o governo interino. Se for obtido, o Brasil terá fortalecida ainda mais sua imagem internacional como potência emergente, confiável na mediação de crises internas ou regionais, e o presidente Lula terá reafirmadas suas credenciais como defensor da democracia no continente.
Mas, se Roberto Micheletti decidir não fazer concessão alguma, Honduras pode mergulhar num impasse político ainda mais grave, com um crescente perigo de mais violência nas ruas de um país claramente dividido. Nesse caso, o Brasil poderá lamentar ter atendido a campainha e oferecido o sofá da sala a Manuel Zelaya.
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