sábado, 5 de agosto de 2017

Michel Temer não vai estragar meu ano.


Como bem me apontou outro dia um amigo, o governo Temer é o menos ruim dos três que o petismo proporcionou ao Brasil. Convém, mesmo, reconhecer os fatos: Temer é produto de duas chapas eleitorais petistas e, no curto espaço que lhe coube, exibe resultados que não podem ser depreciados. Para recordar: emenda constitucional que estabeleceu limite aos gastos públicos; reforma trabalhista e fim da sinecura sindical; afastamento de milhares de militantes a serviço de causas partidárias nos órgãos de Estado, governo e administração; inflação abaixo do centro da meta; investimento de R$ 1 bilhão no sistema prisional; reforma do ensino médio; redução de cinco pontos percentuais na taxa de juros; extinção de oito ministérios; e se alguém chegar com um espelhinho no nariz de dona Economia perceberá que ela, lentamente, volta a respirar.
 Mas nem só por isso 2017 foi um ano melhor do que os precedentes. Aumentou muito o número de brasileiros conscientes de que não se pode brincar com o gasto público e de que é necessário tirar de campo, nas próximas eleições, bem identificados picaretas aproveitadores do erário. A Lava Jato preserva seu vigor, com reconhecimento nacional. Réu em seis processos, Lula colheu sua primeira condenação. Vem aí uma reforma da Previdência. Criou-se necessária rejeição social às regalias de certas categorias funcionais e aumentou a intolerância em relação aos corporativismos do setor público e privado. É o primeiro passo para que essas coisas mudem. Ampliou-se a consciência de que precisamos reformar nossas instituições. Ou seja, tornamo-nos mais esclarecidos sobre temas essenciais e isso, sob o ponto de vista político e administrativo, é promissor para o horizonte de 2019-2022.
Então, o novelo em que se enrolou Michel Temer não vai estragar meu ano. A propósito, a Câmara não o julgou e, menos ainda, o inocentou porque essas não eram atribuições suas. Aquele plenário tinha diante de si a tarefa constitucional de decidir sobre a conveniência de o STF processá-lo neste momento. E decidiu que, de momento, ele fica onde está. De momento. A fila anda e a Justiça o espera, mas o Brasil precisa de estabilidade e das reformas em negociação.
 A saída dele serviria ao PT, a seus coligados, a seus movimentos ditos sociais, a seus fazedores de cabeça na Educação, a seus sindicatos e respectivos “exércitos”. Ou seja, daria a alguns uma alegria que estragaria meu ano e meu humor. Se a maior parte dos detentores de mandato até aqui investigados, de todos os pelos, só amargará acertos nos próximos anos, que também Temer entre nessa lista. Por enquanto, que fique quieto na sua cadeirinha e tenha modos. Por enquanto.
 Observo, nas redes sociais, súbita atividade dos militantes de esquerda em defesa da ética na política. Essa mobilização não me convence nem comove. Aliás, faz lembrar o antagonismo entre os Manos e os Bala na Cara. É disputa pelo mercado do crime organizado. No ano que vem, fora todos eles!
* Texto por Percival Puggina

Na Corte do crime organizado.

O diagnóstico do Ministro Raul Jungmann, da Defesa, sobre o Rio de Janeiro – “um estado capturado pelo crime organizado” -, desde ontem sob intervenção militar, aplica-se, a rigor, a todo o país. A começar por Brasília.

O que a Lava Jato tem exibido, há três anos, com minúcias de detalhes, não é outra coisa senão adegradação institucional decorrente da presença de criminosos, autônomos ou em quadrilhas, em alguns dos mais altos cargos da República, nos três Poderes.

Não começou com Temer, que nada mais é que a continuidade do governo anterior, do PT, em que figurou como vice.

Tal como Dilma, Temer foi imposto ao PT por Lula como o vice ideal para o avanço da obra petista. Os dois primeiros mandatos de Lula prepararam a máquina estatal, via aparelhamento, para o estágio seguinte, que seria o início do processo revolucionário.

Tudo isso está nas atas do 5º Congresso do PT, realizado em Salvador, em 2015. Lula construiu as bases da aliança com os países bolivarianos, integrantes do Foro de São Paulo, aos quais brindou com financiamentos do BNDES, para obras de infraestrutura e reaparelhamento da força militar. Preparou o ambiente.

A Força Aérea venezuelana, reequipada com verba brasileira, possui jatos russos de última geração capazes de fazer o trajeto Caracas-Brasília em 30 minutos. Os nossos fazem em 3,30 horas.

Internamente, Lula rejeitou, de início, a proposta de José Dirceu de aliança formal com o PMDB. Optou por comprar apoio no varejo, estratégia que vigeu até o advento do Mensalão, denunciado, em 2005, por um dos parceiros, o deputado Roberto Jefferson, do PTB, que se sentiu logrado na repartição do butim estatal.

Lula, apesar do escândalo, reelegeu-se. Mas aproximou-se mais do PMDB, tornando-o parceiro preferencial, passando a dispor de maior espaço na máquina estatal, da qual não mais se afastaria.

No governo Dilma, a parceria formalizou-se. E Temer, que presidia o PMDB e já havia presidido a Câmara diversas vezes, foi o ungido. Como virtuose do fisiologismo, cumpriria, como de fato cumpriu, o papel de garantir a coesão do partido.

A esse projeto se associou, com entusiasmo, o então governador do Rio, Sérgio Cabral, mais próximo de Lula e Dilma que qualquer outro governador petista. O resultado é conhecido.

O ponto fora da curva, nessa parceria que parecia indestrutível, foi o choque entre Dilma e Eduardo Cunhano segundo mandato da presidente. Nem Temer conseguiu (ou quis) contorná-lo.

Dele, resultou o impeachment e o olho gordo do PMDB em abocanhar sozinho o poder. Mas o staff do partido que serviu a Lula e Dilma é o mesmo que serve a Temer – inclusive os ministros demitidos por denúncias de corrupção: Geddel Vieira Lima, Romero Jucá, Henrique Alves, que integravam o núcleo duro palaciano.

Os que estão na marca do pênalti, citados em delações – Eliseu Padilha, Moreira Franco, Helder Barbalho -, também serviram ao PT. Sarney Filho (PV) e Gilberto Kassab (PSD), embora de outras legendas, sentem-se (e são) parte da mesma família, desde Lula.

Temer é, pois, coautor da herança maldita que administra. E até o ministro que escolheu para geri-la, Henrique Meirelles, é parte do legado. O que os distingue é que o PMDB não está comprometido com a causa revolucionária do Foro de São Paulo, o que explica a fúria de seus antigos aliados. Frustrou o projeto bolivariano.

O roubo petista ia além do simples propósito de tornar os seus agentes ricos (sem, claro, deixar de atende-los). Visava, sobretudo, à sustentação de um projeto criminoso – e permanente - de poder. O roubo do PMDB é o convencional. Atende às demandas pessoais do infrator. O do PT, por ter em vista a causa revolucionária, de unir o continente pela esquerda, banalizou o milhão e o bilhão.

Chegou ao trilhão – e quebrou o país. Mas não apenas. Os vínculos com o narcotráfico, em especial as Farc, explícito nas atas do Foro de São Paulo, inaugurou um período de leniência na legislação penal e de forte estímulo ao crime organizado.

O Rio é o epicentro dessa ação. No período petista, o Brasil deixou de ser apenas corredor de exportação da droga; tornou-se o segundo consumidor de cocaína do mundo e o primeiro de crack. A inteligência do Exército já detectou que o país já é também produtor, abrigando aqui gente dos cartéis vizinhos.

O ministro Jungmann informou que o Estado Maior das Forças Armadas que se instalou no Rio – e deve permanecer até o final de 2018 – constatou que ao menos dois países vizinhos, cujo nome, por motivos óbvios, não pode ainda citar (mas que todos sabemos ser Bolívia e Colômbia), incorporaram o lucro do tráfico ao seu PIB.

Tornaram-se narcocracias e, como tal, tornam mais complexo o desbaratamento do crime organizado. O Brasil hoje é um imenso Rio de Janeiro, cuja capital está na Esplanada dos Ministérios.

* Por Ruy Fabiano em blog vindodospampas

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Uma questão de coerência.

Algumas pessoas tem criticado Bolsonaro em razão da votação de ontem na Câmara dos Deputados.
Uns dizem que votando contra a permanência de Temer ele teria se aliado aos “comunas”: petistas e outras ervas daninhas;
Outros dizem que ele votou ao sabor da mídia e da conveniência política.
O fato é que quem analisar a conduta do Bolsonaro, como parlamentar e como pessoa, saberá que ele jamais apoiará, principalmente no poder, sob qualquer pretexto, alguém que tenha envolvimento com corrupção, mesmo diante de uma denúncia tão pobre - sob o ponto de vista factual e jurídico - apresentado pelo procurador Geral, notadamente esquerdista bolivariano, indicado pela ex (sic) terrorista Dilma, amigo e protegido de Joesley Batista.
Bolsonaro é coerente com seu pensamento e convicções, sempre atento e fiel aos ensinamentos e aprendizado no Exército Brasileiro. O bom militar sempre será na vida civil um homem que pauta sua vida na hierarquia, disciplina e honestidade.
A caserna ensina, aos de boa índole, a viver sob a égide da Lei e da Ética.
Bolsonaro traz consigo esses ensinamentos. Se fosse um homem de esquerda seria execrado por sua conduta eivada de correção e dignidade, pela própria esquerda. Como é de direita, está sendo criticado injustamente por todos os seguimentos de esquerda, centro esquerda e os chamados “liberais”, apenas pelo fato e não querer no poder, e na Presidência da República, um homem que foi cúmplice e apoiador da depredação que a esquerda fez no país nos últimos 14 anos.
Bolsonaro pode ser criticado sim. Todos tem o direito de ter e emitir suas opiniões, até o limite que o respeito impõe.
Mas o que ninguém pode negar é que Bolsonaro votou de acordo com sua consciência e suas convicções. Tudo uma questão de coerência com seu discurso, seu aprendizado, sua conduta.

Maceió, 03 de Agosto de 2017

Mario Jorge Tenorio Fortes


*E-mail dirigido à Folha de São Paulo

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mais sujo do que "pau de galinheiro", Dom Lulone se tornou réu outra vez.

A Lava Jato pescou o molusco, em plena atividade para voltar a presidência.

O ex-presidente, ex-palestrante, réu e agora, condenado Lula da Silva, acaba de se tornar réu pela sexta vez. O juiz federal Sergio Moro, responsável pela primeira condenação de 9 anos e 6 meses de prisão na Operação Lava Jato, resolveu aceitar a denúncia do Ministério Público Federal contra o petista pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), supostamente reformado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
Mas existe grande possibilidade de ele ser salvo pela máfia e voltar a ser presidente do país. É do conhecimento público, que assim como mulher de malandro, o brasileiro adora apanhar, ser enganado e roubado. Portanto, não se admirem se, brevemente, Dom Lulone voltar ao poder e ainda mandar prender todos os seus opositores.
Isto aqui é Brasil! Mas se você não quer viver a mesma situação na qual vive hoje o povo venezuelano, lute! E mostre que não é covarde baixando a cabeça para um bando de corrupto que, diuturnamente, só trabalha pensando em e enriquecer.



A cegueira dos fanáticos.

É simplesmente assombrosa a hipocrisia dos “mortadelas” com relação aos fatos recentes do nosso país.

Eles (os “mortadelas”) seguem fielmente os passos do conhecido Decálogo de Lenin, onde o falecido ditador comunista quis ensinar como se prepara uma revolução para a tomada do poder. Lição copiada e imitada aqui na América LATRINA, pelos líderes bolivarianos.
No Brasil, sob a batuta do mestre guerrilheiro José Dirceu, tentou-se implantar tais regras e, se não houve sucesso, o crédito é todo da direita. A mesma direita que eles (os “mortadelas”) adoram apelidar de coxinha, entre outros adjetivos menos usados.
Tudo começou com o surrado discurso de apoio aos pobres. Uma saga que fez “apenas” 14 milhões perderem o emprego. Mas a culpa é das elites dominantes e fascistas. Claro, pois pimenta nos olhos alheios é...
Depois, seguiu com a vitimização dos líderes (Lula da Silva e Cia), todos transformados em coitadinhos perseguidos. Que grande balela!
Tão perseguidos foram por uma cruel e sanguinária ditadura, que puderam voltar vivos para cá, anistiados, e ainda se inscreveram para receber polpudas indenizações. E o Lula, que nem precisou fugir?...
Descobertos com a “mão na massa”, a turma bolivariana perdeu o governo e agora tem o desplante de culpar o companheiro Temer (era vice da Dilma e foi votado por todos os “mortadelas”, sem exceção) pelo caos institucional criado nos últimos governos.
Aliás, existe um grupelho de parlamentares que é especialista neste discurso hipócrita da “injustiça”, do “coitadismo” e da “TEMERidade”.
E, continuam – como se não houvesse provas em contrário – que os ÚNICOS vilões das reformas que estão sendo votadas, são só os outros.
Ora, quanta dissimulação! Estas mesmas reformas foram propostas pelo injustiçado ser mais honesto do planeta. Ah, se esqueceram disso? É lógico, pois a memória seletiva faz parte da trama diabólica dos bolivarianos, e da hipocrisia dos FALSOS CEGOS.
Mas, a coisa não para por aí.
Segundo os “mortadelas”, as delações realizadas só tem valor contra os outros. Pois, sempre que respinga nos nossos, se trata de deslavada mentira, é vendeta, ou perseguição. E só valem se for para manchar a reputação do pessoal que não é bolivariano. Pode?

É mais ou menos como aquela história sobre os tais “anos de chumbo”: NÃO ACREDITE NO SEU PAI, MAS SIM NO PROFESSOR MACONHEIRO DE 40 ANOS QUE VIVE ATÉ HOJE NA CASA DA MÃE.

*Marcelo Aiquel - advogado, Porto Alegre.