sábado, 13 de setembro de 2014

PT não fala mais em privatização da Petrobras porque privatizada ela já está: pelo PT, PMDB e PP. A mentira da hora diz respeito ao pré-sal.


O gosto de um povo costuma ser o seu destino
Por Reinaldo Azevedo

Em 2002, 2006 e 2010, o PT inventou que os tucanos haviam querido — e quereriam ainda — privatizar a Petrobras. Alguma evidência, algum documento, alguma fala oficial de governo, alguma proposta que apontasse para isso? Nada! Nem um miserável papel.

A maior evidência de que dispunham era um estudo encomendado para mudar o nome da empresa para Petrobrax. Uma burrice? Sem dúvida! Privatização? É piada! Tratava-se apenas de uma mentira de cunho terrorista — já que o partido sabia que a população brasileira, na sua maioria, infelizmente, se oporia à ideia. 

Este nosso povo bom prefere uma estatal lotada de larápios, roubando dinheiro para si e para seus respectivos partidos, a uma empresa privada que funcione bem, sem assaltar o nosso bolso. O gosto de um povo costuma ser o seu destino.

Lembro, só para ilustrar, que, às vésperas do segundo turno da eleição de 2010, José Sérgio Gabrielli — um dos principais responsáveis pela compra desastrada da refinaria de Pasadena —, então presidente da estatal, concedeu uma entrevista à Folha em que afirmou que o governo FHC havia tomado medidas em favor da privatização. 

Não apresentou uma só evidência, é claro!, porque se tratava apenas de uma mentira. Privatizada, como vimos, de fato, a Petrobras já está, o que não é segredo para ninguém. As evidências que vêm à luz a cada dia ilustram o descalabro. 

Pois bem! Neste 2014, falar que estão querendo privatizar a Petrobras não chega a ser uma coisa exatamente popular. A empresa está mais nas páginas de polícia do que nas de economia, não é mesmo? Privatizada, ela já está. Como vimos, boa parte de sua operação pertence a companheiros do PT, do PMDB e do PP. Uma gangue agia dentro da empresa, em conexão com outra que, segundo Paulo Roberto Costa, atuava do lado de fora. Fica difícil convocar a população para a guerra santa em defesa de um nome que, infelizmente, acabou tão manchado. 

Como é que o PT vai fazer, então? O partido não sabe fazer campanha eleitoral sem transformar seus adversários em satãs. Os petistas não conseguem entender o jogo político senão pela eliminação do outro. Não lhes basta simplesmente vencê-lo. Sem encontrar, antes como agora, verdades fortes o bastante em favor de si mesmos, então recorrem a mentiras contra seus oponentes. 

Assim é com essa história absurda de que, se eleita, Marina vai tirar R$ 1,3 trilhão — sim, os desmandos da turma já atingiram a casa dos bilhões, e as mentiras, dos trilhões — da educação em razão da não exploração do pré-sal. Esse é o terrorismo da vez. 

Moralistas como são, advertidos até internamente de que isso é forçar a barra, os chefões não se intimidaram. Como Dilma deu uma pequena reagida, e Marina, uma esmorecida, chegaram à conclusão de que esse é mesmo um bom caminho. Se eles não podem vencer com a verdade, indagam sem hesitação: “Por que não a mentira?”. 

Nesta quinta, em entrevista à Rede TV, Dilma culpou Marina, quando ministra do Meio Ambiente, pela demora nas licenças ambientais para obras de infraestrutura. É mesmo? Eu posso criticar algumas questões que a então ministra levantou ao longo do tempo sobre esta ou aquela obras, Dilma não! Ora, se ela criava dificuldades tecnicamente injustificadas e artificiais, por que não foi posta, então, fora do governo? Por que não se fez, então, o devido debate público? É que Lula gostava — e precisava — da “simbologia Marina”. 

No horário eleitoral gratuito, o PT demoniza empresários e banqueiros, apresentados como um bando de salafrários que se regozijam quando supostos inimigos do povo — sim, Marina é o alvo principal — aparecem combinando tramoias. É grotesco que, nestes dias, quando conhecemos a casa de horrores em que se transformou a Petrobras, o PT venha a público para atacar o setor privado. 

Encerro com um dado: até há cinco dias, Dilma, a que aparece como a adversária de empresários cúpidos, havia arrecadado mais do que o dobro da soma de Aécio e Marina: R$ 123,3 milhões entre julho e agosto, contra R$ 42,3 milhões do tucano e R$ 19,5 milhões de Marina. 

Essa é a cara deles. Essa é a moralidade deles.

Pânico no PT: Presidente da CPI "desobedece" ao Planalto e ex-diretor da Petrobras vai depor na próxima semana.

Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI: “Novo depoimento será no dia 17″.

Pressionado pela oposição, o presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou para a próxima quarta-feira (17) depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto da Costa à comissão de inquérito, que revelou à Justiça um esquema de corrupção na empresa.
Segundo a revista “Veja”, Costa listou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), líderes do Congresso como os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ex-governador Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo em Santos (SP), entre os políticos envolvidos.

Paulo Roberto Costa será obrigado a comparecer à comissão porque a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista já havia aprovado requerimento de convocação do ex-diretor. Como está preso, Costa irá ao Congresso com escolta policial, para prestar depoimento à comissão.
O depoimento será aberto, segundo o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB). Mas pode se transformar em fechado (com a presença apenas dos membros da CPI) se o ex-diretor da Petrobras pedir para fazer declarações de forma reservada. Vale lembrar que ele pode ser reservar ao direito de não falar nada, para não produzir provas contra si próprio.

REUNIÃO

O comando da CPI se reuniu nesta quarta-feira (10) com líderes partidários para definir as ações da comissão após vazamento de parte da delação premiada de Costa. A CPI também vai pedir o envio imediato do depoimento de Costa ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e ao juiz Sérgio Moro, que cuida do caso no Paraná.
O presidente da CPI já havia encaminhado ofícios com a solicitação do depoimento, mas agora decidiu apresentar a petição –instrumento jurídico que determina o envio dos documentos. Segundo integrantes da CPI, a Justiça tem obrigação de encaminhar as informações à comissão, por estar na Constituição a prerrogativa dela ter acesso mesmo a dados judiciais sigilosos.

“Determinamos petição ao ministro e ao juiz para que esses dados coletados na delação premiada possam vir para a comissão. Esse é nosso direito e vamos mantê-lo, com o resguardo da Constituição”, afirmou Vital.

CPI TEM PODERES…


Na manhã desta quarta, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) pediram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para ter acesso ao teor da delação premiada de Paulo Roberto. O procurador negou o pedido com o argumento de que ninguém terá acesso ao depoimento do ex-diretor.
Para Vital, a negativa do procurador não se aplica à comissão. “A CPI não é qualquer pessoa. A CPI tem os poderes constitucionais”, afirmou o presidente da comissão.

Numa terceira frente, a CPI ainda vai marcar audiência com Zavascki para discutir as investigações do caso Petrobras. Os membros da comissão querem saber detalhes das investigações com o ministro, que é responsável pelo processo no STF.
Além do caso tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba, parte do processo está no STF, devido à presença de deputados e senadores entre os citados nas denúncias envolvendo a estatal.

*Gabriela Guerreiro - Folha

Mais um escândalo: Senado confirma que diretores da Petrobras tiveram acesso prévio às perguntas da CPI.

Após 37 dias de investigação, o consultor legislativo Tiago Ivo Odon entregou nesta quinta-feira (11/9) à Diretoria-Geral do Senado o relatório final da sindicância sobre a troca de perguntas e respostas de integrantes da CPI mista da Petrobras, advogados e diretores da estatal. “A conclusão é direta sobre os indícios de ilícito e a eventual punição aos envolvidos”, afirmou Tiago Ivo ao Correio.

O consultor preferiu não revelar o teor do relatório devido ao sigilo da apuração. A sindicância, no entanto, tem artifícios para iniciar um processo administrativo sobre dois funcionários da Casa envolvidos na denúncia. No início de agosto, a revista Veja denunciou que as perguntas dos parlamentares foram vazadas à presidente da Petrobras, Graça Foster, ao ex-presidente Sérgio Gabrielli e ao ex-diretor Nestor Cerveró antes deles prestarem depoimento na Casa.
Os parlamentares citados na denúncia da revista, o relator da CPI do Senado, José Pimentel (PT-CE) e Delcídio Amaral (PT-MS), não foram investigados pela sindicância. Já os funcionários podem ser punidos com advertência, suspensão, demissão, destituição do cargo ou função.
Pimentel, o relator, escapa incólume.
*Por Naira TrindadeCorreio Braziliense

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela atriz, Ana Carolina Dias

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Motorista de candidato do PI é detido com R$ 180 mil em espécie, pela Polícia Rodoviária Federal.

Um montante de R$ 180 mil, em espécie, foi encontrado dentro de um carro no Km-805 da BR-242, na cidade de Barreiras, oeste da Bahia, durante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta quinta-feira (11).
Duas pessoas foram conduzidos à delegacia. Uma delas, segundo o delegado Francisco de Sá, que investiga o caso, informou que é motorista do senador Wellington Dias (PT), candidato ao governo do Piauí, e apresentou crachá de identificação do Senado. Ele estava no veículo como passageiro, tinha saído de Brasília e informou ter como destino ao interior do Piauí.
Em nota à imprensa, a equipe de Wellington Dias informou que o servidor está de férias e em viagem pessoal, enfatizando que não há qualquer relação do fato com o político. (Veja a íntegra ao fim da notícia).
De acordo com o delegado, o motorista não informou a origem do dinheiro, mas afirmou que ele seria usado para a compra de fazenda e que não há relação com o candidato. "Ele disse que o senador não tem nada a ver com a situação. Todo esse dinheiro será apreendido e depositado judicialmente a favor da Justiça Federal", afirmou o delegado.
O dinheiro era transportado debaixo do banco traseiro do veículo. Segundo a PRF, o condutor do veículo, que também foi preso, apresentou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa. Por não terem informado a origem do dinheiro, que estava dividido em notas de R$ 100, eles permancem até a noite desta quinta-feira na delegacia.
Do G1 BA

Cerveró aceita fazer acareação com ex-diretor da Petrobras.

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró rebateu, ontem, em depoimento à CPI Mista que apura suspeitas de irregularidades na estatal, as declarações do ex-colega Paulo Roberto Costa, que disse ter havido desvios para abastecer um esquema de pagamento de propina a políticos, conforme reportagem da revista Veja sobre a tentativa de delação premiada do ex-dirigente preso pela operação Lava Jato.
No depoimento, Cerveró foi instigado pela oposição a atacar a presidente Dilma Rousseff e avalizar declarações de Costa, mas ele foi em sentido oposto. “Nunca ouvi falar de organização criminosa na Petrobras.” Cerveró disse aceitar uma acareação com o ex-colega de diretoria: “Não tenho por que ficar preocupado com a delação do Paulo”.
Os parlamentares questionaram Cerveró sobre declarações de Dilma na série Entrevistas Estadão, segunda-feira, quando a presidente definiu como “estarrecedora” a atuação de um esquema ilegal na empresa e que, se houve “sangria”, ela já foi estancada. “É uma afirmação dela.”
Cerveró repetiu o discurso de que a omissão de cláusulas contratuais na compra da primeira metade de Pasadena não era fundamental para se fechar o negócio, em 2006. Em março, Dilma disse ao Estado que não aprovaria a transação se tivesse conhecimento das cláusulas omitidas. A petista presidia o Conselho de Administração da Petrobrás em 2006.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um prejuízo financeiro de US$ 792 milhões com a compra de Pasadena e, em julho, determinou o bloqueio de bens de Cerveró e outros integrantes da diretoria executiva da época. O TCU livrou Dilma e membros do conselho de administração do bloqueio.
O ex-diretor afirmou que a responsabilidade é do conselho, e não da diretoria. Cerveró negou que a transferência de três imóveis aos filhos seja uma forma de burlar a determinação do TCU, alegando que se trata de antecipação de herança.
*Por Ricardo Brito e Daiene Cardoso, Estadão

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

As chances de Aécio se vão com o tempo...

Aécio, numa eleição difícil contra a candidata da "máquina estatal" e uma candidatura "excêntrica".
O tempo passa e a campanha de Aécio não decola. Não que o tucano não se esforce. Ele até tem imprimido um ritmo mais dinâmico e objetivo na campanha, mas falta-lhe carisma suficiente para "driblar" os obstáculos "oficiais" que  a máquina estatal impõe e uma estrutura plural de partidos que um político precisa para chegar à Presidência da República, em particular quando se luta contra a máquina pública aparelhada, a imprensa aliada e a ignorância dos eleitores de um país de semi alfabetizados que se deixam levar pela propaganda estatal e a esmola política do Bolsa Família.
Não está fácil. Se Marina ganha adeptos da esquerda, tomando votos de Dilma, também leva votos do tucano, principalmente dos eleitores mais jovens, adeptos do "oba-oba" de candidaturas excêntricas.
Marina não é nenhum fenômeno. Não é nem traz nada de novo. Ela é mais uma criatura elevada por Lula e oriunda da luta comunista do velho PCR, trazendo consigo o fácil e falso discurso ambientalista. É fruto da desinformação de um povo sem estudos e sem cultura, iludido, ha quase doze anos, por um Governo que o confunde e o emburrece com sua propaganda eivada de desinformação e mentiras.
Nesse caldeirão de nulidades, Aécio se destaca por ser o melhor e mais preparado candidato, mas perde por não ter um aparato de apoio político, uma teia partidária, como a tecida com dinheiro público como o PT fez com os partidos que apoiam Dilma.
Aécio não traz um discurso messiânico. Não é o "queridinho" da imprensa, como Dilma, nem do meio intelectual, como Marina. Ele é um gestor público testado e aprovado. Um político hábil e inteligente, mas sem apoio dos meios formadores de opinião e dos partidos políticos "alugados" pelo Governo petista.
Ha poucos dias das eleições é missão quase impossível chegar ao segundo turno. Como se diz no Nordeste brasileiro: Ele ainda não "caiu na graça do eleitorado".
E se está ruim para Aécio, pior para o Brasil.

Idosa põe dedo na cara de Dilma e a chama de mentirosa.


Description: Dilma e a idosa
Esta imagem havia sido censurada a todo custo pelo coordenador da campanha da atual presidente, mas vazou na internet. 
Na foto uma senhora humilde põe o dedo na cara de Dilma e parece lhe falar algo desagradável.  Segundo testemunhas presente, chegou-nos a informação que a idosa disse as seguintes palavras: 
" a senhora acha que a gente é trouxa? Eu tenho 80 anos.Você é a mulher mais sorrateira e mentirosa que já vi. Ferrou com a minha aposentadoria. Come caviar as minhas custas e agora quer dar uma de boazinha comendo essa lavagem?
Toma vergonha na cara e vê se some porque aqui ninguém gosta de você."
*Fonte: Grupo - Que Brasil nós queremos.

Investidores denunciam à CVM que Dilma, Mantega e fundos apoiavam atos de Paulo Roberto na Petrobras.

Em ambiente fétido, só resta o dedo em riste: "Foi você!" Não. "Foi você!!"

Documentos e atas apresentados por investidores à Comissão de Valores Mobiliários confirmam que Dilma Rousseff, quando ministra e conselheira-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva e, depois, Presidenta da República, tinha pleno conhecimento e respaldava todas as ações de diretores executivos e membros dos conselhos de Administração e Fiscal da Petrobras.

Por isso, vai falhar a manobra do Palácio do Planalto de desvincular Dilma por responsabilidade direta ou indireta nos problemas gerados por Paulo Roberto Costa que, sem ser diretor financeiro, mas apenas de abastecimento, controlava 1.832 contas correntes do sistema Petrobras (a maioria no Banco do Brasil, que é alvo dos investigadores da Operação Lava Jato).

Acionistas minoritários da empresa comprovaram à CVM que Dilma apoiava as decisões de gestão na Petrobras junto com Guido Mantega (seu ministro desafeto, demitido tecnicamente da Fazenda). Tudo acontecia em parceria com o BNDES, BNDESpar e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, que elegiam conselheiros ao arrepio da Lei das Sociedades Anônimas e das normas da CVM.

Os investidores denunciaram Dilma, Mantega, conselheiros da Petrobras, BNDES e fundos de pensão pelos delitos de conflito de interesses e abuso de poder controlador por parte da União Federal. Se o caso avançar para a esfera jurídica e legislativa, Dilma pode acabar enquadrada por crime de responsabilidade – que a torna passível de impeachment.
*Por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Marina muda o tom com Dilma. Por que é tão "boazinha" com a presidenta?


Por Reinaldo Azevedo
Como todos sabemos, a revista VEJA desta semana traz parte do que Paulo Roberto Costa confessou à Polícia Federal e ao Ministério Público sobre a quadrilha que operava na Petrobras. Ele já gravou 42 horas de depoimento. Nesta segunda, Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, mudou um pouco o tom de sua fala. Ela estava sendo bastante rebarbativa a respeito do assunto, até porque um dos acusados é justamente Eduardo Campos, antigo cabeça de chapa do PSB, morto num acidente aéreo no dia 13 de agosto. 

Durante visita a uma creche, em São Paulo, afirmou Marina, segundo informa aFolha: “Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras é o atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmando acontecesse em uma das empresas mais importantes do país”. Marina, no entanto, aliviou um pouco a barra para a presidente Dilma Rousseff: “A presidente [Dilma] tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana em dizer que ela tem responsabilidade direta pessoalmente”. 

Marina, que vinha afirmando que, por enquanto, só havia “ilações”, mudou o tom e afirmou sobre as denúncias: “É uma delação premiada. Com certeza o Ministério Público não iria premiar aquilo que não tenha base de realidade”. 

Só para lembrar: segundo Paulo Roberto Costa, a lista dos que teriam recebido propina do Petrolão inclui, entre outros, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo no dia 13 de agosto, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB). 

O engenheiro acusa ainda Edison Lobão, atual ministro das Minas e Energia, e atinge o coração do Congresso: estão no rol o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). PT, PMDB e PP seriam os três beneficiários do esquema, que teria também como contemplados os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), e os deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), além de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.

A "nova política" está grávida da velha.

POR GUILHERME FIUZA 
REVISTA ÉPOCA
Os brasileiros amam novela e detestam política. A solução encontrada por esse povo criativo foi simples: transformar a política em novela. Assim surgiu o filho do Brasil (também conhecido como messias de Garanhuns), sucedido pela mamãe-presidenta-faxineira-mulher. 

Quem imaginou que o brasileiro havia se cansado de apanhar de personagens folhetinescos se enganou. Vem aí a imaculada da floresta. Na verdade, Marina Silva pode ser uma excelente candidata - desde que consiga derrotar seu próprio mito.

Marina tem dignidade. Só isso já a situa anos-luz à frente dos canastrões que embromam o Brasil há 12 anos. Mas este é um país fascinado pela embromação. Já está louco para votar numa santa e ficar esperando sentado pelos milagres. Dizem que a onda verde é uma extensão das manifestações de 2013. Se for isso mesmo, danou-se. A famosa Primavera Burra - com seu lema nada na cabeça e uma pedra na mão"" ou simplesmente "uma pedra na cabeça" (do próximo) - é o ingrediente ideal para mais uma era de mistificação.

O Brasil caindo aos pedaços, em véspera de recessão após três mandatos de sucção ininterrupta, quer saber se os gays podem se casar de véu e grinalda. A Bíblia é o grande hit da eleição. Terreno arado e semeado para novo triunfo da picaretagem.

Depois de anos e anos de empulhação politicamente correta de Lula, Dilma, Dirceu, Gilberto Carvalho e oprimidos associados, o país resolveu achar interessante a "democracia de alta intensidade" de Marina Silva. Não se sabe o que seria uma democracia altamente intensa, mas deve ser algo parecido com uma gravidez de alta intensidade.

A quantidade de conceitos ornamentais no ideário de Marina não chega a substituir à altura o famoso "dilmes* (insubstituível) - mas também comove. Nota-se aquele sotaque de burocratas de ONG, com seus relatórios cheios de palavras doces e ociosas - um banquete para Madame Natasha, a personagem de Elio Gaspari que combate a prostituição do idioma.

O Brasil ama esses tipos que falam pelos cotovelos sem saber o que fazer. Basta ver a longevidade de um Guido Mantega no governo — e não é no Ministério da Pesca. Marina vem com uma das mais mofadas utopias de esquerda, o tal discurso da participação direta da população nas decisões de governo. O agravante é que ela parece acreditar nisso - diferentemente de seus ex-colegas petistas, que vieram com o decreto presidencial 8.243, dos conselhos populares, como esperteza chavista.

No final das contas, o grau de inocência não faz diferença. Os tais conselhos de intensificação democrática servirão ao aparelhamento ideológico e partidário da máquina pública. Militantes selecionados para atropelar técnicos e legisladores. A ditadura do bem.

Marina é uma pessoa admirável, de caráter sólido e espírito público. Isso é joia rara no Brasil - mas não é tudo. Basta lembrar o lendário caso de Saturnino Braga, o prefeito honesto que faliu o Rio de Janeiro, classificado por Millor Fernandes como "o homem que desmoralizou a honradez". Quando quer provar que terá solidez administrativa, Marina cita os princípios macroeconômicos implantados no governo Fernando Henrique - hoje plataforma de Aécio Neves, com seu pré-anunciado ministro da Fazenda Armínio Fraga. Quem garantiria tal solidez e perícia a um governo Marina?

Outro enigma: ninguém sabe qual seria a base político-partidária de Marina. Ela tem o PSR, um nanico vitaminado, e a Rede, que não existe. Já avisou que, em seu governo, o PMDB será oposição. Com o PSDB não dá para compor, porque é tido como monstro neoliberal pela esquerda pueril que a apoia. Sobra qual partido grande, com que Marina mantém laços históricos, não só em seu Estado de origem? Ele mesmo, aquele que o eleitorado marinista-mudancista acha que escorraçará do poder: o PT.

O Brasil é mesmo uma grande novela. Neste momento, uma imensa parcela do eleitorado projeta o voto em Marina, que oferece o lastro administrativo de Aécio e provavelmente está grávida de Dilma. A intensidade dessa gravidez, só Deus sabe.

Talvez um dia o brasileiro aprenda a votar (alô, Pelé), avaliando que governo um candidato é capaz de fazer, e não que sonhos bonitinhos (e ordinários) ele pode inspirar. 

A praga.

Ao escolher candidatos sem consulta à direção partidária, ele transformou o PT em instrumento de vontade pessoal
Por Marco Antonio Villa  - 
O Globo Online

Na história republicana brasileira, não houve político mais influente do que Luiz Inácio Lula da Silva. Sua exitosa carreira percorreu o regime militar, passando da distensão à abertura. Esteve presente na Campanha das Diretas. Negou apoio a Tancredo Neves, que sepultou o regime militar, e participou, desde 1989, de todas as campanhas presidenciais. 

Quando, no futuro, um pesquisador se debruçar sobre a história política do Brasil dos últimos 40 anos, lá encontrará como participante mais ativo o ex-presidente Lula. E poderá ter a difícil tarefa de explicar as razões desta presença, seu significado histórico e de como o país perdeu lideranças políticas sem conseguir renová-las. 

Lula, com seu estilo peculiar de fazer política, por onde passou deixou um rastro de destruição. No sindicalismo acabou sufocando a emergência de autênticas lideranças. Ou elas se submetiam ao seu comando ou seriam destruídas. E este método foi utilizado contra adversários no mundo sindical e também aos que se submeteram ao seu jugo na Central Única dos Trabalhadores. O objetivo era impedir que florescessem lideranças independentes da sua vontade pessoal. Todos os líderes da CUT acabaram tendo de aceitar seu comando para sobreviver no mundo sindical, receberam prebendas e caminharam para o ocaso. Hoje não há na CUT — e em nenhuma outra central sindical — sindicalista algum com vida própria. 

No Partido dos Trabalhadores — e que para os padrões partidários brasileiros já tem uma longa existência —, após três decênios, não há nenhum quadro que possa se transformar em referência para os petistas. Todos aqueles que se opuseram ao domínio lulista acabaram tendo de sair do partido ou se sujeitaram a meros estafetas. 

Lula humilhou diversas lideranças históricas do PT. Quando iniciou o processo de escolher candidatos sem nenhuma consulta à direção partidária, os chamados “postes”, transformou o partido em instrumento da sua vontade pessoal, imperial, absolutista. Não era um meio de renovar lideranças. Não. Era uma estratégia de impedir que outras lideranças pudessem ter vida própria, o que, para ele, era inadmissível. 

Os “postes” foram um fracasso administrativo. Como não lembrar Fernando Haddad, o “prefeito suvinil”, aquele que descobriu uma nova forma de solucionar os graves problemas de mobilidade urbana: basta pintar o asfalto que tudo estará magicamente resolvido. Sem talento, disposição para o trabalho e conhecimento da função, o prefeito já é um dos piores da história da cidade, rivalizando em impopularidade com o finado Celso Pitta. 

Mas o símbolo maior do fracasso dos “postes” é a presidente Dilma Rousseff. Seu quadriênio presidencial está entre os piores da nossa história. Não deixou marca positiva em nenhum setor. Paralisou o país. Desmoralizou ainda mais a gestão pública com ministros indicados por partidos da base congressual — e aceitos por ela —, muitos deles acusados de graves irregularidades. Não conseguiu dar viabilidade a nenhum programa governamental e desacelerou o crescimento econômico por absoluta incompetência gerencial. 

Lula poderia ter reconhecido o erro da indicação de Dilma e lançado à sucessão um novo quadro petista. Mas quem? Qual líder partidário de destacou nos últimos 12 anos? Qual ministro fez uma administração que pudesse servir de referência? Sem Dilma só havia uma opção: ele próprio. Contudo, impedir a presidente de ser novamente candidata seria admitir que a “sua” escolha tinha sido equivocada. E o oráculo de São Bernardo do Campo não erra. 

A pobreza política brasileira deu um protagonismo a Lula que ele nunca mereceu. Importantes líderes políticos optaram pela subserviência ou discreta colaboração com ele, sem ter a coragem de enfrentá-lo. Seus aliados receberam generosas compensações. Seus opositores, a maioria deles, buscaram algum tipo de composição, evitando a todo custo o enfrentamento. Desta forma, foram diluindo as contradições e destruindo o mundo da política. 

Na campanha presidencial de 2010, com todos os seus equívocos, 44% dos eleitores sufragaram, no segundo turno, o candidato oposicionista. Havia possibilidade de vencer mas a opção foi pela zona de conforto, trocando o Palácio do Planalto pelo controle de alguns governos estaduais. 

Se em 2010 Lula teve um papel central na eleição de Dilma, agora o que assistimos é uma discreta participação, silenciosa, evitando exposição pública, contato com os jornalistas e — principalmente — associar sua figura à da presidente. Espertamente identificou a possibilidade de uma derrota e não deseja ser responsabilizado. Mais ainda: em caso de fracasso, a culpa deve ser atribuída a Dilma e, especialmente, à sua equipe econômica. 

Lula já começa a preparar o novo figurino: o do criador que, apesar de todos os esforços, não conseguiu orientar devidamente a criatura, resistente aos seus conselhos. A derrota de Lula será atribuída a Dilma, que, obedientemente, aceitará a fúria do seu criador. Afinal, se não fosse ele, que papel ela teria na política brasileira? 

O PT caminha para a derrota. Mais ainda: caminha para o ocaso. Não conseguirá sobreviver sem estar no aparelho de Estado. Foram 12 anos se locupletando. A derrota petista — e, mais ainda, a derrota de Lula — poderá permitir que o país retome seu rumo. E no futuro os historiadores vão ter muito trabalho para explicar um fato sem paralelo na nossa história: como o Brasil se submeteu durante tantos anos à vontade pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva. 

Os socialistas e a idolatria política.


A nova e desrespeitosa versão do Pai Nosso, criada pelos socialistas da Venezuela, põe às claras o ateísmo e a idolatria dos regimes revolucionários.
Durante o III Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela - o partido de Hugo Chávez e do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro -, a militante María Estrella Uribe, uma delegada do grupo político, decidiu homenagear o falecido ditador do país, parodiando a oração cristã do Pai Nosso, a qual foi transformada em um idolátrico e desrespeitoso Chávez nuestro.
O texto, de autoria da própria delegada, justificado como um “compromisso espiritual”, pede que Chávez os livre da “tentação do capitalismo”, da “maldade da oligarquia” e do “crime do contrabando”. Após um “amém”, a petição termina com aplausos e brados de “Viva Chávez”, de toda a assembleia do partido.
*Remetido via e-mail por Bereta - Grupo Resistência Democrática.

Dilma confirma Guido Mantega como ex-ministro no cargo.

Em entrevista ao Estado, a presidente Dilma Rousseff confirmou a condição de Guido Mantega de ex-ministro da Fazenda em exercício. Afirmou que, se ela for eleita, ele não continua no cargo. Segundo a presidente, foi o ministro que pediu para sair por razões pessoais, que ela pediu que sejam respeitadas. Razões pessoais? Parece piada! Dilma transformou Mantega no seu fusível. A chefe queimou o subordinado para ver se continua funcional. Reitero um ponto de vista já expresso aqui: a verdadeira titular da Fazenda é Dilma. Mantega ou não, se Dilma continua, que diferença faz?

A presidente também classificou, ora vejam!, de estarrecedoras as denúncias de Paulo Roberto Costa. Não me digam! Isso sugere, claro!, que a presidente não sabia de nada. E José Sérgio Gabrielli, o petista de quatro costados que presidia a estatal, sabia? Quando Dilma foi informada, então, das lambanças na compra de Pasadena, fez o quê? Deu um cargo para Nestor Cerveró.
Não cola!
*Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cão inteligente.




Via Porta de Privada - Facebook

Democrática] Mensalão da Petrobras pode ter desviado R$ 3,4 bilhões para o PT da Dilma comprar apoio político e enriquecer companheiros.


Por O EDITOR - Valor Econômico
 
A área de Abastecimento da Petrobras investiu R$ 112,39 bilhões entre maio de 2004 e abril de 2012, período em que foi gerida por Paulo Roberto Costa, acusado de participar de um esquema de corrupção na estatal. Do total desembolsado nesses oito anos, R$ 108,13 bilhões foram gastos no país e R$ 4,26 bilhões no exterior - já incluídos os aportes referentes à aquisição da refinaria norte-americana de Pasadena. O levantamento foi realizado pelo Valor com base nos balanços divulgados pela Petrobras e publicado ontem no Valor Pro, serviço em tempo real do Valor. 
Uma fatia de 3% referente à suposta comissão cobrada sobre esse valor chega, portanto, à cifra de R$ 3,37 bilhões. Segundo declaração de Costa à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF), esse seria o percentual da propina paga a políticos por empreiteiras e empresas sobre os valores dos contratos firmados com a Petrobras. O ex-diretor concordou em ser o delator de um esquema de corrupção que existiria na petrolífera, em troca do benefício da colaboração premiada - instituto da lei penal que prevê a redução da pena ou até mesmo o perdão judicial a réus que colaborem de modo determinante para o deslinde de uma investigação criminal. 
Os aportes na área de Abastecimento, que reúne as refinarias da estatal, representam 27,8% dos investimentos totais de R$ 403 bilhões feitos pela Petrobras nesses oito anos, ficando atrás apenas dos desembolsos na área de exploração e produção de petróleo. O cálculo leva em conta apenas os investimentos e não inclui serviços de outra natureza contratados na gestão de Costa, preso preventivamente e réu em processos criminais por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e ainda por integrar organização criminosa com vista à aquisição de contratos milionários junto ao governo federal, relatam os autos em trâmite na Justiça Federal de Curitiba e a acusação formal do MPF. 
O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça deverá buscar a repatriação de US$ 28 milhões enviados do Brasil à Suíça. Segundo Ministério Público suíço, foram identificadas contas bancárias de empresas e familiares de Costa que movimentaram os recursos, dos quais US$ 23 milhões seriam diretamente controlados pelo ex-diretor, aponta a investigação. A descoberta do dinheiro motivou a segunda prisão preventiva do ex-diretor da Petrobras, cumprida em 11 de junho por haver "risco iminente de fuga", segundo a Justiça. 
Depois de formalizada pela força-tarefa do MPF em Curitiba, a colaboração premiada será dividida. Parte ficará na esfera do juízo federal de primeira instância. Já a peça envolvendo políticos e servidores com prerrogativa de foro ou função será remetida ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caberá a ele encaminhar parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a delação proposta pela defesa de Costa. Janot deve se reunir hoje sua equipe para discutir o caso. Caberá a ele decidir se há provas suficientes para abrir inquérito e investigar cada um dos mencionados na delação de Costa. 

Marina ainda é PT.


Tal qual Lula e Dilma, Marina exibe DNA petista quando chama a delação de "ilação".
Não, dna. Marina, a senhora não pode menosprezar uma denúncia desse calibre. A sra. pertence ao Partido PSB e era vice de um candidato que propunha uma Nova Política, uma Nova Forma de Governar e provavelmente se beneficiou do esquema. Essa Nova Política, ao que tudo indica, não passa de uma farsa.
O acusador tinha conhecimento profundo e quer se livrar de mais de 50 anos de cadeia. Se mentir, já era.
*Reinaldo Azevedo

A vitória de Marina NÃO tirará o PT do poder.



A vitória de Marina NÃO tirará o PT do poder. O PT domina o Foro de São Paulo, a que Marina obedece. Quem não entende isso abusa do direito à burrice.
Marina só merecerá algum voto da direita -- um só -- se romper com o Foro e o denunciar publicamente.
Não precisam acreditar em mim. Dentro de MUITO BREVE tempo, o sr. Lula estará se gabando do maior progresso das esquerdas: montar uma disputa eleitoral inteiramente entre membros do Foro de São Paulo. Mas ele só dirá isso quando for tarde demais para alguém fazer alguma coisa contra.
Uma eleição a ser disputada exclusivamente entre partidos submetidos a uma organização política internacional é INTEIRAMENTE ILEGAL E INCONSTITUCIONAL.
Não pergunte em quem votar. Pergunte como vetar uma eleição ilegal e inconstitucional entre partidos orientados do exterior.

*Olavo de Carvalho

"Petrolão". O mensalão da petrobras.


Publicação britânica The Economist comparou o mensalão às denúncias do megaesquema de propina na Petrobras.
Dilma Rousseff durante desfile em comemoração da independência brasileira em Brasília (DF) - 07/09/2014
(Fernando Bizerra Jr./EFE)

A presidente Dilma Rousseff (PT) pode não ter a mesma sorte do ex-presidente Lula (PT), que saiu "ileso" do escândalo do mensalão, segundo a revista britânica The Economist, em artigo publicado em sua edição online. A publicação compara o mensalão às denúncias de um esquema de propina na Petrobras e diz que a delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa pode afetar o resultado das eleições. 

"Lula teve um ano para sacudir a poeira, enquanto desta vez Dilma tem somente um mês até o dia do pleito", afirma a Economist, destacando que vencer Marina Silva (PSB) já era um forte desafio para a petista. O artigo aponta que o nome de Eduardo Campos também foi citado por Costa, mas argumenta que nenhum outro nome ligado ao PSB foi envolvido e que Marina é vista como uma pessoa "ética" pela maioria dos brasileiros. 

A revista destaca que a delação de Costa precisará ser "cuidadosamente corroborada". "Mas a questão deve despertar memórias de deslizes do PT que a presidente vem tentando arduamente colocar para trás", diz a publicação. "Não ajuda a presidente o fato de que, se forem verdade, os desvios alegados na Petrobras aconteceram debaixo do seu nariz, primeiro como ministra de Minas e Energia de Lula, depois como presidente do conselho administrativo da companhia." 

Segundo a Economist, a campanha eleitoral, que já havia recomeçado do zero após a morte de Eduardo Campos, foi "sacudida" novamente. 

(Com Estadão Conteúdo)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Na paisagem eleitoral, falta o porta-voz dos indignados com os fora da lei no poder.



Por Augusto Nunes

Dilma Rousseff perde o sono em dia de pesquisa e perde o controle dos nervosos em noite de debate. É compreensível que se apavore ao imaginar-se conversando com um jornalista independente. Ao escapar do encontro com o excelente William Waack, a fugitiva do Jornal da Globo poupou o cérebro baldio do colapso que seria inevitavelmente consumado pelas perguntas que aguardavam a entrevistada. Confiram: 

1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais? 

2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras? 

3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso? 

4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado? 

5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de quinze anos. Por quê? 

6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão? 

O que há com Aécio Neves que até agora não formulou nenhuma dessas perguntas ─ claras, concisas e contundentes ─ em debates na TV ou no horário eleitoral? O que espera o terceiro colocado nas pesquisas (e em quda) para acrescentar à sequência de interrogações dezenas de outras amparadas no colosso de casos de polícia protagonizados pelo governo em decomposição? Por que não força a candidata à reeleição a afundar agarrada a respostas bisonhas e álibis mambembes? Para continuar sonhando com o segundo turno, Aécio deve gastar muito mais chumbo com a presidente sem rumo do que com Marina. É Dilma a concorrente a ser batida. 

A onda cavalgada por Marina parece exibir força e fôlego suficientes para alcançar a praia do Planalto. É na onda antipetista, de dimensões igualmente impressionantes, que Aécio Neves talvez consiga surfar. Aí reside a chance derradeira. O PT está cada vez mais grisalho e enrugado. Sumiu o Lula que instalava postes em qualquer gabinete. Quase todos os companheiros candidatos a governador estão mal no retrato. Alguns resfolegam na zona do rebaixamento. Em São Paulo, por exemplo, Alexandre Padilha, produzido e dirigido pelo chefe supremo, nem chegou aos dois dígitos.

Até agora, os milhões de indignados com os fora da lei no poder não têm porta-voz na temporada de caça ao voto. Nenhum candidato à Presidência ou a governos estaduais traduz o que vai pela mente e pela alma dos humilhados e ofendidos por 12 anos de corrupção, descaramento, cinismo, inépcia, parcerias obscenas, cafajestagem, arrogância, agressões à liberdade e ao Estado Democrático de Direito, fora o resto.

Na paisagem eleitoral, falta o candidato da indignação. Talvez haja tempo para que Aécio Neves se transforme no que desde sempre deveria ter sido e não foi. 

domingo, 7 de setembro de 2014

...Dilma é a ministra da Fazenda de... Dilma!


Texto por Reinaldo Azevedo


Que coisa, né? Governos existem para quê? Para manter a ordem legal, para adotar medidas corretivas quando está em desequilíbrio na sociedade, para implementar programas que melhorem a vida das pessoas e lhes deem a perspectiva de um futuro melhor. Ocorre que, muitas vezes, o governo, em vez de ser a solução, se torna o problema. E é precisamente isso o que se dá hoje com a presidente Dilma Rousseff. Claramente, existe um governo que atrapalha a sociedade. 

Bastou que as pesquisas Datafolha e Ibope tenham elevado um tiquinho a possibilidade de a presidente Dilma ser reeleita, e o mercado despencou, atraído pela queda das estatais. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras caíram 4,74%; os papeis do Banco do Brasil recuaram 5,34%, e as ações ordinárias da Eletrobras caíram 4,35%. Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,68%, para 60.800 pontos. 

Lá pelas bandas do site “Muda Mais”, aquele delírio retórico comandado por Franklin Martins, os petistas podem bater no peito e afirmar: “Ah, mas a presidente Dilma não governa para os mercados, e sim para as pessoas.” Como vocês sabem, campanhas eleitorais são capazes de dizer boçalidades como essas. 

Ocorre que essa contradição só existe na cabeça de celerados, entendem? Ainda que os mercados possam não ser a medida de todas as coisas e não representem, obviamente, os interesses do conjunto dos brasileiros, é evidente que os resultados desta quinta apontam para perspectivas extremamente negativas caso Dilma seja reeleita. 

A presidente já acenou que um eventual novo governo seu trará mudanças, inclusive da equipe. Não há viv’alma que aposte na continuidade de Guido Mantega caso ela ganhe um segundo mandato. Mas a questão posta é a seguinte: adianta? Afinal, quem manda na economia? O consenso é que Dilma Rousseff é a ministra de Dilma Rousseff, e aí está a raiz do problema e da desconfiança. 

Se a queda artificial de juros em passado recente não bastasse; se a contabilidade criativa do governo não bastasse; se a política tico-tico-no-fubá das desonerações não bastasse, há o erro brutal, pantagruélico, cometido no setor elétrico. Eis aí: não adianta tentar jogar a barbeiragem no colo do ministro da Fazenda. Ele, de fato, não tem nada com isso. Dilma fez porque quis — ignorando, diga-se, advertências feitas por gente de sua equipe. 

Os sinais emitidos pela Bolsa indicam, no caso de vitória de Dilma, um futuro com confiança menor e investimentos menores. Isso tudo num cenário que, mesmo sem agravamento de problemas, já prevê um 2015 com crescimento de 1,1%, taxa de juros em 11,75% e inflação em 6,29%. 

Nesta quarta, só para arrematar, Lula ameaçou: ele quer voltar em 2018. Se o eleitor não tiver, que Deus tenha piedade de nós. 

Corrupção no TCU.

Quatro dias após VEJA ter revelado mensagens que mostram o ministro Walton Alencar atuando a favor do Palácio do Planalto nos bastidores do Tribunal de Contas da União (TCU), o corregedor da corte, ministro Aroldo Cedraz, determinou a abertura de processo para investigar a vida dupla do magistrado. Documentos obtidos por VEJA mostram que, enquanto presidente do tribunal, Walton manteve uma intensa troca de favores com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e seu braço-direito, Erenice Guerra. Walton antecipava decisões, dava conselhos informais aos advogados do PT e ainda dificultava o trabalho da oposição que, sem saber da sua dupla atividade, procurava o TCU auxiliar em investigações contra o governo federal. Em contrapartida, Walton contou com a ajuda de Dilma e Erenice para emplacar a própria mulher, Isabel Gallotti, no cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele também teve o irmão, Douglas Alencar, indicado por Dilma para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Agora, o ministro terá de provar aos colegas de corte a legitimidade de todas as suas ações. Como primeiro passo dos trabalhos, o TCU irá solicitar à Polícia Federal o compartilhamento das mensagens que mostram a troca de favores entre Walton e o governo. A decisão de investigar a conduta de Walton foi anunciada depois que entidades fiscalizadoras dos gastos públicos cobraram uma posição do tribunal, que se mantinha em silêncio sobre as denúncias.
Diante das denúncias, o TCU optou pelo silêncio. O presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, emitiu um único pronunciamento em que afirma que “tomou ciência das notícias veiculadas no último final de semana e irá emitir pronunciamento após avaliação”.
O único que se manifestou sobre o caso, por mais irônico que isso possa parecer, foi o próprio ministro Walton Alencar. A nota enviada por ele ao comando do TCU merece ser lida mais pelo que o ministro omite do que pelo que diz. Ignorando as mensagens reproduzidas em VEJA em que ele escreve a Erenice em diferentes momentos para trocar favores e pedir ajuda para emplacar a sua mulher num cargo de ponta, Walton concentra-se sobre o mais leve dos pecados revelados na reportagem: a parte que Erenice solicita que ele aconselhe o advogado do PT Márcio Silva sobre questões eleitorais: “Na qualidade de ministro do TCU, tenho, por dever de ofício, de manter contato com autoridades de todos os Poderes e escalões. Nesse sentido, a solicitação da então ministra Chefe da Casa Civil de receber certo advogado nada significa, pois todos sabem que todos os advogados que solicitam audiência no meu gabinete são por mim recebidos indiscriminadamente”. Receber um advogado é uma coisa. Dar conselhos eleitorais a ele, outra bem diferente. A resposta seletiva do ministro joga ainda mais responsabilidade sobre o comando do TCU, a quem cabe adotar as devidas providências sobre o caso.