sábado, 7 de dezembro de 2013

Porque hoje é sábado, uma bela mulher.

A bela atriz Yanna Lavigne 

Dilma "escondeu" o sorteio das chaves da Copa.

A FIFA e a presidente Dilma Rousseff, com medo das vaias e protestos populares, "esconderam" a cerimônia do sorteio das chaves da Copa do Mundo de 2014 na elitista região da Costa do Sauipe, uma área isolada no litoral norte da Bahia (há quem diga que até mesmo o arquipélago deFernando de Noronha chegou a ser ventilado para sediar o evento).
A cínica estratégia pode até ter dado certo, no sentido de enrolar a opinião pública internacional, quanto a aceitação dos brasileiros em relação a realização da Copa do Mundo no Brasil, mas eu quero ver se esses canalhas serão capazes de esconder do mundo os protestos que ocorrerão durante os jogos da Copa do Mundo, que obrigatoriamente terão de se realizados nas grandes cidades.
Aí o bicho vai pegar, pois nada nem ninguém será capaz de esconder do mundo o descontentamento popular em relação ao evento.
Durante o desenrolar da Copa do Mundo, nenhum desses pulhas dormirão tranquilos, pois sabem que a qualquer momento poderão estar diante da "hora da onça beber água"...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Supremo determinou ontem, a prisão imediata de mais quatro réus do mensalão.

Foto: Carlos Humberto/STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, ontem, quinta-feira, 5, a prisão imediata de mais quatro condenados por envolvimento no mensalão. O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Bispo Rodrigues e Pedro Correa e o ex-vice-presidente do Banco Rural Vinicius Samarane deveão ser presos ainda nesta quinta pela Polícia Federal, que já confirmou o recebimento dos mandados de prisão.
Além deles, já estão presos outros 11 condenados do mensalão. Todos se entregaram à PF logo após a expedição dos mandados, exceto o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, que é considerado foragido desde o dia 15 de novembro. A prisão dele já foi determinada.  Após ser anunciado a expedição dos mandados de prisão, o advogado do ex-deputado Pedro Correa, Marcelo Leal, chegou à Superintendência da Polícia Federal em Brasília e afirmou que seu cliente está na cidade e deve se entregar à polícia.                                                                                                            
*Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo

Morre Mandela, o falso herói.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Com a carta da renúncia, Genoino saiu da política para entrar na história da Papuda.

Em 2002, obediente à determinação do PT, o deputado federal José Genoino trocou uma reeleição garantida pela candidatura sem chances ao governo de São Paulo. O tucano Geraldo Alckmin reelegeu-se sem sobressaltos. Mas a performance do adversário superou amplamente o desempenho dos companheiros que o precederam na tentativa de conquistar o mais sólido reduto do PSDB. Genoino foi o primeiro petista a forçar a realização de um segundo turno na disputa do Palácio dos Bandeirantes. E os 8,5 milhões de votos (41% do total) abrandaram a frustração reservada aos perdedores.
“Faço questão de te cumprimentar, companheiro Genoino, pela votação extraordinária”, abraçou-o o presidente eleito no comício da vitória promovido na Avenida Paulista. “Daqui a quatro anos, você vai ganhar a eleição. Pode ter certeza, você vai ser governador de São Paulo”. Nem Lula nem o premiado com a profecia imaginavam que havia um mensalão no meio do caminho. Nenhum deles podia saber que o eleitorado de Genoino, em permanente expansão desde a estreia em 1982, seria dramaticamente desidratado pelo escândalo descoberto em meados de 2005.
Na eleição de 2006, os 306.988 votos obtidos oito antes despencaram para 98.729. Voltou à Câmara pela sexta vez, mas agora entre os últimos da fila. Em 2010, com minguados 92.362 votos, foi rebaixado a suplente. Negociou uma vaga e entrou pela porta dos fundos. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente do PT do Mensalão incorporou-se à bancada dos parlamentares presidiários. Ameaçado pela cassação, demorou a descobrir não escaparia da degola. E renunciou ao mandato nesta terça-feira.
A morte política não ocorre antes da morte física, ensina a frase que se ampara em ressurreições eleitorais consideradas impossíveis. Aparentemente sepultado pelo impeachment, Fernando Collor hoje é senador. Getúlio Vargas foi muito mais longe: além de voltar à Presidência quando parecia condenado ao ostracismo, sobreviveu ao suicídio e seguiu decidindo eleições por vários anos. São casos excepcionais, não custa ressalvar. Frequentemente, a morte política se antecipa à morte física. A carta em que formalizou a renúncia sugere que Genoino sonha com o regresso à vida pública. Vai viver o suficiente para constatar que a morte política se consumou neste crepúsculo de 2013.
A carta de Getúlio foi escrita por um estadista prestes a sair da vida para entrar na História. A carta de Genoino foi rabiscada por um mensaleiro que saiu da Câmara para entrar de vez na cela S 13 da Papuda.

Quanta safadeza.

Empresa dona do Hotel quer quer empregar Zé Dirceu, aparece num site americano de consultoria como sediada no Texas, e está inativa desde 2003.
[Na imagem abaixo o facsímile da Wysk, empresa de consultoria americana que fornece perfis empresariais]

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Petista mal dotado.

Lupa na mão – Os advogados “padrão FIFA” contratados pelo PT para defender Eduardo Gaievski, ex-assessor especial da ministra Gleisi Hoffmann (PT) da Casa Civil, preso por 26 estupros de menores, produziram momentos de constrangimento e surpresa na primeira audiência na Justiça, em 21 de novembro, com a presença do pedófilo.
Os novos advogados de Gaievski, com honorários estimados em R$ 500 mil, depois de ouvirem diversas testemunhas fazerem referência ao “tico pequeno” do pedófilo, insistiram em saber qual era o tamanho do membro do cliente. A resposta, de G.R.B., prostituída por Gaievski quando tinha 13 anos, foi surpreendente. “O senhor Eduardo Gaievski tem o pênis de um menino de 12 anos”.
A testemunha relatou que o ex-assessor de Gleisi era muito sensível a qualquer referência às reduzidas dimensões de seu órgão genital. “Ele ficava enfurecido com qualquer referência ao tamanho do ‘tico pequeno’ e espancava qualquer mulher que risse dele”, destacou a testemunha. Ela afirmou que o pedófilo era extremamente suscetível a qualquer menção ao assunto, que o transtornava e o fazia violento. As pequenas dimensões contrastavam com um apetite sexual fora do comum, algo que algumas meninas ouvidas na audiência sugeriram estar ligado ao uso de aditivos químicos.

O Ministro Cardozo não estaria querendo "ferrar" o Lula?

Se o ministro Cardozo diz que não é um engavetador de denúncias e repete isso em todas as entrevistas será que não está dando um recado "camuflado" a todos que querem Lula na cadeia?
E pode ser denúncia anônima? !
Acho que o ministro está implorando por uma denúncia.
Bea Hansen, via facebook

A "capacidade dos médicos estrangeiros."


Para os que acreditam em médicos cubanos. Eu não acredito.
Em  SÃO BERNARDO um médico "estrangeiro" pediu um exame de prostata via abdominal para uma senhora...
Eila:
*Marcelo Sarti, via facebook

Teria maracutaia na empresa que emprega Zé Dirceu.

Jornal Nacional foi até o Panamá para tentar entrevistar o presidente da empresa que administra o hotel Saint Peter, e o encontrou lavando o carro na porta de casa.

O Jornal Nacional encontrou o suposto presidente da empresa administradora do hotel de Brasília que ofereceu o salário de R$ 20 mil ao ex-secretário da Casa Civil, José Dirceu - condenado do Mensalão. 

A reportagem de Vladimir Netto e Salvatore Casella mostra que o homem mora em uma área pobre, no Panamá. E trabalha como auxiliar de escritório em uma empresa de advocacia.

O hotel que ofereceu emprego para o ex-ministro José Dirceu fica no Centro de Brasília, em um prédio de 15 andares e 424 apartamentos. O Saint Peter pretende pagar ao ex-ministro R$ 20 mil por mês para o cargo de gerente-administrativo. 

Um dos sócios do hotel, Paulo Masci de Abreu, é irmão de José Masci de Abreu, presidente do PTN - Partido Trabalhista Nacional - que em 2010 apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff

Mas Paulo Masci de Abreu é apenas um sócio minoritário. Tem uma cota, no valor de R$ 1, como mostra um contrato social. Todas as outras cotas, que somam R$ 499 mil, pertencem a uma empresa estrangeira, Truston International Inc, com sede na cidade do Panamá. 

A Truston International Inc está inscrita no registro público do Panamá. O presidente da Truston é um cidadão panamenho, José Eugenio Silva Ritter. O nome dele, abreviado, aparece junto a outros dois nomes: Marta de Saavedra, tesoureira, e Dianeth Ospino, secretária. 

José Eugenio Silva Ritter também aparece ligado a mais de mil empresas em um site criado por um ativista anticorrupção. O procurador da Truston no Brasil, como mostra o contrato do hotel Saint Peter, é Raul de Abreu, filho de Paulo Masci de Abreu. 

Por telefone, Paulo de Abreu e o advogado de Raul de Abreu disseram que José Eugênio Silva Ritter é um empresário estrangeiro que foi apresentado por meio de um advogado. Também afirmaram que a empresa presta contas a José Eugenio regularmente. 

Jornal Nacional: Quem é o seu sócio majoritário?

Paulo de Abreu: É a Truston. É uma empresa que investe em hotéis.


Jornal Nacional: Quem é o dono da Truston?

Paulo: Ah, tem vários acionistas. Precisa ver, até porque as ações são vendidas constantemente, né?. 


Jornal Nacional: Quem é José Eugenio Silva Ritter?

Paulo: É o presidente.

Advogado: É o presidente da empresa.

Jornal Nacional: Mas vocês o conhecem?

Paulo: Uma vez nós já estivemos em reunião.

Jornal Nacional: Ele veio ao Brasil, Dr. Paulo?


Paulo: Não, eu estive lá em Miami.

Jornal Nacional: Isso foi quando? Foi quando os senhores resolveram fazer uma sociedade para administrar o St. Peter?


Paulo: É, quando formalizamos a parceria. De lá pra cá, a gente manda as informações para lá e ele se dá por satisfeito, enfim, ou pergunta alguma coisa, mas houve essa reunião em Miami quando da formalização do entendimento. 

O Jornal Nacional foi até o Panamá para tentar entrevistar o presidente da empresa que administra o hotel Saint Peter. E depois de muita pesquisa, conseguiu encontrar o endereço de José Eugenio Silva Ritter. Ele mora em uma rua de um bairro pobre na periferia da Cidade do Panamá. 

Ele estava lavando o carro na porta de casa quando chegamos, e confirmou que é mesmo José Eugenio Silva Ritter. 

Jornal Nacional: Você é José Eugenio Silva Ritter?

José Eugenio: Correto. 

Ritter disse que trabalha em um escritório de advocacia, o Morgan y Morgan, há mais de 30 anos. E reconheceu que aparece mesmo como sócio de muitas empresas mundo afora. 

José Eugenio: Sim, sim, de várias empresas, correto.

Jornal Nacional: Várias empresas. Por que isso?

José Eugenio: Porque eu trabalho na Morgan y Morgan e eles se dedicam a isso. 

Pergunto sobre a Truston International Inc, que administra o Hotel Saint Peter, empresa da qual ele é o presidente. Ele disse que não se lembra dela, e não responde mais nada. 

José Eugenio: Eu sequer sei se é o nome de uma sociedade de várias pessoas. Você, por favor, vá lá na Morgan y Morgan, com um advogado, aí eu posso lhe dar a informação de que você precisa. Se me autorizarem, se puder falar, lhe dar as respostas. Porque pode botar em perigo meu emprego.


Ele encerra a conversa. 

José Eugenio: Você não está entendendo, eu quis ser amável. É melhor lá no escritório. Tudo que você quiser é lá no escritório. 

No órgão que regulamenta e fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos, consta que Jose Eugenio Siva Ritter é auxiliar de escritório do Morgan y Morgan. 

A Morgan y Morgan fica em um prédio no centro financeiro da Cidade do Panamá. É uma firma que ajuda na fundação e administração de empresas internacionais com sede no Panamá. A legislação do país permite que ações de companhias sejam transferidas de um empresário para outro sem que seja necessário informar as autoridades. Isso faz com que seja muito difícil saber quem é o verdadeiro dono de empresas como a Truston International Inc, proprietária do Hotel Saint Peter. 

“Esses países percebem como uma estratégia econômica de trazer recursos para aquele país, justamente flexibilizar as regras sobre tributação, sobre identificação. Então esses países acabam diminuindo essas exigências de identificação de documentação para atrair capitais, para atrair ativos para fomentar a própria riqueza do país”, explica o professor de Direito Penal da Universidade de São Paulo Pierpaolo Bottini 

Nós procuramos a Morgan y Morgan para perguntar sobre a propriedade do Hotel Saint Peter, mas ninguém quis atender nossa reportagem. 

A advogada de Paulo Masci de Abreu, Rosane Ribeiro, fez, há pouco, duas revelações. A primeira: a sócia majoritária da Truston International é a nora dele, a empresária Lara Severino Vargas. 

E a segunda revelação: Nesta segunda-feira (2), a nora vendeu a Paulo de Abreu o controle acionário do hotel Saint Peter. 

A advogada lembrou também que seu cliente é dono de 60 % do prédio onde funciona o hotel Saint Peter. Os outros 40 %, ainda segundo a advogada, pertencem ao empresário Paulo Naya.

Contra a PL 122.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dirceu no "laranjal"?

Hotel Saint Peter, em Brasília.
A Truston International, empresa panamenha dona do Hotel Saint Peter — que ofereceu um emprego com salário de R$ 20 mil para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu — é presidida por um laranja. Segundo o “Jornal Nacional”, da TV Globo (veja a reportagem), José Eugenio Silva Ritter mora na num bairro pobre da Cidade do Panamá, trabalha há 30 anos como auxiliar de escritório numa empresa de advocacia e, no papel, é dono de mais mil empresas. Dirceu, condenado no processo do mensalão, está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Com o trabalho no hotel, ele poderá sair durante o dia da cadeia.
No contrato social encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para autorizar o trabalho de Dirceu, foi informado que, das 500 mil cotas do hotel, 499.999 pertencem à Truston Internactional. O administrador de fato do empreendimento, Paulo Masci de Abreu, é dono de uma única cota. O mesmo documento diz que a sede da Truston fica na Cidade do Panamá.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Acusada de ser a cafetina do Mensalão do PT, promotora de eventos é presa por favorecer a prostituição.


(Foto: Ana Ottoni - Folhapress)
(Foto: Ana Ottoni – Folhapress)
Sol quadrado – Uma das figuras proeminentes (sic) do escândalo do Mensalão do PT e dona de agenda comprometedora, a promotora de eventos Jeany Mary Corner foi presa nesta segunda-feira (2), em Brasília, durante a operação Red Light, da Polícia Civil. Ela é acusada de favorecimento à prostituição. Outras oito pessoas foram detidas na ação policial.
Jeany tornou-se conhecida no meio político e em todo o país após se transformar em um dos pivôs do escândalo que alvejou e derrubou o petista Antônio Palocci Filho do Ministério da Fazenda, durante o primeiro governo do lobista Luiz Lula da Silva.
Recentemente, a Polícia Federal descobriu, durante a Operação Miquéias, que integrantes de quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão municipais usavam prostitutas para atrair prefeitos e gestores para o esquema criminoso, de acordo com a investigação. À época, Jeany Corner foi acusada de integrar o esquema, mas negou.
Jeany Mary Corner ganhou o noticiário nacional por supostamente comandar um grupo de mulheres de programa que atuam em Brasília. Essas “moças que dormem à tarde” eram suspeitas de não apenas atender aos desejos sexuais de muitos mensaleiros, mas de atuarem como trem pagador das mesadas criminosas que deram ao então presidente Lula tranquilidade no Congresso Nacional.
Jeany é uma mulher experimentada e não se aperta em situações de dificuldade, mas se decidir contar o que sabe a República certamente ruirá de cima a baixo. A capital dos brasileiros, como é do conhecimento de muitos, sempre foi um universo favorável à chamada prostituição de luxo. E nas farras promovidas por parlamentares sempre fica-se sabendo muito mais do que o anfitrião gostaria.

Experiência e sucesso.

Suécia fecha quatro presídios por falta de detentos.

Taxa de ocupação do sistema carcerário do país vem caindo desde 2004

Vista da cidade de Estocolmo, na Suécia (Thinkstock)
A Suécia passa por uma drástica queda no número de prisões nos últimos dois anos e, por esse motivo, as autoridades decidiram fechar quatro penitenciárias e um centro de detenção, informa reportagem do jornal britânico The Guardian. "Vemos um declínio extraordinário no número de detentos. Agora temos a oportunidade de fechar parte de nossa infraestrutura", disse Nils Oberg, diretor de Serviços Penitenciários do país.
O serviço penitenciário sueco fechou presídios em quatro cidades: Aby, Haja, Bashagen e Kristianstad. Dois desses prédios devem ser vendidos para a iniciativa privada e os outros dois devem abrigar temporariamente outras instituições estatais.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Tribunal de Justiça de Minas, por unanimidade, anula processo contra Aécio que vinha sendo utilizado para acusá-lo de “desvio” de dinheiro público.


Aécio: acusação era sobre se verbas para saneamento básico podiam ser consideradas investimentos em saúde (Foto: Luiz Alves / Agência Senado)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por unanimidade, anulou ontem o processo movido contra o senador e ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) por uma promotora de Justiça que questionava os critérios de investimento do Saúde durante parte de seu período à frente do governo do Estado (o mandato se estendeu de 2003 a 2010).
A ação judicial questionava se os 4,3 bilhões investidos em saneamento por empresa pública do estado poderiam ser considerados gasto em saúde, mas adversários do presidenciável tucano e blogs alugados espalhados por toda parte acusavam-no de “desvio de dinheiro público” — como se o ex-governador tivesse desviado, para si, dos cofres públicos.
Acusavam-no, portanto, de ladrão.
Na decisão,os desembargadores – os mesmos que julgaram o recurso  técnico anterior –  questionaram as motivações da promotora, que, segundo a decisão, não tinha competência legal para mover a ação. Registraram também que, na mesma época, diversos outros  Estados seguiram o mesmo procedimento sem infringir qualquer lei.
O processo decidido pelo TJ mineiro é algo a que estão sujeitos quaisquer ex-governantes: a uma ação de iniciativa do Ministério Público estadual, no caso tendo à frente a promotora Josely Ramos Pontes, que questionou, junto à Justiça, os critérios dos investimentos em saúde feitos por Aécio como governador.
O principal ponto do processo era impugnar que fossem considerados investimentos em saúde, além do dinheiro dos cofres estaduais aplicados no setor, os recursos próprios aplicados pela estatal Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em saneamento básico (água e esgotos).
Além disso, a promotora levantou a possibilidade de que houvessem sido transferidos fundos do Tesouro de Minas para a Copasa, o que não seria legal. A Advocacia-Geral da União, que defende perante a Justiça os ex-governadores, apresentou provas de que não houve transferência de dinheiro — a única forma de o Tesouro de um Estado injetar recursos numa empresa pública é via aumento de capital, o que não ocorreu, segundo a Comissão de Valores Mobiliários, que fiscaliza empresas com capital em bolsa, como é o caso da Copasa.
Foram apresentados também documentos de auditorias realizadas pela própria empresa e por empresas especializadas independentes corroborando que não houve injeção de dinheiro.
MP estadual também processou Itamar pelo mesmo motivo
Diga-se de passagem que não se tratou de uma “acusação” apenas contra Aécio. A mesma integrante do Ministério Público mineiro, junto com outros dois colegas, já movera ação semelhante contra o ex-governador e ex-presidente Itamar Franco, que governou Minas entre 1999 e 2003 — um homem público probidade reconhecida até por inimigos. O ex-presidente faleceu em 2011, quando exercia mandato de senador.
A promotora pretendia que a Justiça enquadrasse Aécio por improbidade administrativa (lei nº 8.429, de 1992).
O ex-presidente Itamar
O ex-presidente Itamar Franco: de reputação ilibada, sofreu o mesmo tipo de processo por seu governo em Minas (Foto: Agência Senado)
Tanto Aécio como o ex-presidente Itamar — cujo processo foi extinto por sua morte — estariam enquadrados na legislação porque teriam deixado de seguir conduta obrigatória, não investindo em saúde os percentuais do Orçamento estadual previstos em lei, mesmo que não tenha havido prejuízo ao Tesouro.
No entender da promotora, teria ocorrido “um dano moral”.
“A acusação é apenas de um suposto desvio de finalidade na utilização dos recursos”, disse Aécio ao blog ainda no curso do processo. “Não existe nenhum centavo desaparecido de nenhum lugar”. Ademais, acrescenta o senador, “os valores referem-se a investimentos em saneamento feitos nas regiões mais pobres do Estado. ( pequenas comunidades dos vales do Jequitinhonha e Mucuri ), o que ajudou a salvar a vida de milhares de crianças pobres”.
O senador considerou, na ocasião, que o processo tem “claro viés político”.
Governo Lula fez coisa parecida, e foi considerada legal
Se a tese defendida pelo MP estadual mineiro valesse, até o governo federal lulopetista teria problemas, uma vez que, durante o lulalato, recursos do programa Fome Zero foram declarados como investimentos em saúde e aceitos sem problemas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Vários Estados brasileiros atuaram da mesma forma, inclusive Estados com governadores petistas, como o Rio Grande do Sul, com Tarso Genro.
Os percentuais dos orçamentos da União, dos Estados e municípios foram estabelecidos em setembro de 2000 pela Emenda Constitucional nº 29, aprovada pelo Congresso. Houve, porém, uma grande disputa política pela regulamentação da emenda, que se estendeu até o ano passado.
Enquanto a emenda não foi regulamentada, ficou cabendo aos tribunais de contas dos Estados a decisão sobre o que podia ou não ser classificado como investimento em saúde. No caso mineiro — como, aliás, nos dos demais Estados em idêntica situação –, o Tribunal de Contas considerou regular a conduta do governo.
Em Minas, o Tribunal “recomendou”, porém, que se diminuíssem os valores investidos pela estatal de saneamento.
A campanha que estava em curso na web acusando Aécio de crimes, insinuando que houve “desvio” como se fosse roubalheira, era orquestrada por gente, sobretudo do PT e de grupos de esquerda radical, com o evidente objetivo de atingir o candidato do PSDB à Presidência em 2014.
Até jornalistas críticos duríssimos do partido e dos tucanos, porém, vinham mostrando que se tratava de mentira. Vejam, por exemplo, este link.