sábado, 26 de maio de 2012

Ex-preside​nte degrada as instituiçõ​es.

Caras e caros, o que vai abaixo é muito grave.
Espalhem a informação na rede, debatam, organizem-se em defesa da democracia.
O que se vai ler revela uma das mais graves agressões ao estado de direito desde a redemocratização do país.
Luiz Inácio Lula da Silva perdeu completamente a noção de limite, quesito em que nunca foi muito bom.
VEJA publica hoje uma reportagem estarrecedora.
O ex-presidente iniciou um trabalho direto de pressão contra os ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros.
Ele nomeou seis dos atuais membros da corte — outros dois foram indicados por Dilma Rousseff.
Sendo quem é, parece achar que os integrantes da corte suprema do país lhe devem obediência.
 Àqueles que estariam fora de sua alçada, tenta constranger com expedientes ainda menos republicanos.
 E foi o que fez com Gilmar Mendes.
A reportagem de Rodrigo Rangel e Otavio Cabral na VEJA desta semana é espantosa!
Lula, acreditem, supondo que Mendes tivesse algo a temer na CPI do Cachoeira, fez algumas insinuações e ofereceu-lhe uma espécie de “proteção” desde que o ministro se comportasse direitinho.
Expôs ainda a forma como está abordando os demais ministros.
Leiam trecho.
Volto em seguida.
(…)
 Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília.
O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois.
Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”.
O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.
Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido.
 Mas vá lá.
Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana.
Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento.
Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações.
O recado foi decodificado.
Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI.
(…) “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA.
O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.
 (…)

Voltei
 Interrompo para destacar uma informação importante. Na conversa, Lula insinuou que Mendes manteria relações não-repubicanas com o senador Demóstenes Torres.
 Quando ouviu do interlocutor um “vá em frente porque você não vai encontrar nada”, ficou surpreso.
 Segue a reportagem de VEJA.
Retomo depois:
A certa altura da conversa com Mendes. Lula perguntou: “E a viagem a Berlim?”.
Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor.
 Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos.
 “Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá”, disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: “Vá fundo na CPI”.
O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.
Retomando
 Sabem o que é impressionante?
 A “bomba” que Lula supostamente teria contra Mendes começou a circular nos blogs sujos logo depois.
 O JEG — a jornalismo financiado pelas estatais — pôs para circular a informação falsa de que Mendes teria viajado às expensas de Cachoeira.
 Muitos jornalistas sabem que o ex-presidente está na origem de boatos que procuravam associar o ministro ao esquema Cachoeira.
Ou por outra: Lula afirma ter o “controle político” da CPI e parece controlar, também, todas as calúnias e difamações que publicadas na esgotosfera.
Sigamos.
Lula deixou claro que está investindo em outros ministros da corte.
Revelou já ter conversado com Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão — só depende dele o início do julgamento — sobre a conveniência de deixar o processo para o ano que vem.
 Sobre José Antônio Dias Toffoli, foi peremptório e senhorial: “Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento”.
Qual a dúvida?
O agora ministro já foi advogado do PT e assessor de José Dirceu; sua namorada advoga para um dos acusados.
A prudência e o bom senso indicam que se declare impedido.
Lula pensa de modo diferente — e o faz como quem tem certeza do voto.
Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos porta-vozes informais do chefão do PT, já disse algo mais sério: “Ele não tem o direito de não participar”.
A ministra Carmen Lúcia, na imaginação de Lula, ficaria por conta de Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República: “Vou falar com o Pertence para cuidar dela”.
Com Joaquim Barbosa, o relator, Lula está bravo. Rotula o ministro de “complexado”.
Ayres Britto, que vai presidir o julgamento se ele for realizado até novembro, estaria na conta do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos, que ficaria encarregado de marcar a conversa.
Leia mais um trecho da reportagem
(…)
 Ayres Britto contou que o relato de Gilmar ajudou-o a entender uma abordagem que Lula lhe fizera uma semana antes, durante um almoço no Palácio da Alvorada, onde estiveram a convite da presidente Dilma Rousseff.
Diz o ministro Ayres Britto: “O ex-presidente Lula me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e completou dizendo que, “qualquer dia desses, a gente toma um vinho”.
Confesso que, depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela, mas eu mesmo tratei de apagá-la”.
Ouvido por VEJA, Jobim confirmou o encontro de Lula e Gilmar em seu escritório em Brasília, mas, como bom político, disse que as partes da conversa que presenciou “foram em tom amigável”.
VEJA tentou entrevistar Lula a respeito do episódio.
 Sem sucesso, enviou a seguinte mensagem aos assessores: “Estamos fechando uma matéria sobre o julgamento do mensalão para a edição desta semana. Gostaríamos de saber a versão do ex-presidente Lula sobre o encontro ocorrido em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com a presença do anfitrião e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no qual Lula fez gestões com Mendes sobre o julgamento do mensalão”.
Obteve a seguinte frase como resposta:
“Quem fala sobre mensalão agora são apenas os ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Certo.
 Mas eles têm ouvido muito também sobre o mensalão”.
Encerro
 É isso aí. Não há um só jornalista de política que ignore essas gestões de Lula, sempre contadas em off.
Ele mesmo não tem pejo de passar adiante supostas informações sobre comprometimentos deste ou daquele.
Desde o início, estava claro que pretendia usar a CPI como instrumento de vingança contra desafetos — inclusive a imprensa — e como arma para inocentar os mensaleiros.
As informações estarrecedoras da reportagem da VEJA dão conta da degradação institucional a que Lula tenta submeter a República.
Como já afirmei aqui, ele exerce, como ex-presidente, um papel muito mais nefasto do que exerceu como presidente.
O cargo lhe impunha, por força dos limites legais, certos impedimentos.
Livre para agir, certo de que é o senhor de ao menos seis vassalos do Supremo (que estes lhe dêem a resposta com a altivez necessária, pouco impota seu voto), tenta fazer valer a sua vontade junto àqueles que, segundo pensa, lhe devem obrigações.
Aos que estariam fora do que supõe ser sua área de mando, tenta aplicar o que pode ser caracterizado como uma variante da chantagem.
Tudo isso para reescrever a história e livrar a cara de larápios. Mas também essa operação foi desmascarada.
Por VEJA!
Por que não seria assim?
Nem a ditadura militar conseguiu do Supremo Tribunal Federal o que Lula anseia: transformar o tribunal num quintal de recreação de um partido político.
*Texto por Reinaldo Azevedo

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela Atriz Leandra Leal

Agora, a corrupção, é oficial.

O PT nacional arrecadou R$ 50,718 milhões por meio de doações privadas em 2011, fora do período eleitoral, segundo dados publicados pelo TSE. Em março, o partido informou ter quitado o montante total de empréstimos contraídos entre 2003 e 2004 com os bancos Rural e BMG. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as operações teriam sido usadas para encobrir o uso de dinheiro público para irrigar o mensalão.PMDB e PSDB captaram em 2011, respectivamente, R$ 2,891 milhões e R$ 2,335 milhões. A oposição usará a coincidência entre o “boom” de doações ao PT e a liquidação da dívida às vésperas do julgamento do STF.
O total arrecadado pelo PT em 2011, somando o fundo partidário, foi de R$ 109,9 milhões. O candidato republicano dos EUA, Mitt Romney, recolheu no mesmo ano US$ 56 milhões para as prévias. O presidente Barack Obama angariou US$ 106 milhões para sua campanha por novo mandato.  (Do Painel da Folha)
A corrupção agora se dá às claras e é oficial.
*gracialavida , por e-mail, via Resistência Democrática.

O troco.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mentiras e "obras" de um apedeuta.

Eis as universidades federais criadas pelo ApeDELTA, que ganha títulos de “Doutor Honoris Causa” a baciadas. Chegou a hora de fazer um raio-x do grande milagre. Ou: Acorda para a realidade, oposição!
Quando Luiz Inácio ApeDELTA da Silva recebeu uma baciada de títulos de Doutor Honoris Causa — de todas as universidades públicas do Rio —, fez um discurso escandalosamente mentiroso. Apontei aqui as suas falácias. Entre outras indelicadezas com a verdade, multiplicou por dois o número de universitários do país. Há alguns anos, tenho escrito que em poucas áreas se mente com tanta desenvoltura como no ensino superior — justamente o setor que, em tese, concentra a elite intelectual do país. Como isso é possível? Ora, as nossas universidades, especialmente nos cursos de humanidades, reúnem mais comunistas do que Pequim, Pyongyang e Havana juntas… Dominam o aparelho universitário e ajudam a levar a farsa adiante.

Muito bem! Uma das grandes obras de Fernando Gugu Haddad, sob os auspícios do ApeDELTA, seria a gigantesca expansão das universidades federais. Há muita pilantragem na conta, é verdade, mas é fato que algumas instituições foram criadas. Em quais condições, no entanto, elas operam?

Eis aí. Inaugurou-se um novo campus da Universidade Federal de Viçosa (que Lula conta como uma nova instituição) sem acesso por asfalto, sem iluminação e esgoto tratado — na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns, a, perdoem-me a crueza, merda corre a céu aberto. Os depoimentos também deixam evidente a carência na estruturação técnica do corpo docente.

Nessas horas, o que tende a dizer o lulo-petismo? “Ah, não havia nada lá. Ao menos nós fizemos alguma coisa!” Foi mais ou menos esse o sentido das declarações de Aloizio Mercadante (ver posts abaixo), que substituiu Haddad. Para ele, essa infraestrutura deficiente é só a “dor do parto”. Qualquer pessoa do mundo chamaria de desleixo e falta de planejamento.

A greve

Estão em greve 70% das universidades federais do país. O assunto quase não é notícia. No ano passado, os institutos federais de ensino (também os de nível técnico) ficaram parados quase cinco meses. Poucos se interessavam pelo assunto. Por quê? Fácil de responder. Porque são os intelectuais e as ONGs petistas que hoje pautam boa parte dos veículos de comunicação. O partido também é majoritário nas associações e sindicatos de professores. Se os pelegos petistas não conseguiram impedir o movimento, é porque a situação, com efeito, não é das melhores — embora eu insista que a greve, nesses casos, prejudica, na verdade, os alunos. Servidores públicos deveriam pensar meios simbólicos de fazer seu protesto chegar à sociedade. Bem, essa é outra questão. Volto ao ponto.

As mentiras da era Lula-Haddad começam a chegar ao grande público. Aos poucos, estamos vendo como se fez a propalada expansão do ensino superior federal. Uma aluna de veterinária da Universidade Federal do Tocantins me manda a seguinte mensagem:

“O problema de infraestrutura é grave. No meu curso de Medicina Veterinária, a gente tem muitos problemas com aula prática. Como pode um estudante de veterinária sem aula prática de anatomia, radiologia, citologia e por aí vai? O governo abre cursos e não dá condição nenhuma de o professor ensinar e de o aluno aprender. E a gente é obrigado a ouvir essa ladainha desses políticos! É revoltante!!!!”

Henrique, um professor, escreve:

“Sou professor de um curso criado pelo REUNI e sou testemunha da falta de planejamento e do descaso na criação de cursos. A Universidade criou o curso sem ter a infraestrutura e os professores necessários. Temos mais professores contratados do que efetivos (concursados), e não há perspectiva de novas vagas. Não temos laboratórios, e a primeira turma irá se formar sem nunca ter feito práticas básicas da área. A seleção exclusivamente feita pelo ENEM não seleciona. Nossos alunos entram sem saber resolver uma mísera equação de 1º grau, e a taxa de reprovação é alta, levando ao abandono. Mas, na propaganda do governo, tudo parece perfeito. Só olhando de perto para ver o quanto se festeja uma mentira.”

A leitora Vera L. informa:

O retrato do Hospital do Fundão, ligado à UFRJ, é o retrato do governo do PT. Os médicos residentes andam à cata de pacientes para poderem ESTUDAR! A UFRJ abriu uma faculdade de medicina em Macaé SEM hospital de referência para os alunos que serão futuros médicos! Agora, eles vêm de Macaé para o Hospital do Fundão, onde há falta de TUDO, principalmente de pacientes, por falta de infraestrutura. As universidades federais do governo do PT só existem funcionando nas PROPAGANDAS do MEC a PREÇO DE OURO, PAGAS com NOSSO DINHEIRO. Lá TUDO funciona.

Os Hospitais Federais do RJ NUNCA antes tão precários. Há uns 10 anos, todos eram referência de bom atendimento. (…) Enquanto a USP se torna uma das melhores universidades do MUNDO, as federais nas mãos do PT estão em petição de miséria. Esse é o JEITO PT de governar que ELES querem para São Paulo, com Haddad de candidato. Que Deus livre SP dessa tragédia”

Pior: voltem lá ao vídeo do campus da Universidade Federal de Viçosa: a infraestrutura que serve à universidade entrou no radar do clientelismo, das emendas parlamentares, dos arranjos políticos…

Se vocês tivessem estômago, valeria frequentar algumas salas de debate dos professores sindicaleiros do ensino superior… Sabem onde está localizado, para eles, o centro do mal do ensino superior do país? Acertou quem respondeu “São Paulo”, muito particularmente a USP, onde radicaloides e boçalides repetem o mantra: “Fora Rodas”. Fernando Haddad, com a competência demonstrada até aqui, é um dos que gostam de falar do suposto “autoritarismo” vigente nas universidades estaduais paulistas. Essa gente tem mesmo é um pacto contra a competência e contra a verdade.

Os números

No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”, que tem virado, no Brasil, uma “picaretância”. Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004!

As universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade. As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases distribuídos por assessorias de comunicação.

É chegada a hora de visitar os campi dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.
*Texto por Reinaldo Azevedo

Fato.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Gente suja e inconsequente.

O Ministério Público, atento ao que se passava na greve do Metrô em São Paulo, ameaçou processar o Sindicato do Metrô.
Os sindicalistas que faziam uma greve, visivelmente, política e eleitoreira acabaram com o movimento grevista e aceitaram a proposta salarial do governo de São Paulo.
É preciso que o MP não abandone a causa. Mais "armações" acontecerão para criar transtornos e causar constrangimento à população trabalhadora e ao governo dos que não lambem os pés de Lula nem professam o caos como fazem os petistas.

O rei do Rio perdeu o trono, a pose e a voz.

Surpreendido pela cachoeira que engoliu a Delta e o deixou com água pela cintura, o governador Sérgio Cabral permanece refugiado no Palácio Guanabara.
Longe dos jantares com a Turma do Guardanapo, das festas bancadas pelo amigo Fernando Cavendish, dos jatinhos emprestados por Eike Batista e das margens do Sena, Cabral tem de consolar-se com os torpedos de Cândido Vaccarezza.
As mensagens tão melosas com o destinatário quanto cruéis com o idioma são insuficientes para devolver ao governador a alegria de viver e, sobretudo, a loquacidade dos tempos em que, fantasiado de Rei do Rio, batia boca até com menino de morro.
O vídeo reprisado pela seção História em Imagens ressuscita o Cabral dos tempos em que era de Lula, não de Vaccarezza.
*Texto por Augusto Nunes

O tal foro privilegiado.

Em sendo verdade, o STF, realmente não consigo entender diferente, dará um passo para confirmar que este país não é sério...
Circula na imprensa nacional e internet a informação de que os Ministros do Supremo Tribunal Federal articulam-se para ampliar o alcance do foro privilegiado e tirar dos juízes de primeira instância as ações de improbidade contra agentes públicos suspeitos de enriquecimento ilícito.
Se isto se concretiza os primeiros beneficiados seriam o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e réus do mensalão mineiro, como o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e outros.

"Abestalhamento"

Meus amigos,
Ando pensando muito sobre o que vem ocorrendo no pais, não só no governo do PT, onde a corrupção vem sendo o carro chefe dos nossos governantes. Corrupção que se estende à administração federal, municipal, estadual e até no judiciário. Me encontro então num estado de abestalhamento (palavra que inventei agora, eu acho), pois vejam bem: Numa casa organizada e bem estruturada qualquer coisa de errado que acontece os responsáveis são os chefes da família (pai ou mãe etc.), pois eles deveriam estar atentos pra que não acontecesse nenhum desvio. Vocês não acham que num governo seja ele qual for (federal, estadual ou municipal), não deveria ser a mesma coisa?

Paulo Cesar Faria foi o mentor, conforme denuncias comprovadas da corrupção do governo Collor e denominado amigo particular e o braço direito do presidente. Entenderam a minha colocação? De nada adiantou o impeachment, o cabra se safou da justiça, como todos sabemos, foi inocentado. Onde foi parar a responsabilidade do chefe da casa?

Agora vemos no desgoverno passado acontecer a mesma coisa e o homi escapar e ainda desafiar a nossa inteligência com frases cínicas de que o mensalão não existiu, que são coisas das zelites, da oposição etc. Tenho minhas dúvidas se os quarenta ladrões vão ser condenados, se isso acontecer, com certeza serão meia dúzia de gatos pingados, aqueles que em nada representa a ponto de manchar a imagem dos chefões dessa máfia muito bem articulada chamada PT. Falei só do mensalão, mas tivemos outros escândalos que nem preciso enumerar, todos sabemos de cór e saltado.

No desgoverno Dilma não tem sido diferente. Até agora ela só demitiu um ministro corrupto, o do primeiro escândalo e o resto empurrou com a barriga até que eles pedissem pra sair, mas ainda falta um, o seu papagaio de pirata Fernando Pimentel.

Está difícil, muito complicado e com isso vou continuando com o meu abestalhamento.

*Sueli Guerra, por e-mail, via Resistência Democrática.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cinismo sem cura.

“O PT era mais atacado do que hoje por grande parte dos políticos da oposição e por uma parte da imprensa brasileira. Na verdade, era um momento em que tentaram dar um golpe neste país”.

Lula, o mentiroso contumaz, sobre o mensalão, confirmando que a equipe do Hospital Sírio-Libanês faz milagres, mas ainda não cura cinismo.

Não a anistia para terroristas e ex terroristas.

Cabide de emprego?

O jornalista Adelson Barbosa contou à Folha que sua filha foi contratada pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para receber por serviços prestados por ele e outros dois colegas que por trabalharem em empresas privadas não poderiam estar na folha de pagamento do Senado.Maria Eduarda Lucena, segundo o pai, não trabalha. Ela se diz coautora do refrão "Ai se eu te pego" e tenta na Justiça uma indenização milionária pelos direitos autorais da música que faz sucesso na voz do sertanejo Michel Teló.O senador Vital do Rêgo disse inicialmente à Folha não se lembrar da funcionária, mas alertado de quem Maria Eduarda é filha recordou que trata-se de sua assessora. O que ela faz? "Não sei dizer."Sobre a briga envolvendo o sucesso "Ai se eu te pego" e sua assessora, o senador afirmou que desconhecia o fato. "Esta é novidade pra mim".
*Leia mais na reportagem de FILIPE COUTINHO e ANDREZA MATAIS de Brasília 

UNE, mordomias e irregularidades.

Marinus Marsico, representante do MP no TCU, vai pedir a abertura de uma investigação para apurar gastos da UNE com bebidas alcóolicas e bolsas de grife, além de custos com advogados.
Após avaliar notas fiscais da entidade e encontrar documentos inidôneos, Marsico detectou indícios de irregularidades na aquisição de cerveja, vodca, uísque e de bolsas e tênis de marcas como Adidas, Nike e Puma.
O caso da Une veio à tona em novembro passado numa reportagem de VEJA, que mostrou, além da farra com as bebidas, o sumiço de 500 000 reais após a realização de uma Caravana Estudantil da Saúde.
*Texto por Lauro Jardim

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cachoeira e os maxilares que esmagam ódios e traições.

 
Já está claro que, por enquanto, Carlos Cachoeira não vai falar nada.
Márcio Thomaz Bastos, seu advogado, estava usando a sessão para conhecer quais eram as preocupações e a linha de inquirição dos parlamentares.
Não parece que tenha chegado a hora de Cachoeira detonar as várias bombas que certamente tem guardadas.
Mas não é preciso muita argúcia para perceber que ele é, como na música de Chico Jabuti, “um pote até aqui de mágoa”.
Muitos quilos mais magro, está abatido.
Quando levanta o rosto e encara os parlamentares, nada há de contrito em seu olhar.
Ao contrário: é severo e autoconfiante.
Ali está o senhor de muitos segredos.
Notam-se os maxilares contraídos, tensos, esmagando ódios e traições.
O mais impressionante é que Cachoeira, se vocês pensarem bem, tem a faca e o queijo na mão. Sendo quem é e tendo se enfronhado, como se enfronhou, no sistema político, pode, se quiser, continuar a fazer negócios.
*Por Reinaldo Azevedo

O instinto arbitrário dos esquerdistas manipulados por Lula.



Humberto Costa diz que análise de processo contra Demóstenes é política e independe de provas.
A exemplo de seu outro ídolo, Zé Dirceu, que já disse em plenário que "julgamento político não precisa de provas", Humberto Costa, esse cidadão incompetente que, infeizmente, pernambuco fez Senador, e hoje, por indicação e orientação de seus ídolos lula e Zé Dirceu, é relator do processo de cassação por quebra de decoro do mandato do Senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), disse que a ausência do advogado Ruy Cruvinel na audiência pública de hoje (22) praticamente não interfere no parecer que pretende apresentar ao conselho em junho.
E acrescentou que a análise desse processo é política e independe de provas consolidadas como ocorre na Justiça. Ruy Cruvinel seria uma das testemunhas de defesa do senador Demóstenes Torres.
É evidente que Demóstenes, o senador mentiroso e enganador ( até parece que é petista ), está "morto" para a política.
Está claro que os petistas e seus seguidores, sejam asseclas ou alugados, cassarão o mandato do senador por "quebra de decoro parlamentar" já que Demóstenes negou sua íntima ligação com Carlos Cachoeira.
Demóstenes é mais que um "pato manco" é "galinha morta". errou, vai se ferrar. merece.
Mas o incompetente Senador petista Humberto deve ter memória curta e não lembra do mensalão e da confissão pública de Lula (seu mandatário) que afirmou em Rede de televisão que o PT cometera transgressões e falta de "decoro parlamentar" porque teria agido da mesma forma como todos os partidos haviam agido sistemáticamente.
Também não lembra do episódio e que o marqueteiro de Campanha de lula confessou haver recebido dinheiro ( de caixa dois ) no exterior, fato que pela lei e normas do Congresso Nacional seria suficiente para a cassação do apedeuta, na época Presidente da república.
Os petistas são assim: cagam feito pardais, erram, transgridem, cometem falta de decoro a torto e direito, mas crucificam apenas os que não comungam com suas cartilhas e não lambem os pés de seus ídolos.

Economia atravanca e governo lança mais um pacote.

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Carlinhos Cachoeira irá depor na CPI.

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, irá depor na CPI criada para investigar suas relações supostamente criminosas com empreiteiras e políticos.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello decidiu na noite de ontem que a liminar concedida na semana passada não tem mais validade, já que a comissão concedeu à defesa de Cachoeira acesso a todo o material disponível.

Lula, eternamente embriagado pelo vício da mentira.

Perto do julgamento, Lula diz que mensalão foi 'tentativa de golpe'

Às vésperas de o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar a ação penal do mensalão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer, nesta segunda-feira (21), que o escândalo foi uma "tentativa de golpe" contra seu governo (2003-2010).
"O PT era mais atacado do que hoje por grande parte dos políticos da oposição e por uma parte da imprensa brasileira. Na verdade, era um momento em que tentaram dar um golpe neste país".
Lula afirmou que a oposição foi forçada a recuar diante do apoio que recebeu dos movimentos sociais. Ele também citou artistas populares como o apresentador de TV Raul Gil e o cantor e vereador Agnaldo Timóteo (PR). (Folha online)
COMENTO: Até parece que o apedeuta não está se recuperando de uma doença. Age como se tivesse embriagado. Sua mente não consegue enxergar a verdade, os fatos...
O pior é que Jornais, tipo Folha, ainda publicam asneiras bem piores, mantendo na mídia um dos maiores mentirosos deste país.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Delta e o ralo nos cofres públicos.

Essa CPI atual esta parecendo a mesma situação do mensalão, ou seja, a partir da constatação de uma aparente e isolada corrupção, descobriu-se a maior fraude que o Brasil já conheceu, até então, em toda sua história.
Agora, a partir da prisão de um reles contraventor que comprou um senador para defender seus interesses de se tornar um concorrente do Governo nos fabulosos jogos de azar, descobriu-se uma espécie de mensalão de governadores que manipulam os multimilionários contratos da Administração através de uma empresa chamada Delta. Tanto é verdade que trataram logo de blindar tal empresa, ou pelo menos estão tentando fazer isto.
Assim, a questão do tal “bicheiro” agora se tornou irrelevante, já que não são poucos os que desejam também participar legalmente do fabuloso mercado dos jogos de azar e tal desejo tem lá sua legalidade, haja vista que o direito de explorar jogos de azar não é uma causa pétrea em favor do Governo que já deveria ter legalizado.
O problemão agora é elucidar o tamanho do ralo que vem sugando os Cofres Públicos através de uma empresa chamada Delta e que tem tentáculos por todo o País com várias ramificações através de subsidiárias ou empresas coligadas. Vamos bater nisso!
*Ciro Novaes Fernandes, via Facebook

Que criminosos o PT está protegendo?

Vejam esta frase, dita pelo relator da CPI, Odair Cunha, do PT de Minas Gerais, que investiga, além da contravenção, a corrupção em obras públicas:
"Não há indícios para a quebra ampla, geral e irrestrita [de sigilos] da Delta e do [seu dono] Fernando Cavendish".
Isto é uma bofetada na cara da sociedade brasileira.
Há fotos escandalosas de Cavendish, dono da Delta, com Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, em festanças pagas com dinheiro público em Paris, sendo a construtora a maior fornecedora de obras daquele estado.
Há ligações diretas entre a Delta e o esquema de Carlinhos Cachoeira, com remessas de dinheiro da matriz para as contas frias do bicheiro, o que vincula as duas cabeças criminosas sem dúvida alguma, segundo os peritos da Polícia Federal.
Há uma venda suspeitissima da construtora para uma empresa de outro ramo, onde o BNDES possui 30% do capital, feita da noite para o dia.
Há um cancelamento de obras feitas pelo Governo Federal contratadas junto à construtora, o que só comprova as suspeitas de que, além de uma construtora, a Delta é uma organização criminosa, criada para lesar os cofres públicos.
Há uma mensagem de SMS que escandalizou o país, enviada pelo PT de dentro da CPI, para o governador que poderia mudar o nome para Cabraldish. Lá dizia: "não se preocupe, você é nosso, nós somos teu". Isto é coisa de máfia! Especialmente porque o Brasil todo sabe que Cabral e Cavendish mantém um íntimo conluio que envolve altos contratos entre o Rio de Janeiro e a construtora, muitos deles suspeitíssimos, além de uma relação pessoal que é inaceitável até para os padrões éticos da Rússia!
Há, finalmente, uma prova incontestável de que a Delta usou de meios sujos e corruptos para se transformar na maior construtora do PAC, o maior programa de obras do Governo Federal. Aliás, frise-se que esta construtora já havia sido pega em falcatruas que envolvem desde superfaturamento na reforma do Maracanã, passando por uma rodovia em Pernambuco e sempre presente nas inomináveis operações tapa-buraco do DNIT.
Como todas estas motivações, evidências e indícios, o PT, que relata a CPI, quer impedir a quebra de sigilo total da construtora e do seu dono. Por que esta proteção, esta blindagem, esta defesa exacerbada de um empresário que está envolvido em maracutaias? O que o PT tem a esconder do país? O que o PT quer varrer para debaixo do tapete? Existem petistas ganhando dinheiro, festas e benesses como aquele governador safado, bêbado e covarde que aparece em mensagens de SMS e em fotos chocantes pelo seu baixo nível e pela sua falta de decoro?
O PT, no Mensalão, já comprovou que convive com uma poderosa organização criminosa que age nas suas entranhas. O PT, nesta CPI, apenas comprova e escancara diante das câmeras que esta organização criminosa ficou ainda mais forte, ao ponto de, como uma máfia, proteger descaradamente elementos e estruturas que atacam os cofres públicos.
O PT, que sempre quis investigação, agora quer sigilo. A frase do deputado petista, ex-líder do governo na Câmara, tendo em vista os fatos nojentos que o partido protagoniza na CPI, pode ser traduzido assim: " não se preocupe, se nós, do PT, ficarmos com o nosso, você, do PMDB, pode ficar com o seu". (coroneLeaks)

Eles acham que serão sempre impunes.

Um dia após ser reconduzido a diretor da usina de Itaipu, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi citado pela Justiça como responsável por uma dívida de R$ 128 mil.

A dívida é resultado de processo movido por um ex-cooperado da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), que afirma ter pago por um imóvel que não foi entregue pela entidade. Além do petista, outras duas pessoas respondem pelo valor a ser devolvido.

Na sexta, o Diário de Justiça paulista informou que Vaccari não foi localizado pelo oficial de Justiça. Um dia antes, o Diário Oficial da União havia publicado sua recondução ao cargo em Itaipu.

De acordo com a Justiça, a cooperativa, mesmo devedora, "encerrou irregularmente as suas atividades e não deixou bens suficientes" para honrar suas dívidas.

Por esse motivo, o juiz da 1ª Vara Cível de São Paulo determinou que Vaccari e outros dois ex-dirigentes respondam pessoalmente.

No âmbito criminal, o tesoureiro é acusado pelo Ministério Público de desviar recursos da entidade. A Folha deixou recado ontem para o advogado do tesoureiro, mas não obteve retorno. (Folha online)

domingo, 20 de maio de 2012

O comunismo levando ao canibalismo.

Um relatório do Sul-coreano, apoiado em provas específicas, relataram execuções para o consumo de carne humana.
Este é um mistério e a mais macabra das tragédias da Coréia do Norte. Novos testemunhos inéditos relacionam a existência de vários e recentes atos de canibalismo na Coréia do Norte, confirmando a fragilidade da situação alimentar no reino do ermitão.Nos últimos anos, as autoridades executaram pelo menos três pessoas para o canibalismo, diz um novo relatório publicado quarta-feira em Seul por um centro de pesquisa na Coreia do Sul.
Em dezembro de 2009, um homem foi executado em praça pública na cidade de Hyesan, na província de Ryanggang, ao longo da fronteira com a China, por matar e depois comer uma menina de 10 anos, informou o Instituto Coreano para a Nacional Unificação (Kinu). Esta é a primeira vez evidência de actos de canibalismo são documentados como precisão e publicada em um relatório oficial.Esse ato de canibalismo é a conseqüência da grave crise alimentar na província desencadeada pela reforma monetária que levou anos pelas autoridades, o que resultou em um aumento acentuado nos preços. "Uma enorme inflação, de repente, explodiu preços das commodities, o que levou algumas pessoas a morte", disse Han Dong-ho, um dos autores do relatório.Em 2006, a cidade de Doksong, um homem e seu filho também foram executados por fuzilamento por ter comido carne humana, relata um dos desertores chegou na Coréia do Sul e entrevistado por Kinu. Esta mulher está entre os 230 recém-chegados refugiados da Coréia do Norte, que serviu como fonte para os especialistas deste instituto público, financiado pelo governo sul-coreano. Em 2011, outro ato de canibalismo teria ocorrido na cidade de Musan, relatou outro desertor.A desnutrição agudaKinu relativiza a magnitude do fenômeno, observando que estes são casos isolados, relatados por apenas uma dúzia dos desertores 230 entrevistados. "Não devemos superestimar a importância de canibalismo na Coréia do Norte", disse Han. "É um assunto tabu, mas eu não acredito em uma maneira prática em larga escala e organizada", disse Daniel Pinkston, especialista do International Crisis Group.Estes testemunhos confirmam as relatadas por ONGs como Cidadãos Aliança para os Direitos Humanos da Coréia do Norte (NKHR), mostrando que apesar de uma relativa melhoria dos canais de distribuição, desde o fim da grande fome da década de 1990, várias províncias ainda sofrem desnutrição aguda. "A fome me fez louco, eu tinha ouvido falar que a carne humana era melhor do que o porco e eu pensei que todos iam morrer de qualquer jeito", foi justificado no final de 2007 por uma mãe oficiais acusados Planeje ter devorado sua filha de 9 anos.Este testemunho é assustador NKHR relatado por Kim Hye Sook, chegou em Seul, em 2009, depois de ter escapado do Norte. Ele lembra as histórias da época da grande fome, que teria feito mais de 1 milhão de vítimas, de acordo com algumas ONG. Em 1997, Kim Eun-sol, então uma criança, lembra-se do homem condenado por ter assassinado e comido sua filha, a quem ele havia enterrado os restos mortais em sua aldeia de Eundeok, no extremo nordeste. "As pessoas sentiam pena dele, na verdade, porque a fome louca, ela transforma-lo em um animal", disse Kim, agora um estudante em Seul e cujo pai foi levado pela fome.

Segredos de Cavendish preocupam PT e seus aliados.


Acusada de irregularidades e pagamento de propina, a construtora Delta, uma das maiores do país, agoniza. Nos bastidores, seu dono ameaça revelar segredos que comprometeriam políticos e outras grandes empreiteiras.

Blefe? - Fernando Cavendish, proprietário da Delta, tem enviado recados a grandes empreiteiros e políticos sobre o risco de surgirem revelações envolvendo caixa dois e dinheiro para campanhas eleitorais (Cristiano Mariz e Oscar Cabral).

É absolutamente previsível a explosão que pode emergir de uma apuração minuciosa envolvendo as relações de uma grande construtora, no caso a Delta Construções, e seus laços financeiros com políticos influentes. A empreiteira assumiu o posto de líder entre as fornecedoras da União depois de contratar como consultor o deputado cassado José Dirceu, petista que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) no papel de "chefe da organização criminosa" do mensalão. Além disso, consolidou-se como a principal parceira do Ministério dos Transportes na esteira de uma amizade entre seu controlador, Fernando Cavendish, e o deputado Valdemar Costa Neto, réu no mesmo processo do mensalão e mandachuva do PR, partido que comandou um esquema de cobrança de propina que floresceu na gestão Lula e só foi desmantelado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff. A empreiteira de Cavendish é dona da maior fatia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem contratos avaliados em cerca de 4 bilhões de reais com 23 dos 27 governos estaduais. Todo esse império começou a ruir desde que a Delta foi pilhada no epicentro do escândalo envolvendo o contraventor Carlos Cachoeira. Se os segredos de Cachoeira são dinamite pura, os de Cavendish equivalem a uma bomba atômica. Fala, Cavendish!

Na semana passada, a CPI do Cachoeira aprovou a convocação de 51 pessoas e 36 quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico. Os números foram festejados pela cúpula da comissão como prova inconteste da disposição dos parlamentares para investigar os tentáculos da máfia da jogatina nos partidos políticos, na seara das empreiteiras e na administração pública. Sob essas dezenas de votações, no entanto, esconde-se a operação patrocinada pelo ex-presidente Lula e alguns políticos para impedir que a bomba atômica de Cavendish seja detonada. A estratégia é enaltecer as convocações e quebras de sigilo relativas a empresas e personagens já fartamente investigados pela Polícia Federal. Assim fica mais fácil despistar as manobras para evitar que Cavendish conte tudo — mas tudo mesmo — o que sabe sobre como obter obras públicas pagando propinas a pessoas com poder de decisão nos governos. Investigar a Delta, aliás, foi considerada a tarefa prioritária pelos próprios delegados da Polícia Federal que prestaram depoimento à CPI. Eles disseram que desvendar os mecanismos subterrâneos de concessão de obras públicas no Brasil seria o maior legado da CPI. Fala, Cavendish!

Deflagradas pela Polícia Federal, as operações Vegas e Monte Carlo revelaram o envolvimento do contraventor Carlos Cachoeira com políticos como o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) e Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta na Região Centro-Oeste. Entre outras atividades, o trio agia para abrir os cofres dos governos estaduais e federal à empresa. Para tanto, ofereceria propina em troca de contratos. A PF colheu indícios desse tipo de oferta criminosa, por exemplo, em Goiás e no Distrito Federal. Foi com base nessa delimitação geográfica que os petistas defenderam uma investigação sobre a atuação da empreiteira apenas na Região Centro-Oeste — tese que saiu vitoriosa na semana passada. "Não há conversa gravada do Cachoeira com o Fernando Cavendish. A CPI não pode se transformar numa casa de espetáculo", bradou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "A generalização beira a uma devassa", reforçou Paulo Teixeira (PT-SP). Os petistas cumpriram à risca as ordens dadas por Lula um dia antes, quando ele esteve em Brasília para a cerimônia de instalação da Comissão da Verdade. A ordem foi calar Cavendish. Mas o correto é o contrário. Fala, Cavendish!

O ex-presidente sabe do potencial de dano ao PT e a seus aliados caso Fernando Cavendish conte como a sua Delta conseguia seus contratos de obras e, em troca, pagava políticos. Numa conversa gravada com ex-sócios, Cavendish os incentivou a cortar caminho para o sucesso comprando políticos. Na tabela da corrupção da Delta, um senador, por exemplo, custaria 6 milhões de reais. A Delta tem obras contratadas por governadores pertencentes aos maiores partidos do país — PT, PSDB e PMDB. Será que essa onipresença da Delta explica as razões pelas quais a CPI decidiu não chamar para depor os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ)? O deputado Vaccarezza deu a resposta. "A relação do PMDB com o PT vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu", escreveu em idioma parecido com o português o deputado Vaccarezza numa mensagem de celular destinada ao governador Sérgio Cabral. Captada pelas câmeras de televisão do SBT, a mensagem revela de forma inequívoca o grande arranjo para calar o dono da Delta, amigo íntimo de Cabral. Portanto, é bom repetir a palavra de ordem que pode salvar a CPI do fracasso. Fala, Cavendish!

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Nos bastidores, Cavendish tem falado. E muito. Ele usou interlocutores de sua confiança para divulgar suas mensagens. Uma delas foi endereçada aos políticos. Seus soldados espalharam a versão de que a empreiteira destinou cerca de 100 milhões de reais nos últimos anos para o financiamento de campanhas eleitorais — e que o dinheiro, obviamente, percorreu o bom e velho escaninho dos "recursos não contabilizados". Uma informação preciosa dessas deveria excitar o ânimo investigativo da CPI do Cachoeira. Os mensageiros de Cavendish também procuraram solidariedade na iniciativa privada. A arma foi ressaltar que o caixa dois da Delta, que serviu para financiar campanhas, segue um modelo idêntico ao de outras empreiteiras, inclusive usando os mesmos parceiros para forjar serviços e notas fiscais frias. A mensagem é: se atingida de morte, a Delta reagiria alvejando gente graúda. Como o navio nazista Bismarck, a Delta afundaria atirando. Faria, assim, um bem enorme ao interesse coletivo, mas seria mortal aos interesses privados. Os mensageiros de Cavendish têm espalhado que a mesma empresa fornecedora de notas frias da qual sua construtora se servia abastecia outras duas grandes empreiteiras. São essas ameaças, somadas à coloração suprapartidária dos contratos firmados, que azeitam a blindagem da Delta. Como saber se Cavendish está apenas blefando em uma clássica operação de controle de danos? Levando-o à CPI. Fala, Cavendish!

Desde a eclosão do escândalo, a Delta foi forçada a deixar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), encomendadas pela Petrobras, e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), sob responsabilidade do Ministério dos Transportes. A polêmica sobre o destino da empreiteira pôs a presidente e o antecessor em rota de colisão pela segunda vez em menos de dois meses. Lula patrocinou a criação da CPI do Cachoeira ao considerá-la uma oportunidade de desqualificar instituições que descobriram, divulgaram e investigaram o esquema do mensalão, como a imprensa, o Ministério Público, o Judiciário e a oposição. Logo após a abertura da CPI, Fernando Cavendish passou a negociar a empresa com o grupo J&F, cujos donos eram parceiros preferenciais do governo Lula. A venda foi orquestrada pelo ex-presidente. O papel de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de mandato do petista e atual CEO do J&F, na manobra ainda não está claro. Meirelles não comenta, mas sabe-se que ele, desde os tempos de BC, não assina nada que não tenha a chancela de seus advogados particulares.

Vergonha nacional - Collor e o petista Cândido Vaccarezza: constrangimento à imprensa e troca de gentilezas com o governador Sérgio Cabral. (Cristiano Mariz)
 O J&F tem 35% de suas ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mais que isso. Tomou emprestados mais de 6 bilhões de reais no banco. É, portanto, uma empresa semiestatal. Por meio de assessores, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que seu governo não apoia a encampação da Delta pelo grupo J&F. A contrariedade de Dilma foi explicitada pela decisão das estatais de tirar a Delta de obras do Dnit e da Petrobras. Dilma determinou à Controladoria-Geral da União (CGU) que declare a empreiteira inidônea e, portanto, proibida de fechar contratos com a União. "O governo fará tudo o que estiver a seu alcance para esse negócio não sair", diz um auxiliar da presidente. Quem conhece Fernando Cavendish mais de perto garante que ele nem de longe vestiria o traje de homem-bomba. Mas como ter certeza de que tem potencial explosivo ou apenas quer minimizar os ataques a ele e a sua empresa? Levando-o à CPI. Vamos lá, coragem. Fala, Cavendish!

* Por Otávio Cabral e Daniel Pereira na Veja.abril