sábado, 10 de outubro de 2009

Acredite: Marge Simpson nua na Playboy


Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A bela atriz Scarlett Johansson

Jogadores do Corinthians são feitos reféns durante assalto em SP

Da Folha Online
Jogadores do Corinthians foram feitos reféns na madrugada deste sábado no Centro de Treinamento do time, na avenida Miguel Ignácio Curi, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
De acordo com informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo, sete homens fortemente armados invadiram o local por volta das 2h, rendendo o segurança e 37 atletas que estavam no alojamento.
Os assaltantes permaneceram no Centro de Treinamento por cerca de uma hora e meia. Eles levaram um computador do clube, 20 notebooks que pertenciam aos jogadores, um videogame portátil, 42 celulares, alguns relógios e alianças e R$ 390 em dinheiro. Além disso, o grupo roubou também uma kombi do clube, utilizada na fuga.
Segundo a SSP, o zelador percebeu o assalto ao notar uma movimentação suspeita no alojamento. Ele foi agredido com chutes e coronhadas pelo grupo. Ninguém foi preso. O caso é investigado pelo 65º DP (Artur Alvim).

Mãe e padrasto são acusados de pedofilia em Alvorada (RS)

A Polícia Civil de Alvorada (RS) recebeu nesta sexta-feira (9) uma denúncia do Ministério Público por pedofilia contra a mãe e o padrasto de uma adolescente de 13 anos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o padrasto da menina gravou vídeos em que aparece mantendo relações sexuais com ela e a mãe.
Os DVDs com as cenas de sexo foram apreendidos, juntamente com cartas onde a menina confirma a relação existente entre eles. Segundo a secretaria, a menina contou que os abusos aconteciam há oito meses com o consentimento da mãe.
A Secretaria de Segurança informou ainda que o padrasto confirmou os abusos e diz que dava dinheiro para a mãe, a fim de manter relações com as duas.
O delegado Marcos Antonio Machado solicitou a prisão preventiva da mãe e do padrasto. A menina ficará sob os cuidados do pai.

Amy Winehouse "turbina" seios às vesperas de apresentação na TV

A cantora britânica Amy Winehouse implantou próteses de silicone nos seios às vésperas de sua aparição em um programa de TV, informa a edição de hoje do tabloide "The Sun".
Segundo a publicação, a cantora, de 26 anos, pagou 35.000 libras (cerca de R$ 96 mil) pela operação, que teria sido feita na quarta-feira.
O que levou Amy a fazer a cirurgia, diz o "The Sun", foi o desejo dela de "recuperar as sensuais curvas" que tinha em 2003, quando surgiu no cenário musical, e que desapareceram após "anos de uso abusivo de heroína".
De acordo com os amigos da artista ouvidos pelo tabloide, Amy decidiu colocar silicone nos seios para ganhar auto-estima à medida que recupera lentamente sua imagem e estar apresentável no dia que voltará a aparecer na TV.
A polêmica cantora deve participar de um programa da "BBC" chamado "Strictly Come Dancing", um concurso de dança com a participação de personalidades. Durante a atração, Amy cantará no coro de sua afilhada e cantora, Dionne Bromfield, de apenas 13 anos.

Versão para ferimento de Lula não convence

No site do Claudio Humberto:
Teria sido uma queda, com um copo à mão, o que provocou o corte no dedo indicador esquerdo do presidente Lula, e não – como divulgou o Palácio do Planalto, sem informar detalhes – um “acidente”, quando ele supostamente tentava consertar uma torneira na suíte em que se hospedou, no luxuosíssimo Grand Hotel de Estocolmo, Suécia, cuja diária custa R$ 4 mil. O ferimento foi profundo, exigiu cinco pontos.
O Grand Hotel não comentou a lorota de Lula para o corte em sua mão. O cinco estrelas de Estocolmo mantém plantão 24h para manutenção.
Aberto em 1874, o Grand Hotel de Estocolmo é um dos melhores da Europa. Os ganhadores do Nobel se hospedam nele, no dia da premiação.
A luxuosa suíte Princesa Lullian, do Grand Hotel, tem dois quartos, cinema, sauna e bar (epa!) privativos, biblioteca e jacuzzi.

Ladrão que rouba com o patrocínio do governo e acusa o assaltado


No blog do Augusto Nunes:
O primeiro texto publicado nesta coluna, em 22 de abril, tratou de mais uma abjeção produzida pelo MST ─ a única organização fora-da-lei da história do Brasil patrocinada pelo Executivo, protegida pelo Legislativo e estimulada pela leniência do Judiciário. Dias antes, invasores de uma fazenda no Pará haviam acrescentado ao repertório de práticas bandidas o uso de escudos humanos.
De novo, fizeram o que quiseram e saíram quando quiseram, com a insolência dos contemplados com a cumplicidade, por ação ou omissão, dos três Poderes. Em vez da voz de prisão, em vez da voz enérgica dos encarregados de defender o Estado de Direito, em vez da voz do juiz anunciando a sentença, ouviram a voz companheira do chefe de governo.
Por tratar como caso de polícia o que era uma questão social, lembrou o parágrafo de abertura, o presidente Washington Luis antecipou a chegada à senilidade precoce da República Velha, enterrada sem honras pela Revolução de 1930. Por tratar como questão social o que é um caso de polícia, o presidente Lula continua a retardar a chegada à maioridade da democracia brasileira.
Os líderes do incipiente movimento operário do século passado, que apresentavam reivindicações elementares, não mereciam cadeia. Mereciam de Washington Luiz mais atenção. Chefões de velharias ideológicas como o MST, que berram exigências de napoleão-de-hospício enquanto aumentam a gigantesca coleção de crimes contra o patrimônio, não merecem as atenções que vivem recebendo de Lula. Merecem cadeia.
Sete meses depois das delinquências no Pará, o MST continua estuprando o direito de propriedade, o governo continua financiando os conglomerados de barracas de lona preta, o Congresso continua assassinando no útero CPIs concebidas para apurar ligações incestuosas entre os cofres do Planalto e os caixas da sigla, a população carcerária continua sem representantes do MST. Vida que segue. As imagens da invasão da exemplarmente produtiva Fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo, avisam que o bando está cada vez mais ousado.
Também informam que a Justiça tem uma chance das boas de revogar a suspeita de que o MST foi condenado à impunidade. “Vamos dar uma resposta à sociedade”, prometeu o delegado de Borebi, Jader Biazon. ”Alguns dos responsáveis pelo que aconteceu vão responder criminalmente”. O que aconteceu foi mais que outra invasão ilegal consumada por 250 famílias. Foi um assalto praticado por centenas de ladrões sem medo.
As cenas exibidas pela TV não mostram lavradores em busca de terra para o plantio. Mostram homens e mulheres arrasando laranjais, arrancando árvores pela raiz, depredando equipamentos agrícolas, roubando móveis, furtando aparelhos domésticos. “O que eles não puderam furtar eles destruíram”, resumiu o delegado de polícia, que já identificou sete criminosos.
O produto do assalto passou de R$ 3 milhões. “Levaram DVD, TV, rádio, roupas, sapatos, ferro de passar, o chuveiro, até lâmpadas e torneiras”, conta Silvana Fontes, 37 anos, cozinheira e faxineira da sede da fazenda. Casada há três meses com um vigilante da empresa, ela ficou sem muitos presentes quem nem havia desembrulhado.
Os culpados culpam inocentes. “Querem criminalizar o movimento”, repete sem ficar ruborizado Paulo Albuquerque, comandante do ataque. “Se destruíram alguma coisa, foi a Cutrale”. Pero Vaz de Caminha tinha razão: no Brasil, em se plantando, tudo dá. Até ladrão que rouba com o patrocínio do governo e acusa o assaltado.

Melou!!!

De Serafim Correa, no Blog do Noblat:
A Folha de São Paulo trouxe, ontem, de manchete: "Governo segura restituição".
A matéria explicava que, por conta da queda da arrecadação, o Governo Federal resolvera segurar a restituição de imposto de renda, transferindo boa parte dela para o primeiro trimestre do próximo ano.
Mais tarde, quando a notícia já estava em todos os blogs do país, o ministro Guido Mantega deu a explicação: “Não haverá prejuízo para ninguém já que a restituição é corrigida pela taxa Selic”.
A explicação não resiste a uma pergunta de um aluno do primeiro ano de Economia ou de Ciência Política. Isto porque a Selic, que corrige a restituição, é exatamente a mesma que remunera a Dívida Pública.
O aluno de Economia deve perguntar:
“Ministro, mas se a taxa de juros é a mesma, qual é a diferença entre dever para o contribuinte que pagou a maior e dever para os bancos que compram os títulos da Dívida Pública?”
E o de Ciência Política:
“Ministro, mas se o custo é o mesmo, por que impor a milhares de pessoas que tem dívidas com taxas de juros maiores um enorme custo financeiro, beneficiando os bancos e desgastando o governo junto à classe média?
O Ministro não vai responder. Sabem por que?
A razão é outra.
A arrecadação de Imposto de Renda é um dos componentes da base de cálculo dos repasses do Governo Federal para Estados e Municípios através do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios.
A cada dez dias o Governo apura o arrecadado e diminui o que é restituído.
Imaginemos que a arrecadação foi de 100 unidades e a restituição teria que ser de 20 unidades. A base será de 80 e com isso cairiam mais ainda os repasses em favor de Estados e Municípios com a inevitável gritaria produzida por governadores e prefeitos.
Se, no entanto, a restituição é adiada, a base é 100 e os repasses não diminuem, nem provoca alarido de governadores e principalmente de prefeitos.
É por essa razão, e só por essa, que o Governo Federal está empurrando com a barriga a restituição de Imposto de Renda.
O que não estava nos planos era um repórter sagaz descobrir e a Folha de São Paulo publicar de manchete.
E aí, como diz a garotada, “melou”.
*Serafim Corrêa é funcionário aposentado da Receita Federal e ex-prefeito de Manaus

O Mangabeira Unger da economia faz seu panfleto eleitoral

De Reinaldo Azevedo:
Espantoso um artigo que João Sicsú, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea e professor do Instituto de Economia da UFRJ, escreveu no jornal Valor Econômico, que é uma espécie de Granma do PT. O Brasil tem jabuticaba, pororoca e um jornal de economia que é de esquerda - nem que seja a esquerda petista.
Segundo Sicsú, a eleição de Collor marcou o início do desmonte do Estado no país, tarefa a que FHC teria dado continuidade em seus dois mandatos. E a tendência só foi revertida por Lula.
Trata-se de uma fraude intelectual. O estado estava quebrado em 1989 e tinha perdido a capacidade de investimento. E o estado só quebrou por excesso de estado, não por falta dele. Collor fez alguns ensaios de abertura da economia, do modo destrambelhado que conhecemos. Quem organizou essa abertura, obedecendo a todos os ritos legais e congressuais, foi FHC. O país só conseguiu entrar na economia da informação por causa, por exemplo, da privatização do setor de telefonia. A reconstrução do estado começou justamente com as privatizações e a criação das agências reguladoras. Sicsú certamente é um nostálgico do tempo em que uma linha de telefone custava até US$ 7 mil e era considerada patrimônio, declarado em Imposto de Renda. Sua saudade tem uma explicação pessoal: ele pertencia ao mundo dos com-telefone, mas já era um amigo do povo: do povo sem telefone. Quando FHC deixou o governo, entre telefonia fixa e celular, o serviço estava praticamente universalizado.
Segundo Sicsú, Collor e FHC desmontaram o estado de forma deliberada, para poderem privatizar as estatais. Trata-se de uma mentira grotesca. A engenharia do Plano Real foi quase milagrosa - digo “quase” porque não foi milagre, mas decisão técnica e política. Tratou-se matar a cultura da inflação, o que a escola intelectual de Sicsú já havia tentado antes, naufragando de modo espetacular, sem engessar a economia de mercado. Erros certamente foram cometidos, como se comete sempre.
Mas não há uma só pessoa intelectualmente honesta que não reconheça que ali se deram as bases da estabilidade da economia brasileira, com reflexos positivos que ainda hoje estão aí. Até o propalado baixo crescimento dos anos FHC está centrada numa mentira. A média de crescimento nos governos FHC foi superior à média mundial; nos governos Lula, é inferior. Ocorre que o mundo é outro. Sicsú já está fazendo campanha eleitoral. Para um professor, chega a ser vergonhoso escrever tanta bobagem.
Segundo o economista (!?), empresas estatais foram praticamente doadas, o que é proselitismo político dos mais vagabundos. Não só isso. É também uma mentira. Os 19% das ações da Telebras que pertenciam ao Estado foram vendidos por R$ 22,2 bilhões. Um ano depois, em Bolsa, se as ações fossem todas arrematadas, valeriam bem menos. Mas isso nem é tão importante. Entre 2003 e 2006, o setor de telefonia gerou R$ 118 bilhões em arrecadação de impostos - em 1998, R$ 8 bilhões apenas. Desde a privatização, concluída em 1998, até 2006, foi investida na área a fantástica quantia de R$ 135 bilhões.
Em 1997, havia no Brasil 17 milhões de linhas fixas e 4,5 milhões de celulares; em maio de 2008, as linhas fixas passavam de 42 milhões, e os celulares, de 130 milhões. Atenção: em 1997, havia, pois, 21,4 milhões de linhas telefônicas para 166 milhões de habitantes; em 1998, 172 milhões para 188 milhões de pessoas. Era, na prática, a universalização.
Sicsú sabe de tudo isso. Mas prefere o texto de campanha eleitoral, misturando no mesmo balaio problemas os mais distintos. Lista a melhoria de indicadores sociais e serviços havidos no governo Lula como se não fosse esta uma obrigação do Estado. Se FHC resolvesse comprar o último ano de seu governo com o último do governo Sarney, haveria vários saltos também formidáveis.
Governos podem cantar as suas glórias. Sempre fazem isso. Mas daí a satanizar o passado, que estabeleceu as bases do modelo que aí está, vai uma grande diferença: trata-se de vigarice intelectual descarada. Mas isso tem uma explicação. João Sicsú integrou aquela turminha que tinha a ambição de ser crítica do Plano Real em razão de sua “ortodoxia”. Mais: descia o sarrafo no primeiro mandato de Lula. Num artigo de meados de meados de 2003, ainda fora do governo, escrevia o valente:
É inequívoco que o presidente Lula apoiou-se nos mesmos pilares teóricos do expresidente Fernando Henrique Cardoso (doravante, FHC), seu antecessor, para elaborar seu modelo de política econômica. Logo nos primeiros dias e meses do novo governo, foram poucos os que perceberam que não haveria qualquer mudança substantiva na forma de condução da economia. Hoje, a percepção é muito mais generalizada, e membros do governo já admitem que o modelo é o mesmo de FHC.
(…)O Plano A de política econômica [que Lula manteve; do qual nunca se afastou] foi implementado pelo governo FHC, particularmente na sua segunda fase, de 1999 a 2002. O Plano A estava baseado no seguinte tripé da teoria econômica ortodoxa-liberal:
a) câmbio flutuante com mobilidade de capitais (isto é, liberalização financeira
externa);
b) regime de metas de inflação com um banco central autônomo; e
c) regime de metas para os superávits fiscais primários.
E vai por aí. Se tiverem paciência, leiam o texto. Em 2007, Sicsú, o Mangaberia Unger da economia, integrou o governo do qual era crítico ferrenho. Dois anos depois, não é apenas um entusiasmado defensor do que antes criticava (ele vai dizer, claro, que Lula optou pelo fortalecimento do estado, quem sabe ouvindo os seus conselhos): transformou-se num autor de panfleto.
Para certos acadêmicos brasileiros, o homem é seu emprego.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Movimento dos Com Chapéu!

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/charges/

Brasil não é autossuficiente em gás

O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, admitiu nesta quinta (8) que vai demorar muito para o Brasil se tornar autossuficiente na produção de Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de cozinha.
Segundo ele, “é uma questão físico-química”. Gabrielli também informou que, segundo novos dados da Petrobras, há uma estimativa de substituição natural do GLP pelo gás natural.
A projeção é que o crescimento do consumo de GLP chegue a 1,7% ao ano até 2020, enquanto o gás natural residencial crescerá cerca de 5,4%. Ele também ressaltou que a Petrobras está investindo US$ 50 bilhões na construção de cinco novas refinarias e que todas produzirão GLP, mas ainda assim em volume insuficiente para atender ao mercado.

Projetos fazem Brasil abrir mão da dignidade

No site do Claudio Humberto:
São casos de má fé cínica ou de obtusidade córnea (como Eça de Queiroz definiu o Conselheiro Acácio, em “O Primo Basílio”) os projetos que garantem vistos de entrada no Brasil mesmo em países que exigem vistos de brasileiros, como os Estados Unidos. Pelos projetos, o Brasil renuncia à última trincheira da dignidade de um país: o exercício da reciprocidade, em que países retribuem o tratamento que recebem.
Projetos que eliminam a exigência de visto até de países que hostilizam brasileiros pretendem “aumentar o faturamento” da indústria do turismo.
O deputado Carlos Cadoca (PSC-PE) tem três projetos que “facilitam” vistos para estrangeiros. Ele admite “afinidades com o setor turístico”.
http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

Um pagador de impostos entra na mira dos caloteiros federais


Do site do Augusto Nunes:
Muito prazer: sou, possivelmente, uma das vítimas do amantegado calote nas restituições. Nos últimos anos, tenho sido católico na entrega da declaração: primeiro dia do prazo. E por interesse próprio: sendo minha declaração franciscana, por escassez de fontes pagadoras, bens e negociatas, invariavelmente tenho recebido minha restituição (sim, pago mais do que devo) já no segundo lote ─ o primeiro é o dos velhos. Com essa grana, que de origem é minha, saldo compromissos ─ às vezes com outros impostos. Este ano, perdi o segundo, o terceiro, o quarto lote. Neste quinto, aberto para consulta ontem, também não veio o aviso de restituição, mas ganhei um reparo: tenho “pendências” com o IR. Que consultasse meu extrato junto à Receita. Para a consulta do extrato, conheci o Gulag da Receita. O telefone 146 não funciona. Perdi pelo menos duas horas nas gavetas e no computador para conhecer meu extrato e meus pecados fiscais - pedem recibo das declarações anteriores, código de acesso, senha, o diabo. Enfim, cheguei ao pré-sal do meu extrato. Do ponto de vista fiscal, nada consta. Mas aparece ali uma “irregularidade” gravíssima: eu seria dono de 1% de uma microempresa na área de publicidade. Nunca tive a mais remota notícia de minha sociedade microminoritária nessa microempresa, mas agora, lendo a declaração do ministro aqui em cima, entendi o que se passa. E me senti como um Al Capone. Diz Guido Ness Mantega: “O que nós fazemos é priorizar a restituição daqueles contribuintes sem problemas, que não estão na malha fina”. Minha restituição ─ descobri hoje ─ está sendo usada para financiar a queda de arrecadação do governo e o empréstimo ao FMI. Mas, para um governo que você descreve tão bem em seu texto, não basta reter ─ é preciso também criar um clima de intimidação através de falsas e misteriosas “pendências”. Assim, enquanto vai atrás do bodinho que colocaram na sua sala, você esquece que a restituição não foi restituída. Michel Temer não cai, Sarney não cai, Agaciel não cai, Delúbio não cai, Amazonino Mendes não cai, Newton Cardoso não cai, Quércia não cai. Caí na malha fina. Peraí, pessoal: eu nunca estive entre os que gritaram Fora FMI. Mas daí a emprestar o meu pra eles…
*Texto de Celso Arnaldo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brasil e as olimpíadas


Heloísa Helena pode apoiar Marina Silva

A presidente do PSOL, Heloísa Helena, pode abrir mão de concorrer à Presidência da República em 2010 para apoiar a candidatura da senadora Marina Silva (PV). A proposta já foi apresentada à executiva nacional do partido pelo diretório de Alagoas. Com a nova possibilidade, a vereadora deverá disputar uma vaga ao Senado, já que um dos possíveis adversários dela na disputa, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), sinalizou que concorrerá ao Executivo estadual. Além de Milton Temer, ex-petista e um dos fundadores do PSOL, o partido trabalha com a possibilidade de lançar à Presidência Plínio de Arruda Sampaio (SP), ou Martiniano Cavalcante (GO). A definição sobre apoio ou candidatura própria só deve sair em dezembro, quando o PSOL faz sua Conferência Eleitoral.

O prefeito que governa de joelhos absolve o vampiro pan-americano

Do site do Augusto Nunes:
“Ricardo Leyser é um senhor executivo”, acha o prefeito Eduardo Paes. O ministro Orlando Silva concorda. Depois de promover a secretário de Alto Rendimento o camarada que conheceu em reuniões do PCdoB, Silva transformou-o em Secretário Executivo do Comitê de Gestão das Ações Governamentais nos Jogos Pan-Americanos de 2007, o palavroso codinome do tesoureiro-chefe. O ministro gostou do desempenho do afilhado, informou a escolha de Leyser para representar o governo federal no comitê organizador dos Jogos do Rio. Muito justo, endossou Eduardo Paes: ”Ele coordenou todo o Pan-americano. Fez um belo trabalho”.
Ambos com o olhar deformado pela estética da bandidagem companheira, é compreensível que o ministro da tapioca e o deputado que vendeu a alma para virar prefeito vejam belos trabalhos em performances criminosas. Nesta terça-feira, baseado em provas copiosas e irrefutáveis aglomeradas em dois processos, o Tribunal de Contas da União determinou que Leyser e sua turma devolvam aos cofres públicos os R$ 18,4 milhões que saíram pelo ralo das despesas superfaturadas e dos pagamentos por serviços não prestados.
Um dos processos documenta o sumiço de R$ 16 milhões “na montagem das estruturas provisórias dos Jogos Pan-americanos”. O segundo radiografa o superfaturamento dos serviços de hotelaria e infra-estrutura da Vila Olímpica, produzido por Leyser em parceria com um consórcio liderado pela empresa JZ Engenharia. Só um senhor executivo conseguiria gastar exatos R$ 390.694,34 no item “montagem de cadeiras”, ou R$ 876.262,40 em “instalação de persianas”. O “total corrigido” da gastança somou R$ 2.740.402,54. O TCU quer todo o dinheiro de volta. O prefeito considera precipitada a cobrança.
“O conjunto de escândalos que envolvem o governo é tanto, e a desfaçatez dos principais atores envolvidos neles tão grande, que às vezes parece que a CPI não conseguiu ainda provar muita coisa”, indignou-se numa entrevista concedida em agosto de 2006 o deputado federal Eduardo Paes, do PSDB fluminense. ”Comprovamos o mensalão com cópia de recibo e tudo. Como é que o Lula ainda tem coragem de negar?”. O prefeito eleito pelo PMDB tem coragem de negar que sobram provas contra Ricardo Leyser.
“O TCU apontou algumas irregularidades, que estão sendo investigadas. A gente tem que ter muita calma antes de sair apontando o dedo para as pessoas”, acaba de recomendar o mesmo Eduardo Paes que colocou sob suspeição negócios muito lucrativos do Primeiro-Filho e acusou o presidente da República de fazer de conta que desconhecia a movimentação de bandidos amigos nas salas ao lado. Disposto a tudo para chegar à prefeitura, o ex-deputado pediu perdão por escrito a Marisa Letícia e ajoelhou-se aos pés de Lula. É improvável que volte a ficar de pé, sugere o palavrório sobre Leyser.
“Ele tem de continuar no comitê organizador”, insiste. Entre janeiro e agosto deste ano, no papel de cabo eleitoral do Rio, o prodigioso multiplicador de zeros consumiu R$ 230 mil em diárias de viagens. E daí?, acha Paes, convencido de que “a participação dele é fundamental na construção dos Jogos. A “construção” está orçada em R$ 26 bilhões. Por enquanto.
“Claro que Lula sabe quem é Delúbio Soares”, vivia repetindo o deputado Eduardo Paes. Claro que o prefeito sabe quem é Ricardo Leyser. É um senhor vampiro homiziado num cargo de direção do grande banco de sangue.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O país dos coitadinhos

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No O Globo:
A alta classe média parou de crescer e até diminuiu no Brasil em 2008. A constatação faz parte do estudo do professor da Unicamp Waldir Quadros, que vem acompanhando a estratificação social no país.
Com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, divulgada no último dia 18, Quadros percebeu que o crescimento dessa fatia da população — que vinha ocorrendo desde 2005 — estacionou. O mesmo fenômeno atingiu a média classe média:
— O que vem aumentando é a classe média baixa. Por isso, o consumo de produtos de baixo valor está aquecido. O Brasil virou o país do R$ 1,99.
A expectativa do economista, diante da forte expansão do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto dos bens e serviços produzidos no país) em 2008, com alta de 5,1%, era de que a alta classe média ficasse maior.
Essa fatia da população, que respondia por 8,1% das famílias brasileiras em 2007, caiu para 7,5%. Já a classe média baixa passou de 35,9% para 36,9%. Nessa conta, de acordo com o economista, não entram os ricos.
A classe média alta também perdeu espaço quando a referência é o seu peso entre os trabalhadores. Respondia por 5,7% dos ocupados em 2007 e, em 2008, viu essa fatia cair para 5,1%.
*Reportagem de Cássia Almeida

Os vampiros aliados festejam a ampliação do banco de sangue

Do site do Augusto Nunes:
Menos de um mês depois de promover o Brasil a potência petroleira, Lula promoveu-se a presidente de uma potência olímpica. Em 6 de setembro, Dia da Segunda Independência, não precisou de um só barril a mais para apresentar ao mundo o caçula da OPEP. O que resolveu que vai acontecer daqui a 10 ou 15 anos pareceu-lhe suficiente. Em 2 de outubro, depois de derrotar os ianques, os espanhóis e os japoneses na Batalha da Dinamarca, não precisou de uma única medalha de bronze para instalar o país no clube dos colossos esportivos. Bastou o que resolveu que vai acontecer no Rio em 2016.
O curto espaço entre os dois assombros avisa que a metamorfose ambulante sofreu mais uma mutação para pior. Lula sempre se apropriou do passado para fingir que fez o que outros fizeram. Quem ouve a discurseira imagina, por exemplo, que a inflação liquidada em 1994 pelo Plano Real foi banida em 2003. Pois o maior governante da história agora deu de também expropriar o futuro para moldá-lo às conveniências do presente ─ e fingir que já foi feito o que está por fazer. O craque que vive assumindo a paternidade de gols alheios passou a reivindicar a autoria dos que nem aconteceram.
A fantasia seria menos inverossímil se Lula não inaugurasse o futuro sempre em companhia de gente que eterniza o passado. No descobrimento do pré-sal, protagonizou uma superprodução futurista à frente de um elenco de cinema mudo liderado pelos canastrões José Sarney e Edison Lobão. No comício em Copenhague, anunciou a ascensão do Brasil à primeira divisão do planeta num palanque de segunda. O país não tem sequer arremedos de política esportiva. Investe apenas, e equivocadamente, no esporte de alto rendimento. O Brasil coleciona fiascos a cada Olimpíada por falta de direção e de verbas.
Dinheiro existe de sobra, esclareceu o presidente ao comunicar que serão investidos no Rio quase R$ 30 bilhões. A bolada vai ser muito maior, corrigiu o sorriso de empreiteiro malandro no rosto da cartolagem. E boa parte vai engordar o patrimônio dos campeões do salto sobre cofres públicos, modalidade não-olímpica praticada com muita competência por figurões federais e supercartolas.
Só os olhos gulosos dos bandidos e a miopia dos idiotas incuráveis enxergam um Brasil dividido entre nacionalistas grávidos de patriotismo com o triunfo incomparável e traidores da nação em aliança com os mortos de ciúme da Cidade Maravilhosa. O Brasil não precisa hospedar a Olimpíada para afirmar-se como nação em marcha acelerada para longe das cavernas. O Rio não precisaria virar sede dos Jogo de 2016 para merecer as atenções, o respeito, o carinho e os investimentos que a mais bela das cidades reclama há décadas. Consumada a escolha, ninguém minimamente sensato vai torcer pelo naufrágio. Mas o desastre só será evitado se a tripulação for trocada a tempo.
Em 2003, os cariocas souberam que o Pan-2007, orçado em R$ 400 milhões, traria como dote a linha de metrô da Barra, a despoluição da Baía de Guanabara, a ressurreição da Lagoa Rodrigo de Freitas e outros espantos. A conta ficou em R$ 4 bilhões e os milagreiros nada santos esqueceram o prometido. Tudo será feito agora, reincide Carlos Nuzman, que presidiu o comitê do Pan, preside o COB e presidirá o comitê dos Jogos de 2016. É errando que a gente aprende, recita Orlando Silva, ministro do Esporte desde 2006, que forma com Nuzman uma dupla que anda fazendo bonito nos torneios de gastança suspeita promovidos pelo Tribunal de Contas da União.
O cinismo dos vendedores de ilusões só não é mais espantoso que a euforia da multidão de iludidos. Com o mesmo entusiasmo dos vampiros encarregados da administração, os doadores festejam a ampliação do banco de sangue.

Gente que mente

O 75° lugar do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano, divulgado ontem pela ONU, é a prova de que o governo, em mais de seis anos, fez mais propaganda do que promoveu o desenvolvimento.
O Brasil fica atrás da Argentina, da Venezuela e do Panamá. Para quem sediará uma olimpíada, esta é a primeira medalha: da vergonha.

Malandro federal

Do site do Claudio Humbeto:
O ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, filiou-se ao Partido Trabalhista Cristão (PTC) e deve disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados nas eleições de 2010 - conforme este site antecipou há quase duas semanas. Segundo o presidente do partido no DF, Divino Omar Nascimento, foi o próprio diretor quem procurou a legenda. Entre outros escândalos que tiraram Agaciel do cargo, ele é acusado pela comissão administrativa da Casa de ser responsável por mais de 500 atos secretos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Rio 2016

www.sponholz.arq.com.br

Sexo? Hoje não, querido

De CRISTIANE SEGATTO na Revista Época:
A falta de excitação sexual feminina costuma ser explicada basicamente por fatores psicológicos. Traumas, culpas, desentendimentos com o parceiro, sabotagens despertadas pela rotina. Ou ainda por fatores culturais. O principal deles é a angústia de estar fora dos padrões de beleza, de não corresponder à imagem da mulher dos sonhos. Pouco se sabe até hoje sobre as limitações físicas que podem comprometer o prazer. Em raros casos o problema é atribuído ao baixo nível do hormônio estrógeno no organismo. Agora um outro fator desponta como um possível responsável pelo problema: o colesterol alto. Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Sexual Medicine, mulheres com colesterol alto apresentam pontuação mais baixa em questionários que avaliam o Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI). Elas relataram menos excitação, orgasmo, lubrificação vaginal e satisfação sexual do que as mulheres com índices normais de colesterol. No grupo das mulheres com colesterol alto, 32% tiveram pontuação tão baixa que podem ser consideradas portadoras de disfunção sexual. O índice foi de apenas 9% entre as voluntárias com colesterol normal. A pesquisa foi realizada por Katherine Espósito, da Seconda Università degli Studi, em Nápoles, na Itália. Mais de 500 mulheres que ainda não haviam entrado na menopausa participaram do estudo. Entravam no grupo do colesterol alto as que tinham LDL (o colesterol ruim) acima de 160 mg/dL; HDL (o colesterol bom) abaixo de 50 mg/dL ou triglicérides acima de 150 mg/dL. Há muito tempo está provado que homens com excesso de colesterol e outras gorduras no sangue podem ter dificuldades de ereção. Isso ocorre porque o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos pode reduzir o fluxo de sangue no tecido erétil. Nas mulheres, porém, é bem mais difícil comprovar a relação entre colesterol alto e disfunção sexual. A equipe de Katherine partiu do princípio de que a excitação feminina depende em grande parte do aumento do fluxo sanguíneo nos genitais. Decidiu investigar e concluiu que existe mesmo uma relação entre as duas coisas. “Esse estudo sugere que há uma forte conexão entre a excitação sexual feminina e doenças orgânicas da mesma forma como ocorre nos homens”, disse à Revista NewScientist o urologista Geoffrey Hackett, da Holly Cottage Clinic, no Reino Unido. “Atualmente, isso sequer é considerado.” Perguntei a opinião do cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. “Nunca tinha visto dados como esses”, disse. “Um único estudo é capaz de mostrar uma associação entre as duas coisas. Mas não comprova que o colesterol alto seja de fato uma das causas da disfunção sexual feminina”, afirmou. Só o tempo - e mais pesquisas - poderão esclarecer se essa é mesmo uma boa pista para ajudar a explicar tantas histórias de insatisfação na cama.
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Os Jogos de 2016

De Nelito Fernandes, na Revista Época:
Yes!!! They can't! É do Brasil! O Rio deu um olé em Madri. Sabe o que a Michelle disse pro Obama quando Chicago saiu da disputa? O Lula é o cara!!! O Lula saiu da cerimônia se achando tanto que anunciou seu próximo projeto: vai negociar a rendição do Bin Laden. E, para não deixar o Obama triste, o Lula já prometeu: vai converter Fidel ao capitalismo. É tudo uma questão de ponto de vista. O sujeito chegou para a empregada e disse: “Ganhamos! Vamos fazer uma olimpíada aqui! Vem gente do mundo inteiro.” E a empregada respondeu: “Vai dar um trabalho danado pra limpar”. Disputando em casa, os atletas têm tudo para ganhar um monte de medalhas de ouro, só não vai dar para desfilar com elas porque todo mundo sabe que não se pode dar mole com ouro no Rio. A preparação para os Jogos já começou e os atletas cariocas vão brilhar mais do que nenhum outro. Na corrida, o treinamento começou na Central do Brasil. Para preparar nossa equipe, o COB deu relógios caros aos corredores. Eles serão convidados a passear na Central do Brasil e, depois, terão que correr atrás dos pivetes. As obras já começaram para as Olimpíadas. Obra na cobertura do dono da empreiteira, obra no apartamento do deputado. É tanta roubalheira que Olimpíada sempre começa na delegação e acaba na delegacia. Vai ter metrô, estádio novo, ciclovia, etc, etc. É tanta coisa para fazer que espírito olímpico não basta. Tem que ser Deus Olímpico. Deus?!?! Então chama o Lula que ele dá jeito. E eu vou adiantar em primeira mão boba quatro provas Olímpicas que os políticos vão promover na organização Olimpíadas:

1) Levantamento de verbas

2) Arremesso de dinheiro para o exterior

3) Salto de patrimônio

4) 100 metros fundos de investimentos

Mas nem tudo é roubalheira e corrupção. Tem também o desvio e a falcatrua. No final, o carioca sabe que os Jogos Olímpicos vão deixar uma herança muito grande para a população. E outra maior ainda para os filhos dos políticos!

Pelo menos 17 milhões de eleitores já venderam voto, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada na edição deste domingo (4) do jornal “Folha de S. Paulo” revela que cerca de 17 milhões de eleitores admitem já ter trocado voto por emprego, dinheiro ou presente. A pesquisa ouviu 2.122 pessoas em 150 municípios. Ela indica que, entre os entrevistados que admitiram ter vendido seu voto, 10% o fizeram em troca de emprego ou favor, 6% em troca de dinheiro e 5% em troca de presente. O estudo revela, ainda, que 12% dos entrevistados dizem estar dispostos a mudar seu voto por dinheiro, 79% acreditam que os brasileiros vendem voto e 33% concordam com a ideia de que não é possível fazer política sem um pouco de corrupção. Além disso, 92% dos entrevistados disseram acreditar que existe corrupção no Congresso Nacional e nos partidos políticos. Para 88%, há corrupção na Presidência da República e nos ministérios.
A pesquisa mostra ainda que 94% dos entrevistados consideram errado oferecer propina, e 94% concordam ser repreensível vender voto. No Brasil, 13% ouviram pedido de propina, e 36% destes pagaram; 5% ofereceram propina a funcionário público; 4% pagaram para serem atendidos antes em serviço público de saúde; 2% compraram carteira de motorista; 1%, diploma. Entre os entrevistados, 83% admitiram ao menos uma prática ilegítima ao responder a pesquisa (7% reconheceram a prática de 11 ou mais ações ilegítimas, admissão considerada "pesada"; 28% dizem ter praticado de 5 a 10 ações; 49% tiveram uma conduta "leve", com até quatro irregularidades).
A pesquisa mostra que 31% dos entrevistados colaram em provas ou concursos (49% entre os jovens); 27% receberam troco a mais e não devolveram; 26% admitiram passar o sinal vermelho; 14% assumiram parar carro em fila dupla. Dos entrevistados, 68% compraram produtos piratas; 30% compraram contrabando; 27% baixaram música da internet sem pagar; 18% compraram de cambistas; 15% baixaram filme da internet sem pagar.
São os mais ricos e mais estudados os que têm as maiores taxas de infrações (97% dos que ganham mais de dez mínimos assumem ter cometido infrações e 93% daqueles que têm ensino superior também), sendo que 17% dos mais ricos assumem frequência pesada de irregularidades (11 ou mais atos). Entre os mais pobres, 76% assumem infrações; dos que têm só o ensino fundamental, 74% afirmam o mesmo. Apesar disso, 74% dizem que sempre respeitam as leis, mesmo se perderem oportunidades. E 56% afirmam que a maioria tentaria tirar proveito de si, caso tivesse chance.

Brasileira diz que Farc raptaram seu marido e pediram resgate

A mulher de um comerciante de pedras preciosas de Boa Vista (RR) afirma que foi procurada por um suposto membro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) com um pedido de resgate pelo sequestro de seu marido, desaparecido desde 7 de agosto. Marinêz da Silva Pinho, 37, diz que recebeu uma carta do marido, Vicente Aguiar Vieira, 38, e vários telefonemas de um homem que se identificou como "subcomandante Cristian". Ela está há cerca de 25 dias sem qualquer contato. Em setembro, Marinêz diz que pediu ajuda à PF, à Interpol e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante ida dele a Roraima. "Querida esposa, encontro-me sequestrado pelas Farc, por isso peço que me consiga 2,5 milhões de bolívares [R$ 850 mil] para poder gozar de minha liberdade", dizia trecho da carta datada de 9 de agosto, escrita em espanhol e em tom formal, como se fora ditada. Marinêz diz que vendeu todos seus bens e levantou parte do dinheiro. Mas se recusou a cumprir as exigências para a entrega. "Queriam que eu fosse à fronteira de Venezuela e Colômbia, caminhasse pela floresta até o acampamento e aguardasse três dias até que eles contassem o dinheiro", diz, reclamando de abandono por parte das autoridades brasileiras: "Só me pedem para ter paciência". Se confirmado o caso, Vieira será o primeiro brasileiro sequestrado pelas Farc na Venezuela. Há treze anos, dois engenheiros brasileiros foram raptados pelo grupo na Colômbia e soltos após 207 dias e pagamento de resgate.

Cidade de Deus

“Não podemos querer ganhar mostrando trânsito, favela, violência. Tem que vender o peixe”.

Fernando Meirelles
, autor do vídeo de apresentação do projeto olímpico do Rio, que mostrou à platéia em Copenhague uma cidade que os cariocas estão doidos para descobrir onde que é que fica, explicando que, para vender seu peixe, faz documentários que parecem ficção e filmes de ficção que, pela importância que atribuem a trânsito, favela e violência, parecem documentários sobre o Rio.

A arte perde Mercedes Sosa

A cantora argentina Mercedes Sosa morreu ontem, Domingo (04), aos 74 anos, no hospital em Buenos Aires onde estava internada há cerca de um mês.
Sosa foi internada por conta de um problema hepático que piorou com complicações pulmonares. Nos últimos dias, ela respirava com a ajuda de aparelhos. O filho de Sosa, Fabián Matus, afirmou à imprensa argentina que o momento era de "oração", mas que ainda tinha esperanças sobre a recuperação de sua mãe.
"Ela viveu plenamente seus 74 anos, fez praticamente tudo o que quis, não teve nenhum tipo de barreira nem medo. Viveu uma vida muito plena, que foi dolorosa, pelo exílio", disse. A cantora já havia sido hospitalizada em março deste ano, devido a um quadro de pneumonia e desidratação. A saúde frágil da cantora a impediu de lançar oficialmente seu álbum duplo "Cantora", que traz participações de Caetano Veloso, Shakira e Joan Manuel Serrat, entre outros artistas. Com uma carreira de mais de quatro décadas, Mercedes Sosa foi uma das vozes mais representativas da música popular argentina e da América Latina.
A família da cantora informou que o corpo da cantora será cremado e suas cinzas serão espalhadas em sua cidade natal, Tucumán, em Mendoza e na capital argentina, Buenos Aires.

Ponto a ponto

Brasileiro criativo
Thomas Fendel,um paranaense de 51 anos, inventou o motor movido a óleo de canola. O governo incentivará???
Governo destrutivo
Ao contrário. O Carro protótipo de Fendel foi apreendido sob o argumento de que “carro pequeno não pode ser movido à óleo”. É mole?
Já lá fora...
Na Alemanha, cem mil carros estão nas ruas movidos à óleo vegetal reciclado. Vai ver que lá eles são mais pobres e...
Brasileiro bonzinho...
O Brasil deu 50 mil dólares à Fundação para a infância da República do Mali. Já nas ruas do Brasil...
Patrimonio dos outros...
O FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador está com um rombo de 7,8 bilhões. É o FAT que banca o salário desemprego.
Não decola...
O Governador da Bahia, Jaques Wagner, já avisou ao governo: Dilma não “entusiasma” o eleitorado baiano...
Fala Cláudio Humberto:
“...pensando bem: Zelaya não tem cabeça, só chapéu!”