sábado, 12 de dezembro de 2009

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher

A bela cantora japonesa Mika Nakashima

Color admite, 20 anos depois, que houve sobras de campanha

Foto de O Globo

Do O Globo, via Blog do Noblat:
Há 20 anos, Fernando Collor era eleito como o mais novo presidente do Brasil e o primeiro, pelo voto popular, após o regime militar. O que o tirou do poder não era novo, e continua escandalosamente atual, como mostra o mensalão que ameaça o mandato do governador José Roberto Arruda , no Distrito Federal.
Hoje senador pelo PTB, Collor admite que seu tesoureiro em 1989, PC Farias, recolheu o suficiente para acumular sobras de US$ 52 milhões.
O maior erro político, o confisco da poupança, a ameaça de suicídio, o arrependimento de ter pedido a população para se vestir de verde e amarelo, de tudo Collor fala em entrevista exclusiva a Geneton Moraes Neto, que vai ao ar neste sábado no programa "Dossiê Globonews", às 19h05m, com reprises no domingo (17h), na segunda (19h) e na terça (11h).
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Arruda copiou o esquema do ''valerioduto''

De Leandro Colon no O Estado de São Paulo:
O governo do Distrito Federal abasteceu nos últimos três anos, sem licitação, com pelo menos R$ 14,4 milhões, uma produtora que fez programas para o diretório do DEM em Brasília e cuidou da campanha do governador José Roberto Arruda em 2006. A forma de pagamento se assemelha ao esquema conhecido como "valerioduto", no qual empresas-mãe com grandes contratos com o governo repassavam dinheiro a integrantes do grupo político mediante subcontratações.
O dinheiro cai primeiro na conta das empresas contratadas oficialmente para cuidar da publicidade do DF. Depois, é transferido para a AB Produções, do empresário Abdon Bucar. Esse repasse não aparece nas notas de empenho. Surge apenas em ordens bancárias, que chegam a ultrapassar R$ 200 mil por serviço prestado.
Arruda é acusado pelo Ministério Público de comandar o "mensalão do DEM", suposto esquema de pagamento de mesadas a políticos aliados e de captação de propina com empresas fornecedoras do governo local.
Num encontro em 2006 com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais de Arruda, Bucar admite que fez acordo para receber por caixa 2 na campanha. Na conversa, gravada em vídeo por Barbosa, o dono da AB Produções reclama de um contrato não honrado de R$ 750 mil "com o PFL" - nome antigo do DEM - e de R$ 1 milhão que teria caído em sua conta sem explicação. Chega a falar em "esquentar" nota fiscal, expressão usada para "legalizar" dinheiro não declarado.
Meses depois desse encontro, Arruda já era governador. No dia 23 de março de 2007, a AB Produções recebeu R$ 417 mil dos cofres do governo. O dinheiro foi repassado pela RC Comunicação, uma das três empresas que detinham contrato de publicidade. Naquele ano, R$ 3,5 milhões foram transferidos à AB, com a contribuição da Stylus Comunicação e da Branez, segundo levantamento da assessoria do deputado Chico Leite (PT), a pedido do Estado, no sistema de despesas do governo.
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O povo na mer....


Cariocas vaiam a pessoa errada

A numerosa comitiva que acompanha o vice-presidente José Alencar não condizia com sua simplicidade. Durante a manhã e inicio da tarde desta sexta-feira a tal comitiva atrapalhou a vida de milhares de cariocas que circulam no centro do Rio. A pequena rua Rodrigo Silva ficou bloqueada por inúmeros carros com placas da Presidência da República, além de viaturas da PM e da PF e até ambulância.
À saída da rua Rodrigo Silva, entrando na av. Rio Branco, a comitiva de José Alencar tomou uma sonora vaia. O povão pensava que era Lula.
*Li no site do Claudio Humberto

TRE-RJ multa ex-prefeito César Maia

Foto extraida do blog de Guilherme Fonseca Cardoso
No site do Claudio Humberto:
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro aplicou multa de R$ 30 mil ao ex-prefeito Cesar Maia (DEM) por propaganda irregular. A decisão foi dada na representação movida pelo PMDB, que acusou Maia de usar o horário do DEM para se autoelogiar e criticar os adversários políticos em abril deste ano. Por e-mail, Maia disse que os "comerciais são desenhados pelo partido, muitas vezes sem o político conhecer o roteiro e as imagens que serão montadas e o texto do locutor". Maia afirmou que analisará a decisão podendo recorrer da ação.
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Comento: Bem, que o TSE veja na decisão do TRE-RJ uma clara e inconfundível razão para punir Lula e seus asseclas que extrapolaram - sob todos os aspectos - os limites da Lei no último programa do PT. Pelo que Lula fez de propaganda eleitoral deveria ser punido em dobro.

Antes tarde de que nunca

Fotos Roberto Stuckert Filho/ Ag. O Globo e Ailton de Freitas/ Ag. O Globo


Enquanto o PT festeja seus mensaleiros, o presidente Lula propõe que os corruptos sejam tratados como criminosos hediondos, com penas mais duras do que as que já existem.
Na Revista Veja:
Não é por acaso que o Brasil ocupa um vergonhoso lugar no ranking mundial dos países contaminados por elevados índices de corrupção. Os escândalos envolvendo políticos, parentes de políticos e amigos de políticos parecem episódios de um seriado que não tem fim. Os personagens podem mudar, mas o enredo é sempre o mesmo: o corrupto é pilhado enchendo os bolsos de dinheiro, segue-se uma passageira onda de indignação e, no fim, nada acontece. O corrupto continua sua vida livre, leve, solto e, quase sempre, também muito rico. Para interromper esse ciclo vicioso, especialistas apontam a punição como a arma principal, se não para acabar, ao menos para reduzir o problema. Depois de seis anos, onze meses e nove dias e vários escândalos em seu governo, o presidente Lula apareceu em público para condenar a corrupção – e com uma inédita veemência. Em discurso, comparou o poder destrutivo da corrupção ao de uma droga, que, sem que se perceba, pode estar presente dentro da própria casa. Depois, criticou o Congresso por não votar projetos de reforma política e, por fim, apresentou sua proposta para atacar de frente o problema: um projeto de lei que pretende transformar a corrupção em crime hediondo.
Clique e leia mais na Veja

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sanatório geral - A guerra da gaiola

“Amanhã uma notícia bombástica que pode causar uma guerra entre países não poderá ser impedida?”.

Gilmar Mendes
, presidente do Supremo e censor do Estadão, ensinando, por analogia, que o Maranhão e o Amapá, caso fiquem sabendo tudo o que fez José Sarney, poderão travar a Guerra da Gaiola, para decidir quem terá a honra de hospedar Madre Superiora num presídio estadual.

Dilma ainda não existe, só Lula, diz FHC

Da Folha de São Paulo:
Pré-candidata petista à sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) não decola nas pesquisas porque não existe de fato, sua candidatura é uma decisão tomada unilateralmente pelo presidente Lula. A opinião é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para ele, Dilma "é candidata de Lula, ainda não é do partido, porque Lula nunca perguntou [ao PT] e nem mesmo a ela, ele decidiu. Então, para a opinião pública, quem existe até agora é Lula, não uma candidata".
Em Washington, o tucano comentou ainda sobre a capacidade de Lula de transferir votos para Dilma, que tem ficado em segundo lugar nas pesquisas no cenário mais provável para a disputa.
"Mas [ele] já fez isso! Ela não tinha nada, zero, nunca teve posição política, nunca foi candidata, ninguém a conhece."
*Li no blog do Noblat

Dez erros sobre a crise de Honduras

Por Raul Jungmann:
Estive em Honduras no final de setembro, chefiando uma missão parlamentar da Câmara dos Deputados, e estive com toda a cúpula política do país. Em novembro voltei à capital hondurenha como observador internacional das eleições. Acho que aprendi algo sobre o que se passa lá e me chama a atenção a repetição, como um mantra, de erros grosseiros, factuais ou de interpretação sobre a crise em que foi mergulhado o país. Resolvi, então, selecionar os dez mais comuns e dar-lhes a minha visão, no propósito de desfazer equívocos e informar corretamente.
1) Em Honduras ocorreu um golpe - Se por um golpe tomamos algo que se dá contra a Constituição de um país, certamente não. A deposição do presidente Zelaya se deu de acordo com a Carta hondurenha. Todas as instâncias legais foram observadas e todas as instituições se manifestaram como manda a Constituição e em todas elas o sr. Zelaya foi condenado jurídica e politicamente.
2) Micheletti é um presidente de facto e golpista - O sr. Micheletti é o presidente constitucional de Honduras, e não de facto ou interino. Ele chegou à presidência por comando claro da Constituição, dado que era o sucessor legal, pois o vice se afastara para concorrer às eleições. Ele deverá passar o cargo ao seu sucessor no prazo previsto. Golpista algum se torna presidente e deixa de sê-lo de acordo com o que manda a Constituição.
3) O presidente Zelaya não teve direito a defesa - Sigamos a cronologia dos fatos. Em fevereiro o sr. Zelaya torna pública a sua intenção de realizar um plebiscito. Em abril, a Procuradoria da República manda-lhe uma primeira carta alertando-o sobre a flagrante inconstitucionalidade de tal ato. Ainda em abril, uma segunda carta pública lhe é enviada pela Procuradoria com o mesmo resultado. Então, a Procuradoria oficia, em maio, para que se pronuncie o advogado-geral do Estado e este o faz reforçando a tese da inconstitucionalidade. Nesse momento, a Procuradoria requer à Justiça que instaure processo, do qual resulta a condenação final do presidente, percorridas todas as instâncias. Entra em cena o Congresso Nacional, que julga a conduta do presidente e, por 123 votos a 5, incluso a maioria do seu partido, decide afastá-lo. Onde, portanto, a ausência ou restrição ao amplo direito de defesa?
4) Zelaya é um homem de esquerda e popular - Nada na biografia e na trajetória do presidente deposto autoriza essa constatação. Eleito pelo Partido Liberal, de direita, privatista e antiestatista, o sr. Zelaya se elegeu com um programa pró-mercado e de reformas. No poder, cai nas graças de Hugo Chávez, ingressa na Alba e, por essa "conversão", torna-se um ídolo para uma certa esquerda.
5) Zelaya não voltou ao poder por conta da ditadura golpista – Nada mais falso. Em primeiro lugar, todas as instituições hondurenhas estão abertas e funcionando normalmente. Em segundo, contando com o esmagador apoio de toda a comunidade internacional, da OEA e da ONU, e dizendo-se popular e com o apoio dos hondurenhos, por que "Mel" não retorna ao poder? Por dois motivos: a totalidade das instituições de Honduras está definitivamente contra ele e a maioria do seu povo também.
6) As eleições não são válidas - As atuais eleições foram convocadas e datadas antes da atual crise. Todos os partidos puderam apresentar candidatos e debater seus programas nas praças, nas rádios e nas TVs; 4,5 milhões de hondurenhos estão aptos e puderam votar livremente; o Tribunal Superior Eleitoral, órgão independente, supervisionou e fiscalizou o pleito.Apenas 0,5% dos mais de 15 mil candidatos inscritos atenderam ao apelo do sr. Zelaya para boicotar as eleições e o principal partido de esquerda e da "resistência", a UD, disputou o pleito.
7) O resultado das eleições não será reconhecido no exterior – A princípio será por uns e por outros, a maioria, não. Porém, com o passar do tempo, tendo sido as eleições limpas, o primeiro grupo irá paulatinamente crescer e o segundo, minguar.
8) O golpe em Honduras ameaça a democracia na América do Sul - O que ameaça a cláusula democrática no subcontinente é o meio compromisso com a democracia. Se o sr. Zelaya foi apeado do poder segundo as regras constitucionais do seu país, chamar isso de golpe de Estado é ir contra os fatos. E isso vale, em especial, para o governo Lula. Foi a Constituição que colocou a o sr. Roberto Micheletti na presidência, e não um golpe. E é o sr. Manoel Zelaya o golpista de fato, ao atentar contra a Carta Constitucional e as instituições hondurenhas. Portanto, é ele que ameaça a democracia na América do Sul, e não o contrário.
9) Lula errou ao receber Zelaya na embaixada brasileira - Não, ele agiu certo. É tradição humanitária do Brasil receber em nossas embaixadas quem nos procura em situação de risco. O erro foi dar status de "abrigado" ao sr. Zelaya, quando o correto, jurídica e diplomaticamente, seria conceder-lhe asilo. Ao lhe dar abrigo, e não asilo, o ex-presidente pode legalmente usar a embaixada brasileira como palanque político, interferindo na política hondurenha. Imaginem Collor deposto e convocando uma insurreição de uma embaixada em Brasília...
10) A posição do Brasil foi correta diante da crise - Antes de mais nada, a América Central e Honduras, em particular, jamais foram importantes ou área de influência do Brasil, donde resulta em erro o calibre e o engajamento da resposta. Ao ver golpe onde havia um grave desrespeito aos direitos humanos e, em seguida, ao defender o retorno do sr. Zelaya ao poder, erramos feio. As eleições em Honduras foram limpas e o comparecimento às urnas foi razoável. Caso o Brasil teime em não reconhecê-las, erraremos de novo, e em definitivo.
*Raul Jungmann - é deputado federal (PPS-PE)

Reinaldo Azevedo: Showroom de mentiras

“Estou certo de que os tucanos, estivessem no governo, não teriam feito, NA ECONOMIA, nada muito diferente do que fizeram os petistas. Mas estou igualmente certo de que, estivessem os petistas no lugar dos tucanos em 1995, e hoje nós seríamos o mais ocidental dos países africanos.”
Terão as coisas que escrevo qualquer utilidade ou funcionalidade eleitoral? Servirão à propaganda? É claro que não! Meu texto é, digamos assim, muito complicado para se prestar a este tipo de exploração. Eles sabem que não sou o correspondente oposto a seus canalhas de serviço, que se dedicam apenas ao achincalhe e à divulgação de slogans. Não ofereço facilidades aos leitores — muito pelo contrário. O que os enfurece é saber que há quem repudie, em essência, a empulhação, a mentira, a falsificação da história. Já falarei do conteúdo do programa — inclusive de seu aspecto CRIMINOSO. Antes, quero reportar um dado que é de natureza puramente estratégica. O PT decidiu antecipar o embate eleitoral e fez um programa tão dedicado a falar mal dos outros quanto a falar bem de si mesmo. O horário político existe para que os partidos falem de suas propostas, exponham, vamos dizer, o seu horizonte utópico. Nominar o adversário, como fez o PT — citando FHC e o PSDB — corresponde a fazer campanha eleitoral. Com um TSE minimamente rigoroso, o partido seria punido. Mas isso não vai acontecer. O tom foi agressivo, reativo, como se o partido que falasse ali, afinal, não fosse aquele que dizia ter praticamente inventado o Brasil. Ora, se são tão competentes, se são tão fantásticos, a que se deve todo aquele rancor? A RESPOSTA É óbvia: as pesquisas, por enquanto, são muito desfavoráveis a Dilma, e isso começa a assustar. Vamos ao conteúdo do programa propriamente. O crime:
O PT citou uma certa pesquisa segundo a qual a população brasileira considera que o governo anterior não gostava de nordestinos e de pobres. A Constituição proíbe qualquer forma de discriminação. Acusar alguém de preconceito dessa natureza — o que é obviamente falso — constitui campanha criminosa, ainda que se atribua, como covardia adicional, a suposta informação a uma pesquisa de opinião. Isso dá um pouco a medida, E ESTAMOS APENAS NO PRIMEIRO PROGRAMA ELEITORAL (e ser ele eleitoral já é, em si, uma ilegalidade), de quais são os limites do PT. E, está claro, não há limite nenhum. O que os petistas fizeram ontem foi dar a senha de que pretendem jogar sujo. Vá lá que partidos e candidatos magnifiquem a própria obra; vá lá que exagerem nas próprias qualidades; vá lá que exerçam aquele discurso de obras inaugurais… Pode não ser um jogo muito elegante, mas ainda se está dentro das regras. Acusar o adversário de preconceito contra milhões de brasileiros é atuar fora das regras. As mentiras:
Conforme os áulicos do lulismo disfarçados de jornalistas já haviam antecipado, o programa se dedicou a comparar o governo FHC com o governo Lula, que teria sido em tudo “melhor”. Já desmoralizei essa bobagem no texto de ontem. Num raciocínio puramente lógico, FHC só poderia ter-se comparado, à época, com os governos que o antecederam, não é? Mas não o fez porque esse tipo de procedimento é coisa de vigaristas intelectuais. A primeira fala do programa já anunciava a cadeia de mentiras que se seguiria: o Brasil, em 2002, segundo os petistas, era um “país que tinha tudo, mas que não tinha nada”. Nada? Santo Deus! O país havia debelado uma inflação superior a 2.500% ao ano, havia recebido investimentos bilionários em infra-estrutura e havia estabelecido os marcos essenciais para participar da economia global. MENTIRA DO PT. E à mentira conceitual seguiram-se mentiras factuais:
- o governo anterior entregara o patrimônio nacional (estatais) por uma ninharia. Mentira do PT;
- o governo anterior era servil aos estrangeiros e gostava “de se humilhar em inglês”. Mentira do PT;
- Dilma comanda o PAC com 14 mil obras em curso. Mentira do PT;
- Está em curso a construção de 1 milhão de casas. Mentira do PT;
- Com o ProUni, a universidade deixou de ser coisa de ricos. De fato, o ProUni financia a universidade ruim do pobre. A boa continua com os ricos. Mais uma mentira do PT;
- Chegou-se ao petróleo do pré-sal em razão do trabalho deste governo e de Dilma em particular.Mentira do PT. “Ah, mas a população não acha; a popularidade do presidente…” Dispensem-se os petralhas de seguir até o fim com a frase. “A convicção da maioria não torna verdadeira uma mentira”. E a canalha me odeia porque chamo a mentira de… MENTIRA! E NÃO ME IMPORTA SE A MAIORIA ACREDITA NELA. Os totalitários não entendem isso. Haver um só que divirja da verdade oficial os deixa furiosos. E somos bem mais do que um, eles sabem disso. Lula e Dilma:
O programa teve apenas dois personagens: Lula e Dilma. Ele, claro, exaltado como um Deus, a ponto de, com generosidade tipicamente lulista, ter dito a frase-símbolo do programa: “Tem gente que pensa que eu faço tudo sozinho”. Por que será? Não, ele disse, há uma equipe. E a comandante é Dilma Rousseff. Pronto! Apareceu a candidata. Não sou o telespectador médio; vi o programa com interesse profissional, jornalístico. Não me tomo como padrão. A mim me pareceu que ela não leva jeito nem com um banho publicitário: dura demais, artificial demais, travada demais. E, acima de tudo, subserviente demais! Como não tem vida própria, como se mostra ali com a destreza de uma boneca a pilha, a única coisa que lhe resta, insistem os marqueteiros, é colar a sua imagem à do presidente Lula. Num dado momento, close na atriz involuntariamente brechtiana — que deixa claro que está representando — e a fala inevitável: “Presidente, eu penso igual ao senhor (…). O Brasil melhorou, mas, como o senhor diz, é preciso avançar mais”. É ISTO: O BRASIL TEM UM SENHOR. E DILMA, ONTEM, PARECIA A SECRETÁRIA DO SENHOR, UMA DAS IRMÃS CAJAZEIRAS DE ODORICO PARAGUAÇU. A campanha de 2006 já foi suja — com a divulgação da mentira vigarista de que Alckmin, se eleito, privatizaria a Petrobras e o Banco do Brasil. Agora, mentiras em penca sobre os outros, mentiras em penca sobre si mesmo e, reitero, o flerte com o crime. Santana soube mistificar direitinho, sem dúvida, mas entendo que ainda não conseguiu mostrar a “face humana” de Dilma. Ela permanece com aquele ar da bedel arquetípica de escola. Olho para a cara dela e sempre penso que ela vai me cobrar a “carteirinha” — de porte obrigatório no colégio em que eu estudava. Duda sabia mitigar a agressividade petista e vender apenas seu lado amoroso. Mas Lula e o PT, claro, eram outros. Agora, o demiurgo, como diria Marx sobre Luis Bonaparte, “assume a sério o seu papel imperial, e sob a máscara napoleônica imagina ser o verdadeiro Napoleão (…), o bufão sério que não mais toma a história universal por uma comédia e sim a sua própria comédia pela história universal.” Concluo:
As oposições podem se preparar. Vem guerra suja por aí. Quem se dá o direito de mentir de maneira tão soberba e desavergonhada e de acusar o adversário de um grave crime que sabe que ele não cometeu será capaz de tudo numa campanha. Os petralhas certamente estão exultantes com o que viram. Gostam da idéia de seguir um líder que saiba insultar o adversário com a mesma desfaçatez com que eles insultam os seus próprios. Já disse aqui: bronco como é, Lula lhes dá a impressão de que entendem o mundo em que vivem. A parte rendida do jornalismo dirá que o programa foi bom, que teve “pegada”, que as mentiras elencadas são todas verdades irrefutáveis e que frio mesmo foi o programa do PSDB, que optou, afinal, por não atacar ninguém. Conhecemos essa gente. Querem saber? Se o PSDB fizer a coisa certa, o próprio PT lhe deu o caminho das pedras com o programa de ontem — de que gostei bastante, por razões certamente diferentes daquelas dos petralhas. Acho que Dilma exibiu com clareza os seus limites — ela fingindo mansidão soa subserviente; se não finge, só sabe ser autoritária —, e o PT disse o que pretende: dividir o Brasil e vencer a disputa incentivando o ódio, jogando brasileiros contra brasileiros, investindo no confronto. E o Brasil precisa de quem saiba e possa uni-lo. Não de mercadores do ódio. Querem saber? Eles têm método, sim, e são organizados. Mas também são mais primitivos do que imaginam.
Leia o texto original de Reinaldo Azevedo aqui

Mercadoria encalhada


Bajula o filho do Brasil!

Enquanto crítico de cinema isento , não costumo assistir os filme que vou criticar para não deixar que a obra interfira na minha análise rigorosa e independente . Por isso , graças à contribuição do meu amigo Barretão, junto com outras empresas que preferiram manter o anonimato, consegui engordar a minha outrora minguada e caída conta bancária. Ainda bem! Eu estava mais duro que o pau-de-arara que trouxe o Lula do Nordeste, e esse trabalho de crítica imparcial chegou em boa hora.
Infelizmente, o presidente não pode comparecer à première da sua autobiografia filmográfica no Teatro Nacional em Brasília porque a segurança vetou. A quantidade de puxa-sacos e bajuladores que queriam se pendurar nos Primeiro e Segundo Testículos da Nação era enorme, e essa parte da anatomia presidencial ainda não é blindada .
Poucos filmes me deixaram tão emocionado quanto o filme Lula, o Molusco do Brasil . Eu , um crítico espada, frio e calculista, só tinha chorado assim, aos prantos, quando assisto aos filmes pornô do Alexandre Frota. Apesar de ser um melocudrama épico, o filme é cheio de surpresas. Eu não sabia que o Lula era filho da Gloria Pires e também não tinha idéia de como era a cara da Dona Marisa antes de se transformar na Marta Suplicy.
Pobre e semi-analfabeto, Lula chegou do Nordeste e teve que ficar no ABC. Infelizmente , o futuro presidente do Brasil não se interessou em aprender as outras letras e arrumou um emprego de entorneiro mecânico no time do Corinthians. Numa cena dramática, vemos o exato momento em que Lula, num acidente de botequim, perde o mindinho ao pedir dois dedos de pinga. Líder sindical perseguido pela ditadura, Lula foi preso pelos militares, mas, na época, ele achou uma boa: só assim se livrou de sua namorada, Miriam Cordeiro, que, mais tarde, foi a estrela da campanha política do Collor. Tempos depois, os milicos soltaram o Lula, mas a sua língua continuou presa.
Os invejosos de plantão acusam o filme de ser oportunista e eleitoreiro. Mas, agora que o cheque já compensou, posso afirmar sem erro: o filme Lula, o Filho do Barril não é uma deslavada propaganda política visando às eleições de 2010. Até porque os produtores deixaram de fora as principais realizações do governo Lula : o mensalão , o apagão e a invenção da Dilma Roussef.
*Texto: Agamenon Mendes Pedreira

Amorim faz dumping de piada

Do blog de Reinaldo Azevedo:
Publiquei hoje um texto de Agamenon Mendes Pedreira, aquele que provocou a ira da embaixada do Irã. O Irã é aquele país em que piada se conta a bala, como sabemos. Lula é um dos que riem a valer. Adiante. Agamenon sofre concorrência desleal: de Celso Amorim. O Megalonanico faz dumping de piada. Premiou hoje o mundo com uma análise realmente única. Referindo-se a Honduras, afirmou:
“Deve ser uma frustração muito grande, acho eu, para os Estados Unidos, cuja diplomacia se envolveu até muito mais que a nossa. Essa frustração advém do fato de você ter sido excessivamente tolerante com um governo golpista”.
A que ele está se referindo? Vamos ver.
Manuel Zelaya, o Maluco de Tegucigalpa, queria deixar a embaixada para viajar ao México. Mas deixou claro, numa entrevista, que exigia sair de Honduras na qualidade, calculem, de presidente da República!!! O governo interino, obviamente, não aceitou. E a razão é simples: Zelaya não é mais presidente do país. Foi LEGALMENTE DESTITUÍDO, como sabem o Congresso, a Corte Suprema, o Ministério Público, as Forças Armadas e, acima de todos eles, o povo. Amorim acredita que o governo interino está sendo intransigente.
Zelaya, mentiroso compulsivo, diz que Micheletti exigiu sua renúncia. Que renúncia? Renúncia a quê? Exigiu, isto sim, que ele deixasse claro que estava pedindo asilo ao México, o que o Bigodudo não fez. Agora, o México diz que não pode mais, digamos, participar do processo.
Como Amorim é absolutamente imodesto em matéria de ridículo, continuou:
“É uma intransigência. Não é assim que se faz democracia e política, mas querer ensinar diplomacia e política a golpistas é muito difícil”.
Como se nota, o governo Lula agora quer ser professor de democracia. E Amorim prosseguiu:
“O próprio governo do México deve ter ficado surpreso. Um governo que não tem legitimidade age sempre de maneira ilegítima”.
Por que este gigante está tão nervoso? Porque sobrou com o mico na mão. Na embaixada, Zelaya falou à imprensa:
“Eu posso ficar aqui [na embaixada] por dez anos; aqui tenho o meu violão”.
Bem-feito para Amorim! Dedico a ele mais um dos adesivos que serão distribuídos no lançamento de Máximas de Um País Mínimo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O filho (adotivo) do Brasil

http://www.sponholz.arq.br/

DAS AFINIDADES ELETIVAS E DAS AFINIDADES EM ARMAS

No Painel da Folha, leio o que segue:
Papagaio. Apenas quem já ocupou a cadeira de presidente do PT foi convidado a dividir mesa com Dilma Rousseff no jantar de fim de ano do partido, anteontem em Brasília. Furando o protocolo, Carlos Minc (Meio Ambiente) não saiu do entorno.
Comento: Bem, será mais uma oportunidade para Dilma debater com José Genorino e José Dirceu as diferenças morais entre o mensalão de Arruda e o mensalão do PT. O do partido, como sabemos, era um ato patriótico.
Quanto a Minc, aí já se trata de coisa antiga, né? Ele e Dilma foram companheiros de armas na VPR, a organização terrorista que combatia o regime militar e ambicionava levar o Brasil ao comunismo, tarefa grande demais, claro, para meia-dúzia de gatos vermelhos. O chato é que alguns inocentes foram assassinados por isso.
Há muitos heróis por aí que, antes de matarem a lógica e a verdade, matavam pessoas.
*Li no blog do Reinaldo Azevedo.

PSDB pede a cabeça de Arruda

Segundo o site do Jornalista Claudio Humberto, o ex-deputado tucano João Faustino (RN) esteve em Brasília passando um recado do presidenciável José Serra.
Segundo o site o presidenciável teria deixado a seguinte mensagem: “É preciso expulsar Arruda para preservar o discurso anticorrupção”. O futuro de José Roberto Arruda no DEM será definido nesta sexta-feira, após aparecer em vídeos recebendo dinheiro de origem suspeita. João Faustino teve conversas reservadas com seu conterrâneo Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado. O emissário João Faustino também é suplente do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), mas está licenciado.
*Foto de Alan Marques

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Presunção demais

Por Luiz Garcia em O Globo:
Vale a pena ser ladrão no Brasil? Resposta enfática: depende. Para quem faz carreira na iniciativa privada, as chances de escapar da cadeia já foram maiores do que hoje em dia. E sempre é mais seguro roubar muito: ladrão modesto não tem como pagar a bons advogados, e só estes sabem aproveitar a generosidade dos códigos na definição do princípio da presunção de inocência. E não faltam pseudo inocentes presunçosos aproveitandos se disso.
Há países onde a sentença de primeira instância resulta em cadeia imediata. Aqui, isso só acontece com quem não roubou o bastante para pagar os serviços de bons advogados.
Já para quem mete a mão em dinheiros públicos, os índices de impunidade são impressionantes. Um levantamento da Associação dos Magistrados Brasileiros, agora revelado, dá os números dessa situação: em cada dez ações contra autoridades tramitando no Superior Tribunal de Justiça, apenas quatro têm sentença definitiva, e o percentual de condenações é de 1%.
O quadro é o mesmo no Supremo Tribunal Federal: 45,8% dos processos sequer chegam a ser julgados. E até hoje nenhuma autoridade foi condenada no STF.
Essa situação — corajosamente denunciada por juízes — só tende a piorar: a tentação do pecado é bem mais forte quando são mínimas as possibilidades de expulsão do paraíso.
No mais recente escândalo envolvendo corrupção na área pública, as provas contra o governador de Brasília, José Roberto Arruda, parecem incontestáveis.
Não é o que admite o juiz Marlon Reis, um dos criadores da campanha “Ficha Limpa”, que defende a proibição das candidaturas a mandatos públicos de pessoas com condenações em primeira instância.
Diz ele que a imagem de um homem recebendo dinheiro vivo para esconder na cueca não é considerada prova: seria preciso que na gravação ele dissesse que a quantia seria usada para subornar alguém. Ou seja, os juízes brasileiros, ou pelo menos a maioria deles, precisam de provas concretas irrefutáveis para decidir que dois mais dois são quatro.
Num país em que a chamada presunção de inocência tem alcance tão inocente assim, realmente não se pode estranhar que os arrudas se multipliquem, cada vez mais presunçosos.

Erva daninha

http://amarildocharge.wordpress.com/

Os semelhantes

Sempre juntos e unidos em um mesmo objetivo...político, é claro!!!

Paixão rima com dignidade

No Blog do Augusto Nunes:
Torcedor do Palmeiras, estou à vontade para erguer um brinde ao futebol brasileiro. Para tornar-se campeão, o Flamengo precisou vencer jogadores que, no Maracanã, não renunciaram à luta, como exigiram milhares de gremistas que preferiam a derrota desonrosa ao possível triunfo do Inter. Não teria sido a primeira malandragem do gênero: lastimavelmente, vão se tornando frequentes esses delitos debitados na conta de rivalidades históricas, identidades regionais, heranças culturais e outras cretinices. Mas seria a mais acintosa.
Multidões de torcedores de todos os times, sobretudo os devotos das seitas organizadas, agora acham legítima qualquer trapaça que impeça comemorações na frente inimiga. Nessa linha de raciocínio, a Seleção deveria ter perdido dois ou três jogos na fase eliminatória da Copa do Mundo: sem se arriscar a perder a vaga, já garantida, provocaria a desclassificação da Argentina. Prefiro ver o Brasil derrotando o maior dos rivais na África do Sul. Em campo. Sem gol de mão.
Os jogadores do Grêmio ─ não me refiro aos que titulares que desertaram, nem aos diretores e ao técnico que conspiraram para escalar oito reservas ─ impediram que o País do Futebol parecesse ainda mais cafajeste que o outro. Tanto quanto os heróis que levaram o Flamengo ao título, ou os que livraram do rebaixamento o Botafogo e, sobretudo, o Fluminense, merecem a admiração da ainda imensa torcida formada pelos que sabem rimar paixão com dignidade.
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Comento: Concordo inteiramento com Augusto Nunes mas creio que o respeitado Jornalista, a quem admiro e respeito, esqueceu de enfatizar a vergonhosa atitude do Corinthians ao "entregar o jogo" ao Flamengo.

Gastando nossa grana


As despesas com cartões corporativos do governo Lula em 2009 já ultrapassaram em R$ 3 milhões os R$ 55 milhões gastos em 2008.
Foram pelo ralo cerca de 58 milhões em despesas que só Deus sabe como foram feitas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O governo brasileiro e o meio ambiente

http://www.sponholz.arq.br/

PF vê suspeita de propina a irmão de Palocci em obra

Adhemar Palocci é citado em relatório da Castelo de Areia sobre obra no Pará.
Documentos que integram inquérito da PF sugerem que construtora Camargo Corrêa deu R$ 1 milhão a PT e PMDB pela obra de eclusas de Tucuruí.

Na Folha de São Paulo:
O relatório final da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal levanta a suspeita de envolvimento de Adhemar Palocci, irmão do deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), no pagamento de propina da construtora Camargo Corrêa ao PT e ao PMDB. Segundo a investigação, há indícios de que cada partido tenha recebido R$ 500 mil da empreiteira.
Adhemar é diretor de planejamento e engenharia da Eletronorte, estatal responsável pela execução da construção das eclusas de Tucuruí, no rio Tocantins, no Pará. De acordo com as apurações da PF, a Eletronorte e a Camargo Corrêa assinaram um aditivo contratual para a obra, no valor de cerca de R$ 76 milhões. Desse total foi abatido um montante relativo a impostos, e chegou-se a R$ 71 milhões, valor que teria servido de base para estipulação do total da propina.
Para a PF, um manuscrito apreendido nas investigações traz indícios de que o valor de propina pago pelo aditivo da obra tenha sido de R$ 2,1 milhões. Um trecho do documento traz a inscrição "acordo de 3% dos pagamentos de eclusa".

Pesquisa denota a imprensa e suas "vicissitudes"

Há dias, foi divulgada uma pesquisa CNT-Sensus que apontava uma queda de intenções de voto para a Presidência no tucano José Serra. O jornalismo online fez um escarcéu. Até Clésio Andrade, misto de moralista contumaz e presidente da Confederação Nacional de Transportes, deu entrevista como analista político. Pois é… Falou-se em mudança de patamar de intenções de voto. Ciro Gomes saiu prevendo a desistência de Serra — e lhe deram um amplo espaço para falar o que lhe viesse à veneta, como de hábito. Como sabemos, este rapaz adora falar antes e, se houver tempo, pensar depois. Quase nunca há.
Foi divulgada hoje uma nova pesquisa CNI/Ibope. No cenário mais provável, os números são estes:
Serra - 38%Dilma - 17%Ciro Gomes - 13%Marina Silva - 6%
O que aconteceu em relação ao cenário de 22 de setembro, data da pesquisa anterior do CNI-Ibope? Serra foi o único que, tecnicamente, ganhou voto: a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, e ele acresceu três pontos. Ciro caiu. Dilma cresceu a margem de erro, e Marina caiu na margem. Na pesquisa anterior, neste mesmo cenário, os números eram estes:
Serra - 35%Dilma - 15%Ciro - 17%Marina - 8%
AGORA PRESTEM ATENÇÃOSabem qual é a manchete da Folha Online?
Esta: “Dilma abre vantagem sobre Ciro; Serra lidera corrida”. E se lê na reportagem: “Apesar da vantagem do tucano, que recebeu 38% das intenções de voto em novembro, a pesquisa mostra o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, se consolidando em segundo lugar na disputa.”
Sabem qual é a manchete do Estadão Online?
“Ministério divulga novo gabarito oficial do Enem”.
Na seção de política, há ao menos um título, embora não manchete: “CNI/Ibope: intenção de voto em Serra sobe para 38%”.
Voltem aos números.
Em setembro, a diferença entre Serra e Dilma era de 20 pontos percentuais. Em dezembro, ela é de 21 pontos. Por que o texto da Folha Online, por exemplo, afirma: “Apesar da vantagem do tucano (…), a pesquisa mostra o crescimento de Dilma…”?
A rigor, não mostra: ela variou dentro da margem de erro. E se pode dizer não mais do que “PROVAVELMENTE está à frente de Ciro, o que não é certo: com margem de erro de dois pontos para mais ou mais menos, ambos podem estar com 15%… É o menos provável, mas podem.
Ademais, convenha-se: dado o massacre noticioso, às vezes “noticioso” e publicitário do lulo-petismo, tal resultado não deixa de ser surpreendente.
Esta pesquisa resolveu não dar truque no eleitor e não trouxe indagações especiosas sobre como ele veria, por exemplo, a união entre Aécio Neves e Ciro…
O Ibope também testou o comportamento do eleitor caso Aécio estivesse no lugar de Serra. Eis o resultado: Ciro Gomes - 26% (28% em setembro)Dilma Rousseff - 20% (18% em setembro)Aécio Neves - 14% (13% em setembro)Marina Silva - 9% (11% em setembro)
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Pesquisa indelicada:
Na simulação em que Serra aparece como candidato, ele poderia vencer a disputa no primeiro turno: tem 38% dos votos contra 36% dos adversários. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, seria apenas uma possibilidade. Mas é remota: afinal, 12% dos entrevistados não disseram a sua preferência, e 13% afirmaram que anulariam o voto ou votariam em branco. Somados os dois índices, há um mar de eleitores aí.
O mais provável é que a disputa presidencial do ano que vem se decida no segundo turno, e eu não vejo uma boa razão — ou vejo um só — para a Confederação Nacional da Indústria, ou qualquer outro cliente que encomende uma pesquisa, não perguntar ao eleitor o que ele faria nesse caso. Ninguém quer saber para quem migrariam os votos de Ciro caso Serra dispute com Dilma? A razão possível é a probabilidade de Serra estar muito à frente, e o governo pode achar isso uma indelicadeza…
*Li no blog do Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O lulismo chavista apresenta o chaveco

Da coluna ELIO GASPARI, em O Globo:

Quando Lula disse em Kiev que "os partidos políticos deveriam estar defendendo, neste momento, para depois das eleições de 2010, uma Constituinte específica para fazer uma legislação eleitoral para o Brasil", ele informou que no seu baralho há a carta do chavismo plebiscitário. Melhor dizendo, do Chaveco. Lula atribui as malfeitorias do PT e do DEM a imperfeições das leis eleitorais. A solução estaria numa reforma política e acrescenta que já mandou dois projetos ao Congresso, mas eles não andaram. Há aí uma mistura de bobagens com fantasias. Bobagem é dizer que o governo mandou projetos de reforma política ao Congresso. É fantasia que se tenha empenhado no assunto. O que o PT quer é o financiamento público de campanha e o voto de lista para a escolha dos deputados. Ganha uma vigem à Ucrânia quem acha que o financiamento público impedirá o movimento dos maços de dinheiro do governador José Roberto Arruda e dos aloprados da campanha do senador Aloizio Mercadante. Ganha um fim de semana em Caracas quem acredita que o sistema político brasileiro melhorará se as direções partidárias do DEM, do PT e do PSDB passarem a determinar as chances de seus candidatos serem mandados à Câmara.Tudo isso é pouco diante da proposta da Constituinte. Lula diz bobagens absolutas ("minha mãe nasceu analfabeta"), mas deve-se prestar atenção nas batatadas que, parecendo bobagens, são espertezas, das boas. Nosso Guia sabe que só se pode convocar uma Constituinte com três quintos do Senado (49 votos) e da Câmara (308 deputados). Ele sabe que não tem esses votos e que não os conseguirá sem que a política brasileira entre num estado de choque.Como conseguir os três quintos? Emparedando o Congresso, botando nas ruas os companheiros das centrais sindicais e dos movimentos sociais (uma viagem a Cuba para quem souber o que é isso). É uma manobra difícil e perigosa, João Goulart que o diga. No estilo de Nosso Guia: o dado concreto é que, de mansinho, o presidente da República colocou a carta da Constituinte no baralho do debate político. Teme-se que o Lulismo deságue num Chavismo. Nessa batida, apareceu o Chaveco.

As armas da eleição: O que é dos tucanos vem aí...

Primeira vítima foi o Dem, partido de oposição a Lula, e que abriga adversários do PT. O alvo Arruda, mesmo sendo "amigo" do presidente Lula, não foi poupado da sede de Tasso Genro.
O delator que escancarou o Mensalão do DEM, é irmão de Milton Barbosa, deputado distrital pelo PSDB.Não tenham dúvida, portanto: O que é dos tucanos está guardado para o momento que Lula julgar oportuno.
Tasso Genro apenas aguarda a ordem de seu "guia".
O traiçoeiro ( e riquíssimo ) Durval Barbosa entregou apenas uma pequena parte das fitas, mantendo consigo mais de trinta vídeos inéditos.Duvida? Basta ler a reportagem no Jornal O Estado de São Paulo de ontem, Domingo, e tire suas conclusões.

Leia a reportagem do Estadão aqui

Reeleições na República do pó

Utilizando a receita de Lula, Evo massifica sua imagem e eleição parece ter candidato único na Bolívia.

De Adriana Moreira, LA PAZ:
Evo de nuevo. Por onde se ande em La Paz ou nas estradas que rodeiam a cidade boliviana, lá está a frase estampada em cartazes, outdoors e pichações. Algo normal em campanhas eleitorais. A diferença, neste caso, é que não há propaganda de outros candidatos. Quem passa pela cidade tem a sensação de que Evo Morales é candidato único nas eleições presidenciais de amanhã - na qual é franco favorito, com 55% das intenções de voto, de acordo com as últimas pesquisas.A imagem sorridente de Evo está no pedágio entre o Aeroporto de El Alto e a cidade de La Paz, na entrada do Vale da Lua - uma das principais atrações turísticas da cidade - ou no Estádio Hernando Siles, famoso por deixar sem fôlego as equipes de futebol que jogam em solo boliviano. Descobrir quem são os opositores de Evo pela propaganda é missão quase impossível. Escondido entre prédios imensos do Prado, está um dos poucos outdoors de Manfred Reyes Villa, segundo colocado nas pesquisas, com 18%.Ex-governador de Cochabamba, Reyes parece não ter carisma suficiente para inverter a situação. "A oposição hoje é muito ligada ao passado. Não entendeu as mudanças políticas e sociais na Bolívia e não conseguiu articular uma proposta política e social", explica o analista político Gonzalo Chávez, professor da Universidade Católica Boliviana.Segundo ele, o fenômeno da esmagadora maioria de caratzes pró-Evo pode ser explicada pelo pouco ânimo da oposição em competir com o presidente em uma área dominada pelo partido do governo, o Movimento ao Socialismo (MAS) - favorito para obter também a maioria da cadeiras da Câmara e do Senado na votação de amanhã. "Provavelmente, acharam que seria desperdício de tempo e dinheiro e decidiram concentrar-se em áreas onde tivessem mais chances, como Santa Cruz, Pando e Tarija", afirma Chávez.Já o analista Roberto Laserna, professor da Universidad Mayor de San Simón e pesquisador do Centro para Estudos de Realidade Econômica e Social em Cochabamba, acredita que a predominância de cartazes a favor de Evo é reflexo do desmantelamento do sistema institucional vigente."Foram instaurados processos para desacreditar os líderes opositores", diz. "Muitos saíram do país e até candidatos, como Manfred, estão com pendências judiciais." O professor acredita ainda que o exagero de outdoors pró-Evo em La Paz demonstra a disparidade de recursos com os quais os candidatos conduziram suas campanhas. "O governo tem buscado não apenas promover sua candidatura, mas ocupar todos os espaços possíveis para apagar do mapa a oposição", diz.
Li no Blog Brasil Republicano

Pérolas do lulismo


"De vez em quando fico pensando: como é que uma pessoa honesta, que não vai desviar um milímetro do dinheiro público para sua conta, aceita ser ministro, num país onde salário de ministro é tão pequeno?"

Lula, em 25/11/2004 durante o 30 aniversário da Embrapa referindo-se ao salário que os ministros recebem.
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Comentário de Marcelo Tas:
Que boca, hein presidente? A resposta a pergunta veio na forma do escândalo do mensalão, um vendaval que varreu a Esplanada levando vários ministros, inclusive o da Fazenda, e funcionários graduados do governo. Não podemos nos esquecer de outros ministros: -Casa Civil, José Dirceu - Responde a processo como sendo o Chefe do Mensalão -Ministra da Assistência e Promoção Social Benedita da Silva - Usou dinheiro público para viagem a Argentina com fins particulares. -O Ministro da Previdência Social Romero Jucá - envolvido em irregularidades na aplicação de recursos do Banco da Amazonia -O Ministro dos Transportes Anderson Adauto - Engavetamento de denuncias entre elas corrupção em Iturama. -Ministro de Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia - envolvimento no mensalão mineiro. -Secretário de Comunicação e Gestão Estratégica - Luiz Gushiken - Envolvimento no Mensalão. -Ministra da Integração Racial - Matilde Ribeiro - envolvida com a farra dos cartões corporativos. Sem falar nos outros escândalos como por exemplo na farra de cartões corporativos etc.

Lula: Quando a enguia vira sapo

No blog A casa da mãe Joana:
Na quarta-feira, Luís Inácio tornou a defender a desonestidade, desta vez representada por José Arruda no vídeo em que recebe propina. O fez de forma disfarçada, na base do sim nem não, muito antes pelo contrário. Não confessou, é claro, que é amigo da roubalheira descarada. Espertamente disse apenas que não se pode julgar porque "a imagem não fala por si" . Ontem, confrontado por um repórter com esta frase, Luís Inácio não ficou triste ou abatido com a possível injustiça - como diria Gilberto Carvalho, seu chefe de gabinete. Luís Inácio ficou irritado, como de hábito. Ou melhor, ficou foi puto, para fazer juz a ele. Criticou pergutarem a ele sobre essa coisinha (Arruda filmado recebendo propina) depois de ter viajado tantos quilômetros até a Ucrânia, ignorando a importância dos acordos firmados entre os países. Então, escorregou, se esquivou, saiu como uma enguia. Alegou que não pode, como presidente, condenar alguém. E não comentaria sobre o assunto em respeito ao anúncio da assinatura dos acordos com a Ucrânia. Em seguida, a enguia virou sapo. Deu um pulo e falou sobre qual seria a reação de Jânio Quadros. Num saltito, falou que "não tem um ser vivo no Brasil que não entenda que tem de ter reforma política" (só ele, naturalmente). Deu outro salto e defendeu a realização de uma Assembléia Constituinte.
Pronto, a enguia que governa o país escondeu o vídeo atrás do palavrório.

Além do caixa dois

Na Folha de São Paulo:
Na série de depoimentos ao Ministério Público e à PF, Durval Barbosa, secretário transformado em algoz de José Roberto Arruda (DEM), afirma diversas vezes que, além de usar a propina paga por empresas para abastecer o mensalão, o governador se serviu do dinheiro para "enriquecimento pessoal". Barbosa acusa Arruda de ser "sócio oculto" de duas empresas: a Danluz e a Nova Fase, ambas com contratos no governo do Distrito Federal. A primeira é uma construtora que toca grandes obras em Brasília e tem entre seus clientes o jornal "Tribuna do Brasil", cujo proprietário, Alcyr Collaço, foi flagrado colocando dinheiro na cueca. A segunda, de consultoria, presta serviços à Codeplan, foco inicial do escândalo. Nos depoimentos, Durval Barbosa diz que, para entrar na sociedade da Nova Fase, Arruda teria pago R$ 5,8 milhões, obtidos por meio de superfaturamento de um contrato de R$ 27 milhões. A empresa foi multada em R$ 4 milhões pela Justiça Eleitoral por doações ilegais na campanha de 2006.

A patranha de Jobim completou dois anos


De Elio Gaspari, em O Globo:
Transcorreu sem sobressaltos o segundo aniversário do dia em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, convocou a imprensa e anunciou a maior lorota de seu mandarinato.Em dezembro de 2007 ele informou que o governo concluíra um pacote de medidas para ressarcir os passageiros de companhias aéreas que ralassem atrasos nos aeroportos ou não conseguissem embarcar porque as empresas venderam mais passagens do que podiam. Coisa fina.Num voo do Rio para Brasília o passageiro seria ressarcido em 5% do valor do bilhete caso o voo atrasasse mais de meia hora. O percentual subiria, chegando a 50% nos atrasos superiores a cinco horas. A compensação poderia ser dada com milhas.O ministro disse que o plano entraria em vigor logo depois do Carnaval de 2008, por meio de uma medida provisória. Cadê?O Ministério da Defesa garante que o projeto da MP está na Casa Civil. Cadê?Nem MP, nem iniciativa do governo remetida ao Congresso, onde tramita, desde 2004, um projeto da senadora Serys Slhessarenko. Na sua versão atual ressarce as vítimas de overbooking e pega pesado no caso dos atrasos superiores a duas horas. Pelo jeito, tramitará por mais cinco anos.Quem acreditou em Jobim fez papel de paspalho. Ele não voltou a falar do assunto e a doutora Solange Vieira, da Anac, acha que o consumidor maltratado tem mais é que procurar o Procon. Boa ideia, para dar queixa da propaganda enganosa de Jobim.
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Comento: Se Jobim está certo, em suas afirmativas, por quê será que Dilminha deixa "mofar" nas gavetas um projeto que beneficia o consumidor em detrimento do interesse público?
Será que a "coroa" está cumprindo ordens do "cara"?
Ou dupla nociva!!!!