Para os amigos diletos diletos de Luiz da Silva, e até para ele próprio, parece que ética não é primordial. Pelo menos é o que diz o Grupo Casino, maior acionista da Companhia Brasileira de Distribuição, que publicou um anúncio nos jornais brasileiros nesta quarta-feira afirmando que o empresário Abílio Diniz, amigo, defensor e eleitor de Luiz da Silva, ignora deliberadamente a ética comercial e age de forma ilegal ao tentar uma fusão com o Carrefour.
O Casino afirma na nota que investiu no Pão de Açúcar e que já havia negociado com Diniz o direito de controlar a companhia a partir de 2012. Desde que começaram os rumores de fusão com o Carrefour no Brasil, o Casino vem fazendo duras críticas ao comportamento de Diniz e chegou a recorrer a tribunais internacionais.
"Trata-se de proposta estruturada em conjunto, em segredo e de forma ilegal, com o objetivo de frustrar as disposições do acordo de acionistas que regem a Companhia Brasileira de Distribuição e, indiretamente, expropriar do Casino os direitos de controle adquiridos e pagos no ano de 2005", afirmaram os franceses.
O Casino lembrou na nota que foi procurado por Diniz e sua família em 1999, quando o Pão de Açúcar passava por "sérias dificuldades" financeiras, e, nesta época, se tornou o maior acionista da empresa.
"Ao conduzir estas negociações, o Carrefour e o sr. Abílio Diniz ignoram deliberadamente tanto a lei e os contratos quanto os princípios fundamentais da ética comercial."
Por fim, a rede francesa apelou para as autoridades brasileiras ao afirmar que confia que elas "não permitirão que prevaleça qualquer ameaça ou estratagema destinado a violar direitos legitimamente constituídos de acordo com as leis do país".
*Fonte: Folha.com
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