Por Guilherme Fiuza - em O GLOBO - 04/0/2010
Quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005, o companheiro Delúbio foi logo avisando que aquilo era uma tentativa de golpe da direita contra o governo popular. Agora, com o escândalo da espionagem na Receita Federal, a companheira Dilma alerta que "estão tentando virar a mesa da democracia".
O enredo da esquerda oprimida, como se vê, é inesgotável. É dura a tarefa de se perpetuar no poder e continuar oprimido. Requer uma formidável ginástica conceitual, quase um presépio de fetiches - o papai pobre, a mamãe heroica, o filho do Brasil, a manjedoura estatal. Foi penoso para o então tesoureiro Delúbio Soares interromper as baforadas no charuto cubano para gritar, empanturrado de verbas públicas privatizadas pelo PT, que precisava de socorro contra a ameaça das elites.
Não deve ser fácil passar a vida erguendo barricadas imaginárias. Dilma Rousseff que o diga. As operações na penumbra para detonar adversários políticos - como o dossiê Ruth Cardoso, montado em seu gabinete na Casa Civil - não lhe deixaram feridas. O famigerado "banco de dados" sobre as despesas pessoais da falecida ex-primeira-dama, que é exemplo de dignidade na política brasileira, parece até que não existiu. Sumiu na poeira da mitologia eleitoral, onde Dilma é apenas a mulher valente que luta pelos pobres. O caso Lina Vieira também ficou invisível nesse presépio.
A ex-secretária da Receita Federal denunciou Dilma por tráfico de influência, afirmando que a então ministra ordenou-lhe tratamento especial a um processo envolvendo a família Sarney. Lina sumiu, e a investigação também. O Brasil deixou para trás um indício grave de interferência política da ministra-chefe da Casa Civil na Receita Federal. Um belo habeas corpus para a conspiração. O escândalo da invasão do sigilo da filha de José Serra na Receita, portanto, pode ser tudo - menos surpreendente.
O roteiro do filme estava pronto, na cara de todos. Já tinha até trailer, com o caso Eduardo Jorge, o vice-presidente do PSDB cujo sigilo fiscal foi igualmente socializado. Há meses o país assiste a esse trailer soturno: como um cidadão de segunda classe, Eduardo Jorge persegue por conta própria a reparação por seus direitos violados, diante de uma Receita Federal impávida, fingindo-se de morta.
O caso Verônica Serra já começava a ser cozinhado no mesmo fogo lento. O secretário da Receita - o diligente substituto de Lina Vieira - chegara a informar que os dados de Verônica tinham sido solicitados por ela mesma. Aí entrou em ação a imprensa, essa entidade que existe para atrapalhar a química entre o governo de esquerda e o povo. E veio à tona a informação inconveniente: não só a procuração apresentada à Receita era falsa, como a essa altura a própria Receita já sabia disso. Sabia, mas não contou para ninguém. Deve ser uma outra concepção de sigilo. Os percursos do valerioduto entre as estatais brasileiras e o partido do presidente, os bancos de dados extraoficiais, a conduta temperamental de órgãos técnicos capitais como a Receita Federal - para ficar só no universo da máquina pública - compõem uma literatura republicana no mínimo intrigante.
Em circunstâncias normais, este seria um governo sob suspeita. Ou talvez, acossado pela vigilância democrática, já tivesse corrigido esses desvios - curando-se da obsessão de submeter o Estado ao cabresto partidário. Mas as circunstâncias não são normais. Dificilmente haverá um paralelo, em toda a história da democracia, de um governo quase à prova de desgaste, que chega ao fim de um exercício de oito anos com menos de 5% da população a reprová-lo. E em regime de plena liberdade. Esta é a façanha de Lula, legítima, que todos precisam reconhecer - mesmo os que discordam de suas políticas.
O problema é o que será feito com essa fortuna de popularidade. O caminho da mistificação populista, simbolizado pela lavagem cerebral do "nunca antes na história deste país", provavelmente já estaria abrandado se o cenário da sucessão de Lula fosse outro. A necessidade de inventar Dilma Rousseff, uma militante despreparada, insegura e absolutamente desprovida de magnetismo e propensão ao diálogo, fez recrudescer a blindagem mitológica.
A alta vulnerabilidade da candidata ressuscitou os instintos mais autoritários do PT. O pesadelo de todos os envolvidos no Plano Dilma é que sua fragilidade e mediocridade acabem expostas em praça pública. E que o paraíso do lulismo acima do bem e do mal chegue ao fim, com a inevitável percepção geral dos problemas reais - como a bagunça institucional que avança no setor público, vide o escândalo da Receita, entre outros desmandos. Resta a Dilma gritar que estão querendo virar a mesa da democracia, evocando os totens do oprimido para manter a hipnose coletiva. O risco para ela e seus companheiros é perder o poder. O risco para o Brasil é perder a liberdade.
Este blog objetiva a publicação de notícias e entretenimento, com base nas publicações jornalísticas nacionais. As de autoria de terceiros terão suas fontes declaradas ao final de cada postagem.
sábado, 4 de setembro de 2010
O império dos oprimidos
Dilma 1,99 Roussef

O fim do “Serrinha paz e amor”

Num discurso de aproximadamente 20 minutos para uma plateia formada por empresários da cidade, ele usou a maior parte do tempo para atacar: lembrou as tentativas de controle da imprensa, o uso da máquina pública para fins políticos, a alta carga tributária, o apoio ao Irã, a taxa de juros, os baixos investimentos, a falta de fiscalização na fronteira com a Bolívia, a lentidão nas obras e aquilo que chamou de viés autoritário do PT.
O tucano não fez críticas diretas a Luiz Inácio Lula da Silva. Mas foi mais contundente ao comentar o atual governo: “É uma administração avessa àquela que eu defendo para o Brasil”, afirmou. Para quem preferia centrar fogo apenas na figura da rival Dilma Rousseff e tentava emplacar um discurso quase de continuidade, é uma mudança de rumo.
Aos empresários, o candidato tucano falou de economia. E prometeu cortar impostos – mas gradualmente e de forma pontual “Vamos diminuir essa carga tributária ao longo do tempo, vamos torná-la racional. Diminuir a informalidade”.
Insinuação sobre Dilma – Mais tarde, durantre comício também em Joinville, Serra lembrou – ainda que indiretamente – um tema sobre o qual até havia silenciado: o mal-explicado passado guerrilheiro de Dilma Rousseff. “Nenhum trecho da minha vida está guardado num cofre. Eu não tenho que ficar me explicando sobre nada do meu passado. Sobre nenhuma ideia que tive no passado e não tenho agora “, comparou o tucano.
Neste sábado (4), José Serra percorre três cidades do litoral de Santa Catarina e, à tarde, segue para a região de Londrina (PR). As viagens fazem parte da estratégia montada pelos tucanos para recuperar parte dos votos perdidos com a ascensão de Dilma Rousseff na região Sul.
*(Gabriel Castro, de Joinville)-http://veja.abril.com.br/
Crime de quebra de sigilo, para Lula, é futrica!

Ele é o comandante da orgia institucional em curso. Hoje, no Rio Grande do Sul, ele resolveu tratar do assunto. E vejam em que termos, segundo a Folha (ele em vermelho, eu em azul):
“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que possa pedir que eu censure a internet. Não posso fazê-lo. Ele não me alertou. Ele se queixou.”
Serra certamente não pediu censura. Como se trata de blogs do PT, tão ligados ao partido que um deles recebeu uma carta pessoal do presidente, o que o tucano deve ter feito foi um alerta contra o jogo sujo.
“Sempre achei que a internet livre tem coisa extraordinariamente séria e coisa extraordinariamente leviana. Não tem nada demais o que a internet publicou sobre a filha de Serra. Há insinuações como há contra o presidente Lula, contra a família do presidente Lula, contra vocês jornalistas individualmente. Se escrevem alguma coisa que o internauta não gosta, tomam cacete o dia inteiro”.
É verdade, há blogs que gostam e que não gostam de Lula; que gostam e que não gostam de Serra. Mas há os blogs que gostam de Lula (e Dilma) e que não gostam de Serra que contam com o aporte de dinheiro público. Isso é grave.
“O Serra precisa saber uma coisa: eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos, na ditadura militar. Na democracia, o senhor Serra que vá para rua, que melhore a qualidade de seu programa [de TV]”
Lula inverte a lógica do jogo e tenta transformar a vítima em réu. Está sendo alvo de ilegalidade asquerosas, de crimes de Estado? Ora, que vá para a rua.
“E eu não vou permitir que nenhuma futrica menor, porque não tem nenhuma acusação grave contra o Serra, tem aquelas coisas de internet, atrapalhe. O presidente da República tem coisa mais séria para cuidar do que as dores de cotovelo do Serra”.
Lula chama a violação da Constituição de “futrica menor”. E notem que ele já se colocou como juiz e decidiu: “Não tem acusação grave”. Este é o presidente que, segundo o ministro da Justiça, mandou apurar tudo.
Um estranho caso

Serra, de pronto, já afirmara que se tratava de mais uma mentira de um governo que se caracterizou pela militância "aloprada". O tabelião Fabio Tadeu Bisognin, responsável pelo 16º Tabelião de Notas de São Paulo, enviou ofício ao juiz corregedor da 2ª Vara de Registros Públicos, vinculada ao Tribunal de Justiça de São Paulo, informando que constatou fraude no documento que faz parte da sindicância da Receita Federal que apura a violação de sigilo fiscal de integrantes do PSDB. O documento analisado por Bisognin, supostamente assinado pro Verônica Serra, é uma solicitação à Receita Federal para que providencie cópias das declarações de renda da filha do candidato do PSDB, referentes aos exercícios de 2007 a 2009. A suposta assinatura da filha de José Serra aparece no documento com firma reconhecida pelo 16º Tabelião, que não tem em seus arquivos cartão de assinatura de Verônica Serra. “Não é autêntico. Não foi feito no 16º Cartório de Notas, é falso, ela não tem firma depositada neste cartório”, afirmou Fabio Tadeu Bisognin. Durante entrevista, Bisognin disse os funcionários da Receita Federal poderiam identificar a fraude. “Se eles tiverem padrões do meu reconhecimento de firma verdadeiro, eles, possivelmente, têm condições, inclusive porque meu nome está errado”, declarou. Resumindo, o Brasil está a um passo de se transformar na versão continental de Cuba, com direito a detalhes truculentos importados da vizinha Venezuela. Em reação indignada o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez na noite de ontem o seu mais duro discurso de oposição ao governo Lula. O tucano classificou o PT e a presidenciável Dilma Rousseff como inimigos da liberdade e da democracia. "Quando os tiranos ou candidatos a tiranos desejam subjugar uma sociedade, começam restringindo a liberdade", afirmou no Encontro com Prefeitos, organizado pela campanha tucana. "Aqueles que foram de esquerda e que hoje não são nem isso nem aquilo são mais para fascistas", completou. Em discurso inflamado, Serra evocou o caso do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que teve o sigilo bancário quebrado em 2006 após denunciar a participação do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em reuniões com lobistas em uma casa em Brasília, onde haveria festas e partilha de dinheiro. O candidato tucano relacionou a violação dos dados de Francenildo com o vazamento de informações fiscais de pessoas ligadas a sua campanha e de sua filha, Verônica. "Quando se viola o sigilo bancário de um caseiro, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de uma filha nossa, viola-se a Constituição", afirmou Serra. *Fontes: Ucho Info, Estadão
A frase da semana
(Reinaldo Azevedo)
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O contador "aloprado": Uma breve história.

Segundo o Jornal Folha S. Paulo Atella tem perfil de estelionatário, conforme informações de policiais ouvidos pela Folha, que ainda informaram que ele já fora condenado duas vezes em 1975 (por lesões corporais leves e sedução de menor, crime que hoje é classificado como estupro), teve quatro CPFs cancelados e coleciona 16 processos na Justiça, 6 na área criminal. Não chegou a ser preso porque as condenações eram por períodos curtos: 30 dias de prisão (no caso de lesão corporal) e 2 meses e 10 dias de detenção, no processo de sedução de menor. Os CPFs cancelados foram tirados em São Sebastião (SP), Porto Velho (RO), em Cornélio Procópio (PR) e Santo André (SP), onde ele mora. O atual CPF foi expedido em Mauá, onde foi quebrado o sigilo de outras quatro pessoas ligadas a Serra, entre eles o vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge.
A agência de Mauá é subordinada à delegacia de Santo André.
Já a revista Veja online, traz matéria onde, apesar de sustentar, em diversas entrevistas à imprensa, que nunca teve filiação partidária, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira foi filiado ao PT. O pedido de filiação foi feito em 2003. O nome dele não aparece na base de dados atual da Justiça Eleitoral porque, em 2009, houve um problema técnico em seu registro, que não foi corrigido. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao PT. A data de exclusão é de 21 de novembro de 2009. Isso não significa, no entanto, que Atella tenha se desfiliado, apenas que o nome dele deixou de constar da lista de filiados ao PT. A exclusão foi feita menos de dois meses depois da violação do sigilo de Verônica Serra. A filiação foi feita primeiro em Mauá, no ABC paulista. Depois, o título de eleitor de Atella foi transferido para Ribeirão Pires, também no ABC.
Serra tem que endurecer. A ameça comunista avança!
Abaixo o vídeo de Nivaldo Cordeiro, o qual comenta que Dilma Rousseff é o pseudônimo eleitoral de Lula e que Lula é o cabo eleitoral do consórcio de forças políticas que querem a revolução marxista-leninista no Brasil.
Em 3 de Outubro teremos um marco histórico, pelo qual saberemos se vai triunfar a democracia ou o totalitarismo. José Serra precisa radicalizar o discurso eleitoral.
*Texto e vídeo por Nivaldo Cordeiro
PT segue mentindo, fraudando, adulterando

Mais uma vez, petistas tentam se apropriar de ações do PSDB. Para tucanos, está clara a tentativa de enganar a sociedade brasileira.
Brasília (25) – Em época de eleição, certos partidos inventam números e afirmam ser autores de ações que beneficiaram a sociedade. O programa eleitoral da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, levado ao ar nessa terça-feira mostra exatamente a tentativa de apropriação de projetos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Essa é a avaliação do senador Eduardo Azeredo (MG) e do deputado João Almeida (BA), líder do PSDB da Câmara.O Brasil, segundo Azeredo, começou a mudar com a redemocratização há vinte anos e com o Plano Real, que estabilizou a inflação. "A redemocratização não começou há oito anos, como tem afirmado constantemente o PT, numa clara tentativa de iludir a sociedade brasileira", afirma. "É uma apropriação, com objetivo de ludibriar o cidadão, além de faltar com a transparência e a verdade."Durante o programa, ao explicar como o País enfrentou a crise financeira, o presidente brasileiro afirmou que o Brasil já conhecia a vacina. Coincidência ou não, o petista não falou o nome da vacina: Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Bancário Nacional (Proer), que impediu as quebras das instituições financeiras. No ano passado, ele falou que o Brasil tinha experiência para salvar bancos. "Tem o Proer.". Essa vacina foi adotada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que recebeu, na época, duras críticas do PT.Em outra parte do programa eleitoral, um cidadão brasileiro é entrevistado. O objetivo é mostrar como a vida dos pobres melhorou nas últimas décadas. O entrevistado apontou como avanço o ingresso na faculdade e a capacidade para adquirir um telefone celular.Azeredo recorda que a universalização da telefonia móvel só foi possível com a quebra do monopólio das telecomunicações, em maio de 1995. Reflexo da mudança, o número de celulares habilitados no Brasil superou 185 milhões em julho, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Antes, o brasileiro só via celular em filme e novela. Novamente, o discurso dos petistas era o de que o governo tucano estava vendendo o País.O programa eleitoral de rádio de Dilma Rousseff continuou com as apropriações indevidas. Falou que o governo do PT criou 14 universidades públicas. Porém, como mostrou o jornal O Globo (11.07.10), oito das 14, na verdade, já existiam e foram ampliadas ou federalizadas.Para o líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), é a velha estratégia petista de copiar as benesses de gestões anteriores. "É o velho hábito dos petistas de tentarem levar a fama de uma coisa que não fizeram, seja divulgando como ação deles, ou apenas mandando novas propostas com mesmo conteúdo para o Congresso."
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Melhor não cantar o Hino Nacional, querida!

Por Reinaldo Azevedo:
Outro dia circulou um áudio no Youtube — e eu não escreveria nada a respeito se ela própria não tivesse explicado o que aconteceu — em que a comentarista Lúcia Hipólito, da CBN, desandava a dizer coisas sem sentido sobre o “Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos”. Parecia a Vanusa cantando o Hino Nacional. As duas deram a mesma explicação: tomaram “remédios muito fortes” e ficaram meio trelelés. Acontece. Não tratei do assunto aqui nem publiquei o áudio porque, de vez em quando, eu também consumo “remédios muito fortes”. Compreensível. Só que tomo o cuidado de não cantar o hino, não escrever nem opinar sobre política. Minha mulher diz que sempre quero dançar, mas ela me demove da idéia (quase sempre). Lúcia comentou ontem, na CBN, a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra. Na primeira parte do seu comentário, afirmou que a Receita parecia a casa-da-mãe-joana e coisa e tal. Enquanto ouvia, perguntava-me: “Estarei percebendo certo esforço para, ainda que com aparência crítica, endossar a versão de Otacílio, o Cartaxo do PT, segundo a qual tudo não passa, assim, de lambança, desorganização, bagunça, mas sem conotação política?” Deixei a suspeita de lado: “Pô, Reinaldo, seja um homem bom! Ouça até o fim”. Ouvi. A partir, no entanto, de 1min31s, as coisas se complicaram. Eu transcrevo aqui em vermelho a sua fala, com intervenções minhas em azul: “O outro aspecto que tem de ser visto nessa história, Nonato, é que, é, é…, a gente não sabe o que dizer a esse respeito”. Bem, quando a gente não sabe o que dizer, o melhor mesmo é ficar de boca fechada. É o que ela deveria ter feito. Sigamos. Se for verdade, se for verdade, que isso seria uma reedição do caso dos aloprados, isto é uma maluquice, Nonato! Não é possível que imaginaram que fossem fazer tudo outra vez. É de uma incompetência assombrosa.Se você ouvir o áudio, vai perceber que aquele segundo “se for verdade” é dito de forma cantada, evidenciando que a comentarista está muuuito desconfiada. O raciocínio já começa a caminhar por aquelas larguezas da irracionalidade. Na opinião de Lúcia, “não é possível” porque seria “muita incompetência”. Isso não é um raciocínio lógico, isso não é um raciocínio ilógico, isso não é um raciocínio dialético, isso não é um raciocínio linear. Isso não é um raciocínio. Há um contador que já apareceu, chamado Antônio Carlos de Tal, que já declarou ao jornal O Globo que sim, que foi ele que falsificou a procuração, que foi ele que violou o sigilo fiscal da filha de José Serra a pedido de não sei quem… É de uma incompetência que faz até a gente desconfiar de que não seja verdade. Eu acho que é preciso ir com muito cuidado neste caso, ir com muita seriedade, porque é tão incompetente, mas tão incompetente, que fica até parecendo uma armação, sabe, Nonato? Fica parecendo uma coisa armada sei lá por quem para tumultuar esse processo no final da corrida eleitoral…Vamos por partes. A desinformação de Lúcia Hipólito é constrangedora:1 - Antônio Carlos de Tal não confessou a falsificação; disse que atendia a um cliente;2 - como a suspeita recai sobre o PT, Lúcia desconfia que tenha havido uma violação porque a operação foi “muito incompetente”. Isso nos leva, logicamente, à constatação de que ela acredita que o PT só faz coisas competentes — inclusive as safadezas. Por competentes, então não seriam descobertas. Logo, ninguém nunca flagraria uma sacanagem feita pelo partido, que passaria incólume por qualquer investigação — não porque santo, mas porque “competente”;3 - quando Lúcia faz essa maravilha de comentário, o cartório já havia informado que Verônica não tinha firma lá, que o reconhecimento era falso, que a assinatura era falsa;4 - ao afirmar que fica “parecendo uma armação”, ela sugere, evidentemente, que seria uma “armação tucana”, repetindo a tese petista que tenta transformar a vítima em ré;5 - a violação aconteceu em setembro do ano passado; vai ver os tucanos já estavam planejando tudo com antecedência para poder culpar agora o PT;6 - Lúcia ignora que, comprovadamente, o sigilo de Eduardo Jorge estava com petistas e que dados da declaração de Verônica circulavam já em blogs petistas e no texto de um ex-jornalista que participava da turma de Luiz Lanzetta;7 - segundo a tese desta pensadora, porque há uma corrida eleitoral, então o fato deixa de ser um fato para ser uma armação. Mais um pouco. … porque é amador demais! E quando é, sabe?, amador demais, todo mundo começa a desconfiar, porque é muito incompetente, é muito incompetente demais (sic). Eu acho que a gente precisa ir com calma, não pode tirar conclusões apressadas, é preciso investigar e saber o que é que tá acontecendo e o que foi que realmente aconteceu nessa história, Nonato…É evidente que esta senhora está flertando com a acusação petista de que tudonão passaria de uma conspiração tucana!!! O trecho acima ilustra o que é a banalidade, a tolice, o nada, mas com entonação convicta. Destaco o “muito incompetente demais”. O único a quem a língua deu licença para coisas assim foi Tom Jobim: “Meu amor por você é enorme demais…”. Lúcia é que não sabia o que estava acontecendo. Quando ela fazia essa magnífica intervenção, já estava claro também que a Receita havia armado uma versão, que se desmoralizou. Notem que ela não diz um “a” sobre o fato de um órgão do governo ter posto para circular uma procuração com claros sinais de fraude.Aliás, já sabia tratar-se de uma fraude.Invadiram o sigilo de um grupo de tucanos e da filha do candidato do PSDB. As informações circulavam nos subterrâneos da campanha de Dilma. Mas Lúcia Hipólito está “muuuuito” desconfiada. Não dá! O que aconteceu é grave demais para que mereça esse tratamento ligeiro, beirando a irresponsabilidade. É a Constituição que está sendo agredida. Não se trata de uma pequena bagunça no almoxarifado. Não é aceitável que se lancem especulações como essas, contra os fatos. Há coisas que são o retrato de um tempo. Vocês acabam de ouvir o “som” de um tempo. Não vou perguntar se Lúcia Hipólito havia tomado de novo aquele remédio. De todo modo, eu lhe recomendo que não cante o Hino Nacional.
Quebra de sigilo fiscal: Imaginem o que farão se controlarem o legislativo
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2. O caminho do autoritarismo é o mesmo em todos os lugares: invade-se a liberdade de imprensa em nome de "abusos"; constrói-se um estado policial, terminando com o direito à privacidade dos cidadãos e, em seguida, se controla o Congresso, costurando uma maioria a partir de sua base, somando parlamentares dóceis aos "argumentos" do governo. A sessão do parlamento alemão -que abriu mão de seu próprio poder após a assunção de Hitler, na qual este esteve presente- foi de aclamação, com todos aplaudindo de pé. A popularidade de Hitler era imensa. Em 1934, na "Noite das Facas Longas", a SS aproveitou para assassinar alguns desses que ajudaram a construir o governo nazi em 30 de janeiro de 1933. Hoje não se precisaria tanto: a eliminação política bastaria. Imagine-se o que se tem de dossiês contra a base aliada para que essa se mantenha dócil.
3. A atual campanha eleitoral mostra o mesmíssimo caminho. As tentativas de intervenção na imprensa e as declarações reiteradas do presidente sobre a mídia. Depois -e só agora se sabe- a manipulação do Estado, com invasão de privacidade fiscal. Imagine-se quantas já se fizeram, e quantas são feitas invadindo o sigilo bancário. E os grampos... Afinal, foi o próprio coordenador da campanha nacional do PT que invadiu o sigilo bancário de um caseiro. Perdeu o cargo, mas continua forte como nunca. O mesmo em relação ao ex-ministro da casa civil: perdeu o cargo e continua forte como nunca no PT e na campanha eleitoral.
4. Ou seja, para o PT, tais fatos fazem parte de uma ação planejada que quando companheiros são pilhados em flagrante, deixam o cargo, mas nunca o poder. Tem toda a solidariedade dos demais companheiros.
5. Imaginando que a vitória presidencial esteja garantida, o presidente invade as campanhas regionais, atropelando a Federação não para apoiar seus candidatos, mas para ofender os adversários, ferindo a majestade do poder, o equilíbrio federativo e a democracia. São fatos que colocam as instituições, potencialmente, em risco. Gobbels chamava de "Estado Total" a incorporação ao Estado dos partidos políticos, dos sindicatos e outras organizações sociais, de toda a imprensa e das atividades culturais. Seu ministério era de "Propaganda e Cultura". Por aí o Brasil está indo, perigosamente. Defender a autonomia do poder legislativo é tarefa maior nesta eleição, em nível nacional.
Dilma aumentará impostos, se eleita

A filha do Lula e a filha do Serra.
Otacílio Cartaxo cobre a Receita Federal de vergonha e se transforma numa síntese do que o PT faz com o serviço público

quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Exaltada por pesquisas de opinião, a popularidade de Lula é duvidosa

Há algo muito estranho e pouco convincente nas pesquisas que insistem em apontar a alta popularidade de Luiz Inácio da Silva. Desde que chegou ao poder, em 2003, Lula jamais experimentou um solavanco em sua aprovação como presidente, o que mostra que o retirante pernambucano que chegou ao Palácio do Planalto é uma espécie de reencarnação feita às pressas de Messias, o salvador da humanidade.
Para contrapor os institutos de pesquisa o ucho.info destaca o fiasco que foi o filme “Lula, o filho do Brasil”. O fracasso foi tamanho, que a imprensa deixou de dar espaço à obra dirigida por Fábio Barreto semanas depois do lançamento. O filme, que foi produzido para ser uma ferramenta para a campanha de Dilma Rousseff, caiu na vala do esquecimento.
Como se não bastasse, o projeto do Partido dos Trabalhadores de lançar um boneco do presidente-metalúrgico para amealhar dinheiro parece que também foi abandonado. O que confirma que a popularidade de Lula só existe nas pesquisas e por conta do programa “Bolsa Família”. Se os institutos de pesquisa informarem aos entrevistados sobre o eventual fim do programa, o resultado muda completamente.
Ratificando o que sempre afirmam os jornalistas do ucho.info, pesquisas de opinião não são confiáveis, pois o número de entrevistados é irrisório em comparação com o universo eleitoral. Sem contar que os institutos sempre atendem os interesses dos contratantes.
Resumindo, a aludida popularidade de Lula da Silva começará a ser checada depois de 31 de dezembro de 2010, mas o grande teste acontecerá daqui a alguns anos, quando a bolha de virtuosismo já tiver estourado.
Quer votar? Vote. O problema é teu!
É isso o que temos em primeiro lugar nas pesquisas?
Tá bom, eu acredito!
Prefeitos, interessados de retorno em verbas, vão a Dilma
Tiririca, da coligação petralha, é criticado por ministro

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, criticou na manhã desta terça-feira a postura do humorista Tiririca, que concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Estado de São Paulo. O PR aposta tanto no candidato que lhe deu um número de fácil memorização: 2222....
Vou dar uma dica pro Tiririca... pergunta pro tal ministro se dizer 300 picaretas pode, e onde estava ele qdo o energumento imbecil de Garanhuns disse isso!?
*Leia mais no link abaixo:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,tiririca-faz-deboche-com-democracia-critica-ministro,603035,0.htm
*Por e-mail, via blog resistencia democrática
Vergonha e cinismo na política:O Estado petralha viola sigilos,como se não fora um crime

Freire diz que “qualquer que seja a versão [oferecida pelo governo], ela só demonstra o grau de degradação moral a que chegou o Estado neste governo”.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Pé frio de Lula ataca outra vez

E no dia 25/08, Ganso se machucou sériamente. Essa "secada" que o pé-frio deu no atleta fez efeito em tempo recorde!!!!
O CARA" está se superando!!!! O atleta do SFC Paulo Ganso vai ficar por seis meses no mínimo sem jogar futebol após sofrer uma ruptura nos ligamentos do joelho.
Bem, depois falam que implicância minha, todo atleta que se encontra com o Sebento acaba se phodendo de alguma maneira, portanto, se cuida Neymar.
Nuncaantesnahistóriadestepaís tivemos um pé frio tão eficiente.Esse cara seca até pimenteira braba. Espero que esse pé frio dele pegue na Sinistra.
Serra é idiota?

JOSE SERRA credita seus baixos indices à imprensa que não debate temas economicos.
Prezado, a Imprensa NÃO é candidata a nada, apenas cobre as Eleições 2010.
Se existe algum culpado, e EXISTE, é quem escolheu ou decidiu elogiar o Adversário.
Sim, por que Lulla da Silva é o Adversário, não Dilma Roussef. Essa é uma boneca de ventriloquo que repete, e bem, tudo o que lhe mandam falar.
Portanto, Sr. José Serra, se o Sr. quiser reverter seus baixos indices de pesquisa, acho bom começar a meter o pau no seu real adversário.
Chefe de quadrilha (Mensalão), Estelionato Eleitoral, Estagnação (nenhuma reforma para modernização do Estado), Gastos Excessivos (cartão corporativo),.... bem, a lista é longa.
Mas é posicionamento para quem tem culhão.
Não sei se o Sr. sabe o que é isso. Mas é isso. Por outro lado, nunca se imaginou que V. Sra. tivesse tantos processos. E como tem.
Espero não estarmos enganados com o Sr. Do outro lado já sabemos muito bem o que esperar: NADA.
*Li no blog partidoalfa
Maus gestores públicos causam perda de R$ 3,5 bilhões

*Com Agencia estado
"Este é o 16º ano do governo FHC"

O jornalista americano Larry Rohter, ex-correspondente do New York Times no Rio de Janeiro, ficou célebre entre os brasileiros em 2004, quando quase foi expulso do país por Lula depois de publicar uma reportagem em que dizia que a “predileção do presidente por bebidas fortes estava afetando seu desempenho no gabinete”.
Mas a sua relação com o país começou muito antes do episódio, ainda no início da década de 1970, quando conheceu Clotilde Amaral, uma brasileira que estudava idiomas na Universidade de Georgetown, onde ele estudava história e ciência política. Rohter começou a aprender português com Clotilde, que, de professora, tornou-se sua namorada e o trouxe para conhecer o país em 1972.
Casaram-se um ano depois, tiveram dois filhos e, do convívio com o país, o jornalista escreveu dois livros. O primeiro, Deu no New York Times (editora Objetiva), lançado em 2008 para o público brasileiro. O segundo, Brazil on the rise (Palgrave Mcmillan) (numa tradução livre, Brasil em ascensão), lançado neste mês, é uma introdução ao país para estrangeiros.
“O interesse pelo Brasil já era grande em 2008, quando a editora decidiu fazer o livro, e desde então só aumentou”, diz Rohter. “Já sabemos até que haverá uma edição do livro em chinês.” Em entrevista a revista Època, concedida por telefone do escritório de sua casa, em Hoboken, região metropolitana de Nova York, Larry Rohter fala da nova obra, da campanha presidencial e do Brasil pós-Lula. O jornalista também revela se o episódio que quase levou à sua expulsão do país alterou sua opinião sobre o Lula como presidente. Na entrevista ele afirma:"No Brasil há apenas um partido de direita, o DEM, e mesmo ele está mudando. Na verdade, no campo ideológico você tende a ver uma convergência. Tanto que eu me lembro que o Francisco de Oliveira, um dos fundadores do PT, quando o Lula assumiu, em 2003, queixava-se de que era o nono ano do governo Fernando Henrique. A esta altura, estamos no 16º ano do governo FHC. Porque a política econômica do governo Lula, com o passar dos anos, é cada vez mais social democrata, no sentido europeu."
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Dilma quer para já a aposentadoria para homens somente aos 70 anos. E para as mulheres aos 65.

Além da manutenção do fator previdenciário, o homem terá que somar 105 anos e a mulher 100 anos entre tempo de trabalho e idade. Acaba a aposentadoria proporcional.
Inicialmente, o governo deverá mandar o projeto como se fosse apenas para os trabalhadores novos, mas já existe uma emenda pronta, a ser aprovada por uma eventual maioria no Congresso, que incluirá 100% dos trabalhadores.
A avaliação política é que a medida deverá ser tomada nos primeiros dias de governo, pelo desgaste que causará. Para os pensionistas, haverá um novo fator redutor, que considerará a idade da viúva e o número de filhos, atingindo em cheio os militares.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Lula a caminho da ditadura bolivariana
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O risco Dilma: Fim do estado de direito
Nivaldo Cordeiro sempre objetivo, direto, sincero, coerente.
domingo, 29 de agosto de 2010
Cajuru abre o jogo: Não tiro chapéu para pesquisas do IBOPE
Vejam que Raul Gil, tenta justificar o injusticável. Raul Gil abre as pernas feio, mas Cajuru abre o jogo, fala a verdade e diz o que poucos têm coragem de fazê-lo em público.
*Veja mais no http://www.midiasemmedia.com.br/kajuru/
Serra cobra explicações de Dilma
Foto-Agencia Reuters
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que a petista Dilma Rousseff, tem que dar explicações ao Brasil sobre o vazamento de dados da Receita Federal envolvendo três pessoas ligadas ao seu partido. Disse ainda que o episódio tem caráter eleitoreiro e beneficia diretamente a candidatura da ex-ministra.
- ¨Este é um crime contra a Constituição, com finalidade eleitoral. A candidatura e a candidata se beneficiam dele."
A Dilma Rousseff tem que dar explicações ao Brasil sobre quem são os responsáveis pelo crime, pois o país precisa se defender disso – comentou Serra - lembrando ter sido alvo também do Dossiê dos Aloprados, na eleição de 2006, quando petistas foram flagrados com recursos que seriam usados para elaboração de um documento que seria usado contra o PSDB a época. *Reuters