sábado, 6 de junho de 2015

A agonia de um segredo.

Quando surgiu, achei grave e um pouco subestimado o veto de Dilma ao projeto de transparência nos negócios do BNDES. Ela entrou em conflito com o Congresso. Dias depois, o próprio Supremo autorizou o Tribunal de Contas a ter acesso aos empréstimos à Friboi, empresa que financia generosamente as campanhas do PT.
Em qualquer país onde o governo entre em choque com o Congresso e o Supremo o tema é visto como uma crise institucional. Como se não bastasse, Dilma entrou numa terceira contradição, desta vez consigo mesma: partiu dela a lei que libera o acesso aos dados públicos.
O ministro Luiz Fux (STF) sintetizou seu voto numa entrevista: num banco que move dinheiro público, o segredo não é a arma do negócio.
O PT tem razão para temer a transparência. Súbitos jatos de luz, como a denúncia do mensalão e, agora, do petrolão, abalaram seus alicerces. No caso do BNDES, não se trata da possibilidade de escândalos. É uma oportunidade para conhecer melhor a história recente.
Empresas amigas como a Friboi e a Odebrecht, governos amigos como os de Cuba e Venezuela, foram contemplados. Em ambos, a transparência vai revelar o viés ideológico dessa orientação. Um porto em Cuba, um metrô em Caracas são apenas duas escolhas entre mil possibilidades de usar o dinheiro. Para discutir melhor é preciso conhecer os detalhes. Na campanha Dilma mentiu sobre eles, ocultando o papel de fiador do Brasil.
O que sabemos da Friboi? Os dados indicam que destinou R$ 250 milhões a campanhas do PT. Teremos direito de perguntar sobre os detalhes do empréstimo do BNDES e até desconfiar de seus elos com campanhas eleitorais.
A análise da política do governo deverá estender-se à sua fracassada tentativa de criar empresas campeãs. Quem foram e quem são os parceiros, que tipo de transação? Como dizia Cazuza, mostre sua cara, qual é o seu negócio, o nome do seu sócio.
No momento do veto prevaleceu uma certa Dilma. Mas a outra Dilma, a que mandou a lei de acesso, é que estava no rumo certo da História. Não só porque a transparência é um desejo da sociedade, mas porque a tecnologia estreita o espaço do segredo.
Os debates nos EUA concentram-se hoje numa restrição à vigilância de indivíduos, sem licença judicial. Mas chegam a essa discussão graças a Edward Snowden, que revelou os próprios segredos do governo.
Ironicamente, Dilma foi espionada pelos EUA e decreta o sigilo nos dados de um banco que movimenta recursos públicos. Sou solidário com ela no primeiro episódio. Evidente que seria atropelada no segundo. Esta semana começou a ensaiar a retirada, via Ministério do Comércio, que vai disponibilizar dados das transações internacionais e algumas nacionais.
O PT deveria meditar sobre o segredo. Ele foi detonado pela quebra do segredo entre quatro paredes, no mensalão. Agora, no caso da Petrobrás, entraram em cena novos mecanismos de investigação, melhor tratamento dos dados.
Nos primeiros meses de governo, já tinha uma visão do PT. Nem todos a compartilhavam, pois o partido venceu três eleições depois de 2002. Aos poucos, os momentos de transparência sobre os escândalos foram criando uma percepção nacional sobre o tipo de governo que se implantou no Brasil.
Não há dúvidas de que os segredos do BNDES serão revelados. Sociedade, Congresso e Supremo caminham numa mesma direção. E o próprio governo começa a abri-los.
É um elo para a compreensão do papel do PT. Embora ainda não tenha os dados completos, já posso afirmar que o BNDES financiou pobres e ricos. Mas ambos, os pobres de socialismo, como os ricos aqui, do Brasil, são escolhidos entre os amigos do governo. De um modo geral, o processo foi de financiar amigos ricos para que construam para os amigos pobres.
Tanto a Friboi como a Odebrecht fazem parte dessa constelação política econômica que dominou o fluxo dos investimentos do BNDES. Isso teve repercussão nas campanhas eleitorais. De um lado, o Bolsa Família assegurava a simpatia dos eleitores: de outro, a bolsa dos ricos contribuía para as campanhas do tipo vivemos num paraíso. Contribuía, porque hoje sabemos que outras fontes menos sutis, como o assalto à Petrobrás, injetavam fortunas no esquema.
Falou-se muito no petrolão como o maior escândalo da História, mobilizando pelo menos R$ 6 bilhões. Quando todos os segredos, inclusive os do fundo de pensão, forem revelados, não importa a cifra astronômica que surgir daí: o grupo brasileiro no poder é o mais voraz em atuação no planeta. Não posso imaginar salvação depois da conquista desse título.
O PT e aliados podem continuar negando, na esperança de que o tempo amenize tudo. É uma tática de avestruz. Será que não se dão conta de que apenas um décimo da população os aprova hoje? O que será do amanhã, quando quase todos saberão quase tudo sobre o que fizeram com o País?
Nesta paisagem de terra arrasada, a economia é apenas uma das variáveis. O processo político degradou-se, os valores foram embrulhados por uma linguagem cínica, a credibilidade desapareceu já há tempo. O Brasil pode até conviver com esse governo, que tem mandato de quatro anos. Mas não creio que mude de opinião sobre ele, alternando momentos de um desprezo silencioso com as manifestações de hostilidade.
Um governo nasce morto e a lei nos determina um velório de quatro anos. Muito longos, até os velórios costumam ser animados. E algo que anima este velório é a revelação dos últimos segredos, como o sigilo do BNDES e tantas outras linhas de suspeita que foram indicadas nas investigações da Petrobrás. E daqui por diante nem o futebol será uma distração completa. A cúpula da Fifa transitou de um hotel cinco-estrelas para uma cela de prisão. Imprevisíveis roteiros individuais rondam os donos do poder. E essa história ainda será escrita com todas as letras.
* Texto de FERNANDO GABEIRA - Publicado no Estadão

O péssimo exemplo de Neymar Jr.


A edição da revista Época que chega hoje às bancas revela, entre uma e outra maracutaia no campo fértil da cartolagem futebolística, que o jogador do Barcelona Neymar Jr. e seu pai entraram numa lista de possíveis alvos da Receita Federal brasileira. A principal suspeita está na transação de transferência de Neymar Jr., do Santos para o Barcelona. De acordo com a reportagem, há suspeitas de que dois terços da transação tenham passado ao largo da Receita. Em vez de € 86 milhões, Neymar Jr., de acordo com uma investigação do Ministério Público da Espanha, custou ao Barça € 284 milhões. O escândalo já fez ceifou cabeças na Espanha e agora chega ao Brasil.

Para quem acompanha as idas e vindas de Neymar Jr., não se trata exatamente de uma surpresa. Sob o discurso de marqueteiros competentíssimos, suas atitudes há muito já eram condenáveis. Em 2011, na final do mundial de clubes da Fifa, ele entrou com a camisa do Santos para jogar contra o Barcelona. O resultado, para quem não se lembra, foi 4 a 0 para o Barça. Na ocasião, ele já havia acertado sua transferência para o clube espanhol e, sem o conhecimento dos dirigentes do Santos, a empresa de seu pai já embolsara € 10 milhões pela transação. Em suma: ele recebeu dinheiro de um clube contra o qual disputaria uma final. Independentemente do que a lei afirme a respeito ou dos escrúpulos morais que advogados bem pagos certamente haverão de arranjar para justificar o fato, trata-se de um escândalo. Qualquer ser humano que tenha uma noção básica de certo e errado sabe que, em tal situação, o mínimo a fazer era se declarar impedido de entrar em campo. Ainda assim, Neymar Jr. jogou, perdeu o jogo, foi para o Barça (onde protagonizou várias conquistas), jogou pelo Brasil na Copa, fracassou com a seleção – e até hoje é considerado um herói da torcida.

Este é o nosso herói? Alguém que recebe dinheiro do time contra o qual vai jogar?

Esportistas são exemplos para as crianças, para os adultos e para a nação. Importa não apenas o que fazem em campo, mas sobretudo como se comportam fora dele. Embora sejam tão humanos quanto qualquer um de nós, portanto sujeitos a erros e desvios de conduta, eles têm um dever adicional, além de vencer as competições: devem servir de inspiração.

Quando o escândalo de Neymar Jr. veio à tona, no início de 2014, escrevi na própria Época um editorial sobre o assunto. Nele, mencionava vários atletas que souberam cumprir esse papel inspirador, pelo exemplo moral. Nos Estados Unidos, o jogador de beisebol Joe DiMaggio, o boxeador Mohammed Ali ou o jogador de basquete Magic Johnson. No Brasil, entre tantos outros, o primeiro nome que vem à mente é o rei Pelé. Todos inspiram não apenas por vencer, mas pela forma como vencem. Nas palavras do repórter Gay Talese, no memorável perfil que escreveu de Joe DiMaggio: “Um imortal, os jornalistas esportivos o chamavam, e a outros como ele, raramente sugerindo que tais heróis possam estar inclinados aos males do comum dos mortais, farreando, bebendo, tramando. Sugerir isso destruiria o mito, desiludiria meninos, deixaria furiosos os donos dos times, para quem o beisebol é um negócio. Então, o herói do beisebol precisa sempre desempenhar seu papel, precisa preservar o mito, e ninguém faz isso melhor que DiMaggio”.

Neymar Jr. e outros futebolistas brasileiros, que parecem se achar tão espertos e não ver problema algum em enganar o torcedor ou a Receita Federal, têm muito a aprender com o exemplo de DiMaggio. O brasileiro médio, que considera Neymar um herói, também. Sonegar impostos ou entrar em campo tendo recebido dinheiro do adversário é uma vergonha muito pior que a derrota – seja o placar 4 a 0 ou 7 a 1.
http://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/o-pessimo-exemplo-de-neymar-jr.html

Para certos professores ministrar aulas é opcional.

O governo do tucano Geraldo Alckmin pretende fazer uma grande mudança no ensino médio do ensino público. No segundo e terceiro anos, o aluno escolheria as matérias a cursar.
O Antagonista sugere que se faça antes outra revolução: a obrigatoriedade de professor dar aula. Essa ideia pode se espalhar pelo país e aumentar a chance de Alckmin ser o candidato do PSDB à Presidência, em 2018. 
*O antagonista
COMENTO: Bem sabemos que a ideia é proporcionar ao aluno a opção por matérias de maior peso ou que sejam pré-requisito no Curso Superior que ele optar em cursar. Não sei se seria uma boa medida embora seja, realmente, inovadora. Se iniciativa fosse aplicar aulas de marxismo e gramscismo e enfiariam a língua no orifício anal.Os professores e jornalistas comunistas apoiariam se tivesse aula de marxismo e gramscismo e enfiariam a língua no orifício anal. No que concerne aos professores e suas greves, em demasiado e sem respaldo fático, sob os auspícios de CUT & Cia, nos parece vergonhoso!!!

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher!

A bela Élida Bittencourt, musa do Clube Atlético Mineiro.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Secom sem transparência.

Foto: Pedro França - Agencia Senado
O senador Aloysio Nunes, do PSDB, pediu, pela terceira vez, detalhes sobre os critérios utilizados pela Secom para investir em publicidade, especialmente na Internet, segundo a coluna de Lauro Jardim, na Veja Online. Em requerimento, ele pretender entender se há pesquisas ou ranking de audiência que justifiquem os repasses. 
Em 2013 e 2014, o tucano fez os mesmos questionamentos. As respostas foram evasivas. 
O critério é ser blogueiro vendido, calhorda, sem escrúpulos, vagabundo.
*Via O Antagonista

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Questão de classe.

''Uma das crenças mais resistentes do pensamento que imagina a si próprio como o mais moderno, democrático e popular do Brasil é a lenda da inocência dos criminosos pobres. Por essa maneira de ver as coisas, um crime não é um crime se o autor nasceu no lado errado da vida, cresceu dentro da miséria e não conheceu os suportes básicos de uma família regular, de uma escola capaz de tirá-lo da ignorância e do convívio com gente de bem. De acordo com as fábulas sociais atualmente em vigência, pessoas assim não tiveram a oportunidade de ser cidadãos decentes - e por isso ficam dispensadas de ser cidadãos decentes. Ninguém as ajudou; ninguém lhes deu o que faltou em sua vida. Como compensação por esse azar, devem ser autorizadas a cometer delitos - ou, no mínimo, considera-se que não é justo responsabilizá-las pelos atos que praticaram, por piores que sejam. Na verdade, segundo a teoria socialmente virtuosa, não existem criminosos neste país quando se trata de roubo, latrocínio, sequestro e outras ações de violência extrema - a menos que tenham sido cometidos por cidadãos com patrimônio e renda superiores a determinado nível. E de quem seria, nos demais casos, a responsabilidade? Essa é fácil: "a culpa é da sociedade".
Maria do Rosário leve pra sua casa e dê todo tipo de 'assistência'!

*Por J. R. Guzzo, em Veja.

Juro sobe para 13,75% ao ano na 6ª alta seguida.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu subir nesta quarta-feira (3) os juros básicos da economia de 13,25% para 13,75% ao ano, um novo aumento de 0,50 ponto percentual. Foi a sexta elevação consecutiva da taxa Selic, que atingiu o maior patamar desde agosto de 2006, ou seja, em quase nove anos - quando estava em 14,25% ao ano.
A decisão confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia brasileira e, também, o emprego.
O novo aumento dos juros básicos da economia acontece em um momento em que a economia ainda se ressente de um baixo nível de atividade, com o PIB encolhendo 0,2% no primeiro trimestre deste ano e odesemprego avançando para 8% nos três meses até abril, mas com a inflação pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela alta do dólar - que avançou cerca de 20% até maio.

Ao fim do encontro, o Banco Central divulgou a seguinte frase: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,75% a.a., sem viés". Trata-se do mesmo comunicado das últimas reuniões do Comitê de Política Monetária.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Um discurso de renúncia para Dilma, à moda Blatter.


Blatter:
“Eu estive pensando profundamente sobre a minha presidência e os 40 anos em que minha vida tem sido inextricavelmente ligada à Fifa e a esse grande esporte que é o futebol.”
Dilma:
“Eu estive pensando profundamente sobre a minha presidência e os 47 anos em que minha vida tem sido inextricavelmente ligada a Cuba e à Pátria Grande socialista.”
Blatter:
”Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente, não pareço estar sendo apoiado pelo mundo do futebol, jogadores, clubes, que inspiram a vida no futebol.”
Dilma:
“Embora os beneficiários do Bolsa-Família e a apuração secreta das urnas eletrônicas tenham me reelegido presidente, não pareço estar sendo apoiada pelo mundo dos pagadores de impostos, ricos, classe média ou pobres, que financiam a vida no Brasil.”
Blatter:
“É por isso que eu vou convocar um congresso extraordinário e colocar minha função à disposição.”
Dilma:
“É por isso que eu vou convocar o meu vice ordinário Michel Temer e colocar minha função à disposição.”
Blatter:
“Gostaria de agradecer a todos aqueles que me apoiaram de forma construtiva e justa, como presidente da Fifa, e têm feito muito para o jogo que todos nós amamos.”
Dilma:
Gostaria de agradecer a todos aqueles que me apoiaram de forma comprada e iludida, como presidente do Brasil, e nada têm trabalhado pelo país que os pagadores de impostos amam.”
Blatter:
“O que me importa mais é que quando isso acabar, o futebol é o vencedor”.
Dilma:
“O que importa mais é que quando o PT acabar, o Brasil é o vencedor”.

Manifestantes indignados vaiam, hostilizam e mandam os petralhas Maria do Rosário e Paulo Pimenta de volta pra casa.

O grupo de manifestantes postou foto do entrevero com Maria do Rosário e Paulo Pimenta no Salão Verde. Os ânimos ficaram exaltados. 
O grupo de manifestantes postou foto do entrevero com Maria do Rosário e Paulo Pimenta no Salão Verde. Os ânimos ficaram exaltados. 
Da mesma forma que aconteceu com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (leia nota a seguir), os deputados Maria do Rosário e Paulo Pimenta PT do RS, foram alvo de hostilidades por parte de brasileiros que começaram a demonstrar tolerância zero em relação a petistas, seus aliados, o governo Dilma e o próprio PT. 
Na quinta-feira da semana passada, membros do grupo Revoltados Online, que participavam de protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, foram vaiados e intimidados no Salão Verde da Câmara.
Paulo Pimenta disse que entrará com representações na Polícia Federal, no Ministério Público e na Procuradoria da Câmara dos Deputados.
Deputados petistas tentavam conceder entrevista coletiva a jornalistas, mas foram impedidos por integrantes do movimento. 
De acordo com o PT, a repercussão do episódio nas redes sociais culminou em uma série de mensagens com críticas ferozes ao deputado Paulo Pimenta, em sua página no Facebook. A ação foi praticada por um "grupo reacionário", na opinião do petista.
Sem compreender que os protestos decorrem das roubalheiras e mentiras do governo Dilma e do PT, disse o deputado, completamente fora do eixo:
- Eles manifestam nas ruas pela volta a ditadura militar, são homofóbicos, racistas, contra direitos previdenciários para empregadas domésticas, contra o Prouni e a favor da redução da maioridade penal.
Os Revoltados On Line são de fato contra os governos corruptos do PT.
*Políbio Braga

Sindicatos decidem por greve em quatro linhas da CPTM, em São Paulo, nesta quarta.


Paralisação está prevista para quatro das seis linhas de trem de SP (Foto: Reprodução/GloboNews)

Do G1 São Paulo
Ferroviários decidiram em assembleias na noite desta terça-feira (2) entrar em greve a partir da 0h de quarta-feira (3) em quatro das seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo confirmou a paralisação das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa da 0h até pelo menos as 14h, quando haverá nova assembleia. O Sindicato dos Trabalhadores da Central do Brasil também decidiu parar as linhas 11-Coral e 12-Safira.
O Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana, que responde pelas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, porém, decidiu que seus trabalhadores não vão aderir à paralisação. As linhas devem funcionar normalmente na quarta.
O desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinou que deve ser mantido um contingente de 90% do efetivo de maquinistas e 70% dos demais profissionais entre 4h e 10h e entre 16h e 21h. Nos demais horários, 60% dos funcionários devem trabalhar. A liminar também impede que os trabalhadores efetuem a “liberação de catracas”. A multa diária para o descumprimento é de R$ 100 mil.
Em nota, a CPTM afirma que considera "irresponsável" a decisão dos dois sindicatos. "Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos."
Os engenheiros que trabalham na companhia informaram que a categoria não aceitou a proposta oferecida pela empresa e que está em estado de greve. Ao contrário dos ferroviários, os engenheiros decidiram, porém, que não haverá paralisação. Eles vão aguardar nova rodada de negociações no dia 11 de junho.
Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans), da Prefeitura, informou que irá acionar o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) nesta quarta. Dessa forma, haverá reforço de ônibus que circulam pelas regiões das linhas da CPTM paradas. O número de veículos e as linhas que receberão reforço não foram informados.
Negociação
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e os sindicatos que representam os ferroviários se reuniram nesta terça-feira (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não chegaram a um acordo quanto ao reajuste salarial da categoria. A CPTM ofereceu duas propostas.
Esta foi a terceira audiência de conciliação no TRT. Os ferroviários reivindicam 7,89% de reajuste salarial mais 10% de aumento real.  A próxima reunião no TRT está marcada para o dia 11, às 13h.
A companhia propôs reajuste salarial com base no IPC, de 6,6527%, com adicional de 1% e reajuste de 10% sobre os benefícios. A segunda oferta é de reajuste linear de 8,25% sobre salário e benefícios. O conselho de conciliação do TRT sugeriu ainda um reajuste de 6,6527% (IPC) + 1% de reajuste e 15% de aumento nos benefícios.
Durante a reunião, a CPTM chegou a oferecer 8,5% de reajuste salarial e de benefícios, mas, durante o recesso da audiência, a diretoria da empresa foi contra a proposta.
Metroviários
Na noite desta segunda-feira (1º), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo Metrô em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região.
Pela proposta o Metrô aumentou o reajuste dos salários de metroviários e engenheiros de 7,21% para 8,29%. Os dois sindicatos que representam as categorias pediam reajuste de 18,64% e 17,01%, respectivamente, mas na assembleia decidiu aceitar a proposta da empresa. Com isso, não haverá greve no Metrô de São Paulo.
O Metrô também ofereceu 10% de reajuste para vale-alimentação e vale-refeição desde que os trabalhadores aceitem a nova forma de pagamento da participação nos resultados da companhia, em parcela fixa mais 40% atrelados a metas. Atualmente só os 40% são vinculados a metas. "Foi uma conquista importante da categoria. Não é o que a gente queria mas na conjuntura atual foi o que conseguimos", disse o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior.

NOTA DA CPTM
"Na contramão da negociação salarial, sindicatos dos empregados de quatro linhas da CPTM deflagram greve.
O Sindicado dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, representante dos empregados das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) não aderiram à paralisação, atitude que demonstra respeito e bom senso.
A CPTM considera irresponsável a decisão dos sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central, que representa os empregados das linhas 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana) e dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, representante das linhas 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) e 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) de paralisar a prestação dos serviços, a partir da zero hora, desta quarta-feira, 3.
A decisão vai contra a recomendação da justiça de continuar as negociações sem paralisação dos serviços até o próximo dia 11 de junho, quando haverá nova reunião no TRT – Tribunal Regional do Trabalho.
Embora respeite o direito de greve, a CPTM ressalta que a paralisação do sistema prejudicará quase 3 milhões de usuários que utilizam diariamente a rede da CPTM para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos, confiando sempre no serviço prestado pela Companhia.
Na reunião de conciliação, realizada nesta terça, 2, na Sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), a CPTM fez duas novas propostas:
1) o IPC FIPE do período, mais 1%, totalizando 7,72% de reajuste salarial e 10% nos benefícios vale alimentação, tíquete refeição e auxílio materno;
2) ou o IPC FIPE do período, mais 1,5%, totalizando 8,25% de reajuste salarial e sobre todos os benefícios.
Ambas foram recusadas pelos sindicatos, sendo que o TRT marcou nova reunião para o dia 11 de junho, recomendando que até lá não houvesse paralisação dos serviços.
Lembrando, a CPTM também garante a manutenção de conquistas históricas dos ferroviários como:
Direito à licença maternidade de seis meses para todas as trabalhadoras;
Estabilidade para gestante, por seis meses, após o encerramento da licença maternidade;
Licença amamentação c/ duas horas livres por dia para amamentar a criança, por 12 meses;
Auxílio materno infantil;
Plano de assistência médica gratuito para todos os empregados;
Pagamento de 100% nas horas extras e de 50% de adicional noturno entre outros;
Complementação do salário nos casos de afastamento pelo INSS até 3 anos;
Gratificação de férias de 2/3 do salário, portanto superior ao estabelecido pela Lei;
Anuênio: pagamento de 1% de aumento sobre o salário a partir do 5º ano de empresa até o limite de 35%
Assim sendo, confia na responsabilidade de seus empregados em garantir a prestação de serviço e não prejudicar os cerca de 3 milhões de passageiros que diariamente utilizam o trem como meio de transporte."

Sancionada a Lei que regulamenta os direitos dos empregados domésticos.


Foi efetuada a sanção presidencial da lei complementar que regulamenta os novos direitos dos empregados domésticos. A lei foi publicada nesta terça-feira (2), no Diário Oficial da União. 
Muitas dúvidas e pouca informação levaram a empregada doméstica Eliene Souza até um centro de orientação ao trabalhador doméstico. Ela trabalha desde os 14 anos. Mas só há três anos conquistou a carteira de trabalho assinada. Agora foi demitida e foi se informar sobre seus direitos.
“Para eu ver se eu tenho direito ao seguro-desemprego se vou conseguir e tudo mais. Muito bom para gente se a gente tiver desempregada”, fala a doméstica.
O seguro-desemprego vai ser pago durante três meses, no valor de um salário mínimo, para o doméstico dispensado sem justa causa.
No local, estudantes de direito auxiliam quem tem dúvidas. Uma das principais é em relação a jornada de trabalho. Com a nova lei, os empregados domésticos devem cumprir no máximo 44 horas semanais - de segunda a sábado. Se passar disso, é hora extra.
“No máximo de duas horas por dia e elas são remuneradas de, no mínimo 50%, a mais do que a hora normal trabalhada”, explica Dandara Freitas de Medeiros, estudante de Direito da USP.
O trabalhador doméstico também tem direito a uma hora de almoço. Mas a lei permite negociação entre patrão e trabalhador. Se os dois concordarem, esse intervalo pode ser reduzido para 30 minutos.
Agora o patrão vai ter que pagar:
- 8% de INSS;
- 8% de FGTS;
- 0,8% de seguro contra acidente e 3,2% para um fundo que garantir o pagamento de indenização se houver demissão sem justa causa. Além do imposto de renda devido para o trabalhador. Para facilitar a vida do patrão, o governo vai criar o simples doméstico, que vai reunir num único documento, todos os direitos do trabalhador doméstico. O governo tem 120 dias para regulamentar o simples doméstico.

Apesar da regulamentação dos novos direitos das domésticas, o caminho para regularizar o situação de muitos trabalhadores domésticos no país. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) existem mais de sete milhões de empregados domésticos no Brasil, e apenas um milhão deles têm carteira assinada.
A presidente Dilma vetou dois pontos: o que nega aos vigilantes o sistema de contagem de horas extras dos empregados domésticos. O outro é que proíbe a demissão por justa causa do empregado doméstico com o argumento de terem violado a intimidade da família.
*Via Portal G1

terça-feira, 2 de junho de 2015

Pátria educadora da gatunagem.

Sempre houve uma grande simbiose entre políticos, o carnaval e o futebol.  Muitos sambistas elegem pessoas (presidentes de escolas e banqueiros do bicho), que irão proteger e beneficiar a escola de samba através de negócios escusos.  Quanto ao futebol nem se fala.  O Eurico Miranda foi eleito deputado federal, pela torcida vascaína.  O caso da FIFA requer uma grande investigação.

A Rússia “comprou” a Copa do Mundo de 2018, assim como o Qatar para 2022.  Lula fez o “diabo” (como os petistas gostam de falar) para que a Copa do Mundo de 2014 fosse aqui.  Além da sua projeção no nível internacional, ganhou muito dinheiro, extorquindo as empreiteiras, principalmente a Odebrecht que construiu um estádio para 40.000 lugares por R$1,4 BILHÃO em Itaquera, periferia violenta de SP.  A FIFA queria a construção de 10 arenas e o Governo fez 12.  O Maracanã foi derrubado e novamente construído.  O seu custo passou de 3 vezes do previsto no projeto inicial. São Paulo já com vários estádios excelentes, construiu mais um para o Corinthians que não atende as determinações da FIFA de 65.000 lugares, mas serviu para desviar vários milhões para o Lula e o PT, assim como eleger o grande corrupto corintiano Andrés Sanches.

Pode estar certo de que além do MENSALÃO, PETROLÃO, COPA DOMUNDÃO – 2014, BENEDENSÃO (BNDES), temos agora o envolvimento do PT com o FIFÃO.  e a   OLÍMPIADÃO .
E não vamos esquecer que continua a roubalheira com as obras para as OLIMPÍADAS 2016 no Rio de Janeiro.
Nunca se roubou tanto nesse país!

Recentemente neste final de maio de 2015, Dilma veio ao Rio e teve um encontro no Palácio da Gávea Pequena, com o Prefeito Eduardo Paes e o ex Governador do RJ, Sérgio Cabral.  O que Sérgio Cabral esteve fazendo nessa reunião, já que não ocupa nenhum cargo público.?  Lembrem-se que Sérgio Cabral esteve envolvido com empreiteiros, quando era governador e foi pego dançando com guardanapo na cabeça em um Restaurante de Paris com alguns empresários.
Sérgio Cabral é o grande lobista (intermediador entre políticos e empreiteiros), responsável por desvios de dinheiro público.
A   certeza  da  IMPUNIDADE   é  tão  grande  que  continuam  roubando , porque  sabem  que  o Supremo  Tribunal  Federal  está  tutelado  pelo 
PT ,  bem   como  o  Senado  Federal e a  Câmara  dos  Deputados  Federais .

PÁTRIA    EDUCADORA  DA   GATUNAGEM
*Antonio Luiz Tenório de Albuquerque <antonioluiz1941@hotmail.com>

Como Eike Batista virou um empresário do PT.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

"É assustador", diz juiz da Lava Jato sobre sequência de propinas.

No despacho em que mandou prender preventivamente Renato Duque, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, ressaltou que é “assustador” o fato de que o pagamento de propinas para o ex-diretor de Serviços da Petrobrás continuou ocorrendo ainda no segundo semestre de 2014 – meses depois da deflagração da investigação sobre o esquema de corrupção na estatal petrolífera.
Renato Duque chega à Polícia Federal - Foto: Márcia Foletto/Ag. O Globo.
Renato Duque chega à Polícia Federal – Foto: Márcia Foletto/Ag. O Globo.
O magistrado destacou que o rastreamento bancário mostra que Duque “transferiu os saldos milionários de suas contas na Suiça para contas em instituições financeiras em outros países, entre eles o Principado de Monaco”. Todos os ativos nas contas de Duque já foram bloqueados pelo Principado.
Mônaco é uma cidade-Estado, paraíso-fiscal situado no sul da França. Em setembro de 2007, o ex-banqueiro italiano Salvatore Cacciola, protagonista do escândalo do Banco Marka, foi preso pela Interpol no Principado. Condenado a 13 anos de prisão no Brasil por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta de instituição financeira, o ex-dono do banco Marka estava foragido da Justiça brasileira ficou 7 anos foragido, desde o ano 2000.
Monaco
As autoridades do Principado de Monaco embargaram, nos últimos dias, valores em contas offshore controladas por Renato de Souza Duque mantidas no Banco Julius Baer: conta em nome da off shore Milzart Overseas Holdings Inc, com saldo de 10.274.194,02 euros; – conta em nome de Pamore Assets Inc, com saldo de 10.294.460,10 euros. O total de 20.568.654,12 euros representa aproximadamente R$ 70 milhões.
“Esses fatos encontram prova documental nos autos, inclusive a afirmação expressa das autoridades de Monaco de que as duas contas são controladas por Renato Duque”, anota o juiz Sérgio Moro. “Oportuno destacar que Renato Duque não declarou, à Receita Federal, qualquer valor mantido no exterior, que jamais admitiu perante o Juízo ou ao Supremo Tribunal Federal que teria contas no exterior, e ainda que o montante bloqueado é absolutamente incompatível com os rendimentos que recebia como ex-diretor da Petrobrás.”
O rastreamento mostra que ainda no segundo semestre de 2014, a conta em nome da offshore Milzart Overseas, no Banco Julius Baer, no Principado de Monaco, que tinha como beneficiário e controlador Renato Duque, recebeu, em diversas operações de crédito, cerca de US$ 2.220.517. Já a conta em nome da offshore Pamore Assets, no Banco Julius Baer, também no Principado de Monaco recebeu, no segundo semestre de 2014, a quantia de 208.643,65 euros. 
“Esses valores foram provenientes de contas mantidas em nome das offshores Tammaroni Group e Loren Ventures, no Banco Lombard Odier, na Suiça, que também seriam controladas por Renato Duque, ainda em 2014″, assinala o juiz Moro. 
O juiz da Lava Jato citou, na decisão, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que detinha soma superior a US$ 26 milhões em contas na Suíça. “Os indícios são de que Renato Duque, com receio do bloqueio de valores de suas contas na Suiça, como ocorreu com Paulo Roberto Costa, transferiu os fundos para contas no Principado de Monaco, esperando por a salvo seus ativos criminosos.”
O juiz destacou trechos do relato do engenheiro Shinko Nakandakari, apontado como um dos onze operadores de propinas na Diretoria de Serviços, cota do PT na Petrobrás. Em delação premiada, Shinko revelou ter intermediado o pagamento de propinas da empreiteira Galvão Engenharia a Pedro Barusco, ex-gerente e braço direito de Duque. Segundo Shinko, os repasses a Duque eram realizados “em valores milionários”.
“(Shinko) Declarou que entregou pelo menos um milhão de reais em espécie a Renato Duque”, assinala o juiz no novo decreto de prisão contra Duque. “O mais assustador é que Shinko confessou o pagamento de propinas ainda no segundo semeste de 2014, quando a assim denominada Operação Lava Jato já havia ganho notoriedade na imprensa. Indagado, admitiu que, mesmo com a notoriedade da investigação, nem ele ou a empreiteira sentiram-se tolhidos em persistir no pagamento de propinas, o que também parece ser o caso de Renato Duque, já que realizou operações de lavagem em 2014, já durante o curso das investigações.”
*Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso, Andreza Matais e Fausto Macedo
*Clique e veja o despacho do Juiz Moro na íntegra: http://zip.net/bfrlW1

Economia afunda, PIB cai, quebradeira aumenta e Brasil vislumbra a falência.

















Com tantos desmandos, corrupção, roubalheira sem fim, arrecadação caindo, cortes comprometendo quase tudo, transferência de recursos ilegais para coisas amplamente suspeitas, e gastos absurdos com as mil e uma regalias da monarquia da corrupção em Brasília e em quase todas as prefeituras e nos Estados, o Brasil beira a falência, de fato.
O pior de tudo é que o governo e o congresso estão 'cagando e andando' para o povo literalmente.
Somente uma greve geral, parar tudo, ocupar Brasília e exigir a mudança radical que o Brasil precisa. So contrário, estamos todos lascados. A economia não suporta mais. É a falência batendo na porta!
Reuters - A economia brasileira encolheu 0,2 por cento de janeiro a março ante os últimos três meses do ano passado, com os investimentos caindo novamente e registrando a maior sequência negativa da série histórica.
A retração de 0,2 por cento do PIB no primeiro trimestre deste ano foi a primeira queda trimestral desde o segundo trimestre de 2014, quando a economia encolheu 1,4 por cento.
Apesar de ruim, o resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira veio melhor do que a mediana das previsões de analistas, que esperavam retração de 0,5 por cento, segundo pesquisa Reuters.
Os números, no entanto, reforçaram as expectativas de uma queda mais pronunciada no segundo trimestre, o que colocaria o país em recessão técnica.
"Os dados do segundo trimestre muito provavelmente serão negativos, o que irá confirmar que o Brasil está em recessão de novo", disse o chefe de Pesquisa de Mercados Emergente da TD Securities, Cristian Maggio, em Londres.
Na análise dos setores da economia, o desempenho positivo da agropecuária evitou uma queda mais forte do Produto Interno Bruto (PIB) neste início de ano. O setor teve expansão de 4,7 por cento nos três meses até março sobre o trimestre imediatamente anterior, no período em que começou a ser colhida safra recorde de grãos no país.
"O quarto trimestre é de entressafra (nas principais culturas). Essa alta (do setor agropecuário) no primeiro trimestre é o efeito da colheita da safra de grãos que começa no fim de dezembro", disse o diretor da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, Carlos Cogo.
O consumo das famílias caiu 1,5 por cento no primeiro trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado, o maior recuo desde o último trimestre de 2008, período de crise global, quando a retração foi de 2,1 por cento.
"Essa queda do consumo das famílias é reflexo do aumento de juros, o crédito está mais caro. A inflação também afetou o consumo das famílias", disse a economista do IBGE Rebeca Palis.
Para o economista Daniel Weeks, da Garde Asset Management, a demanda doméstica continua bem fraca. Após os dados do primeiro trimestre, ele manteve a projeção de queda de 1,7 por cento do PIB brasileiro em 2015, com retração em torno de 1 por cento no segundo trimestre ante o primeiro.
A despesa do governo recuou 1,3 por cento no primeiro trimestre, segundo período seguido de queda e o maior recuo desde os três últimos meses de 2008.
O PIB da indústria, por sua vez, diminuiu 0,3 por cento nos três primeiros meses de 2015, com uma queda de 1,6 por cento na indústria de transformação e de 4,3 por cento em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. Por outro lado, a indústria extrativa mineral subiu 3,3 por cento e a construção civil também teve desempenho positivo, de 1,1 por cento.
O setor de serviços foi outro que teve retração no primeiro trimestre, de 0,7 por cento, primeiro resultado negativo desde o segundo trimestre do ano passado, quando a queda foi de 0,8 por cento.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) --medida de investimentos-- caiu 1,3 por cento, no pior resultado desde o segundo trimestre de 2014. Também foi a sétima baixa trimestral consecutiva do indicador, na maior sequência negativa desde a compilação do dado, que teve início em 1996.
COMPARAÇÃO ANUAL
Em relação aos três primeiros meses de 2014, a economia brasileira teve retração de 1,6 por cento no primeiro trimestre deste ano.
Nessa base de comparação, a FBCF caiu 7,8 por cento, o pior desempenho desde o segundo trimestre de 2014, quando a retração foi de 7,9 por cento.
"O que mais caiu foi produção interna e importação de bens de capital. Tem tudo a ver com câmbio, incertezas, crédito mais caro e restrito, juros mais elevados e nível de confiança", disse Rebeca, do IBGE.
Os gastos do governo caíram 1,5 por cento na comparação anual, o pior resultado desde o quarto trimestre de 2000.
"Isso tem tudo a ver com o ajuste fiscal adotado pelos governos federal, estaduais e municipais. O efeito do ajuste já é visto no governo como um todo", comentou a economista do IBGE.
O consumo das famílias caiu 0,9 por cento de janeiro a março ante igual etapa do ano passado, refletindo a desaceleração da massa salarial, crédito mais restrito, juros mais elevados e inflação, segundo o IBGE.
Também na comparação anual e por setores da economia, a agropecuária cresceu 4 por cento, enquanto a indústria teve retração de 3 por cento e o setor de serviços recuou 1,2 por cento.
No acumulado em quatro trimestres, a economia brasileira teve retração de 0,9 por cento, com queda de 2,5 por cento da indústria e de 0,2 por cento em serviços. Já a agropecuária teve alta de 0,6 por cento.
A FBCP caiu 6,9 por cento no acumulado dos últimos quatro trimestres, enquanto o consumo das famílias subiu 0,2 por cento e os gastos do governo tiveram alta de 0,4 por cento. 
*(Com informações de Reuters/Por Rodrigo Viga Gaier e Flavia Bohone/Reportagem adicional de Walter Brandimarte no Rio de Janeiro, Silvio Cacione em Brasília e Gustavo Bonato em São Paulo)