segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ideli, a aloprada.

Ideli Salvatti, a ministra das relações nada institucionais:
 "Quem? Eeeuuu???"

Por Reinaldo Azevedo:
Todos já sabiam que Ideli Salvatti não reunia condições, digamos assim, intelectuais de ser a coordenadora política do governo.
Sua inteligência política sempre foi correspondente à sua elegância em plenário, ao tempo em que funcionava como pit bull do lulismo para as tarefas mais escabrosas: melar a CPI do mensalão, defender José Sarney, alinhar-se com Renan Calheiros…
Era passar a missão, e Ideli executava.
Muito bem!
A VEJA desta semana traz uma revelação escabrosa:
ELA PARTICIPOU, COMO SENADORA E LÍDER DO PT, DE UMA REUNIÃO COM O ALTO COMANDO DOS ALOPRADOS NO GABINETE DE ALOIZIO MERCADANTE E FOI A PRIMEIRA A MOBILIZAR A IMPRENSA PARA FAZER A “DENÚNCIA”. MAIS: MANIPULOU OS DOCUMENTOS FALSOS DO CRIME.
Aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2006, 11 dias antes de estourar o imbróglio.
Lá estavam, além dos atuais ministros, Expedito Veloso, Osvaldo Bargas e Jorge Lorenzetti.
Leiam trecho da reportagem de Hugo Marques e Gustavo Ribeiro:
(…)
 Logo depois do encontro, do gabinete da senadora foi iniciada a preparação do que deveria ser a etapa derradeira do plano - a publicação do falso dossiê.
As negociações do PT com os empresários que atuariam na farsa já estavam acertadas.
Os criminosos queriam 20 milhões de reais pelo serviço, mas acabaram aceitando o valor de 1,7 milhão de reais oferecido pelo partido, dinheiro que Mercadante se comprometeu a conseguir com a ajuda do ex-governador Orestes Quércia, segundo as revelações de um dos participantes da reunião, o bancário Expedito Veloso.
Na reunião, os cinco - Mercadante, Ideli, Expedito. Lorenzetti e Bargas - manusearam uma lista com números de cheques e fotos de um empresário já falecido que, na montagem da história, seria apresentado como elo da quadrilha com os tucanos.
Uma cópia do material foi deixada com a senadora.
E ela deu início ao que deveria ser a apoteose do trabalho: procurou jornalistas interessados em divulgar o conteúdo, exibiu os papéis e disse que aquilo era apenas uma pequena amostra da munição que o PT tinha para fulminar os tucanos.
Ela conhecia todos os detalhes do dossiê e deixou sua assessoria à disposição para ajudar no trabalho de divulgação.
A senadora, aliás, não escondia os motivos de seu empenho: as revelações, segundo ela, atingiriam Serra e beneficiariam o PT na eleição em São Paulo, mas também repercutiriam na disputa presidencial em favor da reeleição do presidente Lula.
(…)
Voltei 
É uma pessoa capaz de se envolver em tal sujeira que foi parar na coordenação política de Dilma Rousseff.
Sempre que Ideli estiver diante de um interlocutor da oposição ou da base do governo, o outro há de se lembrar dos seus feitos notáveis e lhe dispensar a credibilidade que ela merece. A piada é que seu ministério é o das “Relações Institucionais”.
Leiam a integra da reportagem da revista. E não se esqueçam: Ideli quer como seu braço direito, como o segundo do ministério, ninguém menos do que Carlos Abicalil, candidato derrotado ao Senado por Mato Grosso.
A idéia original foi dele.
Ele já havia empregado, com sucesso, o mesmo método contra um adversário tucano, Antero Paes de Barros, e até contra Serys Slhessarenko, sua colega de PT.
A ser assim, o Ministério das Reações Institucionais vai ser uma espécie de derivação do ADA, aquela organização criminosa conhecida como “Amigos dos Amigos”.

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