sábado, 30 de maio de 2015

A Polícia Federal descobre um esquema milionário operado por amigo do governador de Minas Gerais.

Na manhã de sexta-feira (29), quando subiram pelas escadas do Bloco B da 114 Sul em Brasília, rumo ao confortável apartamento no 4º andar, os agentes daPolícia Federal sabiam que adentrariam um endereço que guarda alguns dos maiores segredos da República. O apartamento é uma espécie de sede paralela doPalácio das Mangabeiras, residência oficial do petista Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais. Está registrado em nome da mulher dele, a jornalista Carolina de Oliveira Pereira (na foto acima com o marido). Durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, quando era o poderosoministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Pimentel e sua então namorada Carolina promoviam jantares discretos com políticos, empresários e lobistas, segundo fontes que participavam desses convescotes. A sala ampla acomodava bonitos quadros e uma mesa de jantar para oito pessoas. Uma empregada com uniforme servia sorrisos e boas bebidas. Falava-se muito de negócios, especialmente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Pimentel era presidente do Conselho de Administração do banco. Pimentel morava no apartamento. Guardava suas coisas lá. Agora, os agentes da PF recolheriam, com ordem judicial, o que houvesse no imóvel: dinheiro, computadores, pen drives, papéis.
Ainda no começo do dia, também em Brasília, os agentes estiveram na sede daOli Comunicação e Imagem, empresa que pertence a Carolina. A operação da PF, batizada de Acrônimo, investiga um esquema de lavagem de dinheiro desviado de contratos com o governo federal. A PF estava na rua – e nos bons apartamentos de Brasília e de outras cidades – para buscar mais provas do esquema. Entre os alvos, além da primeira-dama de Minas, brilhava um empresário que participou da campanha de Pimentel e da primeira eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010: o empresário Benedito Oliveira, o Bené. ÉPOCA obteve acesso ao inquérito da operação. De acordo com o Ministério Público Federal, que fundamentou os pedidos de busca e apreensão em 90 endereços, a Oli “seria uma empresa fantasma, possivelmente utilizada para os fins da ORCRIM (organização criminosa) com a conivência de sua proprietária Carolina de Oliveira Pereira” (leia abaixo). 


Eis, acima, o "Bené". Benedito de Oliveira é amigo do casal Pimentel e Carolina.
A página da reportagem de ÉPOCA, publicada em novembro, que alavancou a operação da Polícia Federal, e o empresário Benedito Oliveira, amigo do casal Carolina Oliveira e Fernando Pimentel,  (Foto: Reprodução)
Foi exatamente o que revelou ÉPOCA em novembro passado, numa reportagem. Nela, a revista, com base em entrevistas com a turma de Pimentel e documentos sigilosos, demonstrava que a empresa de Carolina era fantasma. Mostrava também que a ascensão financeira de Bené, dono de gráficas e empresas de eventos com contratos no governo petista, coincidiu com a ascensão política de Pimentel. Bené até indicara assessores e um secretário do Ministério do Desenvolvimento. E fora o dínamo da campanha de Pimentel ao governo de Minas.
A reportagem de ÉPOCA alavancou uma investigação da PF sobre Bené, que começara no mês anterior. Durante a eleição, ele fora detido no aeroporto de Brasília, num King Air de sua propriedade, com R$ 116 mil. Vinha de Minas. Não esclareceu a origem do dinheiro. Como se revelou na reportagem, o prefixo do avião (PR-PEG) trazia as iniciais dos filhos de Bené – daí “Acrônimo”, o nome da operação da PF. De acordo com a investigação que se seguiu, culminando com as batidas na sexta-feira, Bené era o cabeça do esquema. Foi preso, assim como o publicitário Victor Nicolato, parceiro dele, que ajudou a coordenar a campanha de Pimentel no ano passado.
O esquema de Bené, segundo as investigações, não era sofisticado. Ele conseguia contratos superfaturados com o governo do PT, valendo-se de sua influência junto a próceres do partido, lavava o dinheiro por meio de uma vasta rede de empresas – e, após embolsar sua parte, repassava o butim para sua turma. Nas palavras da PF, o amigo de Pimentel “seria o operador de organização criminosa estruturalmente ordenada e com clara divisão de tarefas, a qual teria por atividade o desvio de recursos públicos, por meio de contratos não executados e/ou superfaturados com entes federais, mormente no setor de eventos e gráfico, e a posterior lavagem desses recursos, utilizando para tanto diversas empresas, com abuso da personalidade jurídica e confusão patrimonial, inclusive com interposição de pessoas”.

Documento acima demonstra a relação entre as duas "consultorias"
ÉPOCA obteve um documento, já em poder da PF, que mostra que a investigação esbarrará em outra personagem que também orbitou a campanha e a convivência de Dilma: a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Em maio do ano passado, Erenice acertou um contrato de sociedade com a Brasil Século III, de Virgílio Guimarães – era por meio dessa empresa, segundo a investigação, que o petista recebia dinheiro do esquema de Bené. De acordo com a PF, o ex-deputado petista, cuja biografia se notabilizou por ter sido o agente que promoveu o encontro do publicitário Marcos Valério, preso como operador do mensalão, com o PT, era destinatário do “envio frequente de recursos financeiros de Benedito” em benefício próprio e “outras pessoas indicadas”. O contrato entre Erenice e Virgílio visava “promover o desenvolvimento sustentável e competitivo” da FBM Farma, uma indústria farmacêutica pertencente ao grupo Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares, que mantém em 2015 contratos de R$ 10,6 milhões com o governo federal. Em 2014, a empresa recebeu R$ 61,4 milhões dos cofres públicos, o dobro do ano anterior. A companhia, que já foi alvo de investigação do Tribunal de Contas da União, contratou Erenice Guerra para advogar em seu favor.
A polícia federal cita Virgílio Guimarães como beneficiário do esquema de Benedito Oliveira. Um contrato de consultoria entre Erenice Guerra e Virgílio mostra a conexão com Bené (Foto: Celso Junior/Estadão Conteúdo e José Varella/CB/D.A Press e reprodução )

Acima documento da empresa Fantasma da esposa do Governador Pimentel.
A relação próspera entre Bené e o PT resultou numa multiplicação extraordinária da fortuna do empresário. De 2005 para cá, o faturamento de seu grupo formado por cerca de 30 empresas passou de R$ 400 mil para R$ 500 milhões. Esse salto gigantesco foi impulsionado graças a contratos superfaturados fechados com órgãos públicos, segundo a Polícia Federal. As empresas de Bené possuíam contratos de centenas de milhões de reais com os ministérios das Cidades, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, entre outros. A Gráfica e Editora Brasil, controlada pela família de Bené, recebeu R$ 294,2 milhões entre 2004 e 2014. Quase um terço desse valor foi desembolsado pelo Ministério da Saúde. O inquérito da PF apontou ao menos 39 contratos com indícios de irregulares encontrados em auditorias realizadas pelo TCU e pela Controladoria-Geral da União. “São várias empresas com sócios entre si, com os mesmos endereços, sendo algumas delas fantasmas. O objetivo disso era realizar a lavagem de valores, provavelmente oriundos de fraudes licitatórias”, diz o procurador da República Ivan Cláudio Marx, do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal no Distrito Federal e responsável por conduzir o caso com a Polícia Federal.
Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini afirma que Carolina Oliveira “viu com surpresa a operação de busca e apreensão” em sua antiga casa, em Brasília. “Carolina acredita que a própria investigação vai servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”, diz o texto. O governo de Minas Gerais afirmou, em nota, que não é objeto da investigação. Procurado, o advogado de Bené, Celso Lemos, não retornou as ligações. ÉPOCA também não conseguiu contato com o ex-deputado Virgílio Guimarães e Erenice Guerra.

Agora, os investigadores tentarão identificar o destino dos recursos desviados. O delegado do caso, Dennis Cali, deu pistas dos próximos passos. Perguntado se Pimentel era um dos investigados, o delegado dizia que não. E completava: “Até o momento”.
*Via Revista Época.

Marqueteiro do PT é o novo investigado da Polícia Federal por lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar suspeitas de que duas empresas do jornalista João Santana, marqueteiro do PT desde 2006, trouxeram de Angola US$ 16 milhões em 2012 numa operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT.
Santana foi o responsável pelas campanhas presidenciais de Lula e Dilma desde 2006. No ano de 2012, ele trabalhou nas campanhas do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
“Uma das suspeitas dos policiais é que os recursos de Angola tenham sido pagos ao marqueteiro por empreiteiras brasileiras que atuam no país africano. Segundo essa hipótese, seria uma forma indireta de o PT quitar débitos que tinha com o marqueteiro”, informa a Folha.
Ainda conforme a Folha, Santana ganhou R$ 36 milhões pela campanha de Haddad. Apesar disso, a campanha de Haddad terminou com uma dívida de R$ 20 milhões com a empresa de marketing de Santana.Santana, no entanto, negou as irregularidades investigadas pela PF.
Este é o segundo marqueteiro do PT arrolado em indícios de crime de lavagem de dinheiro. Duda Mendonça, investigado no escândalo do mensalão, também foi acusado de crime de lavagem de dinheiro. No entanto, Mendonça foi absolvido por falta de provas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

PF prende empresário e ex-assessor ligados ao PT de Minas Gerais.


Operação Acrônimo da PF apreende carros e avião em Brasília.

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (29), quatro pessoas investigadas por associação criminosa para a lavagem de dinheiro como parte da operação Acrônimo, deflagrada em três Estados e no Distrito Federal. Segundo o delegado Dennis Cali, responsável pela investigação, há suspeitas de que o dinheiro lavado vinha de contratos superfaturados e não executados. A PF também investiga se o dinheiro desviado abastecia campanhas políticas. Uma outra pessoa foi presa por porte ilegal de arma.
Entre os cinco presos, estão o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, ligado ao PT e fornecedor da campanha do partido em Minas Gerais, e Marcier Trombiere Moreira, que trabalhou para a campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas no ano passado. Segundo a PF, Benedito seria o líder do esquema. Ele seria o sócio um grupo de pelo menos 30 empresas que manteria contratos fraudulentos com o governo federal em áreas como serviços gráficos e eventos. Ainda segundo Dennis Cali, o faturamento do grupo de empresas liderado por Benedito saltou de R$ 400 mil para R$ 500 milhões em pouco mais de seis anos. A PF não divulgou os nomes dos outros três presos.
A investigação conduzida pela PF começou em outubro de 2014, quando PF deteve cinco pessoas e apreendeu R$ 113 mil em um avião bimotor no aeroporto de Brasília. A aeronave vinha de Belo Horizonte. Benedito Rodrigues e o ex-assessor do Ministério da Cidades Marcier Trombiere Moreira estavam entre os detidos.
Benedito Rodrigues já havia sido investigado pela PF anteriormente por suspeitas de participar de um esquema para a produção de dossiês contra políticos do PSDB durante as eleições de 2010. Uma de suas empresas, a Dialog, havia recebido pelo menos R$ 200 milhões em contratos com o governo federal.
À época, a coligação de Pimentel emitiu nota em que admitia que Benedito Rodrigues e Marcier Trombiere haviam trabalhado para a campanha, mas que não poderia se "responsabilizar pela conduta de fornecedores".
O delegado Dennis Cali disse que, até o momento, o governador de Minas Gerais e outras autoridades com foro privilegiado não são investigados, mas afirmou que há a possibilidade de a investigação ter "novos desdobramentos" a partir da análise dos documentos apreendidos nesta sexta-feira. "Não há nenhuma autoridade com foro sendo investigada. Não há nenhum partido sendo investigado."
Segundo Cali, a investigação ainda está em andamento e dados do TCU (Tribunal de Contas da União) comprovam que houve superfaturamento e inexecução de serviços em contratos mantidos pelas empresas comandadas por Benedito junto ao governo federal. 
"A investigação está em curso. O que nós temos hoje, de fatos levantados, é sobrepreço e inexecução de contratos já reconhecidos pelo TCU. A partir dessa investigação, iniciamos toda essa metodologia de trabalho que hoje culminou com essas buscas", afirmou o delegado.
De acordo com a PF, o grupo tentava despistar as autoridades mudando o quadro societário das empresas envolvidas. Outra estratégia usada pelo grupo era colocar diversas empresas, a maioria de fachada, funcionando no mesmo endereço.
O delegado disse que um dos focos da investigação é verificar se o dinheiro desviado abasteceu campanhas políticas.
"(Abastecimento de caixas de campanha) também é um dos objetos da investigação. Sabemos que ocorreu o sobrepreço, sabemos que ocorreu a inexecução dos contratos e que houve o desvio do recurso público. O objeto da nossa investigação é rastrear para saber por onde esses valores transitaram e como transitaram", afirmou.
A PF informou que investiga duas empresas: a gráfica Brasil e a promotora de eventos Due. A gráfica teria faturado R$ 465 milhões desde 2005 em contratos com o governo federal, e a Due teria recebido R$ 60 milhões também em contratos.
A operação Acrônimo foi deflagrada na manhã desta sexta-feira em Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Noventa mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Federal do DF. A PF apreendeu uma aeronave bimotor avaliada em R$ 2 milhões e pelo menos 10 carros de luxo, entre eles caminhonetes e uma Land Rover.
De acordo com o advogado Délio Lins e Silva, Marcier vai pagar a fiança e deve ser liberado ainda hoje. O advogado de Benedito, Celso Lemos, afirmou que "não tem conhecimento de todos os motivos que levaram à prisao de seu cliente", mas acredita que ele deve ser liberado mediante pagamento de fiança.
*http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/05/29/pf-prende-empresario-ligado-ao-pt-em-operacao-contra-lavagem-de-dinheiro.htm

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela Caroll Marques, musa do Clube Botafogo de Futebol e Regatas

O Brasil só sairá desse clima de buraco abandonado com mudanças radicais e urgentes.

Falar em "quebra" do Brasil pelo PT extrapola as finanças.
Acabaram com a paz social; 
Apagaram os valores republicanos da nossa vida política;
Aparelharam todas as instituições civis do País;
Atrelaram nosso destino aos interesses de nações estrangeira;
Derrubaram os alicerces da moralidade;
Desmancharam a Cultura;
Desprestigiaram as Forças Armadas;
Desrespeitaram as religiões;
Deseducaram a população;
Minaram todas as instituições públicas;
Quebraram tudo e o que restou ficou sem significado algum, inclusive a autoestima dos brasileiros;
Vulgarizaram a família e o ensino para ampliar a idiotização.
1- O PT quebrou o Brasil.
2- A Operação Lava Jato feriu de morte o esquema de corrupção que havia, "fechando a torneira" do dinheiro ilegal do Petrolão (sim, ainda falta investigar o BNDES, mas um escândalo a ser investigado de cada vez, por favor!).

3- O governo petista, quebrado, trocou negociar com o FMI, o que seria contrário ao seu discurso histórico, por pedir empréstimo ao "companheiro ideológico mais rico do planeta", a China. Negócio de emprestar "apenas" U$ 50 bilhões de dólares, "para nossa infraestrutura". A mesma infraestrutura que o PT teve três mandatos para investir e não o fez, preferindo fazer a infraestrutura em países bolivarianos, numa política clara de lesa-pátria.
4- Os chineses condicionaram o "pequeno" empréstimo a uma maior "facilidade" de migração de "trabalhadores chineses" ao Brasil.
5- A China pratica o mais agressivo neocolonialismo do século XXI, numa clara politica imperialista, a mesma política que os comunistóides brasileiros protestam quando era feita pelos EUA. Mas, quando feita pelos comunistas chineses, nem uma palavra de protesto destes capachildos sem cérebro.
6- A China declara querer comprar enormes áreas de terras no Brasil, como já fizeram na África, numa óbvia politica estratégica de Estado que fere nossa Soberania e Seguranca Nacional, aliada à solicitação de "facilitar " a migração de "trabalhadores chineses", havendo o potencial perigo de termos verdadeiros " enclaves " do Estado Chinês em pleno território brasileiro.

7- QUEM NÃO ENXERGA O ÓBVIO E DENUNCIARÁ ESTA ESTRATÉGIA PASSO A PASSO CHINESA QUE É ABSOLUTAMENTE CONTRÁRIA AOS NOSSOS INTERESSES, AGRIDE NOSSA SOBERANIA E COLOCA EM RISCO A NOSSA PRÓPRIA SEGURANÇA NACIONAL??

"China compra terras no Brasil"

""Os chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil", disse o professor Delfim Netto em entrevista ao Estado de domingo. Pode haver algum exagero de linguagem, mas a preocupação é justificável. O diretor-geral da FAO, a agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, alertou os governos africanos para o risco de um "neocolonialismo", desta vez baseado no controle de áreas férteis. Companhias de vários países participaram nos últimos anos de uma corrida para comprar terras na África. As chinesas estiveram entre as mais ativas.

A maior estatal chinesa do setor, a China National Agricultural Development Group Corporation, opera em 40 países e 10 mil de seus 80 mil funcionários trabalham no exterior. A empresa detém 6 mil hectares na Tanzânia e criou negócios no setor de alimentos também na Guiné, no Benin e em Zâmbia e já entrou na Argentina e no Peru. Outras companhias chinesas também têm comprado terras em vários países, com o mesmo objetivo: garantir à China produtos indispensáveis ao seu crescimento econômico e à urbanização de centenas de milhões de pessoas.

Desde a última década o governo chinês vem aumentando os investimentos em recursos naturais de outros países. Até agora, seu avanço mais impressionante ocorreu na África, onde os investimentos em mineração e depois na compra de terras foram acompanhados de projetos de cooperação com os países hospedeiros, quase sempre pobres e com baixo grau de desenvolvimento.

O passo seguinte na estratégia foi a negociação de projetos com vários governos latino-americanos. Desde o começo deste ano, foram anunciados planos de investimentos de pouco mais de US$ 11 bilhões no Brasil. Se todos forem concretizados, o estoque de capital chinês no Brasil poderá ocupar a 9.ª posição em ordem de grandeza. Por enquanto, está em 42.º lugar.

Companhias chinesas têm mostrado disposição de investir em vários setores, como produção de aço, exploração de petróleo, distribuição de eletricidade, exploração de minérios e construção do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Parte desses investimentos atende ao objetivo de garantir matérias-primas para uso industrial e para geração de energia.

Ao mesmo tempo, empresas têm procurado oportunidades de investimento no agronegócio. Em abril, a China National Agricultural Development Group Corporation revelou a intenção de comprar terras para produzir soja e milho. Nos primeiros contatos, negociadores da empresa indicaram interesse em terras do Centro-Oeste, especialmente de Goiás.

Na mesma época, representantes do Chongqing Grain Group anunciaram a disposição de aplicar US$ 300 milhões na compra de 100 mil hectares no oeste da Bahia, para produzir soja para os mercados brasileiro e chinês. Funcionários da empresa participaram da comitiva do presidente Hu Jintao.

Um mês depois, o Grupo Pallas International, formado por investidores privados, mas também com participação estatal, divulgou planos de comprar entre 200 mil e 250 mil hectares no oeste da Bahia e possivelmente no conjunto de áreas de cerrado do Maranhão, do Piauí e do Tocantins, conhecido por Mapito.

Negócios desse tipo envolvem o controle de grandes áreas por grupos subordinados à estratégia de uma potência estrangeira. Poderão agir segundo interesses comerciais, como outros investidores, mas poderão seguir uma lógica de Estado - e esse Estado não será o brasileiro."

sexta-feira, 29 de maio de 2015

O dia de Dilma/Lula vai chegar! Tem gente decente e disposta na Justiça do Brasil!

5 JUIZES FEDERAIS INVESTEM CONTRA BNDES E OS 500 BILHÕES REPASSADOS ILEGALMENTE

5 JUIZES FEDERAIS INVESTEM CONTRA BNDES E OS 500 BILHÕES REPASSADOS ILEGALMENTE.

O Ministério Público Federal (MPF) adotou uma estratégia diferente, nas investigações que realiza há meses nos negócios do BNDES.
Em vez de concentrar todas as iniciativas em um único magistrado, como na Operação Lava Jato (coordenada pelo juiz Sérgio Moro, titular da Vara Federal de Curitiba), desta vez o MPF diluiu os seus mais de 60 pedidos de prisão, no caso do BNDES, entre cinco juízes federais tão bons quanto o Juiz Moro.
Os negócios do BNDES passaram por pente fino: o MPF examinou cada contrato, os detalhes e a procedência de dezenas de denúncias.
O Tribunal de Contas da União não consegue examinar os contratos do BNDES. Alegam “sigilo bancário” para mantê-los secretos.
Ainda não é investigada a denúncia de que Lula teria obtido obras para a Odebrecht no exterior oferecendo financiamento barato do BNDES.
A oposição de faz de contas já tentou este ano abrir a “caixa preta” do BNDES propondo CPI no Senado, mas a maioria governista inviabilizou a investigação.
*Fonte: Folha Centro Sul

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Escândalos da CBF/FIFA não ficará impune nos Estados Unidos.

Durante coletiva de imprensa realizada agora pouco, Loretta Lynch, procuradora-geral dos Estados Unidos, afirmou que dirigentes da FIFA e da Confederação Brasileira de Futebol(‪#‎CBF) exigiam propinas de patrocinadores, como aconteceu no escândalo da Nike. Um dos alvos é a roubalheira generalizada protagonizada pela Copa do Mundo Brasil 2014.
"Se você usa o sistema financeiro norte-americano para roubar, para corromper, para fraudar, certamente você vai pagar caro por isso, porque aqui existe Justiça", disse James B. Comey, diretor do FBI – Federal Bureau of Investigation, durante a mesma entrevista coletiva.

Governo prevê aumento de R$ 1 no salário mínimo em 2016.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em
imagem de arquivo (Foto: Reprodução)


O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, estimou um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2016 e, também, subiu a previsão para o salário mínimo em R$ 1 para o ano que vem, passando de R$ 854 para R$ 855 – o valor de R$ 854 constava da proposta para a LDO de 2016, entregue em abril ao Legislativo.
*Do G1, em Brasília

Câmara aprova em primeiro turno o fim da reeleição para cargos executivos.

Todos os partidos orientaram a favor do fim da reeleição e emenda foi aprovada por 452 votos a favor e apenas 19 contra.
*Por Isabel Braga, em 
O Globo
BRASÍLIA - O plenário da Câmara aprovou no fim da noite desta quarta-feira o fim da releição para presidente da República, governadores e prefeitos. A medida não atinge os prefeitos eleitos em 2012 e os governadores eleitos no ano passado. Todos os partidos orientaram a favor do fim da reeleição e a emenda foi aprovada por 452 votos a favor e apenas 19 contra, a mais ampla vantagem até o momento na votação da reforma política. 

A prática de deixar os vice-governadores e vice-prefeitos assumirem o cargo nos seis meses antes da eleição para que eles pudessem disputar o posto no cargo, também foi vetada. Quem ocupar o cargo nos seis meses antes do pleito estará inelegível. 
A emenda ainda precisa passar por votação em segundo turno para seguir para o Senado. O texto do fim da reeleição é do relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e não altera o tempo atual de mandato, de quatro anos. No entanto, nesta quinta-feira, o plenário analisará a ampliação da duração do mandato para cinco anos. 

Mais cedo, na votação de outra parte da reforma política e com uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara rejeitou o financiamento exclusivamente público e aprovou a doação de empresas para partidos nas campanhas. A emenda, de autoria do PRB, permite que as empresas doem apenas para os partidos, com a chamada doação oculta, quando os partidos centralizam o recebimento das doações, repassando-as aos candidatos, sem que se saiba que empresa financia a eleição de qual candidato. Pessoas físicas poderão doar aos partidos e aos candidatos. A emenda terá que ser votada ainda em segundo turno. 

Na terça-feira, quando começaram as votações da reforma política, os deputados rejeitaram o chamado distritão, sistema pelo qual os partidos perderiam força e seriam eleitos os candidatos a deputado mais votados nos estados. Eram necessários 308 votos para aprovar o distritão, mas a proposta recebeu apenas 210 votos sim; 267 parlamentares votaram contra e cinco se abstiveram. O resultado deixou clara a rejeição da Casa à mudança do sistema eleitoral brasileiro. 

Por decisão dos líderes partidários, cada ponto da proposta de emenda à Constituição (PEC) será votado individualmente, com necessidade de 308 votos para a aprovação de cada item. Ao final, todo o teor da proposta será votado em segundo turno. Em caso de aprovação nos dois turnos, a PEC segue para o Senado. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Justiça condena Cerveró a 5 anos de prisão por lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras utilizou dinheiro de propina para comprar imóvel de luxo no Rio. Pena será cumprida em regime fechado.
Nestor Cerveró - Sessão da CPI mista Petrobras destinada a acareação entre os dois ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró (Internacional), nesta terça-feira (02), no Congresso, em Brasília

Nestor Cerveró é condenado pela Justiça Federal(Eraldo Peres/Reuters)


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 1ª instância, condenou nesta terça-feira o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a cinco anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O ex-dirigente da estatal também foi penalizado a pagar multa de cerca de 108.000 reais.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Cerveró tentou esconder que utilizou recursos ilícitos na compra de um apartamento avaliado em 7,5 milhões de reais, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A negociata para a aquisição do imóvel foi revelada por VEJA.
Entre os processos a que responde por participação no escândalo do petrolão, o Ministério Público Federal acusou Cerveró de utilizar o cargo na estatal para favorecer contratações de empreiteiras e, em troca, receber propina. Segundo a denúncia, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, atuava como operador financeiro da Diretoria Internacional da Petrobras e recolhia propina tanto para Cerveró quanto para políticos ligados ao PMDB. Na parceria com o ex-diretor da petroleira, Baiano, com o aval de Cerveró, enviava a propina para contas no exterior em nome de empresasoffshores situadas no Uruguai e na Suíça.

A movimentação financeira incluía ainda o retorno de parte dos recursos ao Brasil por meio da simulação de investimentos diretos na empresa brasileira Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda - na verdade uma filial da offshore uruguaia Jolmey. As duas empresas eram de propriedade de Cerveró, mas eram administradas por laranjas. Em setembro do ano passado, VEJA revelou que o dúplex de 7,5 milhões de reais - e que virou a principal prova, neste processo, de que o ex-dirigente lavava dinheiro - pertencia, na verdade, à Jolmey.
Ao longo da Operação Lava Jato, a Polícia Federal reuniu provas de que Cerveró era o verdadeiro dono da offshore Jolmey e de que movimentou milhões de reais para comprar e reformar o seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em depoimento aos investigadores, o advogado Marcelo Mello confirmou a negociata e disse que foi procurado há sete anos por Cerveró e por Algorta para montar uma subsidiária brasileira da Jolmey Sociedad Anonima. Desde o início das investigações, Cerveró negava qualquer participação na criação da offshore. Em alegações finais apresentadas ao juiz Sérgio Moro, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor, ainda defendia a legalidade da aquisição do apartamento de luxo.
Para o Ministério Público, porém, Cerveró sempre utilizou o apartamento como mecanismo de lavagem de dinheiro do petrolão. O imóvel de cobertura no bairro de Ipanema foi adquirido pela Jolmey do Brasil por cerca de 1,5 milhão de reais, reformado por 700.000 reais e ficticiamente alugado ao ex-diretor da Petrobras por apenas 3.650 reais, valor cinco vezes menor que os preços de mercado.
Na sentença desta terça-feira em que condena o ex-diretor da Petrobras, o juiz federal Sérgio Moro, que já havia determinado o sequestro do apartamento, afirma que, depois da alienação, o imóvel deverá ser vendido e os recursos da transação deverão ser repassados à Petrobras.

Dilma muda as cores nacionais mexicanas, inventa uma tal camisa verde da Seleção e faz uma suruba histórico-antropológica das civilizações pré-colombianas.

O SAMBA-DA-PRESIDENTE-DOIDA – Dilma muda as cores nacionais mexicanas, inventa uma tal camisa verde da Seleção e faz uma suruba histórico-antropológica das civilizações pré-colombianas. Ah, sim: ela diz que a Petrobras é “a pátria de mãos sujas de óleo”. Concordo!
Eu nunca entendi por que diabos a presidente Dilma Rousseff tem a ambição de parecer uma pensa-dora, uma intelectual, uma estilista. Ela não é nada disso. Ao forçar a mão, acaba dizendo patacoadas estupendas, que concorrem um tanto para ridicularizá-la. Nesse sentido, Lula é mais prudente: transforma a sua ignorância em agressão aos adversários (especialmente FHC) ou em graça. Dilma tem a ambição de ser profunda. Aí as coisas se complicam. Ela concedeu uma entrevista ao jornal mexicano de esquerda “La Jornada”, publicada neste domingo. A transcrição, na íntegra, sem edição, está no site da Presidência (aqui).
Há de tudo lá: algumas parvoíces decorrentes do esforço de parecer sabida, distorções ideológicas as mais detestáveis e humor involuntário. E, claro!, também imposturas. A sua fala sobre o impeachment é, para dizer pouco, imprudente. Já chego lá. Começo pelo humor involuntário.  Prestem atenção a este trecho do diálogo:
Dilma - Teve um teatrólogo brasileiro, que você deve conhecer, Nelson Rodrigues, que, além, disso, foi um colunista de futebol.

Jornalista: Sim, claro.
Dilma: Que, quando se referia à Seleção Brasileira, dizia que a Seleção Brasileira era a pátria de chuteiras, a pátria verde e amarela de chuteiras. Lá, a Seleção Mexicana é a pátria azul, branca e verde…
Jornalista: Não, a camisa é verde, a camisa da Seleção. Sim, é verde.
Dilma: É verde? Então, é a pátria verde de chuteiras. A nossa também às vezes é verde, hein?

Vamos lá, leitor! As cores nacionais do México são verde, vermelho e branco, sem o azul. A Seleção Brasileira já jogou com camiseta branca, amarela, azul e até vermelha — curiosamente, em 1917, ano da Revolução Russa, e 1936, anos seguinte à Intentona Comunista. Mas verde, como disse Dilma, nunca! E a conversa ainda vai avançar para o terreno do surrealismo explícito. Leiam.
Jornalista: Agora deixa eu fazer uma pergunta, uma pergunta…
Dilma: Agora, a Petrobras é tão importante para o Brasil como a Seleção.
Jornalista: Claro.
Dilma: Então, eu sempre disse o seguinte: “Se a Seleção Brasileira é a pátria de chuteiras, a Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo.
Jornalista: Ah, isso é muito bom, presidente, é uma frase muito boa!
Dilma: E vocês têm também a pátria suja de óleo lá, a mão suja de óleo.
É espantoso que, diante da maior escândalo conhecido da história do país, que tem a Petrobras como epicentro, Dilma diga que a “Petrobras é pátria com as mãos sujas de óleo” e transfira, digamos, esse mérito duvidoso também ao México. De resto, a Petrobras é, sim, a pátria de mãos sujas. Mas não de óleo…
Suruba histórico-antropológica
Dilma começa a conversa, se vocês lerem a transcrição, tentando demonstrar a sua expertise em história mexicana. Arma uma lambança dos diabos com os povos pré-colombianos — seu interlocutor não ajuda muito, diga-se — e faz uma defesa do relativismo cultural que chega a flertar com sacrifícios humanos. E eu não estou brincando.
Referindo-se à cidade arqueológica maia de Chichén Itzá, diz a nossa sábia presidente:
Presidente - Eu fui a Chichén Itzá (…). É impressionante Chichén Itzá e também todo o conhecimento astronômico, a precisão do conhecimento astronômico. Para você ter aquela precisão, tem de ter um certo domínio razoável da matemática para aquele tipo de precisão que eles tinham. (…). E o que é destacado de forma bastante simplória para nós? É destacado sacrifícios humanos [ela disse assim, com erro gramatical mesmo], numa visão, eu acho, preconceituosa, contra aquela civilização que tinha um padrão de desenvolvimento e de desempenho que nós não conhecemos. A nossa população indígena não estava nesse nível de desenvolvimento. A mesma coisa o inca, não é? Mas lá é mais, era mais avançada, a mais avançada de todas. E não era asteca, não é? Eles não sabem, eles chamam de Tolteca, Olmeca.
Jornalista: Maia.
Presidenta: A Maia é mais embaixo, é ali na península do Iucatã, não é?
Santo Deus!
Vamos botar ordem na suruba histórico-antropológica pré-colombiana feita por Dilma. Comecemos pelo maior de todos os absurdos. A cultura inca não tem relação nenhuma com o México porque foi uma civilização andina, que se estendeu de um pedacinho do oeste da Colômbia até Chile e Argentina, passando por Equador, Peru — que era o centro irradiador — e Bolívia.
Reparem que, dado o contexto, a presidente sugere que a cidade de Chichén-Itzá não fica no estado de Iucatã, mas fica. Para a presidente brasileira, que deve ter lido apressadamente um resumo feito pela assessoria, Chichén-Itzá não é uma cidade asteca, mas tolteca ou olmeca…  Bem, nem uma coisa, nem outra, nem a terceira. A cidade é maia.
Trata-se de um erro de geografia e de tempo. Os olmecas (vejam o mapa), prestem atenção!, existiram entre 1.500 e 400 ANTES DE CRISTO. Os toltecas, entre os séculos 10 e 12 DEPOIS DE CRISTO e foram dominados por bárbaros, que resultaram no Império Asteca.
mapa méxico
O mais encantador, no entanto, é Dilma sugerir que a gente vê com preconceito os sacrifícios humanos das civilizações pré-colombianas… É, vai ver que sim! Confesso que vejo com preconceito também os atos sacrificais em massa levados a efeito por Hitler, Stálin, Pol Pot, Mao Tsé-tung. Sabem como é… Cada civilização tem seu jeito de matar…
Há mais besteira.
Num dado momento, ainda tentando se mostrar sábia sobre a cultura mexicana, disse a presidente:
“Eu sei de todas as histórias da relação do México com os Estados Unidos, que, na Revolução de 1910, diziam: ‘Ah, pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos!’. O jornalista, não mais esperto do que a presidente, emenda: “Isso”.
É uma tolice. A dupla trata a frase como se contivesse um conteúdo revolucionário. Mas não! O autor da dita-cuja foi o então presidente Porfírio Dias, que foi derrubado pela… revolução!
Impeachment
Indagada sobre o impeachment, afirmou a presidente:
“Sem base real, porque o impeachment está previsto na Constituição, não é? Ele é um elemento da Constituição, está lá escrito. Agora, o problema do impeachment é sem base real, e não é um processo, e não é algo, vamos dizer assim, institucionalizado, tá? Eu acho que tem um caráter muito mais de luta política, você entende? Ou seja, é muito mais esgrimido como uma arma política, não é? Uma espécie de espada política, mistura de espada de Dâmocles que querem impor ao Brasil. Agora, a mim não atemorizam com isso. Eu não tenho temor disso, eu respondo pelos meus atos. E eu tenho clareza dos meus atos. Então…”
Não sei o que Dilma quis dizer. De fato, o impeachment está na Constituição. O que não está institucionalizado? Eu, por exemplo, acho que a investigação já evidenciou a sua responsabilidade no escândalo do petrolão, mas certamente não há 342 deputados que concordem com isso. Ademais, é evidente que o impeachment é um processo político — essa é, diga-se, a sua natureza. Fazer essa afirmação para tentar descartá-lo é uma estultice. Ademais, convém aguardar o resultado da investigação.
Não por acaso, a presidente brasileira vitupera contra a deposição legal e constitucional de Fernando Lugo no Paraguai, o que lhe deu o ensejo de suspender aquele país do Mercosul e de abrigar a ditadura venezuelana.
A entrevista é uma confusão dos diabos. Dilma precisa ler melhor os briefings que recebe da assessoria e parar com esse negócio de querer recitar dados. Não é a sua praia. Melhor falar pouco e não dar bom-dia a cavalo!
Não é que a entrevista não seja engraçada. Dei aqui boas gargalhadas. Mas também se ri de tédio, não é?
Texto publicado originalmente às 4h34
Por Reinaldo Azevedo

STF abre caixa-preta de 8 bilhões de reais do BNDES, mas quem vai abrir a do Lula?

Lula bndes
O lobista em chefe
Número do dia: 8 bilhões.
Pela manhã, saiu a notícia de que Lula pediu a Dilma Rousseff a liberação de 8 bilhões de reais a Fernando Haddad para tentar comprar uma parte do eleitorado paulistano na campanha de 2016 do prefeito de São Paulo e, quem sabe, resgatar as duas próprias em que ele se empenha: a presidencial de 2018 e a de sua impunidade no petrolão.
No fim da tarde, a Primeira Turma do STF acompanhou por maioria o voto do relator Luiz Fux e determinou que o BNDES preste as informações pedidas pelo Tribunal de Contas da União sobre os empréstimos de mais de 8 bilhões de reais ao grupo J&F, dono da JBS, a maior doadora eleitoral do PT.
Só para o projeto à reeleição de Dilma, a empresa desembolsou quase 70 milhões de reais.
Como queríamos demonstrar: até mesmo para os padrões do Supremo petista, seria contorcionismo demais permitir a manutenção do sigilo dos empréstimos.
Quero ver agora é quem vai abrir a caixa-preta do Lula. Enquanto ele estiver no poder, a cada 8 bilhões de reais que vêm à tona, outros 8 bilhões escorrem pelo ralo.

Mensalão: Polícia Federal abre inquérito contra Lula.

Ex-presidente agora é investigado como suspeito de intermediar repasse de 7 milhões de reais da Portugal Telecom ao PT; acusação partiu de Marcos Valério.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe homenagem da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene


(Leandro Martins/Futura Pres/VEJA)
Desde o princípio, Lula afirmou que "não sabia" do esquema do mensalão
A Polícia Federal confirmou, nesta sexta-feira, ter aberto inquérito para investigar a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma das operações financeiras do mensalão. Agora, Lula é oficialmente investigado por sua participação no esquema que movimentou milhões de reais para pagar despesas de campanha e comprar o apoio político de parlamentares durante o primeiro mandato do petista.
O presidente teria intermediado a obtenção de um repasse de 7 milhões de reais de uma fornecedora da Portugal Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com Marcos Valério, operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta, presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram desconhecidas até o ano passado, quando Valério - já condenado - resolveu contar parte do que havia omitido até então.
A transação investigada pelo inquérito estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal em 2005. O episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.
pedido de abertura de inquérito havia sido feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal. As novas acusações surgiram em depoimentos de Marcos Valério, o operador do mensalão, à Procuradoria-Geral da República.
Como Lula e os outros acusados pelo publicitário não têm foro privilegiado, o caso foi encaminhado à representação do Ministério Público Federal em Brasília. Ao todo, a PGR enviou seis procedimentos preliminares aos procuradores do Distrito Federal. Um deles resultou no inquérito aberto pela PF. Outro, por se tratar de caixa dois, foi enviado à Procuradoria Eleitoral. Os outros quatro ainda estão em análise e podem ser transformados em outros inquéritos.
Segredos - Com a certeza de que iria para a cadeia, Marcos Valério começou a contar os segredos do mensalão em meados de setembro, como revelou VEJAEm troca de seu silêncio, Valério disse que recebeu garantias do PT de que sua punição seria amena. Já sabendo que isso não se confirmaria no Supremo - que o condenou a mais de 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro - e, afirmando temer por sua vida, ele declarou a interlocutores que Lula "comandava tudo" e era "o chefe" do esquema.
Pouco depois, o operador financeiro do mensalão enviou, por meio de seus advogados, um fax ao STF declarando que estava disposto a contar tudo o que sabe. No início de novembro, nova reportagem de VEJA mostrou que o empresário depôs à PGR na tentativa de obter um acordo de delação premiada - um instrumento pelo qual o envolvido em um crime presta informações sobre ele, em troca de benefícios.
*Por: Gabriel Castro, de Brasília