sábado, 10 de maio de 2014

Até onde vai o teatrinho de Dilma, ou porque o PT não sobrevive sem mentiras?

Dilma vai ao Itaquerão, mas talvez por medo de enfrentar o operariado, faz teatrinho pata fotos e filmagens com "atores" petistas travestidos de operários.

O Brasil e suas mazelas, segundo Ney Matogrosso.

As pesquisas reforçam a advertência: Dilma Rousseff é o Celso Pitta do Lula.

Por Augusto Nunes

dilmapitta
Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação registrados nas pesquisas de popularidade, o prefeito Paulo Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar-se capazes de instalar qualquer nulidade no cargo que ocupavam. 

Para que cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar do chefe, como registrou um post publicado em julho de 2010, os escolhidos deveriam ser desprovidos de autonomia de voo e luz própria. 

Quanto mais medíocre, melhor. 
Maluf pinçou no secretariado municipal um negro economista. Lula pinçou no primeiro escalão federal uma mulher economista. Ao apresentar o sucessor, o prefeito repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo. Mas quem arranjou o dinheiro foi um gênio da raça chamado Celso Pitta, secretário de Finanças. Ao apresentar a sucessora, o presidente reiterou que foi Lula quem pariu o Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso foi uma supergerente chamada Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil e Mãe do PAC. 

Obediente ao criador e guiado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando platitudes e louvando o chefe de meia em meia hora. Como herdara uma cidade mais que perfeita, restou-lhe embelezá-la com espantos de matar alemão de inveja. Nenhum fez mais sucesso nos programas na TV do que o Fura-Fila, um veículo leve sobre trilhos instalados em viadutos. Grávido de orgulho com o desempenho do poste que fabricara, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse. 

Obediente ao criador e tutelada pelo marqueteiro João Santana, Dilma percorreu o circuito eleitoral driblando debates e entrevistas, gaguejando frases descartáveis e bajulando o chefe a cada 15 minutos. Como herdara um país pronto, restou-lhe acrescentar refinamentos que fariam do País do Carnaval uma Noruega com praia, samba e futebol. A campanha eleitoral nem começara quando os primeiros apitos do trem-bala anunciaram a chegada do Fura-Fila de Dilma. Grávido de confiança no poste que esculpira, o padrinho deixou claro que disputava o terceiro mandato disfarçado de Dilma, já conhecida nas lonjuras da nação como a “mulher do Lula”. 

São Paulo demorou três anos para descobrir que era governada pelo pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, os iludidos escorraçaram Pitta do emprego e Maluf nunca mais foi eleito para qualquer cargo executivo. Milhões de brasileiros já constataram que a nação é presidida por uma fraude. Os eleitores que ainda não enxergaram a vigarice são suficientemente numerosos para que a pior governante desde o Descobrimento continue a sonhar com um segundo mandato. Mas também sobram motivos para que a oposição acredite – e a última pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira deixa ainda mais evidente – que uma era pode estar chegando ao fim. 

“Volta, Lula!” não é uma palavra de ordem. É um grito de medo.

Não é a senha para a ofensiva. 

É um pedido de socorro inútil. 

Se a afilhada naufragar, o padrinho não escapará do abraço de afogado. 

Dilma Rousseff é o Celso Pitta de Lula. 

Zé Dirceu permanecerá trancafiado na cela da Papuda, decide Joaquim Barbosa,na forma da Lei.

Relator do mensalão argumenta que o ex-ministro ainda não cumpriu um sexto da pena, conforme determina a Lei de Execução Penal para liberar o trabalho fora da cadeia no regime semiaberto 
Laryssa Borges, de Brasília 
Veja.com

DENTRO DA PAPUDA - Condenado a sete anos e onze meses de prisão por crime de corrupção, o ex-ministro José Dirceu passa a maior parte do tempo na biblioteca do presídio 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, vetou nesta sexta-feira o pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para trabalhar fora do presídio da Papuda, no Distrito Federal, enquanto cumpre pena pela condenação no julgamento do mensalão. Relator do processo na Corte, Barbosa sustentou que o petista ainda não cumpriu o mínimo de um sexto de sua pena – sete anos e onze meses –, um requisito para conseguir o benefício, segundo a Lei de Execução Penal. No caso de Dirceu, seria preciso cumprir ao menos 1 ano, 3 meses e 25 dias de prisão no regime semiaberto – com possibilidade de descontar os dias remidos por trabalho ou estudo. 

Por lei, a autorização para o trabalho externo depende do cumprimento prévio de um sexto da pena. Porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência que autoriza o trabalho independentemente da comprovação deste prazo. O Supremo, por sua vez, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença. Nesta quinta-feira, por exemplo, Barbosa revogou a permissão de outro mensaleiro, Romeu Queiroz, para trabalhar fora do presídio em Minas Gerais – o que deverá ser replicado para os demais mensaleiros que conseguiram o benefício. 

“Ausente o pressuposto objetivo para a concessão do benefício (não cumprimento de 1/6 da pena) e por ser absolutamente contrários aos fins da pena aplicada (...) indefiro o pedido”, disse Barbosa na decisão sobre o pedido de Dirceu. Em sua decisão, o magistrado contesta ainda a interpretação frequente do STJ de que o cumprimento de um sexto da pena não seria necessário e afirma que as decisões daquele tribunal “violam frontalmente o disposto no artigo 37 da Lei de Execução Penal”. "Ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena total aplicada ao condenado a regime semiaberto, as VEPs e o Superior Tribunal de Justiça tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto, sem que o Código Penal ou a Lei de Execução Penal assim o tenham estabelecido. Noutras palavras, ignora-se às claras o comando legal, sem qualquer justificativa minimamente aceitável", afirmou. 

Em resposta à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal já havia rejeitado a principal tese petista, segundo a qual ele estaria sendo prejudicado por ser o único mensaleiro a não ter tido autorizado o pedido de trabalho externo. Dirceu tem oferta para trabalhar no escritório do criminalista José Gerardo Grossi. 

Para Barbosa, o fato de Grossi não permanecer em seu escritório durante todo o expediente, por exemplo, dificultaria a fiscalização de Dirceu durante a jornada de trabalho. “Ademais, para fins de reeducação, o apenado já vem executando atividade similar dentro do sistema prisional”, onde tem feito cursos de Direito Constitucional e trabalhado dentro da biblioteca da Papuda. Na avaliação do ministro, “não há, assim, motivo para autorizar a saída do preso para executar serviços da mesma natureza do que já vem executando atualmente, considerada a finalidade do trabalho do condenado”, que é educativa e produtiva, conforme a Lei de Execução Penal. 

Em seu despacho, o ministro ainda critica duramente a oferta de trabalho feita por Grossi ao principal condenado no escândalo do mensalão e afirma que “é lícito vislumbrar na oferta de trabalho uma mera ‘ação de complacência entre companheiros’”. “É de se indagar: o direito de punir indivíduos definitivamente condenados pela prática de crimes, que é uma prerrogativa típica do Estado, compatibiliza-se com esse inaceitável tradeoff entre proprietários de escritórios de advocacia criminal? Harmoniza-se tudo isso com o interesse público, com o direito da sociedade de ver os condenados cumprirem regularmente as penas que lhes foram impostas?”, questiona ele. 

Mordomias – A decisão contrária ao trabalho a José Dirceu foi divulgada no mesmo dia em que o jornal Folha de S. Paulo revelou que as mordomias do ex-ministro da Casa Civil na prisão continuam: sua filha, Joana Saragoça, foiflagrada furando a fila de visitas na Papuda com a ajuda de um funcionário da Subsecretaria do Sistema Prisional. 

Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia encaminhado documento ao Supremo no qual apontava "indicativos claros" de tratamento diferenciado concedido aos mensaleiros na cadeia. Entre esses indicativos, ele citou o fato de os presos terem recebido visitas em horários diferenciados na Papuda, administrada pelo governo Agnelo Queiroz (PT). O procurador ressaltou ainda depoimento no qual outros presidiários relataram que os condenados do mensalão recebem café da manhã diferente. "Há indicativos bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades", disse. 

Em duas edições, VEJA revelou uma série de mordomias que Dirceu e Delúbio Soares desfrutam na Papuda. Dirceu passa a maior parte do dia no interior de uma biblioteca onde poucos detentos têm autorização para entrar. Lá, ele gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão, e lê em ritmo frenético para transformar os livros em redações, o que lhe pode garantir dias a menos na cadeia. O ex-ministro só interrompe as sessões de leitura para receber visitas – incluindo um podólogo –, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas.

Já o ex-tesoureiro petista detém forte influência no Centro de Progressão Penitenciária. Os benefícios, considerados irregulares pelo Ministério Público do Distrito Federal, incluem até refeições especiais, como feijoada aos finais de semana, o que é proibido para todo o restante da população carcerária. Outro exemplo da influência de Delúbio dentro do CPP ocorreu quando o petista teve sua carteira roubada. Ele chamou o chefe de plantão, que determinou que ninguém deixasse a ala do centro de detenção até que a carteira, os documentos e os 200 reais em dinheiro fossem encontrados.

Comandada pelo PT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara realizou uma diligência na Papuda com o objetivo de negar a existência de benefícios aos condenados no julgamento do mensalão e, dessa forma, evitar sanções aos mensaleiros. A intenção era pressionar pela liberação do trabalho externo para Dirceu, mas o tiro saiu pela culatra: os deputados encontraram Dirceu assistindo a um jogo de futebol em TV de plasma e conferiram que sua cela é maior e mais equipada que a dos demais detentos – possui micro-ondas, chuveiro quente e uma cama melhor. 

Em resposta à Comissão, a própria Vara de Execuções Penais desconstruiu o argumento de que Dirceu estaria sendo penalizado pelas autoridades judiciárias por não ter recebido aval para o trabalho externo. Conforme a VEP, ao contrário do que alega a militância petista, o regime semiaberto não garante o direito ao trabalho externo, e sim à possibilidade de o detento ser contemplado com esse benefício. “O regime semiaberto não se caracteriza pela existência de benefícios externos, os quais, na forma do artigo 35 do Código Penal, podem ser autorizados de forma excepcional. O trabalho ao sentenciado, como regra, é interno, mesmo no regime semiaberto. O sentenciado José Dirceu cumpre pena no regime semiaberto com estabelecimento adequado ao regime prisional fixado na sentença”, informou a VEP em ofício enviado à Câmara dos Deputados. 

Dirceu está sendo investigado pela Justiça por ter usado um celular dentro da cadeia do secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, no dia 6 de janeiro.

E continuam os escandalos na PETROBRAS.

Aloysio Nunes: Okinawa é “cópia descarada” de Pasadena
Brasília (DF) - O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou nesta terça-feira (6) que as irregularidades nas negociações para a compra da refinaria Nansei, em Okinawa, no Japão, são uma cópia do que ocorreu com Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos.

“É a cópia autêntica, descarada, de Pasadena, só que no Japão. Mas é a mesma diretoria presidida pelo [José Sergio] Gabrielli e o conselho de administração presidido por Dilma Rousseff.
Os mesmos documentos falhos, incompletos, que omitem características essenciais do negócio, elaboradas pelo mesmo [Nestor] Cerveró”, disse o senador.
Reportagem publicada na última terça-feira (6) na Folha de S.Paulo mostra que Pasadena não foi a única aquisição controversa feita pela Petrobras - gestao PT.
A compra da refinaria Nansei, em Okinawa, foi aprovada pelo conselho de administração da empresa sem que ele fosse informado dos riscos do investimento.

Cerveró começa a abrir o jogo e diz que Dilma mentiu sobre a compra da refinaria de Pasadena.


Nestro Cerveró, em foto por Folha.uol.com.br
Reportagem de Alexandre Rodrigues  em O Globo revela que o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, prestou depoimento à comissão interna criada pela Petrobras e mostrou que não vai aceitar assumir sozinho a responsabilidade pelos prejuízos da estatal. Seguindo o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, agora Cerveró cobrou, ainda que indiretamente, a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff, que na época era presidente do Conselho de Administração da estatal.

Ao fim do depoimento, Cerveró entregou uma defesa por escrito redigida em duas páginas por seu advogado, Edson Ribeiro. O documento, obtido pelo Globo, recorre ao Estatuto Social da Petrobras para dizer que o Conselho não poderia ter decidido pela aquisição de Pasadena apenas com base no resumo técnico da Àrea Internacional, mas subsidiado pela decisão encaminhada pelo colegiado da diretoria executiva, pelas manifestações da área técnica ou comitê competente e pelo parecer jurídico. Essa previsão está no artigo 31 do Estatuto. Dessa forma, Cerveró sustenta que sua participação na reunião do conselho era “complementar”.

*Por Carlos Newton - Tribuna de Imprensa 

Por que hoje é Sábado, uma bela mulher!

A bela atriz Emma Stone

Marina Silva, o melhor cabo eleitoral do PT.

Marina Silva: ela se comporta como a juíza da política e dos políticos
Marina Silva: ela se comporta como a juíza da política e dos políticos.
Não há coisa mais cretina do que a soberba. E é pior quando parte de alguém que faz uma espécie de profissão de fé na humildade ou que a exerce com tal voracidade que chega a ser concupiscente. Eis Marina Silva, a candidata a vice na chapa de Eduardo Campos (PSB) e líder da Rede, o partido inexistente mais arrogante do Ocidente. Marina concede uma entrevista à Folha que está na edição desta quinta. E lá está o título da página: “PSDB de Aécio tem o cheiro da derrota no 2º turno”. Não é um exagero nem uma simplificação. Ela realmente disse isso. Em que medida é um movimento combinado com Campos? Não se sabe. Quando se trata de Marina, nunca se sabe! Parece-me, no entanto, que, desta feita, ela pode estar obedecendo a uma estratégia conjunta — a tal lógica da diferenciação.
Só para esclarecer: por que falo em soberba? Em primeiro lugar, porque não me parece que seja a hora de os dois candidatos de oposição resolverem se enfrentar. Há cinco meses inteiros ainda até a eleição. Nas condições atuais, Dilma venceria no primeiro turno. Basta pensar: e se Aécio Neves responde na mesma moeda? Acontece o quê? Os petistas aplaudirão o bate-boca de pé. Essa tontice de Marina tem um quê de desonestidade intelectual e política porque parte da certeza de que aquele que foi atacado não vai responder — e acho, se querem saber, que não deve mesmo. Em segundo lugar, Marina é soberba porque parte do princípio de que ninguém ocupa a sua altitude moral e, pois, ela pode ser juíza do processo político e sair por aí a julgar os vivos e os mortos.
A Folha publica um texto sobre a entrevista e há endereço para um vídeo. Não assisti. Mas suponho que, se Marina tivesse dito algo de relevante — além do ataque à outra candidatura de oposição —, o jornal teria aproveitado num texto de mais de 5 mil toques. Se não está ali, é porque não há. Segundo Marina, Eduardo Campos é diferente de Aécio Neves. É certo que sim! Em quê? Ela exemplifica: ambos divergem sobre maioridade penal. E isso nem chega a ser exatamente verdadeiro. A proposta do PSDB mantém a dita-cuja em 18 anos, mas abre a possibilidade de a Justiça considerar exceções no caso de crimes hediondos. E pronto! Aí está a diferença.
Marina, ora vejam, expressa o seu entendimento de voto útil, que viola a história: “O PSDB sabe que já tem o cheiro da derrota no segundo turno. E o PT já aprendeu que a melhor forma de ganhar é contra o PSDB”. Ela se esquece de que o PSDB venceu duas eleições para a presidência no primeiro turno, e o segundo colocado era um petista — no caso, Lula!
Até agora, como se sabe, Marina não conseguiu transferir seus votos para Campos, mas ela prefere fazer especulações sobre a viabilidade do outro candidato que disputa o terreno oposicionista. Em certo sentido, convenham, o pleito difícil de explicar é o do PSB, que se diz oposição a Dilma, mas não a Lula. De tal sorte a candidatura está ancorada nesse fundamento que o ex-governador de Pernambuco seria obrigado a sair da disputa se o ex-presidente decidisse tomar o lugar de Dilma na chapa. Campos, está dado, não se opõe a um modo de governar, mas a uma pessoa.
Marina fala ainda como a senhora do progressismo e do avanço social. Depois verei o vídeo. No Acre, por exemplo, ela é governo, junto com Tião Viana (PT). Estou curioso para saber o que ela pensa sobre a exportação de haitianos para São Paulo. Ela já se importou bastante com bagres para ser tão silente sobre seres humanos, não é?
Ah, sim: segundo fiquei sabendo, em São Paulo, a chefe da Rede tende a apoiar a candidatura de Vladimir Safatle, do PSOL, ao governo do estado. Aí estão as suas afinidades. É mesmo uma pessoa diferenciada. A Folha informa que, antes da entrevista, ela passou beterraba nos lábios porque tem alergia a batom. O mundo é estranho. Eu sou alérgico a gergelim. E ela também nega que tenha falado diretamente com Deus, como andou espalhando por aí o presidente Lula. O Altíssimo, parece, se manifestou diretamente no seu coração.
Não deixa de ser um privilégio, né?
Por Reinaldo Azevedo

É preciso distinguir a causa justa da manipulação política.

Dois movimentos se juntaram hoje para protestar em São Paulo, o MST — Movimento dos Sem Terra — e o MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Este é a versão urbana daquele. As táticas são as mesmas: invasão de propriedade privada, depredação e violência. O chefão do MST é João Pedro Stédile, um economista que nunca passou dificuldade na vida. O líder com mais visibilidade do MTST é Guilherme Boulos, um rapaz de classe média alta que decidiu se dedicar, vamos dizer, à causa. Ok. A origem social não determina as escolhas. Lênin, o líder da revolução russa, era filho de um alto funcionário do czar. O pai de Trotsky era um rico latifundiário. E os filhos, no entanto, estão na origem do terror comunista, que viria a responder por algo em torno de 150 milhões de mortos. Ainda é a ideologia que mais matou na história da humanidade.

Por que destaco a origem social desses supostos líderes? Porque é preciso distinguir a causa justa da manipulação política. O Brasil conta com programas de reforma agrária e de construção de moradias. Tanto os sem-terra como os ditos sem-teto são interlocutores ativos no estado brasileiro num e noutro. É sabido que o Ministério do Desenvolvimento Agrário está praticamente entregue ao MST. O tal MTST tem direito a uma cota de casas populares construídas pelo Poder Público. Terra e casas são distribuídas preferencialmente a seus militantes, o que é um absurdo.

Nesta quinta, os dois grupos se juntaram para ocupar os prédios de três grandes construtoras em São Paulo: Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. Faziam reivindicações específicas de sua área e protestavam contra a Copa do Mundo. As respectivas sedes das empresas foram pichadas. As manifestações mais agressivas foram suspensas depois que a presidente Dilma, que está em São Paulo para inaugurar o inacabado Itaquerão, convidou os líderes dos protestos para um encontro.

É uma irresponsabilidade, senhora presidente da República! Mais uma vez, a chefe do estado brasileiro cede ao jogo da truculência. Cometeu o desatino de receber líderes do próprio MST em Brasília depois de uma tentativa de invasão do STF, no dia 12 de fevereiro. Trinta policiais ficaram feridos então. No dia seguinte, num ato político do movimento, estiveram presentes representantes do PT, do PSB, do PSOL e do próprio governo federal.

E agora o mais patético: o governo tem um chamado “interlocutor” para dialogar com estes que se dizem “movimentos sociais”. É o senhor Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. Confesso a vocês que nunca entendi até onde ele é um negociador ou um incitador da violência. Não custa lembrar que, até outro dia, este senhor estava a fazer especulações sobre a natureza social dos rolezinhos, tentando lhes emprestar um caráter de guerra racial. Carvalho tentou transformar uma manifestação que era para dar beijo na boca, para lembrar o poeta Augusto dos Anjos e com o perdão da palavra, na véspera do escarro da luta de todos contra todos.

Dilma Rousseff, a que recebe baderneiros, precisa ficar atenta para saber se seu colaborador realmente colabora para diminuir as tensões sociais ou se é um incitador de protestos, de olho, quem sabe, na substituição da candidatura do PT à Presidência da República. Mais uma vez, simbolicamente, Dilma vai levar a baderna para dentro do Palácio, deixando claro que a violência é um meio aceitável de reivindicação. Esta senhora está, na prática, criando as condições para um país ingovernável, seja ela a eleita, seja outro.

*Por Reinaldo Azevedo, na Veja online

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Mais um vazamento da caixa preta da Petrobras.


A compra de uma refinaria no Japão pela Petrobras, em 2008, foi aprovada pelo conselho de administração da empresa sem que ele fosse informado dos riscos do investimento, como ocorrera antes com outra aquisição controversa, a da refinaria de Pasadena, nos EUA, em 2006.
Documentos internos da Petrobras, aos quais a Folha teve acesso, mostram que o resumo enviado pela diretoria da estatal ao conselho, pedindo aprovação da compra da refinaria Nansei, em Okinawa, omitiu vários riscos identificados por áreas técnicas.
Na avaliação dos funcionários, a refinaria, que dava prejuízo aos japoneses, só se tornaria rentável se fosse adaptada para refinar o petróleo brasileiro, mais pesado, e dobrasse sua capacidade de produção para 100 mil barris por dia, mas essa informação não foi transmitida ao conselho.
Como informou na semana passada o jornal "Valor Econômico", restrições ambientais impediram a ampliação. O investimento previsto no momento da aquisição foi cancelado em 2011, e a refinaria continuou produzindo apenas 45 mil barris por dia.


Quando o negócio foi submetido ao conselho, em novembro de 2007, a Petrobras era presidida por José Sérgio Gabrielli e tinha a atual presidente, Graça Foster, como diretora da área de gás.
Nestor Cerveró, que dirigia a área internacional, preparou o resumo avaliado pelo conselho, então presidido por Dilma Rousseff. Em março, a presidente atribuiu a Cerveró a culpa por ter aprovado a compra de Pasadena, ao receber dele um relatório considerado "falho" por ela.
A aquisição de 87,5% de Nansei foi fechada em 2008, por US$ 331 milhões, incluindo estoques, pagos à antiga dona da participação, a Tonen General, subsidiária da Exxon. A japonesa Sumitomo detinha outros 12,5%.
A justificativa para comprar Nansei era "expandir os negócios em mercados rentáveis no exterior", dado o "expressivo crescimento do mercado asiático".
Segundo os documentos internos, as áreas financeira e de estratégia consideravam que a refinaria Nansei não era rentável porque o indicador usado para medir a expectativa de retorno na compra de uma empresa era negativo em US$ 215 milhões.
Esse indicador, sustentavam os técnicos, só tinha chance de ficar positivo, em US$ 252 milhões, se houvesse o investimento bilionário em ampliação e adaptação.
O documento enviado ao conselho, porém, trazia outra avaliação, feita pela área internacional, de Cerveró, para quem o negócio era rentável mesmo sem a ampliação.
O documento também não dizia que a legislação ambiental impedia a Nansei de produzir 100 mil barris. Consultada, a Petrobras não disse se a informação sobre a restrição, revelada ao jornal "Valor Econômico", era conhecida na época.
A área de estratégia também via dificuldade para integrar a operação da refinaria com o restante dos negócios da Petrobras, concentrados no oceano Atlântico, e alertou sobre o risco de "ter que carregar por algum tempo um ativo com baixa rentabilidade". Isso não consta do resumo enviado ao conselho.
A Petrobras investiu na unidade, até hoje, US$ 111 milhões, e tentou vendê-la no início de 2013, mas não conseguiu. Hoje, a refinaria é tida como "ativo não estratégico", e a empresa diz procurar alternativas ao negócio.
OUTRO LADO
A Petrobras reafirmou que a aquisição da refinaria "estava alinhada ao planejamento estratégico da época". A empresa não comentou as omissões no resumo enviado ao conselho. Gabrielli não quis comentar o caso. Cerveró não retornou à Folha.
*Do site da Folha de S. Paulo

CPI da Petrobras: Renan ganha tempo e Governo não quer CPMI com medo dos deputados.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), ganha tempo para a indicação de mebros da CPI da Petrobrás. A oposição defende um colegiado misto, com participação de senadores e deputados. Já o PT insiste em comissão exclusiva do Senado, já que teme os deputados da base aliada que, a cada dia, desembarca da canoa furada que é o Governo Petista.
Diante de uma série de denúncias contra a estatal do petróleo, a oposição havia protocolado dois pedidos de CPI no Legislativo. Uma mista e outra só no Senado. Originalmente, Renan havia marcado para a última terça-feira uma reunião com líderes de partidos para definir qual das duas CPIs seria instalada.
No entanto, segundo informou sua assessoria, o presidente do Congresso cancelou a reunião e decidiu convocar a sessão do Congresso e deu mais um prazo ( cinco dias ) para os partidos indicarem membros para a Comissão.
Há indícios que o Presidente do Senado tenha a intenção de instalar uma comissão ampla, com presença também de deputados. Mas ninguém sabe de Renan quando se trata de conchavos com governos.

OCDE reduz previsão de crescimento do PIB do Brasil.


A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano para 1,8%, ante estimativa de 2,2%, calculada em novembro do ano passado, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (6). De acordo com o levantamento, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer cerca de 2,2% no ano que vem, também abaixo da previsão feita há seis meses, de 2,5%.
O relatório destaca que a inflação no Brasil segue bastante acima do centro da meta do Banco Central (BC), que é de 4,5% – a expectativa de inflação do mercado financeiro para este ano, por exemplo, continuou estável em 6,5%, no limite da meta de inflação, de acordo com o mais recente boletim Focus, publicado na segunda-feira (5).
"Uma política monetária mais apertada, uma demanda externa menos intensa e incertezas políticas por conta das eleições presidenciais de outubro devem pesar na atividade econômica", aponta a OCDE.
A projeção da organização é a mesma feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que no início de abril disse, por meio do relatório World Economic Outlook, que a economia brasileira está perdendo fôlego e deve crescer 1,8% em 2014, menos que no ano passado, quando teve alta de 2,3%.
A estimativa dos economistas do mercado financeiro para o PIB de 2014 é mais conservadora e recuou de 1,65% para 1,63% na última semana. O crescimento do PIB do Brasil estimado no orçamento federal é de 2,5%. O Banco Central, por sua vez, divulgou previsão de alta de 2% em abril.(G1)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Renan dá cinco dias para líderes indicarem membros da CPI mista...e deixa o tempo passar...

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) deu prazo de cinco dias úteis para que os líderes partidários façam as indicações dos nomes que vão compor a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que vai investigar irregularidades na Petrobras.
“Disseram que eram cinco sessões do Congresso exatamente. Na verdade, não são cinco sessões, são cinco dias, tirando o sábado e o domingo, um prazo curtíssimo”, garantiu.
Segundo a Mesa Diretora do Congresso, regimentalmente não há prazo definido para indicação dos membros de uma CPI, mas com a definição do prazo pelo presidente do Congresso, parlamentares governistas e de oposição têm até a próxima quarta-feira (14) à noite para fazer as indicações. Depois desse prazo, caberá ao próprio senador designar os nomes que vão preencher as vagas restantes. A partir daí, caberá ao mais idoso dentre os indicados convocar a reunião de instalação.
Questionado sobre manobras da base do governo que estariam impedindo a instalação imediata da CPMI da Petrobras, Renan garantiu que o regimento será cumprido.
“Ninguém está pesando em ganhar mais tempo ou perder tempo. Vocês têm visto: no dia a dia a oposição reclama, o governo reclama também. O presidente tem que manter o equilíbrio e dentro do possível levar os trabalhos adiante”, disse.
*karine Melo - Agência Brasil 
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Manter o equilíbrio? Renan é o maior equilibrista do Congresso, atuando também como contorcionista e ilusionista. (C.N.)
COMENTÁRIO DO LEITOR: Não entendo como e que um meliante desses ainda dita regras para dificultar a implantação dessa CPI. Ele como um ficha suja não deveria se comportar decentemente já que teve uma nova oportunidade de se tornar ATÉ presidente do Congresso? 
Por que então não aproveita para voltar a pratica de boas ações. Esta sim extrapolando, já lançou a candidatura do filho la no nordeste, já atrasou demais o inicio dessa comissão e isso esta nos deixando irritados.
*https://www.facebook.com/tereza.thompson

Maior homem-bomba, Costa Pode Explodir Empreiteiras.

Grandes empreiteiras instalam comitês de crise; ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, advogado da Camargo Corrêa, previne alto escalão da empresa sobre risco de explosão do homem-bomba Paulo Roberto Costa; nova mensagem do ex-diretor da Petrobras relatando ameaças sofridas dentro da Polícia Federal chega à Justiça; delação premiada e programa de proteção a testemunhas nos planos dele; PR, como rubricava, acumulou vasta lista de executivos com os quais se relacionou como diretor da estatal; 36 pen drives; risco de morte em presídio comum o levou de volta à PF, onde teria passado 48 horas sem ver o sol; deputados querem ouvi-lo no Paraná; Camargo Corrêa teme repetição de 2009, quando sede foi invadida pela PF e quatro diretores presos na Operação Castelo de Areia; PR vai detonar?
As maiores empreiteiras do País estão com comitês de crise montados, neste momento, em seus quartéis-generais. O motivo é que o maior homem-bomba do País acendeu seu pavio. Dono de 36 pen drives em poder da Polícia Federal, nos quais fez anotações detalhadas sobre os negócios em que atuou como diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa registrou nomes de executivos com os quais se relacionou, os tipos de problemas que trataram e as "soluções" encontradas. As primeiras explosões em cima dessa lista podem ser feitas por Costa a deputados de uma comissão externa da Câmara dos Deputados, que pretende ir até o Paraná para ouvi-lo. Na prática, seria o início da CPI da Petrobras antes mesmo de sua instalação oficial.
Mas PR, como o preso já é conhecido na Polícia Federal, em razão das rubricas que fazia sobre seu nome nos documentos apreendidos, pode ir muito mais além.
A delação premiada e a entrada no programa nacional de proteção a testemunhas estão nos planos do ex-diretor preso. Ele se sente absolutamente inseguro dentro da PF. O segundo bilhete vazado por Costa no dia 28 de abril, relatando pressões e ameaças, chegou nesta segunda-feira 5 à Justiça. Costa foi transferido para um presídio comum, mas retornou à PF em razão de risco de morte por 'queima de arquivo'. A filha e o cunhado de Costa foram indiciados em inquérito por suspeita de queima e extravio de documentos. PR não tem muito a perder.
O ex-ministro Marcio Thomaz Bastos está advogando para a Camargo Corrêa, empreiteira mais atingida pela Operação Lava Jato.
Bastos avisou os sócios da companhia, conforme apurou 247, que o material em poder da PF é absolutamente explosivo. A empresa já se prepara para enfrentar o pior. Em março de 2009, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal tomou a sede da empreiteira em São Paulo e prendeu quatro diretores e três secretárias, além de três homens apontados como doleiros. A história pode se repetir a qualquer momento.
PR vai detonar?
Abaixo, notícia do portal Conjur a respeito:
Ex-diretor da Petrobras volta a denunciar agente da PF
*Por Pedro Canário
Antes de ser transferido da Penitenciária de Piraquara (PR) para a carceragem da Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa reclamou pelo menos mais uma vez de ter sofrido ameaças. Chegou às mãos do Judiciário nesta segunda-feira (5/5) mais um bilhete em que o executivo afirma que o mesmo agente da PF de que ele reclamou antes o procurou para ameaçá-lo por tê-lo denunciado.
O bilhete data do dia 28 de abril. Paulo Roberto da Costa escreve que esse agente da PF, cujo nome não foi revelado, o procurou para dizer:

“Você falou que tinha sido ameaçado por mim e o delegado falou comigo. Eu não terei mais nenhuma boa vontade com vocês!” Em seguida, Costa reclama de ter passado aquele fim de semana “fechado, sem banho e caminhada, por 48 horas”. O ex-executivo da Petrobras também relata ter ouvido do agente da PF: “Você tem que tomar no meio do olho e por isso que você não vai mais sair daí”.
Paulo Roberto da Costa está preso desde o dia 20 de março. Ele é um dos acusados na ação penal que decorreu da operação lava jato, em que a PF investigou denúncias de remessas ilegais de dinheiro ao exterior. A primeira vez que reclamou das ameaças, também por meio de um bilhete, revelado pela ConJur, foi no dia 25 de abril. Nele, Costa afirma que o agente da PF lhe disse que ele estava “criando muita confusão”. O novo bilhete data de três dias depois.
Logo depois das denúncias de Costa, seus advogados entraram com pedido de Habeas Corpus reclamando das condições em que o ex-diretor estava preso. Na sexta-feira (2/5), depois do HC, Paulo Roberto da Costa foi transferido de volta para a carceragem da PF, cinco dias depois de ter saído de lá e ser transferido para a Penitenciária de Piraquara.
Operação lava jato
Costa é engenheiro mecânico e assumiu em 2004 a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Hoje aposentado e consultor na área de petróleo e gás, ele teve o nome envolvido em operação que investiga supostas remessas ilegais pelo doleiro Alberto Youssef. A PF afirma que, em um e-mail usado por Youssef, foi recebida nota fiscal de um veículo em nome de Paulo Roberto Costa, no valor de R$ 250 mil. Por isso, a PF atribui indícios de pagamento de vantagem, o que poderia configurar crime de corrupção ativa.
A prisão temporária foi decretada depois de o juiz do caso, Sérgio Fernando Moro, avaliar que alguns familiares de Costa participaram da ocultação de provas, retirando do escritório dele grande quantidade de documentos enquanto a PF tentava conseguir a chave da sala.
Quatro dias depois, a prisão foi convertida para o caráter preventivo. A defesa alega não haver qualquer indício de que o cliente tenha cometido crimes contra o sistema financeiro nacional ou de lavagem de dinheiro.
* Ana Limahttps://www.facebook.com/amlima1/posts/4248617789743

terça-feira, 6 de maio de 2014

Rombo na Eletrobras.


A intervenção excessiva do estado está afundando a Eletrobras. O governo forçou a empresa a vender energia 92% mais barato do que a média cobrada pelo setor.#Intervencionismo

*De José Agripino

Laboratório de doleiro importava artigos de luxo no lugar de remédios.

De caixas de vinhos e espumantes a coleções de joias italianas, de instrumentos musicais e tecnológicos holandeses a rolos de seda chinesa, o laboratório Labogen Química Fina viveu um aparente período de pujança no comércio exterior depois que seu controle foi assumido, em 2009, pelo grupo do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Documentação de posse dos investigadores, no entanto, revela que o Labogen foi usado por Youssef para por em prática ousado esquema de fraudes no câmbio paralelo de dólar e euros a partir de importações fictícias de insumos farmacêuticos.
As invoices - faturas de operações em outros países que exibem quantidade do bem adquirido, o valor, as condições de quitação, a forma de transporte e prazos de entrega - traziam dados relativos a pagamentos de medicamentos. Mas, na verdade, a importação era de bebidas finas e outros produtos de clientes de Youssef.
Na prática, avalia a PF, o doleiro retomou com intensidade a rotina que havia interrompido em 2003, quando fez delação premiada à Justiça Federal no caso Banestado - evasão de divisas que pode ter alcançado US$ 30 bilhões, nos anos 1990.
Além de usar o Labogen para tentar se infiltrar em órgãos públicos, como o Ministério da Saúde, Youssef executou centenas de transações ilícitas para atender encomendas de executivos brasileiros, conforme demonstram as invoices.
Rastreamento. O que essas faturas retratavam eram as compras ou pagamentos realizados pelos clientes do doleiro. Os investigadores constataram que eram inseridos dados falsos sobre medicamentos para que o Banco Central registrasse operações "legais" do Labogen.
A PF vai rastrear os empresários estabelecidos no Brasil que usaram serviços de Youssef.
A requerimento da Procuradoria da República, a Justiça solicitou ao Banco Central que recolha nas corretoras todas as invoices relacionadas aos contratos de câmbio do Labogen nos últimos cinco anos.
A PF descobriu que o laboratório era uma grande lavanderia - entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013, o Labogen lavou US$ 113,38 milhões em contratos de câmbio fictícios.
Clientes do doleiro compravam vinho, por exemplo, de uma empresa na Europa. O valor da compra, em reais, era entregue a Youssef, que falsificava as faturas em nome do laboratório como se estivesse fechando importação de remédios daquela vinícola. Não havia compra de insumos, mas o pagamento da compra de vinhos.
Os papéis mostram que o Labogen se valia de corretoras autorizadas pelo Banco Central para forjar a compra de medicamentos, especialmente de lipistatina, usada para combater doenças do pâncreas.
Quilos e quilos do remédio foram "importados" sucessivamente dando a falsa impressão de que o laboratório de Youssef operava a todo vapor. A PF descobriu que as invoices, com falsificações grosseiras, eram emitidas em nome de fornecedores que não têm nenhuma atuação no setor farmacêutico.
Em 5 de janeiro de 2011, o laboratório do doleiro "importou" 14 quilos de lipistatina por 24 mil euros da Contarini Vini e Spumanti, em Vazzola, Itália. Entre 9 e 15 de fevereiro de 2011, o Labogen fechou 11 "importações" do remédio da Coar Catene por 103 mil euros. Situada em Arezzo, também na Itália, a Coar Catene atua na manufatura de colares e pulseiras de ouro e prata.
* Fonte: Diário do poder

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Gleisi recebeu envolvido com doleiro como se fosse banqueiro japonês.


Honigman: tão japonês quanto ela.
Um dos beneficiários das contas operadas pelo doleiro Alberto Youssef participou de duas reuniões no Palácio do Planalto em 2013, onde foi recebido pela senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR). Homem do mercado financeiro, Cláudio Honigman e o pai dele receberam um total de R$ 75 mil em 2009 da MO Consultoria, empresa controlada por Youssef e investigada pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, por movimentar recursos do doleiro.
A MO também pagou R$ 170 mil de pensões alimentícias para a família de Honigman, por meio de cheques depositados na conta do advogado dele. Youssef é investigado por comandar esquema de lavagem de dinheiro e por manter relações suspeitas com empresários e políticos.

Em 21 agosto do ano passado, o nome de Cláudio Honigman aparece na agenda de reuniões da Casa Civil, identificado como presidente do Banco Mizuho do Brasil, instituição financeira internacional com sede no Japão.Outros dois representantes do banco participam desse encontro de apresentação com Gleisi Hoffmann, que estava acompanhada de seu assessor especial, segundo registros oficiais.

No mês seguinte, Honigman voltou a participar de uma reunião com Gleisi, dessa vez com outros representantes do grupo Mizuho e também com a presença do ministro César Borges (Transportes) para apresentação de programas de infraestrutura do governo federal.

Quem marcou os encontros com a ministra e levou Honigman e os outros representantes do grupo Mizuho foi o senador Gim Argello (PTB-DF). O senador diz ter sido abordado no Congresso por representantes do banco pedindo para que lhes ajudasse a fazer contatos com órgãos do governo, uma vez que estavam interessados em financiar investimentos no Brasil. "Todo dinheiro que vier, penso que é bom", disse Argelo.

Os depósitos do doleiro Youssef a Honigman fazem parte do grupo de transferências suspeitas levantadas pela PF, que abriu uma investigação para apurar os negócios da MO Consultoria, registrada em nome de um laranja confesso. A PF identificou que R$ 89,7 milhões passaram nas contas dessa empresa entre 2009 e 2013. A movimentação financeira da consultoria indica também que ela foi usada para cobrar dívidas e pagar contas de diferentes pessoas ligadas a Youssef, além da suspeita de pagamentos de propina.
LIGAÇÕES
Honigman também esteve em uma negociação alvo de inquérito da PF em 2011, que envolveu o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira na compra de um avião que havia entrado no país por US$ 1, o que levantou suspeita de lavagem de dinheiro. A transação com Teixeira não se concretizou. Outra investigação também cita Teixeira e Honignam. Em 2011, a Polícia Civil do Distrito Federal enviou à Receita indícios de que Teixeira movimentou de maneira ilegal mais de US$ 1 milhão.
Os indícios das negociações suspeitas foram encontradas em investigação sobre um jogo do Brasil realizado em Brasília e organizado pela Ailanto Marketing, comandada por Sandro Rosell, réu em ação criminal por fraude. Segundo a investigação, os dois utilizaram a corretora Alpes, dirigida por Honigman entre 2007 e 2008, para operar os recursos. (Folha de São Paulo)
Esta reunião teve ampla repercussão na Imprensa, à época, tendo em vista que o Banco Mizuho do Brasil desmentiu que Honigman fosse seu presidente. Informou que nada tinha a ver com a reunião realizada na Casa Civil. No entanto, conforme a Folha informa na notícia acima, o presidente fake do banco japonês foi recebido mais uma vez por Gleisi Hoffmann. Ela já sabia que ele não era presidente do banco, tanto que a Casa Civil se manifestou oficialmente sobre o fato. Leiam abaixo trechos de notícia da ESPN. Aqui na íntegra.
O mais misterioso e enigmático personagem da "era Ricardo Teixeira" no futebol brasileiro parece estar de volta e com poder nas altas esferas federais. Em mais uma história com lacunas a serem preenchidas, Claudio Honigman foi recebido pela Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no último dia 21 de agosto, constando da agenda oficial da instituição como "Presidente do Banco Mizuho no Brasil".
No entanto, procurado pela reportagem, o Banco Mizuho do Brasil rejeitou, em nota oficial, por meio de sua assessoria de comunicação, que o ex-amigo de Ricardo Teixeira represente a instituição no país, conforme a agenda da Casa Civil anunciou na data.
"O Banco Mizuho do Brasil esclarece que o Sr. Claudio Honigman não é funcionário desta Instituição, consequentemente, ele não é presidente deste Banco no Brasil e nem representa a Entidade no Brasil em nenhuma circunstância. Sendo assim, a Entidade esclarece que não participou do evento de 21 de agosto de 2013 na Casa Civil e desconhece referida pauta", diz a nota.
Questionada também pela reportagem sobre o encontro e sobre a pauta, a Casa Civil, por meio de sua assessoria, confirmou o encontro da Ministra Gleisi Hoffmann com Claudio Honigman.
"A reunião aconteceu e a pauta foi a apresentação do Programa de Investimento em Logística (PIL), seguindo uma série de encontros da ministra sobre o tema". Numa segunda checagem sobre as credencias de Honigman como representante do Banco Mizuho no país, a assessoria reconfirmou o que estava na agenda oficial: "Como representante do banco, conforme agenda publicada na data".
- Se o Banco Mizuho nega que Honigman "represente a Entidade no Brasil em nenhuma circunstância. Sendo assim, a Entidade esclarece que não participou do evento de 21 de agosto de 2013 na Casa Civil e desconhece referida pauta", resta entender:
- Por que ele estava lá?
- Como chegou e teve acesso?
- Quem representava de fato?
- Qual era a pauta de fato?
É exatamente esta explicação que deveria ser dada, claramente, pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que tem posado como chefe da tropa de choque do partido que tem feito de tudo para melar a CPI da Petrobras.
*Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/homem-que-recebeu-de-doleiro-esteve-com-gleisi-duas-vezes/

Isso é o que se poderia chamar de “deboche com a cara do povo.

Deixa ver se entendi...
Então o Governo Federal traz para o Brasil médicos cubanos, sem revalidação de diploma e os coloca para cuidar do povo do SUS; além disto, deixa nossos hospitais públicos caindo aos pedaços; e, enquanto isso, investe dinheiro no melhor e mais caro hospital privado do Brasil, 
uma referência que funciona com tecnologia de ponta e conta e com mão de obra extremamente qualificada; e que "coincidentemente" é o hospital para onde vão nossos gloriosos políticos.

Estou “viajando” ou é isso mesmo?
*Ana Lima, via Facebook

Mau caráter remunerado com o dinheiro dos nossos impostos.

O Franklin Martins, ex assessor de comunicação de Lula atualmente comanda um exército que cresce a cada dia. Atualmente este exército já é composto de cerca de 284 equips. Cada equipe formou um blog ou um perfil no facebook dedicado a atacar as oposições, e principalmente o Aécio Neves. Cada equipe é composta de tres membros, sendo um o webdesigner e mais dois comentadores postadores . Essas equipes e esse exército todo pagos com nosso dinheiro faz parte da estratégia do PT de vencer a Guerra de comunicação que eles vem perdendo feio. Segundo me informaram cada membro da equipe recebe a gratificação de R$1.850,00 por mês como bolsa-voluntário e a intenção do franklin é formar 20.000 equips. Aqui vai o nome de algumas, podem conferir no facebook : Soldadinho de Chumbo, Politica no Face, Petista Sincero, Exercito da Estrelas, além da rede 247 que tem em todos os estados. Esses são alguns deles que se consideram como combatentes revolucionários . O Luiz Solano, muito mais articulado em Brasília poderia investigar se o dinheiro destes combatentes está saindo do fundo partidário do PT ou diretamente dos cofres públicos. no caso especial da rede 247 eles recebem publicidade de algumas estatais.
*PERCIVAL PUGGINA

Governo quer tirar alimentos do cálculo da inflação.


Contas maquiadas de novo...O PT não tem jeito...não aprendeu e nem quer ser honesto.

Começou mais cedo neste ano a maquiagem das contas públicas, truque usado de forma cada vez mais escancarada pelas autoridades federais. Para fechar o balanço de março com superávit primário de R$ 3,12 bilhões, o governo central contabilizou R$ 2,99 bilhões de dividendos e R$ 10,5 milhões de receitas de concessões, além de R$ 2,4 bilhões da taxa de fiscalização da Anatel.
Sem os dois primeiros componentes da maquiagem, o resultado primário - antes do pagamento de juros - teria sido praticamente nulo. Sem o terceiro, teria ficado no vermelho. O truque serviu também para tornar menos feios os números do primeiro trimestre, mas ainda foi insuficiente para ocultar a degradação das finanças federais.
As contas oficiais do governo central mostram um superávit primário de R$ 13,05 bilhões acumulado de janeiro a março. Esse resultado, 34,63% menor que o do primeiro trimestre do ano passado, já bastaria para mostrar o agravamento de um quadro fiscal já muito ruim em 2013. Mas o cenário real é ainda mais preocupante.

Isso fica evidente quando se eliminam do cálculo as receitas extraordinárias. Só de dividendos o Tesouro acumulou nos primeiros três meses R$ 5,89 bilhões. Esse valor é 667,6% maior que o registrado entre janeiro e março de 2013. Essa diferença basta para denunciar o truque. A receita de concessões, de R$ 765,3 milhões, foi 152,4% maior que a de igual período de 2013. A soma dos dois itens (R$ 6,65 bilhões) equivale a 51% do resultado primário contabilizado para o governo central - Tesouro, Previdência e Banco Central (BC).

A piora das contas federais ocorreu apesar do aumento da arrecadação. A receita total do trimestre, de R$ 305,94 bilhões, foi 11,8% superior à de um ano antes. A receita líquida - depois das transferências a Estados e municípios - chegou a R$ 248,33 bilhões e ficou 10,6% acima da contabilizada no trimestre inicial de 2013. Mas o aumento das despesas chegou a 15,1%. A folha de salários e encargos consumiu R$ 5,71 bilhões a mais que no ano anterior, com expansão de 12,3%.
À Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) foram destinados R$ 2,77 bilhões, para cobertura parcial dos custos da desastrosa política de tarifas adotada pela presidente Dilma Rousseff. Nos primeiros três meses de 2013 nenhum centavo havia sido gasto com essa conta. O total aplicado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 15,45 bilhões, foi 56,8% superior ao dos primeiros três meses do ano anterior. Mas a diferença, de R$ 5,6 bilhões, foi menor que o aumento da folha de pessoal.
As contas consolidadas do setor público, divulgadas pelo BC, também continuam em mau estado. O resultado primário do governo central, dos governos de Estados e municípios e das estatais chegou a R$ 25,63 bilhões no primeiro trimestre. O acumulado em 12 meses, de R$ 86,22 bilhões, correspondeu a 1,75% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado. A meta do ano é um superávit primário equivalente a 1,9% do PIB. Esse resultado, a julgar pelos números conhecidos até agora, dependerá de mais arranjos contábeis.
Os cálculos do BC, baseados nas necessidades de financiamento do setor público, produzem números ligeiramente diferentes daqueles divulgados pelo Tesouro. Pelos valores consolidados, o superávit primário do governo central, de R$ 12,32 bilhões, correspondeu a apenas 44% da meta fixada para o primeiro quadrimestre, de R$ 28 bilhões. Para atingir essa meta o governo central teria de conseguir só em abril um saldo primário de R$ 15,68 bilhões.
O resultado consolidado do primeiro trimestre foi parcialmente salvo pelos governos estaduais e municipais, com superávit de R$ 13,19 bilhões, quase igual ao de um ano antes e superior, em 2014, ao do governo central.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, prometeu um resultado bem melhor em abril. Mas números melhores num ou noutro mês fazem pouca diferença. Para deter a indisfarçável deterioração das contas públicas, o governo teria de mudar sua política, agir com responsabilidade e aumentar drasticamente sua eficiência. Para isso, teria de violar os padrões de governo consolidados em mais de uma década.
*Texto no O Estado de S.Paulo