sábado, 28 de março de 2015

Operador de propinas na Petrobras tentou sacar R$ 300 mil após depor à PF.


Preso pela força tarefa da Operação Lava Jato nesta sexta feira, 27, no Rio de Janeiro, sob suspeita de operar propinas para o engenheiro Renato Duque - ex-diretor de Serviços da Petrobras -, Guilherme Esteves de Jesus havia tentado sacar R$ 300 mil de uma conta no HSBC. A transação foi barrada e comunicada pelo banco ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Na ocasião em que tentou o resgate, dia 6 de fevereiro, Esteves declarou ao gerente da conta que "seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato".

Esteves foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, Guilherme Esteves teria atuado como operador financeiro para o pagamento de propinas ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso no início de março, e ao ex-gerente de Serviços e braço direito de Duque, Pedro Barusco, que fechou acordo de delação premiada e admitiu o recebimento de propinas na estatal petrolífera.
Esteves teria também 'viabilizado o pagamento de vantagens indevidas a João Vaccari, por meio de esquema próprio' - o tesoureiro do PT foi denunciado pela Procuradoria da República à Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo relatório do COAF entregue ao Ministério Público Federal (MPF), Guilherme Esteves tem renda mensal declarada de R$ 1.200 e um saldo de R$ 2,2 milhões no banco. A alegação do suposto operador de propinas na Petrobras é que a mulher dele, Lilia, é dentista e tem renda mensal de R$ 21,2 mil.
Ao pedir a prisão preventiva de Esteves, a Procuradoria da República destacou que, após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio, em 6 de fevereiro, ele foi a uma agência do HSBC e pediu 'provisionamento de saque de R$ 300 mil para o dia 11 de fevereiro de 2015'.
"Como justificativa, informou ao responsável pelo atendimento que seria alvo de investigações perpetradas no âmbito da Operação Lava Jato", diz o documento do MPF. "Chama a atenção, portanto, como um casal com renda média mensal de R$ 21,2 mil possuía como saldo em apenas uma conta bancária mais de R$ 2 milhões, bem como apresentava intensa movimentação financeira, conforme consta também no relatório formulado pelo Coaf."
Para a força tarefa da Lava Jato, a tentativa de saque fez parte de uma estratégia para ocultar o dinheiro e, 'possivelmente, evadir-se do território nacional' e de desrespeito à ordem judicial de bloqueio de valores. A Procuradoria pediu que também a mulher de Guilherme Esteves, Lília Esteves de Jesus, fosse presa. O juiz mandou prender apenas Esteves.
"Ambos foram responsáveis, de forma consciente e voluntária, por impedir e embaraçar o legal exercício da investigação dos ilícitos de corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos, praticados pelo último, o que certamente, diante dos documentos ou numerários que vieram a ser suprimidos, prejudicou em grande medida as investigações", diz a Procuradoria.
A Procuradoria diz que no dia em que a Polícia Federal esteve na residência do casal para cumprir mandado de busca e apreensão, em 6 de fevereiro de 2015, Lília enganou os policiais. Ela não deixou os agentes entrarem imediatamente, sob justificativa de que teria de prender os cães.
"Todavia, as autoridades policiais só foram recebidas 8 minutos depois, quando Guilherme Esteves de Jesus abriu a porta da casa, já havendo tentativa de entrada forçada no local por parte da equipe policial", relatou a PF à Procuradoria.
"O investigado informou aos policiais, mediante questionamento, que possuía duas armas de fogo no local - uma sem registro -, assim como de que estariam em casa apenas duas filhas. Ao ser perguntado sobre Lília Loureiro Esteves de Jesus, visto que foi quem os atendeu via interfone, disse que ela também se encontrava no local e que estaria preocupado com a esposa, já que não conseguia encontrá-la."



Pacote



O Ministério Público Federal diz no documento que descobriu-se, por meio de análise das câmeras de segurança do local, que Lilia, com a colaboração de Guilherme, 'durante lapso temporal de 8 minutos em que a equipe aguardava ser o acesso franqueado', saiu da casa com 'um pacote de grande volume'. O episódio foi lembrado pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, no despacho em que autorizou a prisão de Guilherme Esteves.



"Da análise da sequência das imagens, considerando que Lilian portava um pacote ao sair da casa e que Guilherme Esteves intencionalmente tentou encobrir evidências da saída de sua esposa ao fechar pelos trincos internos a porta dos fundos de sua casa, ficou claro, portanto, que houve evidente intenção de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execução do mandado de busca e apreensão em união de desígnios do casa.", assinala o juiz Sérgio Moro.
Ao rejeitar pedido de prisão da mulher de Esteves, o juiz ponderou. "Entendo que, apesar da participação de Lilia Loureiro Esteves de Jesus na subtração das provas durante a busca e apreensão, a prisão cautelar de Guilherme Esteves já é suficiente para prevenir os riscos à ordem pública e à investigação e instrução criminais."
"O ideal, por óbvio, em vista da subtração das provas seria a decretação da prisão logo após o ocorrido. Entretanto, isso não foi possível, tendo este Juízo entendido que, por cautela, seria necessário prévio exame do material apreendido na residência do investigado, a fim de verificar se haveria ali provas de corroboração do depoimento de Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobras que fez delação premiada). Infelizmente, em vista do acúmulo dos trabalhos de investigação, a análise sumária desse material tardou a chegar ao Juízo. A demora na reação institucional à subtração de provas não significa, porém, que ela não se faz necessária, tendo sido ela promovida com toda a rapidez que foi possível." 

Mais lama! Palocci, segundo revista, desviou R$ 100 milhões recebidos do Petrolão para a campanha Dilma 2010

A pedido da Procuradoria Geral da República está em curso na Justiça Federal do Paraná uma investigação sobre a participação do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antônio Palocci Filho, no esquema do Petrolão. Entre os alvos principais do processo estão contratos feitos entre a Projeto – consultoria financeira pertencente ao ex-ministro – e empresas que fizeram direta ou indiretamente negócios com a Petrobras.

Com base em delações premiadas, documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, procuradores e delegados da Operação Lava Jato calculam que consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$ 100 milhões do Petrolão para os cofres do PT. “Vamos demonstrar que, assim como o ex-ministro José Dirceu, Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal”, disse um dos procuradores na tarde da quarta-feira 25.

Até a semana passada, os procuradores observavam com lupa seis contratos da empresa de Palocci e nas próximas semanas deverão recorrer ao juiz Sérgio Moro para que autorize a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-ministro. Os documentos e depoimentos que mais têm despertado a atenção de delegados e procuradores dizem respeito às relações do ex-ministro com a WTorre Engenharia e com o Estaleiro Rio Grande.

De acordo com os relatos feitos por procuradores da Lava Jato, em 2006, após deixar o governo Lula acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa (leia quadro na pág. 38), Palocci teria intermediado a aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras.

Em seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de oito cascos de plataformas marítimas, em um contrato de aproximadamente US$ 6,5 bilhões. “Não é comum que uma empresa sem nenhum histórico no setor vença uma concorrência bilionária”, afirma um dos procuradores da Lava Jato. Os indícios encontrados pelo Ministério Público, porém, vão além do simples estranhamento.
(Via Isto É)

Leia aqui a reportagem completa.

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela modelo brasileira Valeska Reis

Dilma faz opção por se distanciar ainda mais da população.

      Dilma faz opção por se distanciar ainda mais da população e escolhe para a comunicação
      social quadro do PT que tacha a voz das ruas de golpista, que faz o elogio indireto do bo-
     livarianismo e que é citado em manuscrito de empreiteiro em situação nada confortável.
Por Reinaldo AzeveEraruim? 
É ruim!
Vai ficar pior. 
A suspeita que aqui se levantou de que Thomas Traumann, secretário de Comunicação Social, caíra por maus motivos se cumpriu. Os tais blogs sujos estão soltando rojões. Ouve-se daqui o espocar do champanhe. Os petistas fazem o Baile da Ilha Fiscal. A presidente Dilma Rousseff nomeou para o lugar de Traumann ninguém menos do que Edinho Silva. O homem já foi prefeito de Araraquara duas vezes, deputado estadual e presidente do PT no Estado de São Paulo. Na campanha de 2014, foi o coordenador financeiro da campanha de Dilma. Coordenador financeiro é o nome que se dá para o “tesoureiro”. 
Traumann caiu depois que alguém vazou um documento da Secom, provavelmente de sua autoria, em que se diz que o país vive um caos político, apontando erros na comunicação do governo com a sociedade. Mas isso não tinha importância nenhuma. O que havia de realmente importante lá?

1 – admitia-se o uso dos blogs sujos para atacar os adversários do governo. Lá se dizia que o Planalto fornece “munição” para ser “disparada” por “soldados de fora”. Chega-se a falar em guerrilha da comunicação;

2 – prega-se que o governo use o dinheiro de publicidade para alavancar a popularidade de Haddad em São Paulo;

3 – defende-se que estruturas do estado, como voz do Brasil e Agência Brasil, sejam postas a serviço do mandato de Dilma, sob uma coordenação única, que incluiria instrumentos de comunicação do próprio PT. 
É claro que o secretário deveria ter caído por essas três coisas. Mas agora fica claro que não! Ou Dilma não teria escolhido para o seu lugar um quadro do partido. Ou por outra: todos os absurdos defendidos no documento certamente serão postos em prática com ainda mais determinação por Edinho Silva. 
Por suas mãos vai passar a bilionária verba publicitária que junta as contas da administração direta com as das estatais. O documento da Secom, na prática, admite que essa estrutura está servindo para premiar aliados na imprensa e na subimprensa — e, por óbvio, para punir os que não aceitam escrever ou falar de joelhos. 

Pior: Dilma nomeia um secretário, com status de ministro, que já surge como candidato a depor na CPI. Por que digo isso? Ricardo Pessoa, dono da UTC, que está preso, deixou para a história um manuscrito. Lá está escrito, prestem atenção:
“Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”. 

Há mais. Tivesse fechado o acordo de delação premiada — que não saiu, e ninguém sabe por quê —, Pessoa estaria disposto, segundo informou reportagem da VEJA, a contar que doou R$ 30 milhões não contabilizados para o PT no ano passado. Desse total, R$ 10 milhões teriam ido para a campanha de Dilma. 
A nomeação indica que a presidente está perdida e fez a opção por se distanciar ainda mais da esmagadora maioria da população brasileira. Edinho certamente foi considerado especialmente qualificado para o cargo porque, em documento recente, afirmou que as manifestações de rua são coisa da elite golpista. E ainda aproveitou para fazer um elogio indireto ao bolivarianismo. Segundo o homem, é preciso combater a “direita” em todo o continente. 
Se Dilma tivesse juízo, teria escolhido um técnico para a secretaria de Comunicação Social, que contasse com o apoio também do PMDB. Afinal, trata-se de um órgão da Presidência, não do partido. Mas o que se pode fazer? Fica valendo o adágio latino: “Quos volunt di perdere, dementant prius”. Em bom português: “Os deuses primeiro tiram o juízo daqueles a quem querem destruir”.
                   * Por Reinaldo Azevedo.

sexta-feira, 27 de março de 2015

MP vai apurar farsa para blindar governo em CPI.

TEATRO: Parecia uma encenação — e era mesmo. As perguntas que seriam feitas pelos parlamentares ao ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram enviadas a ele antes do depoimento por José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da estatal em Brasília, que aparece no detalhe da foto(Geraldo Magela/Ag. Senado)

O procurador da República Ivan Cláudio Marx, do Distrito Federal, determinou nesta quarta-feira a abertura de inquérito civil para apurar o envio prévio de um gabarito com as perguntas que seriam feitas por senadores a depoentes na CPI da Petrobras, no ano passado. Reportagem de VEJA revelou que governistas engendraram um esquema para treinar os principais depoentes à comissão de inquérito, repassando a eles previamente as perguntas e indicando as respostas que deveriam ser dadas. Para o PSDB, que recorreu ao Ministério Público com pedido de investigação, há indícios de que foram praticados os crimes de advocacia administrativa, falso testemunho e violação de sigilo funcional.
O ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli, por exemplo, recebeu antes do depoimento as perguntas que lhe seriam feitas por meio de José Eduardo Barrocas, então chefe do escritório da estatal em Brasília.
Obtida por VEJA, a gravação mostra uma reunião entre Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e Calderaro Filho para tramar a fraude no Congresso. Barrocas revela no vídeo que um gabarito foi distribuído aos depoentes mais importantes para que não entrassem em contradição. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais, Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado, e Carlos Hetzel, secretário parlamentar do PT na Casa, são citados como autores das perguntas que acabariam sendo apresentadas ao ex-diretor Nestor Cerveró, apontado como o autor do "parecer falho" que levou a estatal do petróleo a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, um negócio que impôs prejuízo de pelo menos 792 milhões de dólares à empresa. Segundo conta Barrocas, Delcídio Amaral (PT-MS), ex-presidente da CPI dos Correios, encarregou-se da aproximação com Cerveró. Relator da comissão, José Pimentel (PT-CE), a quem respondem Marcos Rogério e Carlos Hetzel, formulou 138 das 157 perguntas feitas a Cerveró na CPI e cuidou para que o gabarito chegasse ao ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
De acordo com portaria assinada pelo procurador Ivan Cláudio Marx, "em tese, o vídeo e a reportagem divulgados demonstravam a ocorrência de um esquema de fraude na CPI da Petrobras, em que as perguntas realizadas a três dos principais dirigentes da Petrobrás haviam sido elaboradas por servidores do Governo Federal, os quais haviam preparado também as respostas que deveriam ser dadas as referidas perguntas, tendo em sequência as testemunhas sido instruídas sobre as perguntas que seriam feitas e as respostas que deveriam ser dadas no âmbito da CPI".
*http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/mp-ira-apurar-farsa-para-blindar-governo-em-cpi

No Brasil é assim: o sujeito rouba, a polícia prende, a justiça arma um circo, julga e depois um juiz solta.




No Mensalão foi assim: um bando de esperto roubou; corrompeu foi julgado e preso. O povo acreditou, mas passado algum tempo, quando a imprensa esqueceu um pouco, surge um juiz que, interpretando a lei de forma diferente, solta o bando um por um.
 Atualmente, um ano e quatro meses depois das primeiras prisões, o núcleo político envolvido no esquema de corrupção está fora da cadeia, cumprindo o restante da pena em regime aberto. O último a conquistar o benefício foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), que foi liberado no fim de fevereiro a cumprir o restante da pena em casa, após passar por audiência na Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas (Vepema).
Também já foram autorizados a mudar de regime o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo Rodrigues e Pedro Corrêa (PP-PE). Na semana passada, Barroso também autorizou o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane a progredir para o regime semiaberto. O ex-deputado José Genoino (PT) teve sua pena extinta pelo indulto natalino no início do mês.
A essa altura está todo mundo coçando o saco, vendo TV, tomando banho de piscina, bebendo whisky 12 anos e gastando o dinheiro surrupiado do povo brasileiro.
Este país nunca terá jeito e nem deixará de ser um país corrupto, porém, para os céticos, continuará sendo o país do futuro.

Empresa pagadora de propina na Copa, recebeu R$ 33 milhões do Governo Federal.

A empresa alemã de engenharia e serviços Bilfinger, suspeita de pagar R$ 70 milhões em propinas para obter contratos na Copa, deve ser investigada.
Nos últimos anos, a empresa recebeu mais de R$ 33 milhões do governo federal, em contratos de fornecimento de monitores para os centros de segurança da Copa em 12 capitais.
De acordo com levantamento do Contas Abertas, a Bilfinger recebeu R$ 10,6 milhões em 2013, R$ 21,2 milhões em 2014 e, nos primeiros meses deste ano, já foram R$ 1,4 milhão. O maior contratante foi a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, que pagou R$ 22,5 milhões em todo o período pesquisado.
O Ministério da Justiça informou que outros 15 órgãos e empresas federais, estaduais e municipais aderiram à ata de registro de preços para fechar esses contratos. Contudo, segundo a Pasta, a aquisição de monitores foi auditada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e nenhuma ilegalidade foi identificada.
O pedido de investigação do Ministério surgiu após denúncia de má conduta administrativa da empresa publicada pelo jornal alemão “Bild”. Nela, aponta-se que a empresa pagou propina a funcionários públicos brasileiros para fechar contratos de monitoramento de segurança do mega evento, ocorrido no ano passado.
Segundo a reportagem, a própria empresa está investigando as suspeitas de repasse, que atingiram cerca de R$ 20 milhões de euros. Do que já foi apurado, a investigação chegou a funcionários públicos, políticos brasileiros e a Fifa como receptores da propina.
O Ministério da Justiça já pediu apurações à Polícia Federal, TCU, Controladoria-Geral da União (CGU) a fim de conseguir mais informações sobre a empresa. “A secretaria tem esse único contrato de R$ 24 milhões e se ouve falar nessa propina que ultrapassaria em muito o valor desse contrato. Então, o que reafirma a importância, a análise dos órgãos de controle, da Polícia Federal por meio de inquérito policial, é para apurar a extensão desses fatos”, declarou, ao Jornal Nacional da TV Globo, o secretário da Secretaria Extraordinária de Segurança de Grandes Eventos da pasta, Andrei Augusto Rodrigues.
Também em nota para o jornal, a Bilfinger disse que as suspeitas são concretas, mas que as investigações não terminaram. Ainda não se sabe quem teria recebido o dinheiro nem o valor pago. Se confirmadas as denúncias, a empresa afirma que irá adotar medidas legais. A Bilfinger ainda informa que o custo para equipar os centros de segurança da Copa foi de 6 milhões de euros, R$ 21 milhões. Já a Fifa informou que os centros de segurança nas 12 cidades-sede eram projetos dos governos locais. Nem a Fifa nem seus funcionários estiveram envolvidos com tais contratos. (Informações de Contas Abertas)

quinta-feira, 26 de março de 2015

Desvios na Operação Zelotes podem superar os da Lava Jato.

A Polícia Federal já concluiu buscas nesta quinta-feira, 26, em dois gabinetes do Carf - Conselho de administração de Recursos Fiscais e em residências de funcionários do órgão, responsável pelo julgamento de recursos administrativos de autuação promovidas pela Receita Federal. A investigação já apurou prejuízo de R$ 5,7 bilhões aos cofres públicos, mas os valores, segundo fontes, devem ultrapassar os R$ 19 bilhões, tornando a chamada Operação Zelotes (de zelador), mais vultosa do que a Lava Jato.
Ao todo, foram expedidos 41 mandados de busca e apreensão e determinado sequestro de bens e bloqueio de recursos financeiros dos principais envolvidos. A Receita e a Corregedoria informaram que as operações se estenderam a escritórios de advocacia e a salas de conselheiros do Carf. A operação abrange o Distrito Federal, São Paulo e o Ceará, e conta com a participação de 180 policiais federais, 60 servidores da Receita e três servidores da Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda.
O Carf julga processos na esfera administrativa, em que contribuintes questionam a cobrança de tributos. É um colegiado formado por funcionários do Ministério da Fazenda e por representantes da sociedade. Ele é composto por três seções de julgamento, cada uma especializada em um grupo de tributos. Assim, por exemplo, a primeira seção julga casos relacionados ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Na segunda, vão os questionamentos sobre o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e contribuições previdenciárias. Na terceira, estão os processos referentes ao PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE).
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20150326/operacao-zelotes-pode-superar-lava-jato/245466.shtml

Mais um golpe do PT: O rombo de R$ 5,6 bi no fundo dos funcionários e pensionistas dos Correios.


O rombo de R$ 5,6 bi no fundo dos funcionários e pensionistas dos Correios, Postalis é mais um escândalo a ser investigado no governo do PT. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que funcionários dos Correios tentam evitar que os participantes do Postalis tenham uma redução de até 25,98% em seus contracheques a partir de abril de 2015 pelo período de 15 anos e meio para cobrir o rombo. 

Difícil mesmo é explicar como os gestores do fundo, controlado pelo PT e PMDB, optam por fazer política com países vizinhos com credibilidade questionável, como é caso do governo da Venezuela, e com empresas "amigas" utilizando recursos dos trabalhadores. "Há um petrolão inteiro e talvez muito mais ainda não investigado no setor de fundos de pensão. Isso sem falar no BNDES", afirmou o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado
Também sob influência dos dois partidos políticos, o Funcef, dos empregados da Caixa Econômica Federal (CEF), e a Petros, da Petrobras, contabilizam prejuízos bilionários. http://bit.ly/1FtWjZS

quarta-feira, 25 de março de 2015

Pacote anticorrupção de Dilma é uma "farsa" e pode incentivar corrupção.


*http://www.folhapolitica.org/2015/03/pacote-anticorrupcao-de-dilma-e-uma.html

Venezuela vendia passagens fantasmas para o "aeroterror".

Criado em 2007 como parte de um acordo bilateral entre o Irã e a Venezuela, o voo VO-3006 fez a rota Caracas-Damasco-Teerã até 2010 e era operado em conjunto pelas estatais Conviasa, venezuelana, e Iran Air, iraniana. Segundo altos funcionários chavistas ouvidos por VEJA, e que atualmente vivem exilados nos Estados Unidos, o apelido "aeroterror" deixava claro o propósito do voo: transportar dinheiro sujo ou criminosos procurados pela Interpol.
Inicialmente operando com voos semanais, o aeroterror passou a ter uma regularidade quinzenal. Embora formalmente houvesse passagens à venda no site da companhia, cidadãos comuns nunca conseguiam fazer reservas. Só quem tinha autorização governamental conseguia viajar no VO-3006. Na maioria das vezes, o avião decolava com quase todas as poltronas vazias.
A rota era deficitária, mas foi mantida assim mesmo. Segundo uma planilha do Ministério das Indústrias Básicas e Mineração da Venezuela, o voo custou 45,3 milhões de dólares entre 2007 e 2009. Só o governo venezuelano torrou 36,6 milhões de dólares na operação. O faturamento com a venda de passagens, no mesmo período, foi de apenas 15 milhões de dólares (confira o documento acima).
O voo quinzenal se pagava, na realidade, com atividades ilícitas. O serviço de inteligência americano sempre suspeitou que a rota era usada para o tráfico de armas entre Teerã e Damasco e para o trânsito de militares iranianos, cuja presença cresceu significativamente na América Latina, segundo relatórios oficiais. Em 2010, o Departamento de Estado e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos manifestaram preocupação em relação ao voo. No relatório anual sobre terrorismo, o Governo Americano afirmou que a Guarda Revolucionária do Irã usava o voo para fins militares.
Há duas semanas, uma reportagem de VEJA revelou como a Venezuela e o Irã faziam uso do aeroterror. Segundo os chavistas exilados nos Estados Unidos, os voos foram utilizados para transportar dezenas de extremistas islâmicos que precisavam viajar para o Ocidente, a partir do Irã e da Síria, sem serem percebidos.
Segundo essas fontes, a embaixada da Venezuela em Damasco mantinha uma rede de fabricação e distribuição de passaportes venezuelanos autênticos que eram fornecidos para ocultar as identidades verdadeiras dos terroristas.
A operação em Damasco era comandada pelo então adido comercial Ghazi Nasseraddine. Libanês com cidadania venezuelana, Nasseraddine é um conhecido membro do Hezbollah. Antes de ser nomeado diplomata, ele cuidava dos interesses do grupo libanês em Caracas.
Nasseraddine, segundo os chavistas ouvidos por VEJA, atuava em sociedade com o então ministro do Interior e atual governador do Estado de Aragua, Tareck El Aissami, e tem contra ele um pedido de captura por parte do FBI por envolvimento com o terrorismo.
El Aissami, afirmam os mesmos chavistas que denunciaram Nasseraddine ao FBI, usava o aeroterror para despachar drogas para a Síria. A cocaína produzida pelas Farc, na Colômbia, era levada para a Venezuela e depois despachada no compartimento de carga do voo VO-3006 até Damasco.
*http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/venezuela-vendia-passagens-fantasmas-para-o-aeroterror

terça-feira, 24 de março de 2015

Um piscinão de 1,5 bilhão de reais.



Maracanã vira piscinão e clássico Flamengo e Vasco teve que ser interrompido.
A reforma do Maracanã custou R$ 1,5 bilhão e a drenagem do gramado não funciona direito. Anteontem, o Flamengo e Vasco teve que ser interrompido por 50 minutos. É vergonhoso! 

Retirar a tal "presidenta" do poder também é uma questão de respeito a nós mesmos, aos nossos filhos e à pátria. Basta!

“Porque água é vida, e uma cidade – e aí que eu vou encerrar minhas palavras – uma cidade, ela vive de pessoas que sempre as pessoas procuraram construir as cidades onde havia oferta de água”.
Dilma Rousseff, em Goiânia, internada por Celso Arnaldo Araújo ao insinuar que nunca ouviu falar em Dubai e Las Vegas.
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“Já que eu falei de transporte eu vou falar, ao mesmo tempo, do aeroporto. O aeroporto que é uma outra forma de transporte. Aliás, outra infraestrutura, me desculpe, outra infraestrutura de transporte, para uma outra forma que é a forma dos aviões que são essenciais nesse país continental”.
Dilma Rousseff, durante a assinatura de implantação do BRT em Goiânia, capturada por Celso Arnaldo ao demonstrar mais uma vez que o dilmês é sempre um voo cego no espaço aéreo das decolagens mentais.
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“Foi muito, houve uma procura imensa, tinham 6 empresas que apresentaram suas propostas, houve um deságio de quase… foi um pouco mais de 38%, mas eu fico em 38% para ninguém dizer: “Ah, ela disse que era 38”, mas não é não. É 39, 38 e qualquer coisa ou é 36. 38, eu acho que é 39, mas vou dizer 38. Também não tem ser humano que guarde todos os números”
Dilma Rousseff, economista-presidente , em coletiva após inauguração de unidade de secagem no Rio Grande do Sul, internada por Celso Arnaldo Araújo quando tentava adivinhar o deságio do leilão da Ponte Rio-Niterói com a mesma precisão com que já afirmou que 13 menos 4 dá 7 e que 1 em cada 4 é 20%… (Em tempo: o deságio da Ponte não foi de 38 nem 39%, mas 36%)

A melhor definição da militância petralha veio- pasmem!- do próprio governo petralha.

"Bloqueiros progressistas" ou zumbis da tecnologia?
“A partir de novembro, as redes sociais pró-Dilma foram murchando até serem quase extintas. Os robôs que atuaram na campanha foram desligados”.
Thomas Traumann, secretário de Comunicação da Presidência da República, disfarçado de documento reservado do Palácio do Planalto, confessando que por falta de verbas e leitores o governo desativou vários robôs que se apresentavam como “blogueiros progressistas”.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Lava Jato: A investigação chega ao coração do PT.

Enquanto as ruas clamam pelo fim da corrupção, a investigação do petrolão converge para figuras centrais do partido.
José Dirceu, ex-ministro, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. A investigação da Lava Jato mostra o caminho do dinheiro. ...
Na noite do domingo, dia 15 de março, sob o impacto dos milhões que foram às ruas protestar contra o governo e o PT, coube ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aparecer na TV, em rede nacional, para dizer que o governo iria se mexer. Sem novidade a anunciar, Cardozo reavivou uma promessa recorrente desde as manifestações de junho de 2013. Afirmou que o governo apresentaria “um conjunto de medidas de combate à corrupção e à impunidade”. Enquanto o ministro falava, panelas se chocavam vigorosamente nas janelas país afora. Apenas 11 horas depois da falação, via-se no Rio de Janeiro outro tipo de ação governamental, mais de acordo com o que o país espera.

A Polícia Federal batia à porta de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. Apadrinhado pelo PT, mais precisamente pelo ex-ministro José Dirceu, Duque foi titular de uma das diretorias mais abastadas da estatal entre 2003 e 2012 – a área de Serviços, responsável por obras como a da Refinaria Abreu e Lima. Seu ex-colega na estatal, o agora delator Paulo Roberto Costa, disse em depoimento que a diretoria de Duque repassava ao PT, em propina, de 2% a 3% dos contratos que a turma dele assinava. Duque sempre negou envolvimento nos desvios. Mas o Principado de Mônaco o desmentiu. Informou às autoridades brasileiras que havia bloqueado R$ 70 milhões do ex-diretor em contas de empresas de fachada. Duque foi preso às 6 horas da manhã da segunda-feira. Para constrangimento do ministro da Justiça, uma das primeiras imagens da ressaca das manifestações anti-PT era a de um ex-diretor da Petrobras, intimamente ligado ao partido, sendo preso.
No episódio, não há coincidência nem azar. As investigações da Lava Jato convergem inexoravelmente ao PT, conforme mais investigados confessam, mais extratos bancários chegam de paraísos fiscais e mais apreensões de documentos são feitas. Seguindo o caminho do dinheiro, os investigadores acabam seguindo a cadeia de comando do PT, além de PP e PMDB. Como o esquema no PP já foi esquadrinhado, restam o PT e o PMDB. As provas mais recentes e robustas, que resultaram em ações como a prisão de Duque, um personagem capital no petrolão, detalham a operação do partido de Dilma e Lula no esquema. Faltam poucas peças nesse quebra-cabeça; já se divisa claramente a imagem da operação petista no esquema.
Os procuradores e delegados trabalham com duas frentes principais de apuração sobre a corrupção na Petrobras. Uma delas, bastante avançada, é o mapeamento de desvios na Diretoria de Abastecimento, de Costa. Indicado pelo PP, Costa tornou-se delator e expôs minúcias do esquema. Revelou que a principal fatia do PT na estatal estava na Diretoria de Serviços, de Duque. Esta passou a ser a segunda linha central de apuração. Uma delação premiada de Duque pode ser capital para a investigação – e fatal para o partido.
Duque, contudo, é apenas o intermediário escolhido para garantir que tudo em sua diretoria seguisse o roteiro consagrado da corrupção. Assegurava os contratos bilionários às empreiteiras, de modo que os donos delas lucrassem e os políticos recebessem sua parte. Enquanto tungavam a Petrobras, todos enriqueciam juntos: Duque, funcionários da estatal, empresários, intermediários, partidos e políticos. É o círculo do fisiologismo, sustentado pelos governos petistas de Lula e Dilma.
As provas já obtidas – e são muitas – confluem abundantemente para João Vaccari Neto, ainda tesoureiro do PT, denunciado na semana passada pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e corrupção. Vaccari começou a despontar como homem-chave do PT no esquema em outubro do ano passado, quando Costa disse à Justiça que “dentro do PT (o contato) do diretor de Serviços era com o tesoureiro do PT, senhor João Vaccari. A ligação era diretamente com ele”. O doleiro Alberto Youssef disse a mesma coisa em sua delação premiada.
A semana passada foi especialmente esclarecedora sobre as operações do PT no petrolão. Surgiram novas evidências da atuação do PT e de Vaccari na Petrobras. Em setembro, Costa já havia dito que o doleiro Alberto Youssef pedira que R$ 2 milhões da cota de propinas do PP fossem destinados à campanha de Dilma Rousseff. Segundo ele, o pedido partiu do ex-ministro Antonio Palocci. Pedro Barusco, subordinado de Duque na Diretoria de Serviços, também já havia dito em depoimento à Justiça – e repetido há duas semanas na CPI da Petrobras na Câmara – que Vaccari arrecadou até US$ 200 milhões em propinas. Na segunda-feira da semana passada, a denúncia contra o tesoureiro trouxe trechos de um depoimento de Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, que também faz delação premiada.
Leite deu detalhes sobre como mascarou R$ 10 milhões de propina em forma de doação eleitoral para o PT a pedido de Vaccari. A conversa, diz Leite, aconteceu em 2010, no Café Journal, em São Paulo. “Vaccari disse que tinha conhecimento por meio da área de Serviços da Petrobras que a Camargo estava atrasada com os seus compromissos, isto é, pagamento de vantagem indevida frente a contrato da construtora. Vaccari questionou o depoente se não haveria interesse em liquidar esses pagamentos mediante doações eleitorais oficiais”, diz um trecho do depoimento.
O procurador Deltan Dallagnol informa os resultados da Lava Jato. No dia 16, a investigação havia resultado em 71 mandados de prisão (Foto: Gisele Pimenta/Frame/Folhapress)
Os investigadores já têm provas suficientes de que Vaccari e o PT, num ardil malandro, embora brilhante, subverteram o caixa oficial de campanha. Para se precaver e evitar atos amadores como os cometidos no mensalão, isolaram, sempre que possível, o dinheiro sujo do partido. Para receber a propina, exigiam que as empresas e os intermediários se encarregassem de lavar o dinheiro da corrupção. Os pagamentos ao caixa oficial do PT eram a etapa final do processo de lavagem de dinheiro. Tornava-se aparentemente limpo quando entrava nas contas do partido. Cabia a Vaccari as tratativas para converter as propinas em doações oficiais para o PT.
A artimanha ficou mais explícita com um depoimento de Costa que veio à tona na terça-feira. “Há pouco saiu na imprensa, várias vezes, que o dono da UTC fez uma doação oficial de não sei quantos milhões para o PT. Nenhuma empresa vai doar 2 milhões, 3, 4, 5 milhões porque gosta do fulano de tal”, disse o delator. “Todas as doações, sejam oficiais ou não oficiais, não são doações. São empréstimos. A empresa está emprestando e depois vai cobrar”, disse Costa. Ele confirma algo que o cidadão comum intui facilmente, mas que os legisladores parecem não querer enxergar. “É tudo balela”, disse Costa aos procuradores.
A ilusão de empreiteiras abastecendo campanhas com doações legais e de um tesoureiro limpinho que apenas arrecada tais doações se esvanece. A conclusão do MPF, na denúncia oferecida contra Vaccari, demonstra esse desmanche. “Não há qualquer dúvida de que João Vaccari tinha plena ciência, na qualidade de tesoureiro e representante do Partido dos Trabalhadores, do esquema ilícito e, portanto, da origem espúria dos valores”, afirmam os procuradores. O advogado do tesoureiro, Luiz Flávio D’Urso, apresenta outra versão da história. “Ele (Vaccari) não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao PT, pois as doações solicitadas pelo senhor Vaccari foram realizadas por meio de depósitos bancários, com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes”, afirma a defesa. O PT e Vaccari insistem em desqualificar as delações e na ideia de que doação, se declarada, é limpa.
Completando o triunvirato da encrenca do PT com a Lava Jato está José Dirceu, ex-ministro de Lula condenado pelo mensalão. O empreiteiro Gerson Almada, da Engevix, preso desde 14 de novembro, foi à Justiça Federal na semana passada para colaborar com as investigações. “A gente entrava numa rodovia chamada Petrobras, que tinha os pedágios. Você está trafegando, você teria de estar pagando pedágio”, disse Gerson Almada em depoimento na última terça-feira. À medida que explica a analogia, Almada sorri, não se sabe se por embaraço ou despeito. O executivo disse que a propina sobre os contratos com a Diretoria de Serviços variava entre 0,5% e 1% e que esses repasses eram feitos a Milton Pascowitch, dono da empresa Jamp, apontado como um dos operadores do PT na estatal. Almada relatou ainda que Pascowitch também reportava demandas do PT. “Como ele (Pascowitch) tinha um relacionamento com o PT e na Diretoria de Serviços, também ele trazia pedidos não vinculados a obras, mas vinculados a doações para o partido nas épocas das eleições ou em dificuldades de caixa do partido. Então, nós fizemos, teve um ano em que eu doei que não era um ano eleitoral, foram feitas duas doações para o PT”, disse o empreiteiro. O juiz Sergio Moro pergunta: “No âmbito do partido, o senhor ajustava essas doações com alguém?”. Almada diz que sim. Perguntado com quem, completa: “João Vaccari”.
E onde entra José Dirceu? Entra com sua JD Consultoria. A Justiça do Paraná quebrou o sigilo da empresa de consultoria do ex-ministro e encontrou R$ 29,3 milhões em contratos com dezenas de empresas, entre 2006 e 2013. Algo como R$ 300 mil por mês. Mais de R$ 7 milhões vieram de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. E, especificamente, R$ 1,49 milhão da Jamp, de Milton Pascowitch. José Dirceu afirma que os contratos de consultoria foram firmados para prospectar negócios no exterior. Ele diz que os valores pagos pela Jamp foram referentes a serviços contratados pela Engevix para viabilizar negócios em Cuba e no Peru. Em seu depoimento, Almada disse que a Engevix não pagou propina a Dirceu e citou os negócios no exterior.
Esse ciclo da investigação vai conectando, um ponto de cada vez, João Vaccari Neto, José Dirceu, Renato Duque, a Petrobras e o PT. Vai-se provando a tese da Procuradoria-Geral da República de que os partidos políticos que tomaram conta da estatal, notadamente PMDB, PP e PT, usaram o caixa um das legendas para receber dinheiro sujo de óleo. E que os gritos da semana passada pelas ruas do Brasil miram num alvo certo: a corrupção.
Fonte: Por Felipi Coutinho, revista Época. 
Foto: Joel Rodrigues/Folhapress, Cassiano Rosário/ Futura Press, Sérgio Castro/Estadão Conteúdo - 

domingo, 22 de março de 2015

PT pode ser cassado pela Lava Jato. Isto, sim, é pacote anticorrupção.

Procurador Deltan Dallagnol. 
A melhor notícia do dia está no Globo: o PT pode ser cassado pela Operação Lava Jato. Mas é claro que não veio com esse título.
O procurador Deltan Dallagnol afirmou nesta sexta-feira que deverá pedir a punição de partidos envolvidos com a corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras.
Dallagnol não informou quais seriam as punições, mas o Ministério Público defende que haja multa, suspensão e até cassação do registro de funcionamento de partido político envolvido com corrupção.
Essas questões ainda estão em estudo, segundo ele.
Mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já apresentou hoje um pacote cujas medidas, segundo o jornal, tem “potencial de impacto maior até que o pacote anticorrupção lançado na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff”.
Quanto a isso, não tenho a menor dúvida e elogio mais uma vez o trabalho do MP.
O melhor pacote anticorrupção do Brasil é a extinção do PT.

PF e procuradores no rastro de Cunha.

O executivo Julio Camargo, da Toyo, prestou novo depoimento nesta quinta-feira no acordo de delação premiada que fechou na Operação Lava Jato. Os delegados e procuradores do caso consideram Camargo peça-chave para tentar confirmar informação prestada pelo doleiro Alberto Youssef sobre suposta pressão praticada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que empresas contratadas pela Petrobras voltassem a pagar propina que havia sido suspensa. A informação é de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo desta sexta-feira.

Lembra a colunista que Youssef acusou Eduardo Cunha de receber propina por um contrato de aluguel de um navio-plataforma com as empresas Samsung e Mitsui, representadas por Julio Camargo.
A força-tarefa pressiona o executivo a dizer se Cunha usou uma comissão da Câmara para chantagear as empresas. Se ficar provado que Camargo deliberadamente omitiu informações nos depoimento anteriores, ele pode perder os benefícios penais da delação.
*Ana Lima, Via Facebook.

Delatores afirmam que mais 4 gerentes recebiam propina.

Os dois executivos da Camargo Corrêa que fecharam um acordo de delação premiada com procuradores e policiais federais da Operação Lava Jato relataram nos depoimentos que quatro gerentes da Petrobras também receberam propina da empreiteira, segundo a Folha apurou com investigadores do caso.
Os nomes dos quatro gerentes, que continuam na estatal, não haviam aparecido até agora na investigação. Os executivos da Camargo Corrêa disseram que eles pediam suborno sempre que era preciso assinar um contrato ou aditivo para um empreendimento.
Uma das obras em que os gerentes receberam suborno, de acordo com os depoimentos, é a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cuja construção está em fase final.
A Camargo tem um dos maiores contratos para a construção dessa refinaria. O consórcio CNCC, liberado pela empreiteira, foi agraciado com um contrato de R$ 3,3 bilhões. O custo final da refinaria é estimado em US$ 18,5 bilhões (R$ 61 bilhões em valores correntes).
O investigado pela Operação Lava Jato que mais devolveu recursos aos cofres públicos até agora é um ex-gerente da diretoria de Serviços, Pedro Barusco: US$ 97 milhões (R$ 320 milhões atualmente). Dois ex-diretores estão presos (Nestor Cerveró e Renato Duque) e Paulo Roberto Costa, que dirigiu a área de abastecimento, foi solto após fazer acordo de delação.
CARTEL
Os dois integrantes da cúpula da Camargo Corrêa que fizeram o acordo de delação são Dalton Avancini, presidente da empreiteira, e Eduardo Leite, vice-presidente da área de finanças.
O presidente do conselho de administração da empresa, João Auler, quis fechar um acordo, mas sua tentativa foi refutada pelos procuradores porque ele dizia não conhecer detalhes do esquema.
Os três estão presos desde 14 novembro na custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), sob acusação de terem pago R$ 40 milhões em suborno para fecharem contratos com a estatal. Eles também são réus por acusações de lavagem de dinheiro e formação de cartel.
Os dois executivos que fecharam o acordo já reconheceram nos depoimentos que as empreiteiras atuavam como cartel, apesar de insistirem que havia obras em que havia concorrência de verdade entre as empresas.
A dupla que faz a delação deve sair da prisão em breve. O acordo estabelece que eles devem ter uma pena menor em troca das informações sobre irregularidades que revelarem aos procuradores.
Os depoimentos foram concluídos na semana passada, mas o teor continua sob sigilo porque a Justiça ainda não homologou as delações.
Só um trecho foi revelado até agora. Nele, Leite diz que João Vaccari, tesoureiro do PT, disse saber que a Camargo atrasara o pagamento de suborno de R$ 10 milhões e pediu que o valor fosse entregue ao PT por meio de doação oficial, o que o partido nega.
OUTRO LADO
A Petrobras e a Camargo Corrêa não quiseram comentar a declaração de dois executivos da empreiteira de que quatro gerentes da estatal recebiam propina.
Em nota, a empresa afirma que a construtora não pode se pronunciar sobre documento ou informação que desconhece e não teve acesso". A maior parte dos depoimentos segue sob sigilo.
Segundo a Camargo Corrêa, "a empresa permanece à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e desenvolve esforços para sanar eventuais irregularidades".
O PT e a defesa de João Vaccari negaram o relato feito por Eduardo Leite de que o tesoureiro pedira que um suborno de R$ 10 milhões fosse depositado como doação oficial.
O PT reitera que só recebe doações registradas na Justiça eleitoral. O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse em nota que seu cliente não participou de "esquema para recebimento de propina ou de recursos de origem ilegal destinados ao PT".