sábado, 24 de janeiro de 2015

Cerveró vai culpar Dilma, e o Planalto tenta blindar a presidente.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde quarta-feira da semana passada, ia prestar depoimento esta quinta-feira, na Polícia Federal (PF), sobre a polêmica compra, em 2006, da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Mas seus advogados informaram que a Polícia Federal decidiu cancelar o depoimento dele à PF, alegando “questões técnicas internas” para o adiamento.
Na manhã de ontem, após visitar o cliente na carceragem da PF, em Curitiba, o advogado Edson Ribeiro afirmou que, agora, Cerveró “será contundente”. Ele ressaltou que o ex-diretor vai apontar a responsabilização do Conselho de 
Administração da estatal e da presidente Dilma Rousseff, que, na época, presidia o colegiado. O Palácio do Planalto está em alerta. Nos bastidores, existe o temor de que Cerveró traga novas informações e puxe a presidente novamente para o centro do escândalo. Até o fechamento desta edição, a assessoria de comunicação da PF não havia confirmado o horário do depoimento.

De acordo com a defesa, a tese que será defendida pelo ex-diretor é de que, se Dilma diz que tomou a decisão de compra com base em parecer falho, a petista não foi diligente ao analisar os documentos. A compra da refinaria, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), causou um prejuízo de US$ 792 milhões à estatal. Aos que visitam Cerveró na prisão, o ex-executivo tem demonstrado sua mágoa com a maneira como foi tratado pela petista. “Ele está indignado com a situação. Desta vez, o depoimento será contundente. Ele não teve contundência (contra a presidente Dilma) anteriormente por determinação minha. Por quê? Estávamos num período pré-eleitoral e eu não quis que Nestor fosse usado por um partido ou por outro”, explicou Ribeiro.
O defensor afirmou que Cerveró, ao contrário do que se espalhou em Brasília, não é um homem-bomba. “Ele apenas vai falar a verdade. Quem descumpriu o estatuto social da Petrobras foi o Conselho de Administração. Vai dizer que, se o parecer era falho, a presidente Dilma, que presidia o conselho, tinha obrigação de chamá-lo para tirar todas as dúvidas.” De acordo com Ribeiro, no depoimento de hoje, Cerveró será bastante objetivo. “Vai apontar o que for para apontar. Essa responsabilização (da presidente) será dita aqui. Ele não tem nenhum trunfo. Só vai dizer o que realmente aconteceu”, declarou.
PLANALTO EM ALERTA
A artilharia voltada para a presidente colocou o Planalto em alerta desde a prisão de Cerveró, no dia 14, quando Edson Ribeiro afirmou que a presidente da Petrobras, Graça Foster, também deveria ter sido presa. Para os palacianos, as acusações soaram completamente fora do tom. A ordem no Planalto é blindar a presidente ao máximo para evitar que essas declarações respinguem em Dilma. Na terça-feira, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, repetiu o discurso que tem sido adotado quando a presidente ou Graça Foster são citadas em denúncias que envolvam a Petrobras. Segundo ele, não há nenhuma responsabilização de Dilma, e quem vier a dizer isso terá que provar. O ministro ressaltou que a petista não foi citada por nenhum órgão que investiga ilícitos na Petrobras. Ontem, o Planalto não comentou as novas declarações da defesa de Cerveró.
*Via Correio Braziliense

Renan, Gleisi Hoffmann, Roseana Sarney e mais 25 são pegos no esquema de corrupção da Petrobras.

Renan, Gleisi Hoffmann, Roseana Sarney e mais 25 são pegos no esquema de corrupção da Petrobras
Um esquema de proporções monstruosas e consequencias incalculáveis para a maior estatal brasileira e para todo o Brasil.
Os cabeças do Congresso – Presidente do Senado, Renan Calheiros e Presidente da Câmara, Henrique Alves, Ministro de Minas e Energia de Dilma, Edison Lobão; e diversos outros políticos “mui amigos” do governo petista estão entre os 28 nomes delatados por Paulo Roberto Costa nos nada mais nada menos de 80 depoimentos feitos por Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.
O delator do esquema e ex-diretor da estatal também teria dito em um de seus depoimentos que tratava diretamente com Lula sobre o esquema de corrupção, deixando claro, que mais do que saber das propinas, Lula participava, dando a entender que ele era o comandante das operações. 

Recado aos amigos.

dilma-posse-evo
Dilma Rousseff está em casa, informa a foto que a mostra no meio dos convidados muito especiais que baixaram em La Paz, nesta quinta-feira, para celebrar o início do terceiro mandato de Evo Morales. Depois de três semanas de sumiço, a presidente reapareceu ao lado do anfitrião na fila do gargarejo, com o sorriso de aeromoça que exonera a carranca em momentos festivos. Dilma ressurgiu vestida de Dilma: terninho verde-brilhoso discordando da calça preta que realça o andar de John Wayne.

O rosto risonho não rima com o braço erguido e o punho cerrado. No Brasil, isso é coisa de mensaleiro a caminho da Papuda. Nos grotões infestados de órfãos da União Soviética, ainda é a saudação dos revolucionários a caminho do paraíso socialista. O gesto beligerante é repetido por Morales, pelo equatoriano Rafael Correa e seu terno de atropelado e por um Nicolau Maduro fantasiado de comunista russo que vai dinamitar o trem do czar.
Poupada de mais um fiasco em Davos, longe da zona conflagrada por apagões, inflação em alta, PIB em baixa, tiroteios no saloon governista, fogo amigo do PT, revelações da Operação Lava Jato, delações premiadas e delatados em pânico, fora o resto, a supergerente de araque desencarnou para que Dilma pudesse incorporar a Doutora em Nada. Dispensada por poucas horas da missão de desgovernar o Brasil, sobrou-lhe tempo para resolver os problemas do mundo trocando ideias idênticas com o Lhama-de-Franja e o herdeiro de Hugo Chávez.
Antes que a quermesse terminasse, a trinca feriu de morte o imperialismo ianque, esmagou o capitalismo predatório, expulsou os europeus colonialistas, exterminou a elite golpista, prendeu a burguesia ─ e ficou de completar o serviço no próximo encontro. É compreensível que nenhum dos que aparecem na foto acima tenha dado as caras na imagem abaixo.
chefes de estado- charlie
Aparecem na foto alguns dos governantes de 40 países que neste 11 de janeiro, em Paris, abriram de braços dados a marcha dos indignados com o ataque terrorista ao Charlie Hebdo. Como os demais tripulantes do barco do primitivismo, Dilma está fora do retrato. Enquanto 3,5 milhões de manifestantes protagonizavam a mais portentosa declaração de amor às liberdades democráticas, a presidente descansava no Palácio da Alvorada. O Brasil foi representado pelo embaixador na França.

“Não houve tempo para preparar a viagem”, desconversou o chanceler oficioso Marco Aurélio Garcia. O governo soube da manifestação na quinta-feira. Em poucas horas, o avião presidencial teria chegado ao destino. Pode-se deduzir, portanto, que a ausência que preencheu uma lacuna não foi determinada pela geografia ou pela duração do voo. Caso a medida utilizada tenha sido o estágio civilizatório, Dilma fez muito bem em ficar por aqui. A França é muito longe.
A declaração de guerra ao ao terror ─ o mais perigoso inimigo das modernas democracias do século 21 ─  é uma perda de tempo para a mulher que não perde por nada uma reunião dos cucarachas estacionados no século 19. O fundamentalismo islâmico é primo do socialismo bolivariano. Com Dilma no Planalto, a distância entre Brasília e Paris é de dois séculos.
*O Augusto Nunes está em Brasília nesta sexta-feira acompanhando a coluna de longe. Ele vai ler os comentários e retomar a publicação dos posts amanhã cedo. Abraços, Pedro Costa.

Terrorismo fiscal: Dilma promove tungada nos salários da classe média, mas levará o troco político.

Até a economista Dilma Rousseff, mesmo sem completar seu Doutorado, sabe que vetar a correção da tabela do Imposto de Renda significa aumentá-lo, na prática. Sentada no trono imperial do Palhaço do Planalto, a Presidenta da República não teve a menor pena de negar o reajuste de 6,5% que aliviaria o bolso das pessoas físicas, ainda mais em tempos de carestia, inflação, aumento de combustível e energia, e aperto de crédito com mais uma subida de juros programada para esta quarta-feira.
O Sindifisco calcula que, entre 1996 a 2014, a defasagem acumulada da tabela de IR chega a 64,28%. Este ano, quase um milhão de brasileiros foram jogados na "malha fina" do Leão - o que comprova o "terror fiscal" praticado pela nazicomunopetralhada. A tungada que Dilma dá no bolso da classe média é uma boa oportunidade para uma campanha nacional que questiona a absurda e injusta cobrança de "imposto de renda"- na verdade um confisco direto sobre o salário de quem trabalha.
O IRPJ deveria se chamar ASS (Assalto sobre Salário, que, na leitura da sigla em inglês, teria a conotação dolorida sobre nosso bolso). Mais canalha foi o argumento do desgoverno para o veto ao reajuste da tebelinha defasada do Leão: “A proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa de impacto orçamentário-financeiro, violando o disposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Quanto maior a correção, menor o IR pago pelo trabalhador. Sem a decisão, o imposto que será retido na fonte em janeiro ainda será pela antiga tabela, a que vigorou em 2014, o que obrigará os empregadores a compensarem o imposto nos próximos salários de seus funcionários. Além de restringir o acesso a benefícios como seguro-desemprego e pensão por morte, a má gestão Dilma pratica mais um assalto à classe média.
Se a correção de 6,5% tivesse sido aprovada pela Dilma, as pessoas que recebem até R$ 1.903,98 ficariam isentas de imposto de renda. Hoje, esse limite é de R$ 1.787,77. Pessoas com rendimento acima de R$ 4.753,96 pagariam a alíquota máxima, de 27,5%. A regra valeria para a declaração a ser feita em 2016 - ano base de 2015. O desgoverno petista sempre se lixou para quem é obrigado a pagar o inútil e injusto Imposto de Renda.
O pacote de maldades do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por enquanto, é uma tesoura que só corta a renda dos cidadãos e não o desperdício de uma estrutura governamental perdulária e corrupta. A população sentirá a alta da alíquota do PIS-Cofins sobre o crédito já complicado e o retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que estava zerada desde 2012, sobre os combustíveis. A partir de 1º de fevereiro, haverá aumento, na refinaria, de R$ 0,22 para o litro da gasolina e de R$ 0,15 para o do diesel, somando PIS-Cofins e Cide.
Direta ou indiretamente, as decisões vão ter impacto "inflacionário". Nossa moedinha vai valer cada vez menos para consumir e pagar as contas cotidianas - que estão subindo, sem controle.
Contrapedido de clemência
Tem culpa Dilma?
Em café da manhã ontem com jornalistas, no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, resolveu vender a falsária tese de que não há motivos para responsabilizar a presidente Dilma Rousseff por prejuízos causados à Petrobras com a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos:
"Quem causou prejuízos à Petrobras por cometer maus feitos obviamente que vai ser responsabilizado. Quem cometeu crime contra a empresa pública tem de ser punido sob ponto de vista penal, ter seus bens bloqueados. Mas não tem nenhuma responsabilização da presidenta Dilma sobre esse assunto. Quem quer que diga alguma coisa sobre esse assunto, tem de, em primeiro lugar provar (a responsabilidade dela)".
Até o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli defende que o Conselho de Administração, à época presidido por Dilma Rousseff, que autorizou o negócio, também seja responsabilizado pelo prejuízo.
Pelo Estatuto da Petrobras, o Conselho responde por decisões deliberativas junto com a diretoria executiva, e pt saudações...

Gol contra?
A presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de parcelamento das dívidas dos clubes de futebol sem qualquer contrapartida.
Considerada impagável pelo futuro presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, a dívida dos clubes chega a R$ 4 bilhões.
O ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, alega que há divergências sobre a competência do governo para propor regras em relação ao funcionamento dos clubes, que são entidades privadas.
Regras em vigor
O Congresso aprovou um Refis (refinanciamento de dívidas fiscais), e os clubes poderiam aderir a esse programa.
De acordo com o artigo 141 da Medida Provisória 656/2014, a dívida dos clubes seria renegociada em 20 anos (240 meses), com redução de 70% das multas isoladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor de encargo legal.
Já a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que poderia ser deixada de lado em caso de sanção, prevê que a dívida em questão será parcelada em 25 anos, desde que os clubes se adequem a parâmetros de gestão financeira e responsabilidade fiscal, também fixados nos substitutivos.
Apertadinhos
Políticos temem que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, comece a denunciar, a partir da semana que vem, antes da posse da nova legislatura, quem está metido no Petrolão.
Janot já escalou os procuradores regionais Douglas Fischer e Vladimir Aras para cuidar das análises das delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef -que incriminam dezenas de parlamentares com direito ao absurdo foro privilegiado.
Além de Fischer e Aras, o grupo de trabalho tem mais seis integrantes: os procuradores da República Andrey Borges, Bruno Calabrich, Fabio Magrinelli e Rodrigo Telles; e os promotores do DF Sergio Cabral Fernandes e Wilton Queiroz de Lima.
Namoradas dos Narcotraficantes
Elas gostam mais de poder, dinheiro ou sexo? Eis a questão...
No momento em que integrantes do governo brasileiro fazem demagogia pura com punição rigorosa aplicada pela Indonésia a um traficante brasileiro que abusava do trinômio acima, é hora de conhecer mais detalhes sobre a falsa vida de glamour gerada pelo ilusório e perigoso narcomundo.
Qual a falha?
Suicidado
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Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Mais de Hum Milhão e Meio de brasileiros pedem o impeachment de Dilma.

Não tem mais como esconder...o povo está INDIGNADO e REVOLTADO, o impeachment é uma questão de TEMPO!!! Vamos DIVULGAR!!!
Chegou a hora.... ‪#‎VEMPRARUAMEUPOVO‬... NÃO DESISTIREMOS DO BRASIL
CONVIDEM SEUS FAMILIARES, AMIGOS E TODOS OS CIDADÃOS E CIDADÃS QUE VOCÊ PUDER
Link do Manifesto 

Equipe Revoltados ON LINE

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Despreparo pode custar a Eduardo Braga o ministério das Minas e Energias.

Dilma avalia demitir ministro que ela nomeou há 22 dias
A própria assessoria de Dilma Rousseff já não aposta um tostão furado na permanência do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) no cargo de ministro de Minas e Energia. “Ele toma uma bronca dela a cada meia hora”, segredou um secretário com nível de ministro. Dilma, que já não gostava de Braga, perdeu completamente o respeito por ele em razão de sua ignorância nos temas da pasta, evidenciada na crise do apagão.
O azar de Eduardo Braga é que Dilma se acha grande especialista em energia, e não se conforma como ele ainda não estudou o assunto.
Irritada, Dilma agora prefere despachar com o secretário-executivo do Márcio Zimmermann, escalado como “babá” ou tutor do ministro.
Político experiente e expert em venda de carros usados, sua profissão original, Eduardo Braga chegou ao cargo indicado pelo PMDB.
Eduardo Braga virou ministro após desistir de se opor a Renan Calheiros, no PMDB, aliando-se a ele. Renan bancou sua indicação.
Fonte: Claudio Humberto/Diário do Pode
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O PT levou ao caos a administração pública brasileira.

Ai, ai, vamos lá. Entre 2003, primeiro ano do governo petista, e 2013, o Brasil criou 77 novas representações diplomáticas mundo afora, a maioria em países pequenos e sem qualquer importância econômica — 48 são embaixadas, 40 delas nascidas no governo Lula, o megalômano, que respondeu sozinho por 68 daquelas 77. A embaixada do Benin, na África, está entre essas novas representações.
Pois bem: circula na Internet a cópia de um e-mail que João Carlos Falzeta Zanini, encarregado de Negócios desse país, mandou a seus chefes em Brasília. É estarrecedor. Leiam a íntegra.
Informo:

1 – Após interrupção no fornecimento de energia da Embaixada, paguei, com recursos pessoais, a fatura do mês de novembro.

2 – Já tinha me valido dessa alternativa para pagar a fatura de telefone que também estava atrasada.
3 – Ante a perspectiva de corte do serviço de internet no próximo dia 24 de janeiro, entendo que deverei também adiantar o pagamento. Os valores das respectivas despesas constam do expediente de referência que solicita recursos de EAN.
4 – Desde que assumi a encarregatura de negócios no início de novembro, realizei cortes drásticos nas despesas do Posto. Serviços de manutenção da residência não foram realizados, empresa telefônica cortou chamadas para celular de todos os aparelhos, inclusive da sala do chefe do Posto, produtos de limpeza, de escritório e café estão racionados ao limite.
5 – Especificamente sobre a impossibilidade de realizar reparos na residência, informo que a pressão da água foi reduzida à quase inexistência depois que a bomba que abastece o andar superior quebrou. Não autorizei o reparo. Quando a pressão se esgota, uso galões de água comprados no supermercado para higiene pessoal.
6 – Em relação à alta despesa de combustível, creio que a demissão informada no expediente de referência trará certo alívio financeiro. Adicionalmente, restringi saídas com o carro de serviço à minha autorização expressa. Para os serviços mais simples, tenho orientado os funcionários a usarem a moto do Posto, menos onerosa.
7 – Receio, no entanto, não termos mais condições de manter os geradores em operação. Após esgotar o diesel que o abastecia, decidi ontem por não autorizar a compra de mais combustível. Desse modo, caso as oscilações frequentes da rede interrompam o fornecimento de energia durante o expediente, informo que tenciono reduzir as atividades do dia e liberar os funcionários. Essa decisão impacta, sobretudo, os serviços consulares, em alta demanda em razão da partida dos estudantes aprovados no PEC-G.
8-  No que toca à residência, o gerador já está inativo há cerca de três semanas. Quando há oscilação na rede, o que ocorre praticamente todos os dias por uma ou duas horas, valho-me de velas e de lanterna. Mais preocupante, temo o efeito que uma oscilação mais duradoura da rede de energia causará na conservação dos alimentos dos funcionários da residência, comprados pela dotação CLP.
9 – O gasto semanal para o abastecimento dos geradores da Chancelaria e da Residência está estimado em aproximadamente U$ 180,00. A conta do Posto reúne, no momento, o equivalente a U$ 83,00.
10 – O desconforto, porém, não é tão relevante se comparado à preocupação com a saúde. Em cidade onde a malária é endêmica, o ar-condicionado serve de poderoso inibidor da proliferação do mosquito. Quando o fornecimento de energia é interrompido e os aparelhos de ar-condicionado desligados, utilizo inseticidas para amenizar o problema.
11 – Ciente das restrições financeiras, faço esse registro apenas para cumprir o dever de informar que as dificuldades de manter adequadamente a representação não se restringem mais à baixa lotação. Em realidade, a escassez de recursos precede a urgência que ainda se faz por um funcionário que possa operar as comunicações e o sistema consular.
Retomo.
A situação em Benin é apenas a mais grave. Mas as reclamações partem também de Tóquio, Lisboa, Guiana e EUA. Nesta quarta, informa a Folha, telegrama enviado por Marco Farani, cônsul-geral do Brasil em Tóquio, e obtido pela Folha, dizia: “Todas as contas de serviços de dezembro estão pendentes de pagamento, o que tem causado insistentes cobranças dos credores; há o risco de suspensão de internet, telefonia e eletricidade”. A embaixada em Tóquio recebeu notificação de corte de luz, porque a conta, de US$ 3.924, não é paga desde dezembro, diz o embaixador André Corrêa do Lago em telegrama de terça (20).
Os petistas abriram embaixadas ou representações em países como Antígua e Barbuda (conhece?), Belize, Dominica, Granada, Azerbaijão, Burkina Faso, Mauritânia e Cazaquistão… E trata assim seu corpo diplomático. Cazaquistão, é? Chamem o Borat para ministro das Relações Exteriores.
*Por Reinaldo Azevedo

Depenando os pais de família.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Humilhação! Ontem Brasil pediu socorro elétrico da Argentina para evitar apagão amplo, geral e irrestrito.


O Brasil recorreu à importação de energia da Argentina para garantir plenamente o consumo do país. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ontem foram importados 165 megawatts (MW)médios do país vizinho. A energia veio da Argentina pelas estações de conversão Garabi 1 e 2 existentes no Rio Grande do Sul. Há um acordo operacional energético entre os dois países pelo qual no caso de emergência um país solicita ao outro o envio de um volume de energia, por um período curto. Não se paga por essa energia que, conforme o acerto feito, é depois devolvida ao outro país. - A importação é um sinal de desequilíbrio conjuntural na ponta de consumo - disse Nivalde de Castro, pesquisador de energia elétrica do Gesel/UFRJ.(O Globo)

Pasadena: cerco se fecha e Gabrielli acusa Dilma em fraude de R$ 2,1 bilhões.

Dilma e Gabrielli nos bons tempos, quando ninguém discutia quem assinava o quê.
(Estadão, hoje) Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou que o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado.
Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico “falho” e “incompleto” a respeito do negócio.
Em decisão preliminar de julho do ano passado, o tribunal isentou o Conselho de Administração. Na segunda, em resposta ao Estado, o TCU não descartou a possibilidade de arrolar Dilma e os demais ex-conselheiros no processo sobre a compra da refinaria (mais informações abaixo). Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria.
Justificativa. No texto de 64 páginas, entregue no dia 5 de dezembro, Gabrielli diz que não se sustenta a justificativa de Dilma de que o relatório de Néstor Cerveró – então diretor de Internacional – era falho por omitir que o contrato tinha as cláusulas Marlim (que garantia rentabilidade mínima de 6,9% à Astra Oil, parceira da Petrobrás na refinaria) e Put Option (que obrigava a Petrobrás a comprar a parte da sócia se houvesse divergência de gestão).
De acordo com a defesa de Gabrielli, o Conselho tinha “obrigação de fazer uma avaliação criteriosa” de todos elementos do contrato antes de autorizar a compra, e contava com “os mesmos elementos fornecidos pelas mesmas pessoas” com os quais a Diretoria tomou a decisão.Diferença. Conforme o documento assinado pelo advogado Antonio Perilo Teixeira, ao contrário de outras empresas nas quais as funções dos conselhos se limitam a planejamento e estratégia, o estatuto da Petrobrás confere ao Conselho de Administração poderes executivos. “Esse fato é demonstrado na própria aquisição de Pasadena, tendo visto que a Diretoria havia aprovado sugestão de Cerveró de adquirir a segunda metade da Astra mas essa posição foi rejeitada pelo Conselho”, diz o texto.
É com base no estatuto que Gabrielli pede que os integrantes do Conselho também sejam responsabilizados. “Caso este tribunal entenda que não é possível afastar a responsabilidade dos integrantes da Diretoria Executiva, que sejam então chamados para manifestar-se todos integrantes envolvidos na aprovação dos contratos, incluindo os membros do Conselho de Administração.”
Ao final, a defesa de Gabrielli sustenta que caso o TCU se negue a excluir a Diretoria Executiva do processo, “que os integrantes do Conselho de Administração sejam citados para integrar a lide, tendo seus bens bloqueados em igualdade de condições com os atuais requeridos”.No documento, a defesa cita Dilma explicitamente ao lembrar da primeira conclusão do TCU. “Essa posição (de que os conselheiros são responsáveis), que implicaria a oitiva da Presidenta da República e de outras altas autoridades do atual governo, recém reeleito, foi descartada.”
Além de Dilma, faziam parte do Conselho o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, o ex-presidente do PT e da Petrobrás José Eduardo Dutra, o ex-ministro Antonio Palocci, o atual presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa; o economista Cláudio Haddad, presidente do Insper, os empresários Jorge Gerdau e Arthur Sendas (falecido) e o ex-comandante do Exército Gleuber Viana.
Em julho do ano passado, logo após o TCU dar sua decisão preliminar, Cerveró e Ildo Sauer, ex-diretor da área de Gás e Energia, também tentaram responsabilizar o Conselho. Cerveró encontra-se atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele é acusado pela Operação Lava Jato de receber propina em contratos da Petrobrás.
‘Erro médico’. No documento de sua defesa, Gabrielli aproveita para defender a compra de Pasadena. Diz que os lucros já cobriram os gastos, contesta os critérios e números apontados pelo TCU e diz que em momento algum foi demonstrado dolo ou culpa da direção da Petrobrás. Para fins legais, o ex-presidente da estatal compara o negócio a um erro médico, “no qual a relação com o paciente é de meio e não de fim”. Para Gabrielli, a compra de Pasadena “não foi, certamente. a maior barganha realizada pela Petrobrás, mas tampouco foi a maior venda da Astra”. Gabrielli aproveita para provocar a desafeta Graça Foster, atual presidente da estatal, dizendo que a Petrobrás não forneceu uma série de documentos que poderia ajudá-lo na defesa.
*Ana Lima, via Facebook ( https://www.facebook.com/amlima1 )

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Festival de mentiras oficiais.

Foto-montagem:Internet
O que temos até agora como medidas para recuperar a economia? Basicamente, R$ 18 bilhões de direitos trabalhistas retirados e ontem foram anunciados aumentos de tributos da ordem de R$ 20 bilhões. O ajuste está vindo pelo bolso do trabalhador, e não pela redução nas despesas do governo. Nada se fala sobre a redução de ministérios, cargos comissionados, gastos com propaganda, ou desinchaço da máquina pública. A maldade do dia é o veto sobre a emenda que corrige a tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação de 2014. Na prática, é mais imposto para todos, principalmente para as classes mais baixas que estarão fora da linha de isenção. O FMI também anunciou hoje a redução da projeção de crescimento em câmera lenta do PIB brasileiro para ínfimo 0,3%. Tudo para pagar a conta da reeleição de Dilma e o desgoverno que foi o seu primeiro mandato. Nunca uma presidente deixou uma herança maldita tão grande quanto Dilma deixou para ela mesma.
*Texto Ronaldo Caiado

"Estado de dormência".

Finalmente a oposição resolve colocar em pratos limpos o episódio malcheiroso da operação fraudulenta da bolivariana Smartmatic no Brasil e seus bracinhos venezuelanos amestrados. Pelo que se lê no mausoléu redecorado, alguns tucanos acham ─ e os petistas também ─ que a oposição dará um tiro no pé ao auditar o resultado das eleições presidenciais recentes. Tudo é possível, inclusive nada de errado com as pobres urnas eletrônicas tupi-guaranis que já deram o que tinham que dar por aqui. Neste caso, duas coisas ficam evidentes. A primeira é que a oposição dormiu no volante mais uma vez, porque era prerrogativa dela fazer essa fiscalização DURANTE o pleito e a apuração ─ e nada fez. A segunda é que o processo eleitoral é uma caixa preta, que acaba dando margem a esse tipo de desconfiança.
Não há transparência na operação, como não há nos cartões corporativos do governo e nos empréstimos do BNDS para fazer portos em ilhotas vagabundas. Como toda desconfiança é pouca com essa quadrilha que a justiça finge não ver, quem paga a conta, o pato e a festa ─ o eleitor brasileiro ─ tem sim todo o direito de saber se houve lisura ao menos na contagem de votos, uma vez que não houve lisura nenhuma na campanha marcada por deformações como o uso desbragado da estrutura do governo, o uso criminoso de recursos públicos para pagar serviços de campanha e as mentiras deslavadas contadas diuturna e noturnamente ─ como vocifera a presidonta ─ para enganar  o público pagante e dependente dos caraminguás públicos, por aqui distribuídos.
Que a eleição foi uma fraude, todos nós sabemos. A extensão dessa fraude tem de vir à público e é papel da oposição fazê-lo, sim senhor. “Duela a quem duela”, como dizia aquele presidente que aspirava sentado. Impossível mesmo é conviver com esse relativismo pilantra, essa malemolência oportunista e essta cortina de fumaça sobre nossa incauta democracia. Sabemos, mais uma vez, que foi uma “desorientação espacial” que matou os candidatos Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva durante o pleito presidencial de outubro. Uma investigação minuciosa, mesmo que não encontre indícios criminosos, é uma peça técnica que costuma sugerir providências para que novos acidentes não se repitam.
Deixar claro o que será feito para garantir a transparência eleitoral daqui pra frente é imperioso; exigir que os farsantes da petralharia se submetam as regras de segurança também. O tiro no pé será dado se ambos resolverem sentar em cima da decência, como sempre, e esconder da sociedade, irmanadinhos, as conclusões das investigações em curso. Nada mais me espanta. Até saber que o país tem 50 milhões de encostados na tetona pública, ávidos por manter a boquinha e a mortadela, que não sabem a diferença entre uma democracia plena e um frango com batatas. Na dúvida, são capazes de comer o título eleitoral, para ver que gosto tem. O desgosto nós já vimos.
*Por VLADY OLIVER, via Augusto Nunes.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

No dia do apagão elétrico, o apagão das promessas da governanta.

Avenida Paulista às escuras durante o apagão (Foto: Antonio Roberto Vilela Jr/VC no G1)
Que coisa, não?! Faz 20 dias que Dilma tomou posse; há menos de três meses, reelegeu-se presidente. No dia em que o país passa por um blecaute, ordenado pelo Operador Nacional do Sistema, que atingiu 10 Estados, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy — que os petistas dizem ser um neoliberal — vem a público para anunciar um pacote fiscal que, por si, confessa a falência do modelo petista. Então ficamos assim: o partido é um desastre de hardware e de software. Não está equipado para entender o mundo, e seu sistema operacional é ineficaz para lidar com a realidade. Este 19 de janeiro entrará para a história como uma espécie de dia-síntese de uma era.
O governo decidiu levar R$ 20,6 bilhões da sociedade para seus cofres. Mirou as importadoras, o setor de combustíveis e de cosméticos. E também o crédito da pessoa física. O IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) passa de 1,5% para 3%. O Planalto ressuscitou a Cide, o imposto sobre combustíveis, e aumentou o PIS/Cofins sobre gasolina — R$ 0,22 por litro — e diesel R$ 0,15. Não se sabe quanto chegará ao consumidor. Mas chegará. A alíquota desses impostos sobre importados também será elevada, passando de 9,25% para 11,75%. Finalmente, equiparou, para efeitos de cobrança de IPI, o atacadista e o produtor da área de cosméticos. Ah, sim: o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve anunciar nesta quarta a elevação da taxa de juros em 0,5 ponto percentual, passando a 12,25% ao ano.
Como disse Guimarães Rosa, o sapo pula por necessidade, não por boniteza. Não parto do princípio, como normalmente faria um petista se tais medidas fossem anunciadas por tucanos, de que Dilma age assim por maldade. Mas isso não pode nos impedir de constatar: as contas estavam em petição de miséria, não é mesmo?
A imprensa diz aos quatro ventos que são medidas para recuperar a credibilidade. Tomara que sim! Uma coisa é certa: são medidas recessivas, de contenção do consumo, numa economia que já cresceu perto de zero no ano passado e que tinha um crescimento previsto na casa de 1% antes da majoração da tarifa de energia, do reajuste dos combustíveis, da alta da taxa Selic, da contenção do crédito e da elevação dos juros da casa própria.
O governo prometeu fazer um superávit de 1,2% do PIB em 2015 — R$ 66,3 bilhões. Com o pacote de agora, espera conseguir quase um terço disso. Já passou a faca em mais de R$ 22 bilhões no Orçamento e espera poupar R$ 18 bilhões com regras mais rígidas para a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas. O busílis é que elevação de combustíveis e da taxação de importados também pode pressionar a inflação — que, em tese ao menos, será contida com juros mais altos e diminuição do consumo.
Querem saber? Há um forte cheiro de recessão no ar neste 2015. Mas, consta, esse pode ser o preço a pagar para recuperar a tal “confiança” na economia, o que prepararia o Brasil para crescer. A ser assim, a gente tem uma noção do que o fez o PT, no período, com essa tal “confiança”.
Agora tente explicar, sei lá, a um estrangeiro que não conheça direito as coisas do Brasil a seguinte equação: o governo Dilma está pondo em prática tudo o que jurou solenemente não fazer — embora, reconheçamos, algumas medidas sejam necessárias. Pior: ela esconjurou essas escolhas e disse que elas faziam parte do cardápio de seu adversário, que estaria disposto a atender aos interesses de banqueiros cúpidos. O ministro que ela chamou para implementar essas ações era um alto executivo do maior banco do país e foi secretário-adjunto de Política Econômica e economista-chefe do Ministério do Planejamento do governo FHC, que os petistas dizem ser a fonte de todos os males do Brasil.
Não pensem que isso é virtude, a síntese que resulta da tese e da antítese. É só a consumação de um estelionato e mais uma evidência da picaretagem e do atraso da política brasileira. Antes do apagão de energia, há o apagão de vergonha na cara. Não serei refém intelectual de uma falsa questão: saber se essas medidas são ou não necessárias. Digamos que sejam. A presidente que venceu a eleição disse que não eram. E é preciso que se cobre isso dela.
*Por Reinaldo Azevedo

O pacote de maldades da Dilma está só começando.


Pacote de maldades: aumento de impostos elevará arrecadação em R$ 30 bi.

As medidas tributárias em estudo pela equipe econômica têm o potencial de elevar a arrecadação em R$ 30 bilhões, segundo técnicos do governo. Num cardápio variado, que inclui desde a retomada da Cide até o aumento do PIS/Cofins para produtos importados e cosméticos, as ações respondem por quase metade da meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 66,3 bilhões, ou 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) prometida para 2015.
Como o governo também já apertou o cinto do lado dos gastos na mesma proporção — R$ 30,8 bilhões — e deve fazer um contingenciamento adicional do Orçamento ainda no primeiro trimestre deste ano, a nova equipe econômica dará à presidente Dilma Rousseff a possibilidade de, se quiser, realizar um esforço fiscal ainda maior que a meta definida para o ano.
Segundo técnicos, várias medidas já estão prontas para serem adotadas, mas ainda dependem do sinal verde do Palácio do Planalto. O Ministério da Fazenda avalia que elas precisam ser editadas logo, pois várias precisam seguir a regra da noventena. De acordo com este princípio, se o governo cria ou aumenta uma contribuição, tem que aguardar 90 dias para que a nova regra possa começar a vigorar. É o caso do PIS/Cofins, que precisa ser alterado por meio de projeto de lei.
CIDE DEVE SER A PRIMEIRA A SUBIR
Os tributos regulatórios, como a Cide, podem ser alterados por decreto, o que significa que a vigência é imediata. Mas os técnicos do governo afirmam que há controvérsias jurídicas sobre se seria preciso respeitar a noventena no caso da contribuição dos combustíveis. Por isso, a avaliação da Fazenda é que seria mais prudente adotar esse princípio para evitar problemas futuros.
— O tema (de elevação dos tributos) precisa ser tratado o mais rápido possível. Quanto mais o tempo passa, mais a dificuldade aumenta — disse uma fonte da equipe econômica.
O primeiro tributo da lista do que pode subir é a Cide, que está zerada desde 2012. Essa contribuição gerava, por ano, uma arrecadação de quase R$ 12 bilhões. Além dela, pode subir a alíquota do PIS/Cofins sobre combustíveis. Segundo os técnicos do governo, essa medida seria ainda mais vantajosa do ponto de vista da União, pois teria o potencial de aumentar as receitas na mesma proporção com a vantagem de não ser partilhada com estados e municípios e de não ter uma vinculação específica. A Cide precisa ser destinada a programas de infraestrutura rodoviária e projetos ambientais na área de petróleo.
Também está nos planos do governo elevar o PIS/Cofins sobre mercadorias importadas, cosméticos e artigos de higiene pessoal. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também pretende fazer ajustes no mercado financeiro para estimular a formação de poupança de longo prazo, dando incentivos para quem ficar com o dinheiro aplicado por mais tempo.
Do lado das despesas, o governo já criou regras mais rígidas para a concessão de benefícios como pensão por morte e seguro-desemprego, o que resultará em uma economia anual de R$ 18 bilhões, segundo cálculos do Ministério do Planejamento. O governo também contingenciou preventivamente o Orçamento, que sequer foi votado pelo Congresso, o que restringiu o gasto mensal em R$ 1,9 bilhão; e suspendeu as transferências do Tesouro Nacional para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), previstas em R$ 9 bilhões em 2015.

Via: http://www.jogodopoder.com/blog/economia/pacote-de-maldades-aumento-de-impostos-elevara-arrecadacao-em-r-30-bi/#ixzz3PKeI01BK

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Empreiteiras do Petrolão já demitiram 12.000 funcionários. E é só o começo.


 
(Estadão) Em menos de dois meses, consórcios formados por empresas envolvidas na operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção em contratos da Petrobras, demitiram mais de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil, segundo balanços das centrais sindicais. Para as próximas semanas, são esperadas novas rescisões, especialmente por causa da deterioração financeira de muitas empresas que caminham para a recuperação judicial - ou já entraram nesse processo.

A situação é grave. De um dia para o outro, centenas de trabalhadores ficaram sem emprego e sem dinheiro - muitos deles ainda não receberam a indenização da rescisão e estão em sérias dificuldades financeiras. Os piores casos são verificados na Refinaria Abreu e Lima e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), dois megaempreendimentos da Petrobrás que envolvem centenas de contratos com empreiteiras. Mas, segundo os sindicatos, as demissões também atingem projetos no Rio Grande do Sul e Bahia.

Os problemas surgiram com a sétima fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, desencadeada na primeira quinzena de novembro e que prendeu executivos de várias construtoras, como Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, UTC, Engevix, Iesa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão. No fim de dezembro, a situação se complicou ainda mais com a lista de 23 empresas proibidas de participar de novas licitações da Petrobrás.

Sem crédito no mercado e com o caixa debilitado pela falta de pagamento da estatal, que também não tem reconhecido aditivos bilionários das contratadas, as construtoras começaram a atrasar salários e a demitir. A campeã de desligamentos é a Alumini (ex-Alusa), que pediu recuperação judicial na quinta-feira. Na Refinaria Abreu e Lima, demitiu 5 mil funcionários, mas pagou apenas 58% do valor da rescisão, afirma o diretor do Sindicato das Indústrias de Construção de Pernambuco (Sintepav), Leodelson Bastos.

Segundo ele, a irregularidade no pagamento das rescisões tem sido geral nas obras da Abreu e Lima. "Na Engevix, 700 funcionários foram demitidos e, por enquanto, eles só receberam o FGTS. Na Galvão, apenas 60% dos mil demitidos receberam." No consórcio Coeg, formado pelas empresas Conduto e Egesa, 500 funcionários foram mandados embora e 337 ainda não receberam a indenização, completou ele. "Aqueles que continuam trabalhando para o consórcio estão com os salários atrasados." A Engevix afirmou que, como as demissões ocorreram em dezembro, nem todos os processos foram concluídos.

Férias. Na Bahia, a crise afetou o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, formado por Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki. A empresa demitiu 970 trabalhadores entre dezembro e janeiro, afirmou o vice-presidente do Sintepav-BA, Irailson Warneaux. Segundo ele, para evitar um número maior de demissões, já que a Sete Brasil (companhia que faz a contratação das sondas de perfuração) interrompeu os repasses para o estaleiro, a forma encontrada entre o sindicato e a empresa foi dar férias para mil funcionários até 31 de janeiro.

Além disso, diz o sindicalista, ficou estabelecido que os demitidos terão prioridade na contratação quando as obras voltarem ao ritmo normal. Em nota, a companhia afirmou que, com 82% do projeto concluído, foi orientada a fazer um ajuste no quadro de funcionários para readequar o planejamento da construção. "Apesar de reconhecer o período de dificuldade enfrentando pela indústria naval brasileira, a empresa mantém sua operação industrial na Bahia para fabricação das seis sondas de perfuração para exploração do pré-sal."

No Comperj, as demissões também estão se alastrando. A maior dor de cabeça dos sindicalistas é a Alumini, que não paga nem os salários dos 2,5 mil trabalhadores ativos nem a terceira parcela da rescisão dos 469 demitidos. Como não cumpriu um acordo com o sindicato de Pernambuco, um juiz de Ipojuca (PE) bloqueou a conta da empresa.

O balanço de trabalhadores demitidos no Comperj aponta para 4,1 mil funcionários, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial da Cidade de Itaboraí (Sintramon).

Segundo o vice-presidente da central sindical, Marcos Hartung, outros consórcios como o TE-AG (da Techint e Andrade Gutierrez), CPPR (Odebrecht, Mendes Junior e UTC) e a empresa GDK também demitiram nos últimos dias. Alguns alegam que as demissões ocorreram por causa do fim das obras. Na avaliação do economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, em outra circunstância, essa mão de obra seria rapidamente absorvida. Mas ele lembra que o País vive um cenário de diminuição do nível de emprego. "A gente já vem observando uma geração negativa no setor da construção."
*http://coturnonoturno.blogspot.com.br/2015/01/empreiteiras-do-petrolao-ja-demitiram.html

domingo, 18 de janeiro de 2015

Grupo de elite investiga a operação lava jato.

Oito agentes, dois escrivães e cinco delegados atuam na maior investigação do país. Para chefe da operação, trabalho será herança para a instituição 

PDaniel Haidar, de Curitiba-
VEJA


Grupo de elite - delegados Felipe Hayashi, Igor Romário de Paula e Érika Marena investigam a operação Lava Jato - VEJA

Em setembro de 2013, o delegado Márcio Adriano Anselmo fez à Justiça um pedido de quebra de dados telefônicos de um interlocutor identificado apenas como “Primo”. Pouco depois, o tal “Primo”, apelido pelo qual era conhecido nas empreiteiras, se revelaria o doleiro Alberto Youssef, um dos maiores operadores do país e pivô do esquema investigado pelos policiais. Da prisão de Youssef em São Luís, no Maranhão, em 17 de março do ano passado, à detenção do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, na última quarta-feira, passaram pelo rastreamento da equipe de policiais federais mais de 10 bilhões de reais movimentados ilegalmente por 88 réus denunciados à Justiça, no maior esquema de corrupção da história contemporânea do país. E isso ainda está longe de acabar.

Operação Lava Jato prendeu um clube de milionários da construção civil, com a maioria das acusações reconhecidas, até o momento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), um exemplo raro de consistência de inquéritos policiais. Na base disso está um time de 15 policiais considerado nos corredores da instituição como um “grupo de elite” de combate à corrupção.

“Contamos com um núcleo de policiais que estão altamente comprometidos e cada dia mais especializados em investigação de corrupção. Ao final desse caso, vamos ter contribuído para formar na Polícia Federal um time de elite no que concerne a investigações dessa natureza. É gratificante isso. É um caso que nos força a estudar e evoluir a cada dia”, afirmou a delegada Erika Marena, chefe da Delegacia de Combates aos Crimes Financeiros de Curitiba.

Erika foi indicada ao comando pelo delegado Igor Romário De Paula, empossado na Delegacia de Combate ao Crime Organizado em abril de 2013 e ex-chefe da mesma unidade em Alagoas. Naquele momento, apenas o delegado Márcio Anselmo, nascido em Londrina, e dois agentes se dedicavam à apuração. Ao descobrir o envolvimento do também londrinense Youssef, o delegado Anselmo rapidamente percebeu que tinha esbarrado em um grande esquema de lavagem de dinheiro. O caso mudou de tamanho e precisou de reforços. De lá para cá o grupo aumentou e conta com uma equipe fixa de 15 policiais – oito agentes, dois escrivães e cinco delegados.

A Operação Lava Jato agitou o mundo político, com a descoberta do envolvimento de governadores, senadores e deputados federais no esquema de corrupção. Transformou também a rotina no corredor do segundo andar da Superintendência da PF em Curitiba, onde trabalham os policiais do caso. Foram abertos mais de 250 procedimentos para investigar o esquema de corrupção da Petrobras e as diferentes ramificações criminosas da atuação de doleiros e funcionários públicos.

A apuração deixou de ser limitada às negociatas da estatal do petróleo, chegou ao setor elétrico e já esbarra no frigorífico JBS. Diante da afirmação do delator e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, de que o esquema era reproduzido em todos os órgãos públicos, não se sabe quando e onde a investigação vai acabar. Uma planilha apreendida no escritório do doleiro listava quase 750 projetos em que a quadrilha de Youssef indicava ter atuado.

Diante de um esquema internacional de lavagem de dinheiro, não foi tarefa fácil. A vinculação de Youssef com a Petrobras só foi descoberta quando foi achada a comprovação de que ele tinha presenteado o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa com uma Land Rover avaliada em 300.000 reais. As apreensões na casa do ex-diretor, indicado pelo PP ao cargo em 2004, demonstrariam as inúmeras negociatas na Diretoria de Abastecimento – que chegaram a envolver duas filhas e dois genros de Costa no esquema.

Braços – A cobrança de propina por facilidades na Petrobras era especulada há anos no mundo empresarial. A Operação Águas Profundas, de 2007, chegou a prender funcionários da estatal e empresários por fraudes na licitação de plataformas. O delegado Felipe Hayashi, da equipe de Erika Marena, investigava, desde 2011, suspeitas de fraudes em obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná. Mas as provas apreendidas na operação fecharam o quebra-cabeça pela primeira vez, com identificação de corruptores, corruptos e intermediários. Em um dos endereços de Youssef, foi encontrado um contrato fictício da Mendes Júnior com empresas de fachada do doleiro. Depois de preso, o vice-presidente da empreiteira, Sérgio Mendes, veio a admitir que pagou cerca de 8 milhões de reais a Youssef, mas alegou ter sido vítima de extorsão. A ação penal já está em andamento na 13ª Vara Federal do Paraná, do juiz Sérgio Moro.

Hayashi e o delegado Eduardo Mauat, ex-chefe da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros de Florianópolis, tocam a maioria dos novos inquéritos da Operação Lava Jato, que investigam de fundos de pensão, empreiteiras e inúmeras empresas de fachada. Com De Paula, Anselmo e Érika, eles se revezaram na tomada dos depoimentos dos acusados que fecharam acordo de delação premiada. Acompanhados pela força-tarefa do Ministério Público Federal, interrogaram Costa, Youssef, o lobista Júlio Camargo, o empresário Augusto Mendonça Neto e o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, além de outros sete delatores.

Como o resto da equipe, Hayashi é um estudioso de direito internacional e defende melhoras legais para o combate à corrupção. Ele defende a criação e o treinamento de grupos especializados no combate a esse tipo de crime em outras áreas do setor público. “A corrupção é impossível de acabar. Mas podemos minimizar, prevenir e combater. Um ponto importantíssimo é aquilo que a convenção de Mérida prevê, de especializar autoridades encarregadas de combater esse tipo de crime. Policiais, procuradores e juízes precisam estar capacitados para desenvolver suas funções de forma eficaz”, afirmou.

De Paula, coordenador de toda a estrutura logística da operação, avalia que a Lava Jato só alcançou resultados tão amplos porque foi objeto de trabalho de policiais especializados, de um grupo de elite do Ministério Público Federal e do juiz federal Sérgio Moro, especializado no tema. “Temos uma situação aqui no Paraná hoje muito favorável, com todas as autoridades com conhecimento no assunto, nenhum tipo de comprometimento político e efetivamente comprometidos com os resultados”, afirmou.

Banestado – Como o juiz Sérgio Moro e quatro procuradores da força-tarefa, Anselmo e Érika também trabalharam nas investigações no caso Banestado, esquema pelo qual mais de 28 bilhões de dólares foram remetidos ilegalmente ao exterior. Foi justamente neste escândalo que o doleiro Alberto Youssef ficou famoso, como um dos principais operadores presos. Ele fechou acordo de delação premiada pelos crimes cometidos no Banestado, celebrado com os mesmos procuradores e o mesmo magistrado da Lava Jato. Youssef entregou inúmeros clientes à época e contribuiu com as investigações, mas quebrou o acordo e continuou no mercado paralelo, o que reabriu processos do Banestado e deve complicá-lo ainda mais em nova condenação.

Depois de um ano de resultados e o trabalho ainda “no início”, o delegado De Paula traçou um planejamento de alocação material e profissionais na Lava Jato até o começo de 2016, diante da magnitude dos crimes em investigação. “Estou fazendo planejamento semestral e anual ,para obter reforços e recursos para essa operação até dezembro. Estou vislumbrando que teremos trabalho para 2015 inteiro”, afirmou.