sábado, 7 de março de 2009

Ainda sobre a derrota da "gentil" Ideli.

Lula pediu para Ideli desistir ...Ele sabia
Prevendo a derrota da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) na disputa pela presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado, o presidente Lula pediu a ela, na véspera da sessão, para desistir da disputa e evitar o desgaste. Ela disse que não havia como recuar porque se achava confiante e porque se comprometera com os aliados do PSDB – também derrotados com Tião Viana (PT-AC) na briga para presidir o Senado.
Lula disse que a vitória do senador Fernando Collor (PTB-AL) contra Ideli Salvatti “não foi surpresa” porque ele tinha certeza do placar 13x10.

Os Sarney e o TSE.

Acostumada a ter vitórias em todas as órbitas dos poderes da República, a Senadora Roseana Sarney (PMDB-na foto) não teve o mesmo sucesso em sua candidatura ao Governo do Maranhão. Foi derrotada, flagorosamente, na eleição em 2006. Inconformada, a senadora Roseana Sarney recorreu e, pasmem, conseguiu que o Tribunal Superior Eleitoral cassasse na semana passada o mandato do vencedor, Jackson Lago.
Mas, se for efetivamente empossada no lugar dele, Roseana poderá cumprir o mesmo destino de Lago. O Ministério Público Federal analisa uma denúncia do PSDB que acusa Roseana de abusar do poder econômico durante a campanha.
Isso teria ocorrido porque sua coligação pagou a propaganda de 116 candidatos a deputado estadual e federal de pequenos partidos.
A denúncia foi acatada em primeira instância, mas Roseana foi, sem novidade, absolvida pelo tribunal maranhense. Resta saber se terá a mesma sorte em Brasília. Bem, em Brasília...

A inteligência brasileira



Diogo Mainardi

"A verdadeira proeza de Santos Dumont foi conseguir inventar o avião três anos depois deo avião ter sido inventado pelos irmãos Wright"
– Chester.
– Copo de polipropileno.
– Chinelo de dedo.
Uma empresa internacional de assessoria, Monitor Group, publicou uma lista com as 101 maiores descobertas brasileiras. É um retrato da engenhosidade nacional. Quem precisa de Arquimedes, se nós criamos a lombada eletrônica? Quem precisa de Leonardo da Vinci, se nós criamos a caipirosca engarrafada? Quem precisa de Thomas Edison, se nós criamos o fast-food de bobó de camarão?
Chu Ming Silveira é autora de uma das 101 maiores descobertas brasileiras: o orelhão. A ideia é particularmente inovadora porque, em vez de diminuir o barulho da rua, como todas as outras cabines de telefone espalhadas pelo mundo, o orelhão, funcionando como uma grande orelha, tem a singularidade de captar os ruídos externos e amplificá-los.
Antes que Chu Ming Silveira desenvolvesse o projeto do orelhão, o Brasil teve outros inventores. O maior deles: Alberto Santos Dumont. Ele é reconhecido por todos os brasileiros como o inventor do avião. Mas sua verdadeira proeza foi conseguir inventar o avião três anos depois de o avião ter sido inventado pelos irmãos Wright. Inventar algo que nunca existiu, como os irmãos Wright, é incomparavelmente mais simples e rudimentar do que inventar algo que já existe, como Santos Dumont. Ele está para a aeronáutica assim como Al Gore está para a internet. Santos Dumont é o Al Gore dos céus.
No ano passado, Dilma Rousseff declarou que a descoberta de petróleo na camada pré-sal "foi produzida pela inteligência brasileira e pela tecnologia brasileira". De fato, o petróleo descoberto no pré-sal consta da lista do Monitor Group, ao lado de outros triunfos da inteligência brasileira e da tecnologia brasileira, como a macarronada pré-cozida da cadeia de restaurantes Spoleto. Para perfurar o terreno até o pré-sal, a Petrobras arrendou duas sondas. A primeira, Ocean Clipper, foi fei-ta em Kobe, pela Mitsubishi, e pertence à Diamond Offshore. A segunda, Paul Wolff, foi feita em Mississippi, pela Ingalls, e pertence à Noble Corporation.
Quando se analisam os contratos assinados pela Petrobras para explorar o petróleo na camada pré-sal, despontam nomes de companhias genuinamente brasileiras como Schlumberger, Aker Solutions, Halliburton, Subsea 7, FMC Technologies, Technip e Mitsui Ocean Development. Em janeiro, um engenheiro estrangeiro disse à revista Offshore que o Brasil é inexperiente no assunto e que "tem um monte de problemas pela frente". Mas quem é capaz de fazer uma macarronada pré-cozida seguramente também é capaz de fazer um buraco no solo para retirar o petróleo do pré-sal.
A inteligência brasileira e a tecnologia brasileira produziram, na Bahia, o orelhão em forma de berimbau. Como é que a gente pode falhar?

MST e a Bolsa-Baderna, sem limites.

Em 2006, mulheres da Via Campesina, ONG ligada ao MST, destruíram plantações da Aracruz (à esq.) e um grupo de sem-terra depredou o Congresso (à dir.). No alto, membros do MST refestelam-se na sala da fazenda do então presidente Fernando Henrique, depois de invadir a propriedade em 2002.

O Ministério Público diz que está investigando desvio de recursos para o MST há oito anos. Enquanto isso, o contribuinte segue financiandoas invasões e o vandalismo do bando.Foi em tom ofendido que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, respondeu na semana passada à justa cobrança feita pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Disse o ministro, ao comentar a mais recente onda de crimes perpetrada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que o Ministério Público, chefiado pelo procurador-geral, deveria tomar providências para evitar que o dinheiro público servisse (como há tempos vem servindo ) para financiar as ilegalidades cometidas pelo MST. Antonio Fernando de Souza respondeu que o MP "não está dormindo" e que já investiga o assunto "há muito tempo, sem estardalhaço". O procurador-geral da República já teve diversas oportunidades de provar sua independência e capacidade de trabalho, e o fez muito bem. Desta vez, no entanto, saiu-se mal. Se é fato que o MP investiga o assunto pelo menos desde 2001, é também incompreensível que até agora não tenha chegado a nenhuma conclusão. Mesmo porque a irregularidade já foi sobejamente comprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – e de forma bem mais célere.
A pedido do Senado Federal, em 2005 o TCU analisou 109 convênios firmados de 1998 a 2004, entre quinze órgãos do governo federal e cinco associações suspeitas de repassar dinheiro ao MST (para não ter de responder na Justiça por seus crimes, a organização recusa-se a ter personalidade jurídica e, por isso, não pode receber dinheiro diretamente do governo). Dessas cinco ONGs, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) foi a que arrecadou mais: 53% dos 42 milhões de reais auditados. Sua natureza de "entidade-laranja" dos sem-terra ficou cristalina a partir das descobertas do tribunal.
Leia mais em:http://veja.abril.com.br/

Eleição de Collor deixa o PT e sua bancada constrangida.

BANCADA CONSTRANGIDA
Abandonada pelo Planalto, Ideli cumprimenta Collor, o vitorioso. Mercadante (à dir.) considerou "espúria" a aliança que permitiu a eleição do ex-presidente para a Comissão de Infraestrutura do Senado.

A eleição de Collor para a presidência da comissão é desdobramento da eleição de Sarney para a presidência do Senado. No toma-lá-dá-cá que rege a política nacional, Calheiros fez um acordo com o PTB: caso o partido apoiasse Sarney, ganharia a presidência de uma das comissões do Senado. O PTB, ao cobrar a fatura, indicou Collor. Calheiros adorou a ideia e trabalhou – se esse é o termo – com afinco redobrado para que o conterrâneo fosse eleito. Candidato ao governo de Alagoas em 2010, Calheiros restabelece, desse modo, relações, por assim dizer, profícuas com Collor e garante o apoio do PTB e dos meios de comunicação que o ex-presidente controla no estado. O acordo traz ainda outra vantagem ao PMDB: enfraquece o PT. Quanto mais fraco o partido do presidente fica, mais cresce a força do PMDB na coligação que dá sustentação a Lula. Mais força significa mais cargos, e isso, descontados o bem de todos e a felicidade geral da nação, é tudo que os peemedebistas querem, como explicou cristalinamente o senador Jarbas Vasconcelos em sua entrevista a VEJA publicada há três edições.
Mas uma coisa temos que admitir: Tudo que não seja para beneficiar o PT é espúrio, segundo seus membros.No entando, quando estes, em benefício próprio, se aliam a gregos e troianos ou agem ao arrepio da lei, " tudo é normal!".

Lula cria a cobra, alimenta-a e o PT já está sendo picado.

O PMDB tem, agora, a presidência do Senado, da Câmara dos Deputados, um PTB domesticadíssimo – e uma avenida pela frente. Quanto ao PT, só lhe resta sentar num tapete atrás da porta e reclamar baixinho, como naquela música consagrada por Elis Regina. A vitória de Collor deixou um travo na garganta das excelências petistas – especialmente na diretamente derrotada Ideli Salvatti. Afinal de contas, ela sempre foi a mais destemida defensora do governo no Senado. Uma verdadeira pitbull do Planalto. Quando o escândalo do mensalão estourou, foi ela a escalada para vociferar em defesa dos petistas. Fez o mesmo quando Calheiros se viu ameaçado de cassação e o Planalto decidiu salvá-lo. "Ideli é o maior exemplo de dedicação ao governo Lula. Nos momentos mais delicados, colocou toda a sua força a serviço do Planalto. Agora, isso não foi levado em conta. E sabemos que essa articulação não foi decisão deste ou daquele ministro. Foi uma decisão do governo. Não foi uma atitude justa", disse o senador Tião Viana, que também viu seu tapete ser puxado pelo governo quando disputou a presidência do Senado com Sarney.
Quem ajuda mortos-vivos a ressuscitar não pode reclamar de ser assombrado por eles. Calheiros, Sarney, Jader Barbalho (que até teve a mão beijada por Lula-foto acima) foram salvos da degola ou do ostracismo pelo governo petista e seus representantes no Congresso – e estes últimos pagam o preço por ter aberto tanto espaço para o PMDB. "O PT deu uma mãozinha ao PMDB e achou que seu aliado ficaria eternamente grato. Engano. O PMDB voltou mais forte. Os petistas foram bisonhos. Estão colhendo o resultado de sua falta de percepção", diz o filósofo Roberto Romano.

Espionagem oficial ou a saga de Protógenes, o espião?



A Operação Satiagraha, da Polícia Federal, conduzida pelo delegado Protógenes Queiroz, será lembrada como um sucesso por ter conseguido o feito inédito na história do combate à corrupção no Brasil de levar à condenação na Justiça Criminal um ex-banqueiro – no caso, Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity. Mas a operação também ficará marcada para sempre por ter servido de fachada para o funcionamento de uma máquina ilegal de espionagem que, em ousadia e abrangência, também não tem paralelo na história brasileira. Protógenes, que durante um ano e meio comandou a Operação Satiagraha, está sendo investigado por tais abusos pela própria Polícia Federal. O inquérito em andamento tem como uma de suas principais fontes de evidências o conteúdo do computador apreendido por policiais na casa de Protógenes. Na semana passada, VEJA teve acesso à integra desse material. O conteúdo é estarrecedor e prova que o delegado centralizava o trabalho de uma imensa rede de espionagem que bisbilhotou secretamente desde a vida amorosa da ministra Dilma Rousseff até a antessala do presidente Lula, no Palácio do Planalto – passando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador José Serra, além de senadores e advogados. Nos documentos encontrados na residência do delegado há relatórios que levantam suspeitas graves sobre as atividades de ministros do governo, fotos comprometedoras que foram usadas para intimidar autoridades e gravações ilegais de conversas de jornalistas – tudo produzido e guardado à margem da lei. O material clandestino – 63 fotografias, 932 arquivos de áudio, 26 arquivos de vídeo e 439 documentos em texto – foi apreendido em novembro do ano passado pela Polícia Federal e estava armazenado em um computador portátil e em um pen drive guardado no apartamento do delegado no Rio de Janeiro. Os policiais buscavam provas de ações ilegais da equipe de Protógenes, entre as quais o áudio da interceptação clandestina de uma conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres. A existência do grampo foi revelada a VEJA em agosto do ano passado por um agente da Abin que participou da Operação Satiagraha como encarregado da transcrição de centenas de outras conversas captadas ilegalmente. O resultado final da investigação deve ser anunciado até maio, mas, pelo que já se encontrou nos arquivos pessoais de Protógenes, não resta mais sombra de dúvida sobre a extensão de suas ações ilícitas, cuja ousadia sem limite chegou à antessala do presidente Lula e a seu filho Fábio Luís.

Em depoimento à Polícia Federal, um dos espiões da Abin destacados para participar da Operação Satiagraha disse ter ouvido do delegado Protógenes Queiroz que o presidente Lula queria a investigação porque seu filho Fábio Luís da Silva (acima, à dir.) "teria sido cooptado por essa organização criminosa"

Reino Unido amplia controle estatal do 3º maior banco do país.

A Grã-Bretanha irá assumir uma participação de até 77% do conglomerado Lloyds Banking Group depois de chegar a um acordo para cobrir suas perdas de 260 bilhões de libras (cerca de US$ 370 bilhões) em ativos de risco, disse o banco no sábado. O Lloyds, terceiro maior banco do país, pagará uma taxa 15,6 bilhões de libras para participar do acordo e assumirá a "primeira perda" de 25 bilhões de libras em ativos. Depois disso, o governo assumirá 90% de qualquer perda no valor dos ativos.
O acordo permitirá que a participação com direito a voto do governo no Lloyds aumente para 65%, dos atuais 43%, se os acionistas não participarem de uma oferta de 4 bilhões de libras em ações. A participação do governo poderá chegar a 77% se as ações "B" sem voto forem convertidas, mas sua participação com direito a voto será limitada a 75%. O Lloyds segue os passos do Royal Bank of Scotland ao alcançar um acordo trocando bilhões de libras em ativos por uma maior participação do governo, num momento em que as autoridades dão um apoio sem precedentes a entidades financeiras em um esforço para que o crédito circule nos mercados novamente. O plano do governo britânico limitará as perdas que o banco poderá sofrer se a economia continuar se deteriorando. Eric Daniels, presidente-executivo do Lloyds, disse que o acordo "reduz substancialmente" o portfólio de riscos do banco. O Lloyds se comprometeu a aumentar seus empréstimos a proprietários de moradias e empresas no próximo ano em 14 bilhões de libras e também prevê o mesmo montante para 2011, algo que o governo exige enquanto a escassez de crédito estrangula um economia já em recessão. O ministro do Tesouro, Stephen Timms, disse que o acordo fornece segurança ao banco. "No futuro, o Lloyds será um banco forte e bem-sucedido", disse Timms, a uma rádio inglesa.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Memórias do carnaval na Sapucaí:

DANUSA LEÃO
Foi como se fosse um desconhecido. Nem vaias, nem palmas. Nada. E nada é pior do que qualquer coisa O CARIOCA É mesmo único. Fica íntimo sem conhecer as pessoas; se você telefona para um escritório, a telefonista te chama de "meu amor", se compra um coco na praia, o vendedor te chama de "querida", se pede uma cadeira para tomar sol, vem logo um "é pra já, minha linda". Não é nem preciso dizer que todos se chamam de você e são de uma cordialidade suprema. Estamos mais do que acostumados a toda essa intimidade. Mas quando é para vaiar ou para aplaudir, não fazem a menor cerimônia. E o curioso é que estão todos, sempre, de acordo. Que seja no Maracanã, no meio de um bloco, ou na avenida, a unanimidade é sempre geral, e nunca existem duas correntes, uma a favor e outra contra. Veja o pobre do Neguinho da Beija-Flor, que levou uma vaia daquelas por ter atrasado 15 minutos o desfile, já que resolveu se casar na avenida. Isso pelo menos vai evitar que, no futuro, entre uma escola e outra, aconteçam batizados, aniversários e que tais. Mas foi curioso que o carioca, tão espontâneo nos seus arroubos, não tenha tido nenhum tipo de reação à presença do presidente na avenida. Foi como se fosse um desconhecido qualquer no camarote do governador, que sempre faz uma pose original na hora das fotos. Nem vaias, nem palmas. Nada. E nada é pior do que qualquer coisa. Para quem, segundo as pesquisas, tem 84% de aprovação popular, seria de se esperar um espetáculo de gritos e vivas ao presidente. Afinal, 84% não são para se desprezar. Pois não aconteceu absolutamente nada. Não adiantou o chapéu panamá, a animação de d. Marisa, que chegou a descer para sambar junto aos passistas, enquanto os fotógrafos cumpriam seu papel de mostrar o quanto o governador, prefeito e nosso presidente são unidos. Ninguém deu a menor bola. Eu, que não entendo dessas coisas, acho que Lula estava em campanha; ele não foi ver o samba, mas testar 2010. Já o prefeito foi para a avenida, sambou com as escolas -todas-, mudou a cor da fitinha do seu chapéu para ser simpático com cada uma que passava, mas também não fez o menor sucesso. Era tudo "fake", e carioca saca essas coisas com incrível rapidez. Quando Itamar apareceu na avenida, 15 anos atrás, foi um grande auê com palmas carinhosas de todos que passavam (depois que Lilian Ramos apareceu foi outro auê). Todos queriam saudar nosso então presidente. Mas desta vez a presença de nossa autoridade máxima foi um fiasco. E d. Marisa deu, enfim, sua contribuição como primeira-dama: foi quando reclamou com o ministro Temporão que não havia camisinhas no banheiro das mulheres. Que beleza, ter uma primeira-dama tão cuidadosa. Depois de tantos anos sem dizer uma só palavra, ela perdeu uma boa oportunidade de ter continuado muda e calada como sempre esteve. Foi uma pena nossa jovem Dilma não ter vindo também. Ela teria certamente contribuído para que a indiferença carioca se mostrasse ainda mais evidente. Aliás, segundo amigos pernambucanos, sua passagem pelo Estado foi em branquíssimas nuvens. Lá também não aconteceu nada. O trio da alegria -Cabral, Paes e Lula- bem que se esforçou, mas no Carnaval não fez nenhum sucesso.

Collor diz que agenda de Lula é continuação da sua.

Dezessete anos depois de ter descido ao verbete da enciclopédia como um defunto político, Fernando Collor está de volta.
Retorna numa vitrine modesta: a presidência da comissão de Infraestrutura do Senado. Posto obtido em aliança com José Sarney, sob aplausos de Lula.
O mesmo Sarney a quem chamara de “ladrão”. O mesmo Lula que o tachara de “ladrão”. As ofensas são reduzidas por Collor a meras “circunstâncias históricas”.
Para justificar-se, puxa analogias do baú. Recorda que Carlos Lacerda, depois de personificar a retórica do ódio, viveu o seu instante de reconciliação com o alvo Juscelino Kubitschek.
Cita um clássico do gênero: as pazes que Luiz Carlos Prestes se permitiu fazer com Getúlio Vargas.
Sob Vargas, Prestes amargara nove anos de cárcere. Sua mulher, Olga Benário, fora enviada à morte, na Alemanha nazista.
A despeito de tudo, em 1945, o líder comunista aderiu ao movimento pela permanência de Getúlio na presidência.
Presidente aos 40, Collor tornou-se ex-presidente aos 42. Hoje, com 59 anos, tenta consertar a biografia. Diz que gostaria de ter nascido na pele de Benjamin Button.
Vem a ser o personagem do último filme de Brad Pitt. Um sujeito que nasce com 80 anos e rejuvenesce à medida que o tempo passa.
De resto, sustenta que a agenda de Lula, como a de Fernando Henrique, não é senão uma continuação do programa do governo dele.
“Tudo o que estava preconizado naquela época vem sendo seguido por todos aqueles que vieram depois de mim...”
“...A questão da abertura, a busca do superávit da balança comercial, a inserção competitiva do Brasil no mercado internacional”.
Vai abaixo a entrevista:
- O que pretende fazer na comissão de Infraestrutura?
Transitam pela comissão, além das obras do PAC, o controle das agências regulatórias, o pré-sal... Ela é mais importante do que se imagina. Quero ter uma agenda e um programa de trabalho para o horizonte de tempo de dois anos.
- Que interferência a comissão terá nas obras do PAC?
Nosso papel é o de fiscalização. Desde que foi lançado o PAC, defendo a iniciativa com entusiasmo. Além dos investimentos e dos benefícios que trarão à população, muito mais importante é a iniciativa do governo de liderar o processo de desenvolvimento, como indutor. Leva a iniciativa privada a acordar.
- Acha que o PAC caminha bem?
Em algumas regiões as obras sofrem atrasos. Em outras elas estão adiantadas. Vamos acompanhar de perto a execução, ajudando a fazer andar. A oposição diz que o PAC é mera carta de intenções. Não é assim. As coisas estão caminhando.
- Já falou com a ministra Dilma Rousseff?
Liguei pra ela. Estava embarcando pra São Paulo. Solicitei audiência tão logo regresse. Quero levar ao conhecimento dela o programa de trabalho da comissão.
- Pretende encontrar-se com o presidente Lula?
Acho necessário. Não irei só. A bancada do PTB tem a intenção de solicitar uma audiência. Vamos, mais uma vez, reafirmar ao presidente o apoio do PTB.
- Como foi a articulação que o levou à presidência da comissão?
Começou lá atrás, na costura da candidatura do presidente Sarney. Desde o início, a coordenação das hostes do governo foi falha. Houve muitas falhas.
- Que falhas?
Dizia-se que havia um entendimento, firmado há dois anos. O PMDB presidiria a Câmara e o PT o Senado. A gente sabe que, em política, esses compromissos de antanho não costumam se consumar. Houve uma precipitação do PT.
- Tião Viana não deveria ter disputado?
Não entro no mérito da qualificação do candidato. Mas eles, que falaram tanto em respeito à proporcionalidade, deveriam ter verificado que cabe à maior bancada do Senado, no caso a do PMDB, indicar o presidente da Casa. O PT, de forma açodada, lançou a candidatura.
- Está dizendo que quem quebrou a praxe da proporcionalidade foi o PT?
Foi precisamente o PT. Nunca tive nenhuma dúvida de que o PMDB lançaria um candidato. Lançou o presidente Sarney, que superava os limites da sua bancada.
- Qual foi o papel do PTB nesse processo?
Nas conversas iniciais, optamos pela candidatura do presidente Sarney e, como todas as outras legendas, fomos buscar nosso espaço.
- Não se constrange de estar na companhia de um Sarney que, no passado, o sr. chamou de ladrão? Não o incomoda apoiar um Lula com quem teve rixas homéricas e que o chamou de ladrão?
Não me constrange. Se olharmos a história do Brasil, veremos que alianças assim já ocorreram. Getúlio com Prestes. Juscelino com Lacerda... São circunstancias históricas que o país vive e que fazem com que os políticos se unam ou se afastem. Quando cheguei aqui, eleito, em 2006, muitos imaginavam que eu sairia atirando. Mas já havia se passado, em relação ao meu embate com Lula, 18 anos. Em relação ao Sarney, 20 anos. Não seria inteligente, pela experiência que acumulei, que eu viesse aqui transbordar sentimentos menos nobres. Além disso, avaliei: a agenda política, social e econômica do presidente Lula começou lá atrás, em 89.
Leia mais em:http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

TCU comprova repasse ilegal de recursos públicos de associação para o MST.

Reportagem de Hudson Corrêa, publicada na edição de hoje da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal) informa que o TCU (Tribunal de Contas da União) comprovou que 90% das verbas repassadas da Educação para a Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola) em 2003 e 2004 foram distribuídos para secretarias regionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em 23 Estados. Nesse período, a Anca recebeu R$ 8,2 milhões e repassou R$ 7,3 milhões para o MST.
O MST não existe e não deveria receber dinheiro público. A polêmica em torno do assunto voltou à tona depois do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, chamar de ilegal o repasse verbas públicas para o MST ganhou.
Na quarta-feira, o Ministério Público Federal ajuizou ação de improbidade administrativa contra a Anca por repasse ilegal de recursos federais. A ação foi ajuizada após o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, rebater críticas do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, e afirmar que o órgão "não está dormindo" diante dos recentes conflitos no campo.
De acordo com a reportagem, o TCU as entidades não comprovaram a aplicação dos R$ 7,3 milhões na alfabetização dos camponeses. A reportagem diz ainda que o TCU comunicou a irregularidade em 2005, mas a Anca recebeu recursos públicos até 2007.
A reportagem informa que os dados do TCU contradizem afirmações do ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), que disse não haver provas da ligação entre a Anca e o MST.

Serra inaugura escola técnica e ignora declarações de Ciro Gomes.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se negou nesta quinta-feira a responder as críticas do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que creditou ao tucano danos à economia no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não vou comentar declarações de políticos", disse Serra, que foi ministro do Planejamento e da Saúde no governo FHC.
As críticas de Ciro --que também não poupou o governo federal-- foram entendidas com uma tentativa de ganhar espaço para a disputa à sucessão presidencial em 2010, hoje polarizada entre PT e PSDB.
Serra inaugurou hoje uma Etec (Escola Técnica) em Santana de Parnaíba (Grande São Paulo). Também estiveram presentes no evento o secretário Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), deputados e prefeitos da região.
O tucano fez um logo discurso no pátio da escola, que já funciona desde agosto passado, mas só foi inaugurada oficialmente hoje.
Além de anunciar investimentos em áreas como educação, saúde e saneamento, o governador fez elogios à sua parceria com a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
"A parceria não foi feita com nomeações, nenhum parlamentar nomeou diretor de empresa nenhuma para aprovar projetos", disse Serra.
Ciro Gomes, tenta aparecer na mídia atirando para todos os lados. Político medíocre, sem projetos, sem idéias e sem serviços prestados à nação, Ciro busca uma janela para mostrar ao Brasil que ainda está vivo e "politicamente ativo".
Mal agradecido - pois foi no Governo de FHC que ele teve a chance de aparecer para o país - mostra-se, hoje, perdido, sem apoios, vivendo no ostracismo como político do baixo clero.

Ministério Público pede bloqueio de mansão de Agaciel Maia.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu na última quinta-feira, 5, à Justiça a indisponibilidade da mansão não declarada do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, segundo informações do site do órgão. O pedido foi feito em ação cautelar entregue à 14ª Vara da Justiça Federal. Maia deixou o cargo de diretor-geral após denúncia de que ele havia sonegado uma casa no valor de R$ 5 milhões em área nobre de Brasília.
O objetivo da ação, segundo o MPF, é evitar que o bem seja vendido ou transferido a terceiros. O MP quer garantir que a casa seja usada para ressarcir os cofres públicos de uma outra ação de 2005 a que responde Agaciel. O ex-diretor do Senado é acusado de improbidade administrativa por ter autorizado aditivos a um contrato de compra da "sala cofre" para a área de processamento de dados do Senado. Segundo cálculos do MPF, a condenação de Agaciel pode atingir a cifra de 1,8 milhão de reais.
Os aditivos irregulares custaram aos cofres públicos cerca R$ 984 mil, informa o MPF.O pedido de indisponibilidade da casa estende-se também à mulher de Agaciel, Sânzia Maia, e aos donos oficiais do imóvel: o irmão de Agaciel, o deputado federal João Maia, e sua esposa, Fernanda Maia.

'Dilma cava oportunidades para aparecer', diz Aníbal.

Dilma na missa do Padre Marcelo Rossi
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, José Aníbal (SP), acusou hoje a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de "cavar oportunidades para aparecer", em referência à participação da petista numa missa, ontem à noite, em São Paulo, celebrada pelo padre Marcelo Rossi. Aníbal participou hoje de uma missa, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, em memória do ex-governador Mário Covas, morto há oito anos."Daqui a pouco, ela virá para uma volta pela Praça da Sé e pelo Largo 13", ironizou o tucano. "Mas vai precisar de alguém para apresentá-la à população." Aníbal condenou a atitude do PT de, segundo ele, antecipar o debate eleitoral de 2010. "É um jogo do Lula, que apresenta Dilma como candidata, mas ninguém sabe se ela é mesmo. Lula é a pessoa mais dissimulada do mundo."O líder do PSDB disse ainda acreditar que seu partido chegará a um nome para concorrer à Presidência na base da conversa, sem necessidade de prévias. "Tenho certeza que vamos chegar à convergência, sem prévias e com união", afirmou. "O governador de São Paulo (José Serra) está muito bem posicionado para ser nosso candidato. O governador de Minas (Aécio Neves) quer se colocar, mas entendo que a situação favorece Serra."

Desemprego nos EUA sobe para 8,1%, maior taxa em 25 anos.

Pelo menos 651 mil pessoas perderam o seu trabalho nos Estados Unidos em fevereiro, elevando a taxa de desemprego para 8,1%, o maior índice em 25 anos.
Na contagem de mês a mês, o desemprego subiu meio ponto percentual - em janeiro foram cortados 598 mil empregos e a taxa ficou em 7,6%.
A taxa de fevereiro foi a mais alta desde dezembro de 1983. Em números absolutos, trata-se do maior aumento mensal verificado desde 1949.
Os cortes foram verificados em quase todos as áreas, exceto nos setores de educação, saúde e administração pública.
O aumento no desemprego reflete a situação da economia do país, que atravessa uma grave recessão.
O próprio Banco Central americano, o Fed, avaliou que a atividade econômica se "deteriorou ainda mais" em fevereiro.
As maiores montadoras do país, por exemplo, registraram quedas de até 53% nas sua vendas em fevereiro.
A General Motors e a Chrysler receberam um total de US$ 17,4 bilhões em ajuda do governo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pergunta inteligente...

Lula na Inglaterra pergunta à rainha:
- "Senhora" Alteza Rainha, como consegue escolher tantos ministros tão maravilhosos?
Sua majestade responde:
- Eu apenas faço uma pergunta inteligente. Se a pessoa souber responder ela é capacitada a ser ministro. Vou lhe dar um exemplo...
A rainha manda chamar Tony Blair e pergunta:
- Mr. Blair, seu pai e sua mãe têm um bebê. Ele não é seu irmão nem sua irmã. Quem é ele?
Tony Blair responde:
- Majestade, esse bebê sou eu.
Ela vira pra Lula:
- Viu só? Mereceu ser ministro.
Lula maravilhado volta ao Brasil. Voltando ao Brasil, chama a ministra Dilma Roussef e lasca a pergunta:
- Companheira Dilma, seu pai e sua mãe têm um bebê. Ele não é seu irmão nem sua irmã. Quem ele é?
A ministra responde:
- Senhor presidente, vou consultar nossos assessores e a base aliada e lhe trago a resposta. Vai então e cobra a resposta. Ninguém sabe. Aconselham perguntar ao ex-presidente FHC. Dilma liga pra FHC:
- Fernando Henrique, aqui é a Dilma Roussef. Tenho uma pergunta pra você: se seu pai e sua mãe têm um bebê e esse bebê não é seu irmão nem sua irmã, quem é esse bebê?
O ex-presidente responde imediatamente:
- Ora senhora ministra, é lógico que esse bebê sou eu!
A ministra vai correndo levar a resposta ao Lula:
- Sr. Presidente, se meu pai e minha mãe têm um bebê e esse bebê não é meu irmão nem minha irmã, é lógico que ele só pode ser o Fernando Henrique Cardoso.
Lula dá seu sorrisinho sabido e diz:
- Te peguei, companheira Dilma. Sua resposta está completamente errada... o bebê é o Tony Blair !

Cunha Lima diz em carta que foi vítima de injustiça e espera voltar ao governo.

O ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato cassado no início de fevereiro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), divulgou carta nesta quinta-feira para lamentar o seu afastamento do cargo. Recluso desde que o senador José Maranhão (PMDB) assumiu o governo do Estado, Cunha Lima disse ser vítima de uma "injustiça" com a promessa de voltar ao cargo se tiver o apoio do povo paraibano em eleições futuras.
"Nada, nem ninguém, calará a certeza da injustiça de que fui vítima. Arrancaram-me o mandato, mas, enquanto eu tiver vida e voz, gritarei o que a Paraíba isenta reconhece: não cometi nenhum dos ilícitos de que me acusaram para tirar-me o mandato legítimo conquistado limpamente", afirma.
O ex-governador disse que decidiu sair do "recolhimento do silêncio, da oração e da reflexão" junto à sua família para manifestar sua frustração com a decisão da Justiça Eleitoral. "Agradeço, comovido, a corrente de orações e manifestações, o apoio e a solidariedade silenciosa dos paraibanos, muitos dos quais nem nos deram o seu voto, mas discordam do processo utilizado para o nosso afastamento. [...] A injustiça não nos abaterá. Tiraram-me o mandato, mas ninguém me usurpará a honra. Mais cedo ou mais tarde, a verdade triunfará."

"Pacote" chinês decepciona e Bovespa fecha em queda de 2,69%.

A decepção com o pacote anticrise chinês levou a uma derrocada global das Bolsas de Valores, incluindo os mercados europeus, americanos e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), na jornada desta quinta-feira. Neste cenário, também não ajudou a situação da complicada da gigante americana General Motors. Em um cenário de nervosismo, o câmbio alcançou R$ 2,38, com alta moderada.
Durante o congresso do partido comunista chinês, o premier Wen Jiabao somente confirmou que o governo pretende injetar o equivalente a US$ 585 bilhões na economia local, um valor já anunciado em novembro do ano passado. Investidores esperavam que o plano seria elevado para a casa do US$ 1 trilhão, o que nem foi mencionado pelo líder asiático.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cedeu 2,69% no fechamento, aos 37.368 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em forte queda de 4,09%. Na Europa, a Bolsa londrina perdeu 3,18%.

Lula diz que escolha de Collor para comando de comissão não causa surpresa.

O presidente Luiz Inácio da Silva minimizou nesta quinta-feira a disputa de forças entre PMDB e PT que levou à eleição do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado.
Lula disse que não viu com surpresa a eleição do ex-presidente da República para o cargo porque havia um acordo que previa sua vitória. Mas lembrou que faltou o respeito à proporcionalidade partidária desde o início das negociações para os cargos no Congresso.
"Não [vi com surpresa] a eleição do Collor", disse o presidente, depois de participar de um seminário econômico organizado pelo CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) --órgão consultivo da Presidência da República.
Para Lula, o acordo que permitiu a eleição do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi o mesmo que levou Collor à vitória na disputa com a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) ocorrida ontem. "O acordo que elegeu o Sarney, elegeu o Collor", disse o presidente.
Evitando polemizar sobre eventuais rompimentos de acordos entre líderes partidários, Lula disse apenas que "desde o início [o respeito à proporcionalidade partidária] tinha de ser cumprido".

PF prende 23 acusados por desvio de verbas públicas no Maranhão.

A Polícia Federal já prendeu nesta quinta-feira 23 pessoas acusadas por desvio de verbas públicas no Estado do Maranhão.
A operação, batizada de Rapina 3, cumpre 27 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da Primeira Região.
Segundo a PF, a ação é um desdobramento das operações Rapina 1 e Rapina 2, que desarticularam esquemas de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações em municípios maranhenses.
Nesta etapa, as investigações tiveram como ponto de partida empresas de fachada e seus colaboradores --pessoas físicas e escritórios de assessoria que promoviam o uso de notas falsas--, licitações montadas e empresas fantasmas, com a finalidade de maquiar o desvio de verbas da União por meio de convênios, fundos e planos nacionais.
De acordo com estimativa da PF, em 2007 e início de 2008, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 15 milhões somente em recursos federais, sendo esse montante em quase sua totalidade desviado com as fraudes.

Para Dilma, vale tudo em direção a 2010.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (foto) já está em campanha para se tornar mais popular. Ela disse ao staff do padre Marcelo que gostaria de "conhecer" as missas do Santuário do Terço Bizantino, na zona sul de São Paulo, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição de hoje da Folha.
De acordo com a coluna, Dilma estará hoje no altar com o religioso. Ela ficará numa área VIP, que é reservada a políticos, artistas e atletas.
Pela legislação eleitoral, nenhum candidato pode fazer campanha agora. Participar da missa do padre Marcelo costuma ser parada obrigatória de todo candidato. No ano passado, a maioria dos candidatos à Prefeitura de São Paulo passou pelo altar do Terço Bizantino.
Dilma é a preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sucessão de 2010. Para a oposição, Lula já está fazendo campanha. E por isso entrou com uma ação contra os dois no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas A AGU (Advocacia Geral da União), que defende os dois, embora extrapolando sua competência legal, nega e diz que Dilma apenas cumpre sua agenda de ministra.
O mais interessante é que não consta, nos anais da imprensa nacional, nenhuma oportunidade em que Dilma, voluntáriamente, tenha participado de alguma missa em alguma igreja católica no Brasil, nos últimos anos.

Eleição de Collor enfraquece PT e fortalece o PMDB.

Por 13 a 10, o senador Fernando Collor (PTB-AL) venceu a colega Ideli Salvatti (PT-SC) na disputa pela Comissão de Infraestrutura do Senado. A vitória de Collor faz parte do acordo firmado no início do ano para eleger José Sarney (PMDB-AP) presidente do Senado. Como Collor, Sarney também venceu um petista: o senador Tião Viana (AC).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manteve distante dos dois embates. Não interferiu por entender que essa era uma disputa do Congresso. Para alguns petistas, o presidente foi ausente demais por não fazer nenhum esforço para ajudar a eleger um colega de partido.
Mais do que enfraquecer o PT, a vitória de Collor sinaliza o fortalecimento do PMDB. A candidatura de Collor foi articulada por Renan Calheiros (PMDB-AL), que também capitaneou a vitória de Sarney.
Com isso, o PMDB --que já reúne as maiores bancadas da Câmara e do Senado-- elegeu o maior número de prefeitos em outubro, ganhou as presidências da Câmara e do Senado em fevereiro, e hoje ficou com as presidências das principais comissões das duas Casas --como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. O partido também controla cinco ministérios: Hélio Costa (Comunicações), Geddel Vieira (Integração Nacional), José Gomes Temporão (Saúde), Nelson Jobim (Defesa) e Edison Lobão (Minas e Energia).
O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), chamou de "aliança espúria" o acordo firmado entre Renan e Collor. Aliado de Ideli, Mercadante disse que os acordos políticos firmados no Senado não podem colocar em risco o exercício democrático no Congresso.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Receita recebe 200 mil declarações.Sistema de envio para de madrugada.


Os contribuintes que preferem enviar a declaração de Imposto de Renda pela internet à noite devem ficar atentos aos horários do site da Receita Federal. O recebimento da declaração fica interrompido da 1 até as 5 horas, quando o site passa por manutenção. Segundo a Receita, durante este período são 'descarregadas' as declarações recebidas ao longo do dia.
Já os demais serviços do site estão operando normalmente e o programa necessário para declarar o imposto de renda pode ser baixado em qualquer horário. Essa manutenção do site durante a madrugada será feita ao longo de todo o prazo para declaração, até 30 de abril.
A expectativa da Receita é que cerca de 25 milhões de contribuintes prestem contas este ano. Quem não entregar a declaração dentro do prazo, terá que pagar multa de R$ 165,74. De acordo com a Receita Federal, até o meio-dia desta terça-feira foram entregues cerca de 200 mil declarações.

Collor é eleito presidente da Comissão de Infraestrutura.

PMDB e o DEM se juntaram ao PTB de Fernando Collor para derrotar o PT; foram 13 votos contra 10 de Ideli.
BRASÍLIA - Em uma disputa acirrada com o PT, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi eleito nesta quarta-feira, 4, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. A votação foi secreta e o ex-presidente obteve 13 votos, enquanto a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) recebeu 10 votos. O PMDB e o DEM se juntaram ao PTB de Fernando Collor para derrotar o PT. A favor de Ideli votaram três senadores do PSDB, um senador do PR, um do PCdoB e dois do PDT.Apesar do voto aberto declarado pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio, que anunciou a posição fechada de seu partido, o tucano Marconi Perillo (PSDB-GO) não compareceu à votação da comissão. Diante disso, foi chamado o suplente, senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), o que resultou em um voto a mais a favor de Collor. Nos bastidores, Perillo havia comentado que não participaria da votação porque não votaria em Ideli.

Prato servido frio.

Desde que estourou o escândalo da mansão de Agaciel Maia, o senador Tião Viana (PT-AC), derrotado por José Sarney, não pára de gargalhar.
Aliás, dizem as más línguas - da rádio corredor do Senado - que a denúncia sobre o valioso bem de Agaciel, teria partido de fonte ligada ao petista...

A mansão do econômico Agaciel

A MANSÃO DO ECONÔMICO AGACIEL
Miguezim de Princesa
I

Por mais que a gente procure,/Seja no ar ou no chão,/Ninguém encontra a receita/De tostão virar milhão./Abençoado do Céu,/O famoso Agaciel/Adquiriu uma mansão.

II

Ganhando R$ 18 mil/Na Direção do Senado,/Ele fez economia,/Veja só o resultado:/Nunca gastou o salário/E tornou-se milionário/Por viver sacrificado.

III

Coitado do Agaciel:/Nunca foi a restaurante,/Seus ternos são da Colombo,/Seu carro é uma Variant/E,no dia que quer gastar,/Come é carne de jabá/Na feira do Bandeirante.

IV

Usa perfume da Avon,/Roupa da Riachuelo,/Sapato da Polyelle,/Descansa o pé no chinelo, /Assiste filme pirata,Toma caldo de batata/No Boteco de Tranguelo.

V

Possui ponte fixa-móvel/E meia chapa completa,/Compra shampoo de babosa,/Passeia de bicicleta/Comprada em segunda mão/Lá na feira do Varjão/Da prima de Dona Neta.

VI

Quando a esposa reclama/Que está passando mal,/Nunca mais comeram fora/Etc e coisa e tal,/Ele se irrita com a dona/E bota logo uma mesona/Bem no centro do quintal.

VII

Trinta anos trabalhando,/Juntando níquel pra feira,/Comendo calango assado,/Balaiada de fateira,/O homem virou barão/E comprou uma mansão/Pra aliviar a canseira.

VIII

Crucificam Agaciel,/Eu não sei por que razão!/Foi numa máquina Olivetti,/Amolegando o dedão,/Ajeitando senador,/Que Agaciel juntou/Dinheiro com as duas mãos.

IX

Quando comprou a mansão/No Lago Paranoá,/Parecia até um sonho(Não quis nem acreditar)./Com receio do povão,/Botou no nome do irmão/Pra ninguém desconfiar.

X

Por ordem de Zé Sarney,/Pediu exoneração./Deixa o povo esculhambar,/Não lembram do Mensalão?/Cabra fica esculhambado,/Cingido e descachimbado,/Mas não perde o patacão.

FHC acertou por acaso?

As razões da atual crise financeira não ter entrado no Brasil como um tsunami foram os dois aspectos mais criticados pelas organizações empresariais e pelos ditos de esquerda. As mais altas taxas de juros do mundo e o gigantesco compulsório sobre o depósito dos bancos (40%), reduziram a capacidade de alavancagem dos bancos no Brasil e com isso a farra dos derivativos. Com isso, o número de andares da Torre de Derivativos que derreteu no Brasil está sendo menor. O Banco Central, desde FHC, terminou atirando no que viu e acertando no que não viu. O objetivo matriz era manter a atratividade para o capital estrangeiro e reduzir os riscos de fuga de capitais como em 1998.

Viva D. Doralice, musa anti-PMDB.

O movimento de resistência para impedir a troca de dirigentes do Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas, ganhou, veja só, uma musa. Dona Doralice, 91 anos, aposentada da estatal de energia elétrica, não esmoreceu e, galhardete em riste, pilotou sua cadeira de rodas até a porta da empresa, para se engajar nos protestos contra a sanha peemedebista (veja só na foto). Viva ela!
Aliás, a presença da manifestante no ato organizado pelos 20 sindicatos que atuam em Furnas, semana passada, evidencia o caráter do movimento, que reuniu na mesma arena a entidade dos aposentados, que nunca se bicou com a entidade representante dos ativos, e os sindicatos das mais variadas vertentes, alguns também inimigos de longa data. Não há notícia de que isso tenha acontecido antes, nem mesmo na tentativa de privatização de Furnas.
Aliás, segundo o ex-blog do Cesar Maia, a gula do PMDB manteve oculto o personagem principal. Quem manda mesmo nos Fundos de Pensão das Estatais Federais é o Gushiken, amigão do Lula, ex-ministro e mais ministro que nunca, agora fora das câmeras, porém mais ativo do que nunca. Conversem com a associação de engenheiros da Petrobrás ou mesmo com quem conhece o Previ-BB, ou todos...
Quem reler a revista Veja do início de 1985 verá uma matéria com Lula onde a revista pergunta a razão do PT não vai votar em Tancredo Neves no colégio eleitoral. A resposta de Lula foi pronta:
1) Queremos aumento do salário mínimo;
2) Queremos que os sindicatos controlem diretamente os fundos de pensão.
Ou seja, se Tancredo liberasse os fundos de pensão para a CUT, o PT votaria nele.
Essa era a moeda de troca. Gushiken, presidente do sindicato dos bancários, iniciou a partir daí um intenso treinamento para se tornar especialista em fundos de pensão e ser o coordenador da CUT/PT com vistas às mudanças da lei naquela direção.
O PT conseguiu uma diretoria para os sindicatos em cada fundo de pensão, em geral a diretoria de benefícios. Mas não ficou por aí. Avançou sobre o FGTS e sobre o FAT-seguro desemprego. Delúbio Soares foi o quadro do PT deslocado para representar a CUT nessas funções. O PT e Lula sempre tiveram em mente a manipulação dos recursos financeiros dito dos trabalhadores como forma de fortalecimento do PT e da própria CUT.
Na revista Isto É de 16 de janeiro de 1985, Lula responde a pergunta e sublinha: "Outra coisa fundamental: que os trabalhadores controlem os fundos que são, compulsoriamente, recolhidos em seu nome."

A crise é um lixo.

Longe do vaivém do mercado financeiro, catadores de lixo da Cooperativa Recooperar de São Gonçalo, Rio de Janeiro, já estão sentindo na pele os efeitos da crise econômica mundial. Com a retração do mercado em vários setores, um deles o de embalagens, 100 catadores da cooperativa viram o valor do material reciclável vendido despencar em 84%, de novembro até agora. Já são 25 toneladas de papel e papelão acumulados no galpão por falta de compradores.
Para equacionar a crise a ONG Guardiões do Mar, incubadora do projeto social, apelará para condomínios de Niterói e São Gonçalo, tentando coletar pelo menos 150 toneladas de resíduos até o próximo mês e garantir a sobrevivência dos catadores. Eles precisam do material considerado nobre, como latinhas, plástico em geral e embalagens PET.

terça-feira, 3 de março de 2009

Igreja Universal terá de indenizar ex-fiel, confirma STJ.

O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve uma sentença que condenou a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) a restituir doação de R$ 2 mil, corrigida, feita por um frequentador arrependido, o motorista Luciano Rodrigo Spadacio, de General Salgado, na região de São José do Rio Preto (SP). Salomão recusou um recurso (agravo de instrumento) da Iurd.
Spadacio havia interposto recurso ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), após ter o requerimento de devolução rejeitado em primeira instância. O TJ-SP, então, sentenciou a Igreja Universal a devolver os recursos, julgamento contra o qual a entidade recorreu ao STJ. O ministro do STJ, na decisão, destacou que o Tribunal de Justiça esclareceu "todas as questões pertinentes" e que a Corte superior não deve reexaminar os argumentos novamente.
De acordo com o processo, o ex-fiel, ao visitar a Igreja, foi "induzido" a fazer parte do "rebanho", mas, para isso, teria primeiro de "abandonar o egoísmo e desfazer-se de todos os seus bens patrimoniais". Como prêmio, o pastor, segundo a ação, fez a promessa de que a vida dele ficaria melhor na profissão e no terreno sentimental.
A Universal do Reino de Deus é uma igreja cristã protestante de tendência neopentecostal fundada em 9 de julho de 1977 pelo então pastor Edir Macedo(foto), hoje empresário. Macedo começou os primeiros encontros num coreto do Jardim do Meier, no Rio. Com 31 anos, a Iurd tem, aproximadamente, 8 milhões de seguidores somente no Brasil, conforme a instituição. A igreja informa que tem 9,6 mil sacerdotes e emprega 22 mil funcionários em mais de 4,7 mil templos em 172 países.
Spadacio vendeu um carro Del Rey, única propriedade que tinha, por R$ 2,6 mil, e passou às mãos do pastor dois cheques. Dias depois, arrependido, sustou uma das ordens de pagamento, de 600 reais, mas a primeira, de R$ 2 mil, já tinha sido compensada pela Igreja. A Igreja Universal, por meio da assessoria, informou que ainda há um recurso pendente no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a sentença do TJ-SP e que aguarda a apreciação pela Corte.

Em Israel, Hillary promete lutar por um Estado palestino.

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, prometeu na terça-feira pressionar pela criação de um Estado palestino, colocando Washington em uma possível rota de colisão com o primeiro-ministro indicado de Israel, Benjamin Netanyahu. Netanyahu, com quem Hillary deve se encontrar mais tarde durante o dia, tem falado de um governo palestino, mas não dá sinais de que apoiará a criação de um Estado palestino ao lado de Israel como solução para o conflito.
Em conversas em Jerusalém após comparecer a uma conferência de doadores no Egito para a reconstrução da Faixa de Gaza, Hillary reafirmou a visão do governo de Barack Obama sobre a paz entre israelenses e palestinos. "Durante a conferência, eu enfatizei o compromisso do presidente Obama e meu de trabalhar para chegar a uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e os palestinos e nosso apoio à Autoridade Palestina", disse ela, após encontrar-se com o presidente Shimon Peres(foto). Netanyahu, que muitas vezes opôs-se ao governo dos EUA na administração Bill Clinton, marido de Hillary, foi indicado por Peres para formar um governo após as eleições parlamentares de fevereiro. Ele tem assentos suficientes para formar um governo de direita, mas tem tentado, sem sucesso até o momento, unir uma coalizão mais ao centro, o que poderia reduzir os atritos com os Estados Unidos. "É uma gama de assuntos muito difícil e complexa", disse Hillary, sobre os esforços de paz na região antes de sua chegada a Jerusalém, na segunda-feira à noite. Falando a jornalistas depois do encontro com Peres, Hillary expressou um "inflexível compromisso com a segurança de Israel" e disse que os contínuos ataques com foguetes vindos da Faixa de Gaza têm que parar.

Acuado, Agaciel entrega Cargo de Diretor do Senado.


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aceitou nesta terça-feira, 3, em caráter definitivo o pedido de afastamento do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia (foto). Sarney disse que "uma solução transitória enquanto se apura as denúncias manteria o problema latente, por isso, a decisão é definitiva", declarou após um breve encontro com Maia, no gabinete da Presidência do Senado, quando recebeu a carta do funcionário pedindo o afastamento definitivo do cargo. Mas antes disso, ele já havia conversado com Maia. Sarney disse que agora cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU) examinar o assunto com base na declaração patrimonial de Agaciel Maia.
A decisão de afastar Agaciel Maia foi tomada na noite da última terça em conversa que Maia teve com Sarney. No encontro, constatou-se que as denúncias contra o diretor-geral continuariam em evidência, além da pressão dos partidos de oposição no Senado, que se intensificou. Assumirá o cargo interinamente, até a escolha definitiva do substituto, o atual diretor-geral adjunto da Casa, Alexandre Gazineo.
Agaciel estava na diretora-geral há 15 anos e foi colocado no cargo na primeira gestão de Sarney na presidência do Senado. Agaciel entrou em 1984, no Trem da Alegria como datilógrafo, comandado pelo então presidente Moacyr Dalla. Agaciel Maia é acusado de comprar uma casa de 960 metros quadrados, avaliada em R$ 5 milhões,não declarada à Receita e nem à Justiça Federal.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Diretor-geral do Senado ‘esconde’ casa de R$ 5 mihões.

No Brasil, a pessoa que chega à vida madura com dinheiro para encher a geladeira é uma vitoriosa.

Se a geladeira recheada está assentada sob teto próprio, aí o caso já não será apenas de simples vitória, mas de êxito retumbante.
Agaciel Maia, o diretor-geral do Senado, é um desses brasileiros cujo sucesso retumba. Não mora numa casa qualquer. Não, não. Absolutamente.
Agaciel se recolhe numa residência às margens do Paranoá, em Brasília. Coisa de R$ 5 milhões. Mede 960 metros quadrados. Tem três andares, cinco suítes, salão de jogos...
...A piscina tem os contornos de uma taça. Há campo de futebol e píer para barcos e lanchas. Uma beleza.
Deve-se aos repórteres Leonardo Souza e Adriano Ceolin uma descoberta incômoda. A casa de Agaciel não está no nome de Agaciel.
No papel, pertence ao deputado João Maia (PR-RN). O diabo é que o parlamentar não incluiu o imóvel na declaração de bens que enviou à Justiça Eleitoral e ao fisco.
Confrontados com o mistério, os repórteres foram ao diretor-geral do Senado. E Agaciel:
"Eu comprei, mas não podia pôr no meu nome porque eu estava com os bens indisponíveis...”
“...Então, na época, em vez de comprar no meu nome, eu comprei no nome do João".
A época a que se refere Agaciel é o ano de 1996. A transação imobiliária foi sacramentada por meio de um contrato particular de compra e venda.
Foi a maneira que Agaciel encontrou para esconder do Judiciário a posse do imóvel. Tinha contra si uma sentença de indisponibilidade dos bens.
Por quê? Numa época em que dirigia a gráfica do Senado, Agaciel permitira que quatro políticos imprimissem material de campanha às expensas da Viúva.
Sob Agaciel, as prensas do Senado rodaram peças de propaganda de Humberto Lucena e de três políticos do grupo de José Sarney: Roseana Sarney, Edison Lobão e Alexandre Costa.
Entre 1999 e 2000, Agaciel logrou derrubar na Justiça a indisponibilidade de seus bens.
Só dois anos depois, em 2002, a compra da casa de R$ 5 milhões foi aos livros do cartório de imóveis da Capital. Ainda em nome de João Maia, contudo.
Se já não havia o óbice jurídico, por que diabos Agaciel não empurrou o imóvel para dentro de seu patrimônio formal? Mistério.
O servidor do Senado alega que, a despeito da intermediação do irmão, sempre manteve a Receita a par da existência da casa.
Porém, Agaciel só exibiu aos repórteres a declaração de bens de 2001, primeiro ano depois da suspensão da indisponibilidade judicial.
Agaciel tornou-se funcionário do Senado no final da década de 70. Foi à folha de pagamento como datilógrafo. Já lá se vão quase quatro décadas.
Em 1995, sob a primeira presidência de José Sarney, Agaciel foi promovido de diretor da gráfica a diretor-geral. Ocupa o cargo, no pico da hierarquia, há 14 anos.
Agaciel suou frio no mês passado. Um dos compromissos de campanha de Tião Viana (PT-AC) era o de levar a cabeça do diretor-geral à bandeja.
Mas Sarney prevaleceu sobre Tião na disputa. E a cabeça de Agaciel, ainda sobre o pescoço, paira sobre um orçamento de R$ 2,7 bilhões.
Pela mesa de Agaciel passam todas as despesas do Senado. Tomado pela destreza com que gere o próprio patrimônio, o diretor-geral há de administrar as verbas da Viúva com rara competência.

Lula, o pé frio, age outra vez.

Lula nega que sua presença, no sambódromo, tenha dado azar à Beija_flor, sua escola preferida.

União tem R$ 20 bilhões a receber de fraudes.

Está na casa dos R$ 20 bilhões o valor de ações de improbidade administrativa já ganhas na Justiça pela União, consequência de desvios praticados por servidores públicos.Recuperar esse dinheiro -que seria suficiente para pagar benefícios do Bolsa Família por 6,5 anos- é uma das prioridades da Advocacia Geral da União em 2009. Se somados os créditos conquistados na Justiça, o montante a cobrar em benefício dos cofres públicos federais chega a R$ 70 bilhões."As ações de improbidade em geral são muito demoradas. E, se não houver a ação de execução, todo o trabalho terá sido perdido", diz o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli.A prioridade dada à recuperação de créditos decorrentes de ações de improbidade consta de portaria da AGU baixada em 27 de agosto de 2008. Para tanto, foi criado um departamento específico para lidar com esse tipo de ação.A maior parte do dinheiro que a AGU vai tentar reaver por meio de ações judiciais de execução, cerca de R$ 40 bilhões, tem origem no pagamento indevido de créditos de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), um tributo federal, que empresas conseguiram receber usando como base o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é estadual.
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Projeto do Congresso deve elevar gastos em R$ 1,2 bilhões.

Sob o argumento de reduzir gastos, lideranças partidárias do Congresso preparam uma manobra que pode resultar em um rombo de ao menos R$ 1,2 bilhão nos cofres públicos.As Mesas Diretoras da Câmara e do Senado estudam acabar com a chamada verba indenizatória, que destina R$ 15 mil mensais a cada um dos 594 congressistas, e incorporar parte do recurso (R$ 8.000) ao salário dos parlamentares, que subiria para R$ 24,5 mil.A proposta traria uma economia inicial de R$ 35,7 milhões/ ano aos cofres do Congresso. O problema é que o efeito cascata do aumento salarial de deputados e senadores resultaria em um gasto extra anual de pelo menos R$ 1,2 bilhão a Estados e municípios, o que supera em 33 vezes a suposta economia.Isso porque o salário máximo dos 1.059 deputados estaduais e dos 52.007 vereadores do país está vinculado constitucionalmente ao contracheque dos congressistas.
Tradicionalmente, quando há aumento salarial em Brasília, o mesmo ocorre nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais de todo o país.O cálculo do rombo, feito pela Folha, é conservador. Foi feito em cima de 13 salários/ano, quando se sabe que em várias Assembleias e Câmaras há, assim como no Congresso, 15 salários anuais. Além disso, não inclui o impacto do aumento na parte dos vencimentos de assessores que é vinculada à remuneração dos parlamentares, o que ocorre tanto no Congresso quanto nos demais entes.Pelo cálculo da Folha, o gasto extra das Assembleias seria de pelo menos R$ 82,5 milhões ao ano. Já o dispêndio anual das Câmaras subiria em pelo menos R$ 1,1 bilhão.Pela Constituição, os deputados estaduais podem ganhar até 75% do salário dos deputados federais. Já os vereadores têm limite de remuneração que varia entre 20% e 75% dos vencimentos dos deputados estaduais, dependendo do tamanho de cada município.
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Palocci poderá ser absolvido.

Não se surpreenda se o STF, antes das eleições de 2010, inocentar o petista Antonio Palocci, excluindo-o do grupo que deve ir a julgamento pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
A defesa do ex-ministro utiliza a velha estratégia de jogar a culpa sobre outrem. Desta vez a culpa deverá recair no então presidente da Caixa, Jorge Mattoso. Mattoso se torna,assim, uma espécie de Delúbio Soares, o operador de cuja versão ou silêncio depende o futuro criminal e político de Palocci.
Mattoso não procederá em vão. Ele está ocupando um bom emprego, arranjado por seus pares, como secretário de Finanças de São Bernardo do Campo, gestão Luiz Marinho.
Dizem, e facilmente poderá ser constatado, que todos os funcionários da CEF envolvidos naquela operação criminosa estejam empregados e sob a tutela do PT.
Na baixa, vem sendo traçadas estratégias que possam desaguar em uma candidatura de Palocci ao governo do Estado de São Paulo. Seu "padrinho"? Lula é claro!
Antonio Palocci é, hoje, um deputado federal, com foro privilegiado. Sua eleição foi, incrivelmente, sutil. Não se viu um só comício, uma só palavra do nobre deputado petista.
Feita entre quatro paredes, sua campanha declarou R$ 2,4 milhões em doações, a maior parte de bancos. Sempre gentil e de fala mansa, o petista Palocci vai administrando sua atividade política, quase na surdina.
O crime cometido (ora o crime!) já se encontra esquecido e perdoado pelo petismo, algo que jamais aconteceria se tivesse sido cometido por um oposicionista.
Como sua autoria foi petista, seus militantes desdenham até da denúncia de um "simples caseiro".

Para fins imorais.

Rui Castro
De seu camarote no Sambódromo, o presidente Lula atirou, imperialmente e às mancheias, pacotes de camisinha para o público nas frisas abaixo dele. Se sua insólita atitude tinha um fim educativo -conscientizar o povão para a necessidade de uso do preservativo-, frustrou-se.As frisas são feudo dos turistas, e supõe-se que a categoria já esteja bem informada sobre as características do produto, além de poder comprá-lo às grosas, se quiser. Para atingir a parcela a que se destinava seu gesto, Lula deveria ter pendurado um tabuleiro de camisinhas ao pescoço e ido distribuí-las um pouco mais adiante, nas arquibas da praça da Apoteose, onde os ingressos são populares, quase de graça, porque ali é o fim do desfile e já não há o que ver.Depois dessa, tentei visualizar o presidente Obama, preocupado com a crise que fecha bancos e fábricas nos EUA, comparecendo à final da World Series (nome pomposo que eles dão ao campeonato local de beisebol) e, do palanque, atirando cheeseburgers para a massa, simbolizando sua campanha para o povo comprar produtos americanos. E quer saber? Obama é bem capaz de ter essa ideia.Tentei visualizar também o presidente francês Nicolas Sarkozy -igualmente preocupado com as quebras de empresas e demissões na União Europeia- subindo ao Arco do Triunfo e atirando Lexotan para o povo, a fim de tranquilizá-lo e baixar seus níveis de ansiedade. Parece ridículo, mas, como metáfora, não é impossível.Foi o que Lula deve ter pensado: atirar camisinhas para a massa pode ser ridículo, mas tem seus méritos como metáfora. Nos seus futuros discursos, ele poderá dizer que os pobres também têm direito ao sexo para fins deliciosamente imorais e que ele, Lula, está ali para garantir que eles sifo sossegados.
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Angelina Jolie está com depressão, afirma site.

A atriz americana Angelina Jolie está sofrendo com uma forte depressão. A afirmação é do site especializado em celebridades "Pop Crunch".
Além do assédio da imprensa, Jolie estaria estressada com a criação de seus seis filhos. A depressão chegou a tal ponto, que ela pediu mais espaço ao marido, o ator Brad Pitt.
Segundo uma fonte do site, ela disse recentemente ao ator que sempre foi uma pessoa muito independente e que, agora, precisa de um tempo para se sentir mais calma.
Esse tempo pedido por ela pode garantir a continuidade do casamento. É que essa mesma fonte disse que a tensão entre o casal vem aumentado nos últimos tempos em razão do forte temperamento da atriz.
Uma recente pesquisa do site "I'm Not Obsessed" incluiu Pitt e Jolie entre os piores casais do cinema. Eles aparecem em sétimo lugar por "Sr. & Sra. Smith", filme no qual eles se conheceram e começaram a namorar.

Celso Pitta é alvo de ação para restituir R$ 40 milhões.

Doze anos depois do escândalo da cadeia da felicidade com Letras Financeiras do Tesouro Municipal (LFTMs) - títulos públicos negociados no mercado sem licitação e com deságio elevado -, a Prefeitura de São Paulo, finalmente, será ressarcida. Serão restituídos aos cofres públicos R$ 40 milhões, de acordo com estimativa da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, que na quarta-feira ingressou com a primeira de uma série de ações de execução perante a 12ª Vara da Fazenda. O dinheiro está bloqueado judicialmente desde o início do processo. O alvo do Ministério Público são 15 bancos de investimentos, corretoras e distribuidoras de valores, além do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000) e o ex-coordenador da dívida pública Wagner Ramos, réus em ação de responsabilidade civil por atos de improbidade administrativa.
O episódio com os títulos se deu entre 1994 e 1996, período em que Pitta ocupava a Secretaria de Finanças da gestão Paulo Maluf (1993-1996). A cadeia da felicidade foi identificada em 1997 pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Precatórios, no Senado. Pitta não será cobrado agora porque apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com recurso extraordinário. Capítulo derradeiro da longa demanda, a execução visa a obter a devolução de valores que teriam sido desviados por meio de operações fictícias de compra e venda dos títulos.
Distribuídos na praça, os papéis foram alienados por valor inferior ao de mercado. Altos deságios e o lucro fácil estimularam a cadeia da felicidade. "Os efeitos foram nocivos ao erário", acordou a Quarta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado, por votação unânime, em 2001 - sentença confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 1 de março de 2009

Sonda chinesa cai na superfície da Lua.

Uma sonda chinesa caiu neste domingo na Lua, no que foi descrito pelas autoridades chinesas como uma "colisão controlada".
O satélite lunar Chang 1 atingiu a Lua às 11h13, hora de Brasília, encerrando uma missão de 16 meses para mapear toda a superfície do satélite natural da Terra.
De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, o satélite estava sendo controlado por duas estações de controle, uma no leste e outra no noroeste do país.
Também neste domingo, a imprensa estatal chinesa informou que o país pretende lançar um módulo espacial no ano que vem.
O módulo, chamado Tiandong-1, será usado como um local seguro para que os astronautas chineses possam viver e realizar experimentos em gravidade zero.
Em 2003, a China se tornou o terceiro país, depois dos Estados Unidos da União Soviética, a lançar missões tripuladas ao espaço.
O programa espacial chinês prevê a criação de uma estação espacial e o envio de voos tripulados à Lua.

FHC expõe em artigo o drama da oposição ‘anti-Lula’.

Lula frequenta o gramado da política como palmeira solitária. Falta à oposição um discurso capaz de perfurar o escudo de superpopularidade que o reveste.
Em artigo veiculado neste domingo (1º), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como que desnuda o drama dos opositores de Lula.
FHC analisa os movimentos de Lula, reconhece o desnorteio da oposição e insinua que não será fácil erigir o discurso do contraponto.
O presidente de honra do PSDB identifica um fenômeno novo: “O descolamento entre a política e a realidade das pessoas”.
Anota o obvio: “As oposições, além de articularem um discurso programático [...], deverão expressá-lo de forma a sensibilizar o eleitorado”.
Acha que, para se contrapor a Lula, já “não basta a crítica convencional e a discussão da política, tal como ela ocorre no Congresso, nos partidos e na mídia”.
Escreve que “é preciso buscar os temas da vida que interessem ao povo”. E expõe um dos dramas da oposição: a indefinição quanto ao candidato de 2010.
Sabe-se que FHC prefere José Serra a Aécio Neves. Mas, por razões obvias, ele evita explicitar sua predileção no artigo.
Limita-se a repisar a debilidade. Diz que “a comunicação emotiva [da plataforma oposicionista] requer ‘fulanizar’ a disputa”.
Por que? “Para atribuir ao candidato virtudes que despertem o entusiasmo e a crença” da platéia.
Na abertura do artigo, FHC ironiza Lula: “Andou na moda falar de decoupling para dizer, em simples português, descolamento entre a economia brasileira e a internacional...”
“...Os efeitos da crise em nossa economia fizeram o termo sair de moda. Foi substituído por expressão mais terna, marolinha”.
Para FHC, “o sistema financeiro central quebrou”. Mas, no Brasil, “o governo prefere passar em marcha batida sobre o que nos azucrina”.
Afirma que Lula “faz o decoupling à moda brasileira: descola a economia da política, precipita o debate eleitoral e, nele, vale o discurso vazio”.
Na sequência, faz uma analogia com a “campanha bolivariana pela reeleição perpétua, uma quase caricatura da política”.
“O significado da democracia se esboroou na ‘consulta popular’. Se o povo quer o bem-amado para sempre, pois que o tenha e, como disse nosso presidente Lula...”
“...Se a prática ainda não é boa para o Brasil é questão de tempo. Quando a cidadania amadurecer encontrará a fórmula de felicidade perpétua”.
FHC conta que assistiu pela TV, “por acasado”, ao último comício de Hugo Chávez. “Confesso, fascinei-me...”
“...Ele chegou, simpático como sempre, um pouco mais gordo que o habitual, vestindo camisa-de-meia vermelha, abraçando a toda gente, sorrindo...”
“...Foi direto ao ponto: ‘Hoje não falarei muito, vamos cantar!’. E entoou uma canção amorosa de melodia fácil, repetindo o refrão ‘amor, amor, amor...’
...Falou familiarmente com a plateia e finalizou: amor é votar sim no domingo! [...] Não pude deixar de reconhecer no estilo algo que nos é habitual: o modelo Chacrinha de animação de auditório. Funciona, e como!”
No dizer de FHC, o “descolamento entre a política e a realidade”, embora irracional, “liga o ator com a plateia e com a sociedade”.
FHC prossegue: “Há algo de encantatório no modo pelo qual a política do gesto sem palavras [...] funciona substituindo o discurso tradicional”.
Da Venezuela, FHC saltou para os EUA. Comparou a cerimônia de posse Barack Obama “como Imperador de todos os americanos [...]” a “uma grande cena romana”.
Mencionou o discurso feito por Obama na primeira visita dele ao Congresso. “O que foi dito sobre a crise econômica e sobre o futuro foi menos importante do que o reafirmar o ‘yes, we can’ [...]”
Acrescentou: “Mesmo que o castelo financeiro esteja desabando, a América vencerá, era a mensagem”.
Em vez do discurso à Chacrinha”, que atribuiu a CHávez, FHC anotou que, no caso de Obama, “o símile é outro:...”
“...A invocação do pastor, a reafirmação da fé, e não a troca simbólica de favores, do bacalhau, da bolsa família ou da canção de amor”.
De resto, FHC manifesta o receio de que o mesmo “possa vir a ocorrer no Brasil”. E reproduz a pergunta que embatuca a oposição: “Que discurso fazer?”
Identificou na entrevista de Jarbas Vasconcelos traços de um discurso “racional”, que expõe o “desmanche das instituições” e o “enlameamento cotidiano da política”.
Resolve? Acha que não. Bate no ouvido e volta. “É como nos computadores quando se envia um e-mail e surge o aviso: a caixa está cheia”.

O que fazer? A resposta de FHC revela mais dúvidas do que certezas: As legendas de oposição “precisam inventar uma maneira de comunicar a indignação e as críticas que toque na alma das pessoas. Este é o enigma da mensagem política”.
Como se vê, nem mesmo o luminar do tucanato, espécie de oráculo da oposição, sabe ao certo o que fazer para erigir um dicurso alternativo ao de Lula.
De concreto, apenas a convicção de que é preciso “fulanizar a disputa”, definindo o nome do adversário de Dilma Rousseff.
Alguém capaz de despertar o “entusiasmo” do bacalhau e a “crença” do pregador. Sem esses ingredientes, constata, “a caixa de entrada das mensagens da sociedade continuará a dar o sinal de estar cheia [...]”.

Rio e Janeiro: 444 anos.


Botafogo é campeão da Taça Guanabara.

Antes mesmo do início da final, Quinho, interprete do Salgueiro, campeão do carnaval carioca em 2009, e torcedor apaixonado do Botafogo, já soltava a garganta e ensaiava o grito de campeão. E com a bola rolando, o Alvinegro dominou completamente a partida e não deu chance para a zebra. Com gols de Reinaldo, Lucas Silva e Maicosuel, o Botafogo venceu por 3 a 0 o Resende, neste domingo, no Maracanã, e conquistou pela quinta vez na história a Taça Guanabara.
Com o título, o clube garante uma vaga na decisão do Campeonato Carioca contra o vencedor da Taça Rio. Se o Botafogo conquistar também o segundo turno será declarado campeão estadual de 2009 sem a necessidade de disputar a final. E para os supersticiosos alvinegros uma ótima notícia. Todas as vezes que o clube conquistou a Taça Guanabara acabou levando, também, o título estadual. Isso aconteceu em 1967, 1968, 1997 e, por último, em 2006.
Os jogadores do Botafogo nem vão ter muito tempo para comemorar. O time terá que viajar para Brasília, onde enfrenta o Dom Pedro II, na quinta-feira, no estádio Bezerrão, pela primeira fase da Copa do Brasil. E já no próximo domingo estreia na Taça Rio contra o Tigres, fora de casa, no Estádio de Los Larios, em Xerém.

O título premia a equipe mais regular desde primeiro turno do Campeonato Carioca, dona do melhor ataque, com 20 gols, e da segunda melhor defesa, com apenas seis gols sofridos. Como gosta de dizer o técnico Ney Franco, no Botafogo, a única estrela está no escudo que os jogadores carregam na altura do coração.

O goleiro Renan só fez uma defesa difícil durante toda a partida e o Botafogo manteve a tradição de não dar chance a clubes de menor expressão em jogos decisivos no Campeonato Carioca nos últimos anos. Em 2007, o time foi campeão da Taça Rio em cima do Cabofriense. Em 2006, o clube conquistou a Taça Guanabara após vencer o Americano, na semifinal, e o América, na decisão. Depois, o título carioca veio em cima do Madureira.

A torcida alvinegra não lotou o Maracanã. O setor amarelo da arquibancada à esquerda das cabines de rádio ficou praticamente vazio. Havia muito espaço também nas cadeiras inferiores. Mas quem compareceu apoiou o time desde o primeiro minuto, e o meu fogão colocou mais de 75 mil pessoas no Maracanã. Um recorde neste campeonato.