sábado, 18 de abril de 2015

Padre irmão do Deputado Sibá Machado (PT/AC) é preso acusado de pedofilia em Altamira no Pará.

Um padre de 55 anos, identificado pelo nome de Paulo Machado, irmão do Deputado Federal Sibá Machado (PT/AC), foi preso em flagrante, em Altamira, sudoeste do Pará, suspeito de exploração sexual contra um adolescente de 17 anos.

A assessoria de comunicação do parlamentar confirmou o parentesco de Sibá com o padre e disse que ele encontra-se em Rio Branco e falaria com a imprensa sobre o assunto caso fosse procurado, e que se houve mesmo o crime, que o Padre deve responder á justiça com os rigores que manda da Lei.
O caso foi enviado à Justiça na manhã da última sexta-feira (27). Por enquanto, o sacerdote segue detido na carceragem da delegacia do município. O adolescente foi liberado e entregue á família.
O superintendente da Polícia Civil de Altamira, Cristiano Nascimento, informou que uma guarnição da Polícia Militar fazia ronda de rotina, por volta das 23h30, em um trecho da rodovia Transamazônica, quando viu um carro da Prelazia do Xingu parado no acostamento da estrada.
Ao se aproximarem do veículo, os PMs viram duas pessoas despidas dentro do carro em ato sexual e tratava-se do religioso e de um adolescente. O padre foi preso em flagrante e levado para a delegacia, onde permanece detido
O religioso atua há muitos anos na Prelazia do Xingu. Ele é fundador de um movimento que realiza meditações e orações, semanalmente, em frente de residências e empresas. Em nota, a Prelazia do Xingu disse que vai se pronunciar, oficialmente, sobre o caso somente após o resultado das investigações.
*Salomão Matos - Da redação de ac24horas com informações do notapajos.globo.com

A "arrumação", nas barbas da Justiça, para abafar o "petrolão"!

Agora ficou claro por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse a um advogado de empreiteira, em reunião secreta, que a Operação Lava Jato "tomaria outro rumo" depois do carnaval e, portanto, ele "desaconselhava" que os executivos presos partissem para a delação premiada.
Em conluio com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, dirigiu-se ao Tribunal de Contas da União (TCU), com uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto. Por essa Instrução Normativa, aprovada em tempo recorde, o TCU analisará concomitantemente com a Controladoria-Geral da União (CGU) os acordos de leniência firmados com o Estado. Isso garante que os acordos feitos no âmbito da CGU não correrão o risco de serem anulados depois pelo tribunal -- mesmo com um TCU dominado por PT e PMDB, as empreiteiras temiam essa possibilidade quando lhes propunham tal saída.
A aprovação da Instrução Normativa é ótima para Lula, Dilma e os larápios associados porque:
a) Acordos de leniência podem ser feitos diretamente com a CGU, sem passarem pela Justiça
b) Dessa forma, contorna-se o juiz Sergio Moro
c) Pelos termos de um acordo de leniência, as empresas reconhecem que praticaram os crimes, pagam uma multa e não são consideradas inidôneas. Podem continuar a assinar contratos com o governo em qualquer nível
d) Ao contrário do que ocorre com a delação premiada, elas não precisam contar tudo. Ou seja, que Lula e Dilma estão implicados até o pescoço no esquema do Petrolão
e) A chance de Dilma sofrer impeachment reduz-se dramaticamente, visto que será quase impossível imputar-lhe o crime de responsabilidade
f) Sem o perigo de falência, as empreiteiras podem dar um grande cala-a-boca ou um aguenta-aí-até-chegar-no-STF aos executivos presos e aos seus sócios em cana, como Ricardo Pessoa, da UTC, que ameaçavam seguir o caminho da delação premiada. A ameaça de Ricardo Pessoa de partir para a delação foi decisiva para o Planalto armar rapidamente o golpe.
Luís Inácio Adams percorreu freneticamente os gabinetes dos ministros do TCU, acompanhado do ministro Bruno Dantas, para aprovar uma Instrução Normativa, repita-se, redigida no Palácio do Planalto, e não pelo ministro Bruno Dantas, como foi noticiado. Ninguém levantou a menor objeção.
A menos que um executivo preso ache insuportável a ideia de passar anos na cadeia, ainda que com o seu futuro assegurado economicamente, ou que a sociedade esboce reação, Luís Inácio salvou Luiz Inácio - e Dilma.
A sociedade precisa reagir enquanto há tempo.

Vamos tirar 5 minutos para mudar o Brasil, faça sua parte!

Audio completo do depoimento de Paulo Roberto Costa:

Dilma quer ficar mais gordinha?


Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela dançarina do Faustão Dayane Alencar

O Golpe de Estado petista.

O HOSPÍCIO PETISTA – UMA RESOLUÇÃO ALOPRADA - PT EM DESESPERO PREPARANDO UM GOLPE DE ESTADO.

O PT divulgou uma resolução absolutamente aloprada nesta sexta. Leiam abaixo a íntegra do documento. Aí está a evidência de por que não existe, para Dilma, saída virtuosa para a crise. Os delirantes do PT querem preparar um 24 de agosto para Dilma, tudo para preparar um retorno para si mesmos. Eles não aprenderam nada com Marx, especialmente aquela parte do 18 Brumário que fala da primeira vez como tragédia, e da repetição da história, a segunda vez, como farsa. Leia o documento delirante do Diretório Nacional do partido divulgado na noite desta sexta-feira. Tem contornos de preparação de um golpe de estado. 
*
RESOLUÇÃO POLÍTICA
O País assiste há semanas uma escalada das forças conservadoras. Esse movimento, de profundo caráter reacionário, se estende das instituições à disputa das ruas, da batalha de ideias e informações à manipulação de investigações policiais, da agenda econômica aos direitos civis. Seu propósito é indisfarçavel: derrotar a administração da presidenta Dilma Rousseff, revogar conquistas históricas do povo brasileiro e destruir o Partido dos Trabalhadores.
Esta ofensiva engloba os interesses políticos e de classe dos setores que perderam o comando do Estado em sucessivas batalhas eleitorais desde 2002, mas agora rearticulados para interromper o processo de mudanças iniciado pelo ex presidente Lula. Para tanto, tentam impor seu programa ao governo e ao país, banir a esquerda como alternativa de poder e criminalizar os movimentos sociais.
A oposição de direita, liderada pelo PSDB, busca fundir sua tática à ação dos grupos reacionários de caráter extraparlamentar, responsáveis pela convocação das camadas mais abonadas à mobilização contra o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff. Cada dia fica mais clara a intenção golpista dessa política, encarnada por politicos aventureiros e bacharéis de plantão, que ensaiam processo de impeachment sem qualquer base jurídica ou legal.
A maioria conservadora no parlamento empenha-se na aprovação de contra-reformas que retiram direitos dos trabalhadores, preservam mazelas do atual sistema político e impõem retrocesso a avanços com relação a direitos civis, políticos e sociais. Além do caráter regressivo dessas medidas, revela-se a intenção de emparedar o governo e deixá-lo de mãos atadas em momento de gravidade da situação nacional.
Importantes empresas de comunicação, que efetivamente exercem o monopólio da produção e veiculação de informações, ocupam a linha de frente da empreitada restauradora. Abertamente, comandam a onda reacionária, estimulam o terrorismo econômico, convocam a ocupação das ruas contra o governo e procuram criar clima de condenação moral contra o PT a partir de notícias distorcidas sobre investigações de corrupção na Petrobrás. Corrupção nunca dantes combatida como nos governos do PT, que deve ser enfrentada implacavelmente nos marcos do Estado de Direito, mas não de forma seletiva, facciosa e espetaculosa. Por isso é que também exigimos a mais ampla e transparente investigação dos episódios envolvendo o HSBC e a chamada Operação Zelotes, de combate à corrupção e à sonegação fiscal.
Não faz parte da nossa história, da nossa tradição democrática, de nossa ética pública e de nossa prática na democracia brasileira a convivência e a conivência com a corrupção. Se algum dirigente ou filiado praticou corrupção não foi em nome dos petistas. E, se comprovadamente algum filiado incorreu em corrupção será expulso.
O PT liderou entre 2003 e 2014 as maiores e mais importantes iniciativas no combate à corrupção na história brasileira mais recentemente a Presidenta Dilma sintetizou e propôs ao parlamento cinco novas propostas que buscam cercar a impunidade dos corruptos no Brasil. Daí porque o PT luta pelo fim do financiamento empresarial das eleições, que renova na base os circuitos da corrupção no Brasil.
Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial decidimos que os Diretórios Nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo essa decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados(as) ao 5º. Congresso Nacional do PT.
O Partido revitalizará a contribuição voluntária, individual dos filiados, filiadas, simpatizantes e amigos. Tais definições são coerentes com nosso Estatuto, segundo o qual “arrecadação básica e permanente do Partido é oriunda de seus próprios filiados”. Ao mesmo tempo, condizem também coerentemente com a nossa defesa de uma reforma política democrática que ponha fim à interferência do poder econômico nas decisões políticas.
A prisão do companheiro João Vaccari, nas condições em que ocorreu, demonstra que o clima de ódio e revanche envolve também fatias da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário. Vamos assistindo, aos poucos, a transformação de indispensável processo de apuração e punição, relativo a desvios na principal estatal brasileira, em espetáculo de atropelos legais, politicamente manipulado a serviço das forças antipetistas. Mais que tudo, conforma-se um embrião de estado de exceção, violador dos mais elementares direitos fundamentais, cuja existência indigna, enoja e ofende a consciência democrática do País. E, por isso mesmo, antes que prospere, exige resposta corajosa da nossa militância.
O Partido dos Trabalhadores, diante deste cenário, concentrará o melhor de suas energias para construir, ao lado de outras correntes progressistas, junto com movimentos do campo e da cidade, uma frente político-social para a defesa da democracia, das pautas dos trabalhadores e das reformas estruturais.
Um novo pacto do campo democrático-popular é indispensável para disputar as ruas e as instituições contra o bloco conservador.
O Partido dos Trabalhadores reafirma que o programa para a unidade popular deve ter como eixos básicos a reforma política, com proibição do financiamento empresarial de campanhas; com a firme defesa dos direitos humanos com a criminalização da homofobia e a rejeição da PEC 215, que versa sobre a transferência da FUNAI para o Legislativo da responsabilidade pela demarcação das terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação; bem como da PEC 371, que pretende reduzir a maioridade penal; a defesa da Petrobrás e do regime de partilha e de conteúdo nacional; a reforma tributária de caráter progressivo, com adoção de impostos crescentes sobre renda, patrimônio e
ganhos financeiros; a democratização dos meios de comunicação, com o restrição dos monopólios de mídia; a expansão da reforma agrária; uma reforma urbana, com investimentos em mobilidade, moradia e saneamento; a adoção de um amplo programa de ampliação e melhoria dos serviços públicos.
Diante da tramitação da contra-reforma política (PEC 352), o PT reafirma sua posição congressual – em defesa de uma Assembléia Constituinte Exclusiva e Soberana, do financiamento público exclusivo, do voto em lista com paridade de gênero e da participação popular – e de sua objeção à constitucionalização do financiamento empresarial.
O Partido dos Trabalhadores apoia o empenho da presidenta Dilma Rousseff para enfrentar os problemas fiscais do Estado brasileiro, mas considera vital que a política econômica esteja voltada para impedir que os efeitos desse ajuste recaiam sobre as costas dos trabalhadores e tenham caráter recessivo. O Diretório Nacional, nesse sentido, considera fundamental o mais amplo diálogo do governo com a sociedade (sobretudo com os movimentos sociais e centrais sindicais).
O DN também orienta nossas bancadas no Congresso Nacional, que já vêm trabalhando nessa direção, a ajudar no aprimoramento das medidas propostas pelo Ministério da Fazenda, a partir do princípio de que o custo de retificação das contas públicas deve ser assumido pelos mais ricos. A este respeito orientamos todas nossas bancadas nos estados e municípios a serem porta-vozes desta política.
O Partido dos Trabalhadores considera que a principal batalha da conjuntura é a que está sendo travada contra o Projeto de Lei nº 4330, que expande a terceirização do trabalho para todas atividades econômicas, e se constituiu em um dos principais núcleos da política neoliberal. Sua aprovação definitiva representaria o mais rude golpe contra a classe trabalhadora desde a consolidação dos direitos trabalhistas em 1943. O Diretório Nacional recomenda, assim, que os parlamentares petistas continuem seu trabalho de resistência contra essa medida, buscando unidade com representantes de outros partidos, para impedir a aprovação deste projeto de lei.
O Diretório Nacional também considera fundamental a ampliação da mobilização sindical e popular contra a terceirização, nas ruas e nas redes, até que a pressão seja suficiente para estabelecer nova relação de forças nas duas casas legislativas.
A militância petista, em suas entidades ou através dos diretórios partidários, nos locais de estudo e trabalho, deve participar ativamente da organização e realização de todas as jornadas de luta convocadas pela CUT e demais organizações sindicais. Sobretudo, o engajamento e participação no 1o. de Maio unificado em todo o País, em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da democracia. É um momento de cada diretório e núcleo do PT se organizarem para realizar discussões sobre a conjuntura e preparar cada militante para o debate e ação política.
É também o momento da militância participar das conferencias nacionais convocadas pelo nosso governo.
O Diretório Nacional conclama a presidenta Dilma Rousseff a assumir o papel de liderança na campanha contra a terceirização, como já tem agido na disputa contra a redução da maioridade penal, ao mesmo tempo que recomenda o veto presidencial caso o projeto de lei 4330 venha a ser acolhido pelo parlamento.
O Partido dos Trabalhadores reafirma apoio firme e decidido ao governo da companheira Dilma Rousseff, ressaltando que continuará, dentro do gabinete de coalizão, a representar os interesses das camadas populares e suas aspirações por mudanças. O Diretório Nacional convoca todos os companheiros à enérgica mobilização contra os agrupamentos empenhados em virar a mesa do jogo democrático e regredir ao modelo neoliberal.
O Diretório Nacional, ciente da necessidade de uma profunda avaliação sobre a orientação política praticada desde o governo Lula e da urgência de uma ampla reflexão sobre os desafios para a continuidade das reformas, conclama todos os militantes e amigos do PT ao máximo empenho nos debates do 5º Congresso Nacional e a transformá-lo em um grande momento de reafirmação da identidade e do vigor do principal partido da esquerda brasileira.
São Paulo, 17 de abril de 2015
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores” 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Por que o "companheiro de PT" Luiz Edson Fachin para o STF?

Corria no Palácio do Planalto o nome de três candidatos possíveis para a indicação de Dilma Rousseff. Os nomes do tributarista Heleno Torres, do presidente do Conselho Federal da OAB Marcos Vinícius Coêlho e como carta na manga e fator surpresa, o nome do professor e civilista Luiz Edson Fachin, que já houvera sido indicado por ocasião da escolha de Barroso em 2013. Como o nome do tributarista e do presidente do Conselho da OAB haviam vazado, e Dilma precisava de uma indicação de impacto em um momento de caos sistêmico, Fachin foi o escolhido. Impacto houve e haverá!
Particularmente a presidente tentou replicar como fez com oportuna competência quando da escolha de Barroso, que se não tão prestigiado como Barroso pela academia, possui um passado na cultura jurídica e para alguns possui o predicado do notório saber jurídico. Indiscutivelmente tem um bom currículo profissional para apresentar.
Não há como deixar de lado o fator fundamental que impulsionou indigitada escolha. Entre as “qualidades” distintivas para ser lembrado como candidato à vaga, ressaltava-se a coincidência ideológica a partir de uma comprometimento futuro. A presidente sabedora, que ao indicar, assina um “cheque em branco” capaz de alimentar ou asfixiar as aspirações partidárias de seu partido junto ao STF, e que o PT está em um momento político-jurídico que não pode cometer equívocos que comprometam seu projeto de aparelhamento, havia o escopo inarredável pela indicação de mais um companheiro que ostentasse o subjetivo requisito constitucional do notório saber jurídico, como fez com Barroso, como forma de contar com argumentos capazes de inibir insinuações vindas da oposição.
O PT que já tem sua sigla constantemente protagonizando escândalos como foi o do “mensalão”, é o da Petrobras em maiores proporções e poderá ser a qualquer momento o da CEF, do BNDES, de proporções incalculáveis (...), entende que manter o aparelhamento no Supremo Tribunal Federal é “conditio sine qua non” de sobrevivência política de seus companheiros, aliados e colaboradores.
Fachin de fato é um daqueles adoradores dos ideias petistas, um verdadeiro petista de carteirinha amigo pessoal e de convicções. Em 2010 já houvera sido cogitado na “era Lula” para ocupar uma das cadeiras, mas fez um tão entusiasmado pronunciamento em exaltação ao MST, que Lula declinou de sua indicação, esteriotipando-o de “basista” demais. Desde então sempre foi o nome de consenso do MST.
Em um de seus últimos artigos mostrou que era sim, a bola da vez para o Partido dos Trabalhadores, quando acreditamos com o objetivo de carimbar sua indicação disse [assustadoramente]: “lei é aquilo que o juiz diz ser lei, desde que esteja afinado com os bons propósitos”. Neste pensar mostra-se um autocrata que despreza o princípio basilar e estruturante de nossa Carta, a Separação dos Poderes. Perguntamos: bons propósitos para quem nobre colega e professor ativista? Hitler sempre alegou estar com bons propósitos, bons propósitos não bastam como argumento jurídico válido. Seja bem-vindo professor Luiz Edson Fachin, companheiro do PT e agora também do STF, já que sabemos que a sabatina promovida pelo Senado segue apenas um roteiro previsto pela Constituição que se faz posterior a indicação da presidente, mas que é apenas confirmatória desta, seguindo as máximas da experiência.
Deixemos assentado que a política e o direito são forças conexas de poder transformadoras da realidade social. "De lege ferenda", em um Estado de Direito administrado nos lindes do art. 37 da Constituição Federal de 1988, direito e política ocupariam seus espaços próprios e escambiaram para o desenvolvimento social, de interesse público e pelo ideal de justiça. "De lege lata", em um Estado de Direito desviado dos princípios do mencionado artigo, direito e política se sobrepõem em busca do território conexo, causando um indesejado desequilíbrio na balança da justiça. Quando as razões da política passam a prevalecer em relação às razões do direito, o Estado de Direito torna-se Estado de Política e a ordem posta sucumbi diante da desordem.
É neste compasso que, na atual conjuntura de Estado presente não há como analisar a indicação do civilista apenas à luz de sua "notoriedade jurídica", quando suas prospecções políticas são capazes de interferir no direito.
Da mesma forma confirmamos nossa sustentação no sentido da imprestabilidade do modelo político de escolha dos ministros do Casa Constitucional para as nossas realidades. Necessário que tenhamos um PEC que propicie a chegada de ministros inteiramente comprometidos com o melhor direito, não mais com as mazelas da política.
Graduado em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1980, Luiz Edson Fachin obteve os títulos de mestre e doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), defendendo, em 1986 e 1991, respectivamente, as teses "Negócio jurídico e ato jurídico em sentido estrito: diferenças e semelhanças sob uma tipificação exemplificativa no Direito Civil brasileiro" e "Paternidade presumida: do Código Civil brasileiro à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal".
Tendo ingressado como docente na UFPR em 1991, foi um dos professores que capitaneou a implantação do Doutorado em Direito nessa instituição, tendo, ainda, criado o Núcleo de Estudo em Direito Civil-Constitucional "Virada de Copérnico" em 1996, contribuindo de forma impactante sobre a chamada repersonalização do Direito Civil brasileiro.
Dentre as diversas contribuições teóricas importantes, destaca-se a tese do Estatuto Jurídico do Patrimônio Mínimo, apresentada para o Concurso de Professor Titular de Direito Civil da UFPR em 1999. A obra que sagrou o autor professor titular de Direito Civil é hoje pedra angular da discussão sobre a dignidade da pessoa humana.
Finalizamos com a informação que, em evento no STF no dia 14/04/2015, o nome de Fachin foi duramente criticado entre os advogados presente, que em verdade só foi festejado por seu padrinho, Ricardo Lewandowski. Chamado de prolixo por suas obras e um "oba-oba" em matéria constitucional. Desta particular percepção preferimos o silêncio. Para os interessados há um vídeo no youtube em que o senhor Fachin, indicado por Dilma, democratiza seu apoio ao Partido dos Trabalhadores nas eleições.
*Texto do Professor Leonardo SarmentoProfessor constitucionalista, consultor jurídico, palestrante, parecerista, colunista do jornal Brasil 247 e de diversas revistas e portais jurídicos. Pós graduado em Direito Público, Direito Processual Civil, Direito Empresarial e com MBA em Direito e Processo do Trabalho pela FGV. Autor de algumas...

Num dos jogos de Lula, o descarte é Dilma, por improbidade administrativa.

O ministro José Múcio Monteiro, do TCU, teve acatado o seu relatório em favor da abertura de investigação das pedaladas fiscais. Comemoramos. Afinal de contas, esse pode ser um atalho para o impeachment de Dilma Rousseff. O mesmo TCU, no entanto, por meio do ministro Augusto Nardes, acatou um relatório aprovando os acordos de leniência com as empreiteiras do petrolão, ao largo da Justiça. Vaiamos.
O natural é que o TCU, cuja maioria dos ministros é fisiológica, segurasse a barra do governo petista em ambos os casos. A contradição é explicável pelo fator Lula. José Múcio é ligadíssimo ao ex-presidente. José Múcio fez a coisa certa por motivos errados.
Lula está desesperado, mas ainda nutre a ilusão de que dá para se salvar. Para se salvar, ele começa a jogar simultaneamente mais uma cartada: a do descarte de Dilma Rousseff. A melhor forma de descartá-la é por improbidade administrativa, caso das pedaladas fiscais, que não o atingem diretamente, ao contrário da corrupção do petrolão.
Se Dilma Rousseff sofrer impeachment por improbidade administrativa, Lula acredita que a Operação Lava Jato perderá ímpeto e não chegará até ele. Se Dilma sofrer impeachment por improbidade administrativa, Lula acredita que será mais fácil recuperar eleitoralmente o que restou do PT e de si próprio perante o povão, que não sabe o que é improbidade administrativa e pode ser transformada num monstro inventado pelas "elites". Até mesmo a corrupção do PT, se não chegar até ele, tem chance de virar, por obra de marqueteiros, uma mistura de "erros de certos companheiros" com a tentativa das "elites" de derrubá-lo, como no mensalão.
Lula também aposta que o impeachment de Dilma Rousseff por improbidade administrativa é melhor para PSDB e PMDB. Porque, outra vez, ele acredita que isso arrefeceria a Operação Lava Jato e, consequentemente, aliviaria a barra desses partidos enrolados com as empreiteiras bandidas -- o primeiro mais no passado; o segundo igualmente nos três tempos, tal como o PT.
*http://www.oantagonista.com/posts/num-dos-jogos-de-lula-o-descarte-e-dilma-por-improbidade-administrativa

O PT perdeu o bonde da história.

Enquanto tesoureiro do PT é preso por corrupção, partido defende socialismo contra “burguesia golpista”. 

comunista-2.2
João Vaccari Neto foi preso por corrupção, após nova fase da Operação Lava Jato concluir que o tesoureiro do PT pagou com propina gráfica que atuou na campanha eleitoral. Enquanto mais um da alta cúpula do partido vai em cana, o PT prepara a mensagem de seu V Congresso Nacional. É um show de horrores!
O tom parece coisa de diretório estudantil formado por idiotas que ainda suspiram ao ouvir o nome do assassino Che Guevara. É um espanto! O PT nada aprendeu nesse tempo todo de existência e poder. A retórica marxista de luta de classes permeia todo o documento. Abaixo, alguns trechos selecionados. Mas recomendo um Engov e um Plasil na veia antes:
Precisamos, também, combinar luta institucional, luta social e luta cultural. Recuperar o apoio ativo da maioria da classe trabalhadora,  ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia, isolando e derrotando o grande capital transnacionalfinanceiro. Isso implica abandonar a conciliação de classe com nossos inimigos.
A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por isto, o 5º Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o “PIG” e contra a especulação financeira.
O PT precisa exercer mais do que um papel de figurante na luta pela democratização da mídia: deve engajar e orientar seus quadros e militantes a ajudar na construção das mobilizações que os movimentos sociais a duras penas têm construído no país nos últimos anos.
Uma estratégia que reconheça que só é possível continuar melhorando a vida do povo se fizermos reformas estruturais. Que construa as condições políticas para fazer reformas estruturais. Que recoloque o socialismo como objetivo estratégico. Que constate que o grande capital é nosso inimigo estratégico. Que não acredite nos partidos de centro-direita como aliados. Que seja baseada na articulação entre luta social, luta institucional, luta cultural e organização partidária. Que retome a necessidade do partido dirigente e da organização do campo democrático-popular
O centro da questão está em entender que o governo é uma instituição política, não apenas administrativa. Este é, aliás, o único aspecto racional do ataque que a direita faz contra o chamado e mal denominado bolivarianismo.
Em outros governos progressistas e de esquerda latino-americanos, compreende-se claramente que o papel do governo é não apenas administrar, é também liderar politicamente. Já em setores da esquerda brasileira, prevalece uma visão administrativista e tecnocrática.
A experiência histórica, tanto nacional quanto internacional, vem demonstrando que a continuidade do capitalismo implica em sofrimentos cada vez mais intensos e em crises cada vez mais perigosas para a imensa maioria da população de nosso planeta.
Por isto mesmo, o PT não deve temer fazer autocrítica de seus erros publicamente, nem vacilar em punir exemplarmente aqueles dirigentes e militantes que fizeram uso de métodos burgueses de atuação.
fica cada vez mais evidente a incapacidade do sistema capitalista em produzir e distribuir riquezas ao mesmo tempo, inclusive nos períodos de maior crescimento acontecem numa situação de divisão internacional do trabalho, de aumento da exploração da força de trabalho e de aumento da mais valia.
É diante dessas contradições básicas do capitalismo que devemos lutar para transformar o mundo e construir um sistema mais humano e democrático que é o socialismo. Não podemos esperar que o capitalismo desabe pelas suas próprias contradições internas, tampouco que o socialismo ocorra de forma espontânea.
Garantir a elaboração de um novo ciclo de políticas públicas, discutidas no âmbito local, de caráter emancipatório, segundo concepção da educação popular, que permita a emancipação política, social e cultural dos trabalhadores e trabalhadoras - principal sujeito das políticas públicas. Esse formato pode desconstruir gradualmente a lógica consumista capitalista e demais características ideológicas difundidas por esse sistema.
Politicamente, acumulamos muito na América Latina e Caribe, precisamos avançar economicamente no sentido de fortalecer o Mercado Comum do Sul 9 (MERCOSUL) e a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
Os constantes e virulentos ataques dos setores mais conservadores da direita brasileira ao Foro de São Paulo, demonstram o quão subversiva e fundamental é a ideia do internacionalismo, e portanto deve ser parte estruturante do nosso projeto de sociedade.
O sentimento “anti petista” disseminado no processo eleitoral é uma resposta direta às ações políticas de inclusão social e elevação da qualidade de vida que nossos governos vêm promovendo no país. Ele é fruto de um tradicional pensamento conservador.
É visível que a direita tem a oportunidade de uma real ascensão, e portanto é nossa tarefa enquanto partido político ter a capacidade de fazer a leitura da conjuntura, enfrentar o conservadorismo, radicalizar a pauta de esquerda e recolocar o socialismo democrático como perspectiva concreta.
Sei que parece algo escrito por um débil mental preso nos tempos da Guerra Fria, e do lado errado, mas o fato mais lamentável é que o documento encontra amplo apoio dentro do PT como um todo, inclusive do alto escalão. Podemos ver seu presidente Rui Falcão proferindo tais palavras idiotas sem a menor dificuldade.
Em vez de o PT aprender com a história e seus próprios erros, ele, feito um asinino obstinado, redobra os esforços na direção equivocada. O partido chama de “burguês” os bandidos? Então quer dizer que Vaccari, se ficarem comprovadas as acusações, se aburguesou? Dirceu e Genoino, que já foram presos por corrupção, são “capitalistas burgueses”? Mas porque o PT continua os idolatrando então?
Tudo isso poderia ser uma grande piada, mas é uma tragédia. Afinal, esse partido está no poder há 12 anos, e quer mesmo implantar no Brasil o modelo bolivariano. Nossa sorte é que não conseguirão. A preocupação maior dos petistas agora não deve ser com o capitalismo burguês, mas com a polícia, pois muitos vão acabar, pelo visto, atrás das grades.
*Rodrigo Constantino

"Presentinho" petista aos professores de Minas Gerais.

Os professores de Minas Gerais, que tanto criticaram as administrações do PSDB e, em sua maioria, sob a tutela do Sindicato de Classe e CUT se uniram em torno da candidatura de Pimentel ao Governo do Estado, recebem o seu primeiro e merecido presente: Um "acréscimo" salarial equivalente a 5% ( cinco por cento ) enquanto a turma petistas e aliados no poder receberão um "senhor" aumento salarial na ordem de 40 ( quarenta por cento ).
E se eles achavam que estava ruim, como se sentirão agora?
Bem feito!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Renan independente.

A CHAMADA DE VINICIUS LAGES PARA SUA CHEFIA DE GABINETE, MOSTRA QUE RENAN ASSUME UMA POSTURA DE ALIADO, MAS INDEPENDENTE, EM RELAÇÃO AO GOVERNO DE DILMA.

Leia abaixo na reportagem da péssima jornalista Cristina Lôbo:

"Nesta quinta-feira (16), mesmo dia em que o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) vai assumir o Ministério do Turismo, o atual ministro da pasta, Vinicius Lages, será nomeado chefe de gabinete da Presidência do Senado.

Esta foi a fórmula encontrada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de recusar todas as ofertas feitas pela presidente Dilma Rousseff de nomear seu afilhado politico para um cargo de segundo escalão.

Ao decidir entregar o Turismo para Alves, a presidente pediu a Lages que aguardasse por dez dias sem tomar nenhuma decisão sobre seu destino, até resolver sobre qual cargo poderia entregar a ele – entre os quais as presidências de Chesf, Codevasf, Infraero ou Correios, quatro postos muito disputados pelos políticos.

Segundo interlocutores, Lages respondeu à presidente que não poderia esperar, para que isso não parecesse que Renan Calheiros estava entrando em barganha por cargos no governo. 

Renan Calheiros declarou lamentar esse debate público. "O PMDB havia saído desse debate [sobre cargos]. Agora voltou de novo ao tema. É preciso encerrar esse assunto", afirmou, confirmando a publicação na edição desta quinta-feira do "Diário do Congresso" da nomeação de Lages."

O PT, definitivamente, é hoje um caso de polícia, não de política.


Por Reinaldo Azevedo

O PT, agora é um partido que tem um de seus principais dirigentes na cadeia. Trata-se do tesoureiro João Vaccari Neto, nada menos do que o que o homem que cuida das finanças da legenda. É acusado de arrecadar recursos ilegais desde 2004. A ser assim, dedicou-se a ações clandestinas na campanha que reelegeu Lula em 2006, na que elegeu Dilma em 2010 e na que a reelegeu em 2014. Essa mesma agremiação já viu atrás das grades José Genoino, seu ex-presidente; Delúbio Soares, ele também um tesoureiro; e José Dirceu, que era, então, até o mensalão vir à luz, o condestável do governo Lula e do petismo. Ou, se quiserem, numa síntese rápida, o PT deixou de ser um caso de política para se transformar numa caso de polícia. 



Impressiona a arrogância dessa turma. Desde que o nome de Vaccari apareceu no depoimento inicial do doleiro Alberto Youssef, revelado pela VEJA em abril, o razoável é que se afastasse do comando. Mas isso não aconteceu. Ao contrário. A cúpula dirigente se fechou em sua defesa. E essa defesa não se limitou ao presidente da legenda, Rui Falcão. 



Em fevereiro, em Belo Horizonte, em reunião do Diretório Nacional, Lula se solidarizou com o companheiro. Acusou uma suposta tentativa de criminalizar o partido e, adicionalmente, pôs sob suspeição o resultado do julgamento do mensalão. Afirmou então: “Descobri lamentavelmente no mensalão que o julgamento não é jurídico, é político”. O partido estava na capital mineira para comemorar os seus 35 anos. Vaccari participou da festança. A presidente Dilma Rousseff, santa imprudência!, discursou no evento. 



Sim, Vaccari está em prisão preventiva, e isso não significa uma sentença condenatória. Os petistas descobriram a presunção de inocência depois que chegaram ao poder. Quando eram oposição, Lula costumava cortar cabeças sobre o palanque. Isso poderia ser um sinal de que partido chegou, ainda que tardiamente, a um fundamento das sociedades civilizadas… Sabemos, no entanto, que não é assim. O tesoureiro não estava aboletado em seu cargo em nome de algum princípio do direito. Lá permanecia por arrogância sua e da cúpula; lá permanecia porque o partido insiste em não reconhecer a legitimidade e a legalidade da investigação em curso. Tanto é assim que o líder na Câmara, o inefável Sibá Machado (AC), acusou a existência de uma grande conspiração. Sibá não sabe falar sozinho, por conta própria. Alguém lhe soprou o texto. 



E quem participaria dessa conspiração? Suponho que sejam a Justiça, o Ministério Público, a imprensa e a esmagadora maioria dos brasileiros, não é?, que hoje reconhecem na ação dos companheiros o que há de mais deletério na política. 



Diga-se sempre: o PT não inventou a corrupção. Ela existe, como já brinquei aqui, desde que o homem decidiu provar do fruto proibido. Sempre houve, Brasil e mundo afora, desvios da norma praticados por pessoas, por partidos, por grupos. E jamais será o caso de condescender com eles. Inaceitável é que se tenha criado um sistema que, em vez de perseguir, para punir, o crime, faz a apologia da transgressão. Asqueroso é que se tenha erigido um modelo de gestão que pretende pôr, num prato da balança, o assalto aos cofres públicos e à institucionalidade e, no outro, a reparação social, real ou suposta, como se a precondição do bem fosse, necessariamente, o mal. 



Por nada, sem motivo, sem causa, o Planalto inventou a patacoada de que já poderia respirar aliviado — afinal, sabem como é, apenas quase meio milhão de pessoas estava nas ruas do domingo… Depois do suposto alívio, ficamos sabendo que a Controladoria Geral da União esperou passar as eleições para apurar a denúncia de uma fraude que já chegava com provas. E agora se vê ir para a cadeia o tesoureiro do partido que atuou na arrecadação da campanha eleitoral da presidente; que compartilhou com ela, há pouco mais de dois meses, o ambiente em que o PT comemorava o seu anIversário. 



Os petistas acham que o partido está sendo perseguido por uma conspiração de direita. Não! O partido está tendo é de prestar contas por sua história e pelas opções que fez — e é evidente que, dessa missa macabra, a gente não deve conhecer nem a metade. 



Eis aí. Desde 2005, os jornais e os veículos de comunicação já confinado a cobertura dos assuntos do petismo na seção de polícia. Afinal, as coisas de que tomamos ciência, convenham, não são matéria da política.

E temos que engolir?


Assim como aconteceu nas abstenções nas eleições passadas, a preguiça da maioria do povo democrata em ir às ruas e protestar teve uma rápida resposta.
Nas eleições, resultaram num Governo fétido.
Nas manifestações a indicação de um advogado cabo eleitoral de Dilma, e fã do MST, para Ministro do STF.
E a família brasileira tem que engolir ?...

terça-feira, 14 de abril de 2015

Caiu na boca do povo!


Falido como partido, PT tenta sorte como piada.

Após reunião com Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, dirigentes do partido nos Estados divulgaram um manifesto revelador. O texto indica que o PT não só acredita em vida depois da morte como crê piamente que é esta que está vivendo. Após fenecer como partido, o PT tenta a sorte como piada.
O manifesto do PT anota a certa altura: “Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. […] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras.”
É como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT declarou-se a favor de apurações rigorosas foi antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passou uma temporada enjaulada na Papuda. E não há vestígio de expulsão. Ao contrário.
Vítima de um expurgo cenográfico na época da explosão do escândalo, Delúbio foi readmitido nos quadros da legenda. Com as bênçãos de Lula. Dirceu e Genoino são cultuados nos encontros partidários como “guerreiros do povo brasileiro”.
Noutra evidência de que o cotidiano do petismo é uma tragédia que os petistas vivem como comédia, o manifesto aponta a existência de “uma campanha de cerco e aniquilamento”, na qual vale tudo para acabar com o PT, “inclusive criminalizar” a legenda. A cruzada antipetista é realmente implacável.
Deve-se a criminalização do PT aos petistas que, ocupados em salvar o país, não tiveram tempo de ser honestos. A Procuradoria da República e o juiz Sérgio Moro elegeram como inimigo número 1 da honra petista o tesoureiro João Vaccari Neto. José Dirceu, reincidente, está na bica de ser convertido em inimigo número 2.
Noutro trecho, o manifesto sustenta: “Perseguem-nos pelas nossas virtudes. Não suportam que o PT, em tão pouco tempo, tenha retirado da miséria extrema 36 milhões de brasileiros e brasileiras. Que nossos governos tenham possibilitado o ingresso de milhares de negros e pobres nas universidades.” Trata-se de uma reedição do velho discurso do “rouba mais faz”. Só que num formato bem mais divertido.
“Não toleram que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de país tenha sido vitorioso nas urnas”, acrescenta o texto, numa cômica injustiça com os 13% de brasileiros que, segundo o Datafolha, ainda consideram Dilma Rousseff ótima ou boa três meses depois da segunda posse.
O 5º Congresso do PT, marcado para junho, deve “sacudir” a legenda, antevê o manifesto. Anuncia-se a retomada da “radicalidade política” e o desmanche da “teia burocrática” que imobiliza a direção partidária “em todos os níveis”, levando o partido a habituar-se com o “status quo”.
Suspeita-se que os redatores do manifesto tenham desejado dizer o seguinte: o PT vai se auto-sacudir radicalmente, para combater seu próprio status quo. De preferência, destruindo o status sem mexer no quo.
Uma coisa é preciso reconhecer: o ex-PT cada vez mais se dá bem consigo mesmo. O que é tragicamente cômico.
*Josias de Souza

domingo, 12 de abril de 2015

Vamos reescrever a história, alijando os comunistas do poder.


Hoje vai ser maior, para um Brasil melhor!


O povo decente não quer Dilma.

Fonte DataFolha

Carta anônima levou Polícia Federal a esquema da Operação Zelotes.

Uma carta anônima de duas páginas deu origem à Operação Zelotes, que investiga suposto pagamento de propina a membros do Carf (órgão que julga recursos de autuações da Receita).
Segundo os documentos que integram a investigação, aos quais a Folha teve acesso, a carta, entregue em um envelope pardo na coordenação-geral de Polícia Fazendária, no edifício-sede da PF, em Brasília, cita os nomes de conselheiros e empresas relacionados ao que seria "um impressionante esquema de tráfico de influência e corrupção em Brasília, responsável pelo desvio de bilhões de reais nos últimos anos".
Intitulada "Dinheiro público sendo desviado", ela diz que o então conselheiro José Ricardo da Silva era sócio de "dezenas de empresas que servem para movimentar e lavar o dinheiro que recebe das empresas". Estas tentariam "conseguir julgamentos favoráveis e reversão de decisões já tomadas, além de intermediar contatos e decisões em diversos ministérios".
As empresas usadas por Silva seriam a SGR Consultoria Empresarial e a J.R. Silva Advogados e Associados.
O denunciante disse que um funcionário de José era responsável por fazer "saques em espécie e entregar malas de dinheiro do esquema em Brasília". Em São Paulo, quatro outras empresas seriam "aliciadores/intermediárias de clientes".
A carta cita outros três conselheiros como suspeitos: Valmar Fonseca de Menezes, Jorge Celso Freire da Silva e Eivanice Canário da Silva. Dos quatro citados, apenas Eivanice continuava no cargo até esta quarta-feira (08).
Por fim, a denúncia citou Cimento Penha, JBS, Caoa, Gerdau, MMC, RBS e Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantres de Veículos Automotores) como tendo "negociado com o esquema".
Em fevereiro de 2014, a polícia começou a investigar a carta e confirmou algumas pistas, incluindo o fato de que a SGR não tinha nenhum funcionário registrado no Caged e recebeu R$ 58 milhões em transferências de várias empresas e pessoas.
Dos supostos beneficiados citados na carta, a PF encontrou processos no Carf em quase todos os casos –as exceções foram o grupo Caoa e a Anfavea. No processo que envolvia a cobrança de R$ 1 bilhão do grupo Gerdau, votaram a favor da empresa dois conselheiros citados na carta, José Ricardo e Valmar.
Com base nessas checagens, a PF concluiu que "é possível e até bem provável que esteja ocorrendo um grande esquema de corrupção dentro do Carf".
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já considerou ilegais, por virem de interceptações telefônicas motivadas por denúncia anônima, provas de outra operação da PF que investigava suposto esquema de desvio de recursos públicos (Castelo de Areia).
No caso da Zelotes, não há ainda contestação judicial sobre a carta anônima.
(...) 
*Via Folha de São Paulo