sábado, 18 de julho de 2015

Exclusivo: Bolsonaro fala ao blog sobre pedido de impeachment de Dilma solicitado por Cunha.

Felipe Moura, da Veja, conversou com Bolsonaro sobre a emenda ao pedido de impeachment de Dilma Roussef, e destaca  cada item do aditamento em seguida:
1) “Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;”
Bolsonaro: “Resumindo: enquanto a Petrobras estava sendo saqueada, tudo que interessava para Dilma Rousseff era aprovado dentro da Câmara. Lógico: democracia com voto comprado não existe. E a Constituição está certa em fazer com que os presidentes respondam por crime de responsabilidade no tocante a isto”
2) “Art. 85. VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.”
Bolsonaro: “Dilma, nos Estados Unidos, falou que não respeita delatores. Só que a lei da delação premiada, além de ser de uma senadora do PT, Serys Slhessarenko, ela (Dilma) que sancionou em 2012. Então ela tem obrigação de cumprir. Ela tem que respeitar os delatores.”
3) A íntegra da denúncia formulada contra Collor com base no Inciso 7 do Artigo 8º e no Inciso 7 do Artigo 9º da Lei 1.079, a Lei do Impeachment, pode ser encontrada aqui, em arquivo PDF do Diário do Congresso Nacional de 3 de setembro de 1992.
Eis o trecho lembrado em março por Reinado Azevedo. Como disse Bolsonaro: “Que saudade da OAB daquela época, né?”
“O impeachment não é uma pena ordinária contra criminosos comuns. É a sanção extrema contra o abuso e a perversão do poder político. Por isso mesmo, pela condição eminente do cargo do denunciado e pela gravidade excepcional dos delitos ora imputados, o processo de impeachment deita raízes nas grandes exigências da ética política e da moral pública, à luz das quais hão ser interpretadas as normas do direito positivo.
Nos regimes democráticos, o grande juiz dos governantes é o próprio povo, é a consciência ética popular. O governante eleito que se assenhoreia do poder em seu próprio interesse, ou no de seus amigos e familiares, não pratica apenas atos de corrupção pessoal, de apropriação indébita ou desvio da coisa pública: mais do que isso, ele escarnece e vilipendia a soberania popular.
É por essa razão que a melhor tradição política ocidental atribui competência, para o juízo de pronúncia dos acusados de crime de responsabilidade, precisamente ao órgão de representação popular. Representar o povo significa, nos processos de impeachment, interpretar e exprimir o sentido ético dominante, diante dos atos de abuso ou traição da confiança nacional.
A suprema prevaricação que podem cometer os representantes do povo, em processos de crime de responsabilidade, consiste em atuar sob pressão de influências espúrias ou para a satisfação de interesses pessoais ou partidários.”

Dilma Roussef, a agressora.

Dilma Rousseff agrediu sua empregada, Jane, no Palácio do Alvorada.
Sim: Dilma Rousseff, aquela que fez campanha em repúdio à violência contra as mulheres, posando ainda de “mãe” dos pobres.
O caso foi narrado por Ricardo Noblat, em O Globo:
“Um dia, Dilma não gostou da arrumação de seus vestidos. E, numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.
O episódio conhecido dentro do governo como ‘a guerra dos cabides’ custou o emprego a Jane.
Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento sobre a guerra dos cabides.
Dilma soube. Zelosos auxiliares garantiram a Jane uma soma em dinheiro”.
O silêncio da empregada de Dilma não foi o único comprado pelo PT às vésperas da eleição, sabe-se lá com que dinheiro.
VEJA revelou, em setembro, que Enivaldo Quadrado foi pago pelo partido para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolveu o então ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula.
O PT, como se sabe, também subornou parlamentares no primeiro mandato de Lula e, quando descoberto o mensalão, tentou comprar o silêncio do operador do esquema, Marcos Valério (antes de encontrar formas – como direi? – menos sutis de constrangê-lo na prisão).
Agora que o Movimento Brasil Livre marcou uma marcha até Brasília, sugiro aos manifestantes levar um monte de cabides para Dilma pendurar a faixa presidencial, sair de fininho e libertar o país da opressão.
Marcha

E ainda tem um Rolls-Royce...

Rolls Royce
Esse escapou porque fica na casa de Collor em São Paulo
Fernando Collor teve sorte. Os agentes da Polícia Federal apreenderam na Casa da Dinda as já célebres Ferrari, a Lamborghini e o Porsche, mas não teve a curiosidade de dar uma passada em sua casa paulistana, no Jardim Europa.
Se fosse até lá, poderia dar de cara com o símbolo máximo dos automóveis de luxo, o Rolls-Royce 2006 aí de cima – um fausto para poucos: a montadora britânica fabrica apenas doze desses por ano.
O carrão, assim como a Ferrari e a Lamborghini, está em nome da Água Branca Participações, empresa na qual ele e a mulher, Caroline Serejo, são sócios.
O Rolls-Royce modelo Phantom é essa beleza que se vê, mas não é lá muito econômico: faz seis quilômetros com um litro de gasolina – mas quem há de se importar com miudezas, não é mesmo?
Ainda assim, Collor está devendo 33 000 reais de IPVA.
A propósito, este não é o único carro que o senador possui em São Paulo.
collor
Collor deve 33 000 reais de IPVA do Rolls-Royce
*Por Lauro Jardim

Como Lula deixou Collor mais rico. Com Rolls-Royce e tudo.

“No episódio mais emblemático da ação, os agentes devolveram ao noticiário político-policial a antológica Casa da Dinda, a residência do ex-presidente Fernando Collor, cenário do escândalo que, nos anos 90, levou ao primeiro impeachment de um presidente da República.
Os policiais apreenderam documentos, computadores e três carros de luxo da frota particular do atual senador: um Lamborghini Aventador top de linha (3,5 milhões de reais), uma Ferrari vermelha (1,5 milhão de reais) e um Porsche (700 000 reais). Nem o bilionário empresário Eike Batista em seus tempos de bonança exibia modelos tão exclusivos – e caros.
Collor, até onde se sabe, é um empresário de sucesso. Sua família é proprietária de emissoras de televisão e rádio em Alagoas, terrenos, apartamentos, títulos, ações, carros… A relação de bens declarados pelo senador soma 20 milhões de reais, o suficiente para garantir vida confortável a qualquer um.
Collor, apesar disso, não resistiu à tentação e adentrou o pomar petista. Em 2009, ele assumiu a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado. Com significativo poder para fiscalizar os destinos das obras do PAC, a vitrine de campanha da então candidata Dilma Rousseff, o senador se apresentava como um obstáculo para o governo.
A maçã lhe foi oferecida. O ex-presidente Lula entregou ao senador duas diretorias da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras – a diretoria da Rede de Postos de Serviço e a de Operações e Logística. No comando desse feudo, segundo os investigadores, Fernando Collor criou o seu balcão particular de negócios dentro da maior estatal brasileira, o que lhe renderia milhões em dividendos.
Segundo depoimentos colhidos na Lava-Jato, o esquema obedecia a uma lógica simples. As empresas que tinham interesse em assinar contratos com a BR acertavam antes ‘a parte do senador’. Foram dezenas de contratos. A polícia já identificou dois que passaram por esse crivo. Num deles, de 300 milhões, um empresário do ramo de combustíveis pagou a Collor 3 milhões de reais em propinas para viabilizar a compra de uma rede de postos em São Paulo.
A operação foi revelada pelo doleiro Alberto Youssef em acordo de delação premiada. Encarregado de providenciar o suborno ao senador, Youssef fez a entrega de ‘comissões” em dinheiro, depósitos diretos na conta do parlamentar e transferências para uma empresa de fachada que pertence a Collor.
O Lamborghini, até recentemente o único do modelo no Brasil, está em nome da tal empresa, o que fez os investigadores suspeitar que o carro foi bancado com dinheiro desviado da Petrobras. Desde o ano passado, quando explodiu a Operação Lava-Jato e as torneiras da corrupção se fecharam, o IPVA do carro não é pago pelo ex-presidente.
A dívida acumulada é de 250 000 reais. Mas não é desapego do senador. Zeloso, ele só usava o carro para passeios esporádicos a um shopping de Brasília. Quando isso acontecia, o Lamborghini permanecia sob a vigilância de dois seguranças do senador, que fixavam um perímetro de isolamento em torno do veículo para evitar a aproximação dos curiosos.
A frota de luxo de Collor – revela Lauro Jardim, na seção Radar – conta com um Rolls-Royce Phantom 2006, mais exclusivo ainda do que o Lamborghini.
Rolls-Royce Phantom 2006

Porquê?

Confirmação da presença do "intermediador"
Pelegos
Marcelo Odebrecht ofereceu jantar em sua casa para Lula com presença de sócios da Gráfica Atitude denunciada na Lava Jato.
Sérgio Nobre, secretário geral da CUT e Juvandia Leite, presidente do Sindicato dos Bancários: os sócios da Editora e Gráfica Atitude.
O que a maior empresa do Brasil teria a tratar com os donos de uma grafiquinha de fundo de quintal, que edita a revista Brasil Atual, que pertence à CUT e ao Sindicato dos Bancários? O que um ex-presidente da República teria a tratar com o maior empresário do Brasil em conjunto com dois pelegos sindicalistas sem a mínima expressão nacional? Estamos falando de Juvandia Leite e Sergio Nobre. É deles que João Vaccari, segundo investigações da Lava Jato, recebeu milhões por serviços cobrados de clientes e não realizados pela Atitude. A notícia é da máxima importância. Aproxima o tubarão Odebrecht dos bagrinhos da Editora e Gráfica Atitude, tudo isso intermediado por Luiz Inácio Lula da Silva. É o estratégico, o tático e o operacional da quadrilha agindo de forma articulada.
(Blogdocel)

Os jovens estão pagando a conta da irresponsabilidade petista.

O PT é só escárnio mesmo. Imagine o leitor que um deputado petista gaúcho disse que ninguém foi tão responsável quanto o PT no governo. Sério! O deputado Adão Villaverde afirmou exatamente isso, ridicularizando qualquer pessoa com um pingo de decência, qualquer um com mais de 5 de Q.I. ou mais honesto do que Goebbels. Mas hoje em dia há reação, pois vivemos uma época de ventos de mudança. O deputado Marcel van Hatten não resistiu e soltou um “meu Deus do céu” ao ouvir a declaração canalha do petista. Este resolveu apelar para a cronologia e preferiu atacar a idade do outro, chamando-o de “menino”. Marcel, que não passa rebo, respondeu à altura, mostrando quem é o menino na conversa. 
O PT é só escárnio mesmo. Imagine o leitor que um deputado petista gaúcho disse que ninguém foi tão responsável quanto o PT no governo. Sério! O deputado Adão Villaverde afirmou exatamente isso, ridicularizando qualquer pessoa com um pingo de decência, qualquer um com mais de 5 de Q.I. ou mais honesto do que Goebbels. Mas hoje em dia há reação, pois vivemos uma época de ventos de mudança. O deputado Marcel van Hatten não resistiu e soltou um “meu Deus do céu” ao ouvir a declaração canalha do petista. Este resolveu apelar para a cronologia e preferiu atacar a idade do outro, chamando-o de “menino”. Marcel, que não passa recibo, respondeu à altura, mostrando quem é o menino na conversa. 
Uma resposta bem dada, merecida. Esses petistas ficaram tempo demais com o espaço livre para suas mentiras escancaradas. Não mais! Agora nós temos cada vez mais representantes do verdadeiro povo brasileiro trabalhador, aquele que paga a conta do populismo petista, de sua incompetência, de sua ideologia carcomida e ultrapassada. Obrigado, deputado Marcel, por colocar os devidos pingos nos is e responder a esse “menino” que tem a ousadia de dizer que o PT, logo o PT!, foi o mais responsável no governo, tendo deixado seu estado, o Rio Grande do Sul, quebrado, e depois repetido a façanha em nível nacional. Fora, PT!

Relator das contas de Dilma rebate tese de que TCU sempre tolerou pedaladas.

Augusto Nardes afirma que seu voto ainda não está definido e que aguarda a justificativa do governo que explique o gasto de 40 bilhões de reais sem aprovação do Congresso.
*Por Luís Lima - 
O Globo

"Se houver um argumento do governo compatível com a legalidade, eu até poderia mudar o voto", diz Nardes sobre 'pedaladas' (José Cruz/Agência Senado/VEJA)
A tese do governo para justificar as "pedaladas fiscais" junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) está definida. A presidente Dilma Rousseff, cujas contas de 2014 foram contestadas pelo órgão, apresentará defesa afirmando que a sistemática sempre ocorreu e apenas agora foi questionada pelo tribunal. A intenção do governo é estabelecer 2015 como "marco zero" em relação ao fim da prática de "pedalar". Em entrevista ao site de VEJA, o ministro relator do processo no TCU, Augusto Nardes, sinaliza que se a justificativa se resumir a isso, o governo não estará em bons lençóis. O relator disse que já mandou sua equipe técnica apurar, nas contas passadas, indícios de que a tese do governo possa se sustentar. Segundo Nardes, o fato de as irregularidades terem sido detectadas só agora não valida o que aconteceu nos anos anteriores. Ele defende a atuação do TCU afirmando que melhorias recentes nas auditorias operacionais e financeiras possibilitaram, pela primeira vez, que a corte identificasse os malfeitos do governo. "A partir disso, tivemos condições de mostrar todos os gargalos do Brasil. Isto muda, inclusive, a forma de julgar, pois se passa a ver com mais clareza questões como as 'pedaladas'", disse. 

Nardes afirma que seu voto não está definido - e que tudo depende das explicações sobre as treze irregularidades que o governo deve entregar até a próxima quarta-feira, dia 22. "Esperamos que sejam justificadas de forma adequada, pois a população precisa retomar o encanto. Para isto, torço que seja esclarecido da forma mais competente possível, porque o TCU é um dos guardiões da Lei de Responsabilidade Fiscal." 

O julgamento das contas do governo acontece em um momento delicado para o TCU, já que o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente da corte, Aroldo Cedraz, foi citado em depoimentos do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia e um dos delatores da Operação Lava Jato. Segundo ele, Cedraz recebia 50.000 reais mensais para repassar à empreiteira informações de seu interesse na corte de contas. Em decorrência disso, o escritório do advogado foi alvo de busca e apreensão na nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de terça-feira. Questionado, Nardes desconversou. "Me pegou de surpresa essa história". Leia trechos da entrevista. 

O fato de o filho do presidente do TCU, Tiago Cedraz, ter sido citado como facilitador da UTC em processos no TCU pode tirar credibilidade da corte? Eu não conheço a situação. Estou por fora. O Cedraz disse algo sobre isso? 

Até o momento, não. Mas o fato ganhou bastante repercussão com a nova fase da Lava Jato. Eu realmente não gostaria de dar opinião sobre algo que eu não sei direito. Gostaria de me posicionar sobre isso, mas preciso estar melhor informado. 

O julgamento das contas do governo de 2014 deve ficar para agosto? Estamos dentro dos prazos. A presidente Dilma Rousseff deve entregar as explicações no próximo dia 22, quinta-feira. Em seguida, as justificativas seguirão para a área técnica do tribunal, que geralmente pede 15 dias para a análise. Este prazo, por sua vez, termina no dia 7 de agosto. Depois disso, formato meu voto em um prazo não determinado. Pode ser mais tarde ou mais cedo, não posso especificar, pois também preciso dar cinco dias de prazo para outros ministros lerem a matéria. Portanto, há alguns procedimentos formais que devem ser cumpridos, o que faz com que não tenha uma data específica para a votação. 

A Advocacia-Geral da União (AGU) apostará na tese de que a sistemática das "pedaladas" sempre existiu e nunca foi questionada pelo TCU. O senhor concorda? Como presidente do tribunal, fizemos uma gestão de melhoria das nossas auditorias financeiras. Estabelecemos acordos com o Banco Mundial, com alguns tribunais da Europa, como o francês, e aperfeiçoamos nossas auditorias operacionais. Isso tudo com o objetivo de aumentar a eficiência do Estado brasileiro. Nesse sentido, o que não se detectava antes, se detecta agora com muito mais aperfeiçoamento. Além disso, tivemos um aumento de secretarias especializadas de oito para 22, com gente treinada para se aprofundar em temas de interesse da nação. O TCU passou por uma evolução, que foi muito positiva. A partir disso, tivemos condições de mostrar todos os gargalos do Brasil. Isto muda, inclusive, a forma de julgar, pois se passa a ver com mais clareza questões como as "pedaladas". 

Mas esta linha de defesa do governo justifica as irregularidades apuradas pela corte? O fato de as irregularidades terem sido detectadas só agora não significa que o TCU tenha de validar o que aconteceu anteriormente. De qualquer forma, acionei a minha equipe para fazer um levantamento para saber se o argumento de que "já houve no passado" é válido. 

Essa tese é suficiente para sustentar uma defesa sobre treze irregularidades graves executadas pelo governo? Acredito que Luís Inácio Adams (advogado-geral da União) e sua equipe são competentes. O Brasil todo espera que haja uma explicação plausível para o gasto de mais de 40 bilhões de reais sem autorização do Congresso Nacional. A sociedade tem de saber para onde foi o recurso. Por isso esperamos que tudo seja justificado de forma adequada. Eu realmente torço que tudo seja esclarecido da forma mais competente possível, porque o TCU é um dos guardiões da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Há rumores de que a AGU leve o caso ao STF, com base no argumento de que o senhor não poderia se manifestar publicamente sobre as pedaladas antes do julgamento. Eu me manifestei depois de apresentar o relatório, que foi tornado público. No meu voto, deixo muito claro que o parecer prévio das contas da presidente Dilma Rousseff não estava em condições de ser apreciado devido aos indícios de irregularidades que encontramos. Em relação ao voto futuro, eu não me manifestei em nenhum momento. Portanto, eu me pronunciei sobre aquilo que foi entregue aos ministros e ao Congresso e que, desta forma, foi tornado público. 

Mas essas manifestações não podem indicar uma inclinação sobre seu voto? Não necessariamente. Estou aguardando a justificativa do governo. Se houver um argumento compatível com a legalidade, eu até poderia mudar o voto. Mas não posso antecipá-lo. O que farei, junto à equipe técnica, é analisar com todo o critério as respostas do governo. 

Como avalia a iniciativa de alguns parlamentares de criar uma auditoria para fiscalizar as atividades do TCU? A função do TCU é exercida com autonomia. Como presidente, no ano passado, imprimi uma lista de 6.603 condenados pelo tribunal que perderam o direito político por oito anos, entre eles, três candidatos a governador e vários ministros, deputados e senadores. Nós exercemos com independência uma instituição de excelência que tem 124 anos e que se profissionalizou. Se o sentido é diminuir o poder do tribunal, acho que a iniciativa não é bem-vinda. Mas, por outro lado, se tem como objetivo auxiliar a sociedade brasileira a tomar conhecimento com transparência sobre o que acontece no país, acho bom. Temos que avaliar qual é o sentido dessa questão. 

O aperfeiçoamento do TCU implica, de fato, numa maior transparência das contas públicas? É um grande momento para o Brasil dar uma virada na melhoria de sua governança. Estou batalhando muito nesse objetivo, de que temos de profissionalizar a gestão pública no país. Chega de amadorismo. Foi o TCU que iniciou as auditorias na Petrobras, mostrando a realidade dos contratos, por exemplo. Temos de fazer uma grande cooperação e união de segmentos para implantar a governança pública como desafio de todos os brasileiros. Além disso, temos de dar mérito a quem tem capacidade e diminuir o jogo político, para entregar o melhor produto para a sociedade brasileira. O aperfeiçoamento do tribunal melhora a cada dia. Com isso, o desafio dos governantes está estabelecido: melhorar a governança e aplicar o dinheiro de forma correta para a sociedade saber para onde vai o dinheiro público. Então, diria que este aprimoramento cria desafios também para governos estaduais e municipais, já que fizemos alianças com tribunais dos Estados, que estão na mesma linha de pensamento do TCU. Isso é muito positivo para a democracia.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Lava jato já chega aos políticos da base aliada.

O desfile de carros de luxo do ex-presidente Fernando Collor apreendidos pela Polícia Federal desencadeou no Congresso e em setores acuados pela Operação Lava Jato a gritaria de abuso de poder e de que a medida era puramente cinematográfica. Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que o procurador-geral, Rodrigo Janot, em coordenação com a Polícia Federal, apoia-se em provas, testemunhos e investigações que justificam a ação. Chancelada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, a Operação Politeia é o primeiro desdobramento da Operação Lava Jato em relação a parlamentares. As provas de Janot contra os parlamentares mostram uma rede de lavagem de dinheiro, com empresas de fachada e saques em dinheiro vivo, para abastecer políticos com dinheiro desviado da Petrobras, principalmente o senadores Collor e o presidente do PP, Ciro Nogueira.
As principais operações financeiras feitas pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) tratam da empresa Água Branca Participações, usada pelo ex-presidente para comprar carros luxuosos: “A empresa não tem empregados. Também não tem existência física. Conforme informação policial de campo, no endereço cadastrado como sede da Água Branca funcionam outras empresas. Trata-se, provavelmente, portanto, de ‘pessoa jurídica de fachada’, usada especificamente para lavagem de dinheiro”, afirma o relatório da Procuradoria Geral da República. A investigação foi além e descobriu que a Água Branca, apesar de não existir, recebera R$ 930 mil apenas em 2013, de uma empresa fantasma, a Phisical Comércio, abastecida pelo operador de propinas Alberto Youssef. Fechava-se o caminho do dinheiro.
Apesar da forte reação de Collor contra a operação, três delatores da Lava Jato mostram o mesmo caminho: entregas de dinheiro vivo para o senador. O assessor Rafael Ângulo, responsável pelos carregamentos de dinheiro a mando de Youssef, detalhou uma entrega de R$ 60 mil, e narra, sem floreios, a naturalidade com que o ex-presidente recebia a propina. Eis um relato literal da delação premiada selecionado por Janot para ilustrar o envolvimento de Collor: “Que ouviu o barulho de abrir com chave; Que em seguida, adentrou na porta e foi atendido pessoalmente por FERNANDO COLLOR DE MELLO;[...] Que, porém, como o declarante reconheceu COLLOR e o declarante tinha sido orientado a entregar o dinheiro pessoalmente para ele, o declarante disse: ‘eu trouxe sessenta, o senhor sabe?’; Que ele respondeu: ‘Sei’; Que então, como a quantia era menos volumosa, sobretudo porque estava em notas de R$ 100,00, o declarante entregou o valor diretamente para COLLOR; […] Que FERNANDO COLLOR pegou os valores e apenas disse ‘tudo bem’; Que COLLOR não contou os valores e apenas colocou ao lado”.
Ricardo Pessôa, presidente da empreiteira UTC, diz ter pago pelo menos R$ 20 milhões de propina a um diretor da BR Distribuidora. “O declarante sabia que por trás da indicação de ZONIS estava FERNANDO COLLOR, do contrário, não aceitaria pagar 20 milhões de propina”, diz trecho do depoimento.
Na terça-feira, quando foi realizada a Operação Politeia, Collor negou as suspeitas. “A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos.”
*Via Revista Época

PP ameaça dizer que Dilma sabia de esquema de propina na Petrobras.


Ciro Nogueira ficou em situação extremamente delicada ((Moreira Moriz/Agência Senado))
Diante dos mandados de busca e apreensão que colocaram em situação extremamente delicada dois caciques do PP – o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), e o líder da bancada, deputado Dudu da Fonte (PE) – integrantes da cúpula do partido ensaiam uma reação que pode deixar a presidente Dilma Rousseff numa saia justa.

Segundo o analista político Gerson Camarotti informa em seu blog no Portal G1, nos bastidores, dirigentes do PP fecharam um discurso de defesa da atual cúpula do partido que, na interpretação deles, pode expor uma contradição da versão apresentada por Dilma até agora, diante dos fatos da Operação Lava Jato.

Ao Blog, três dirigentes do partido apresentaram a versão de que a presidente sabia do esquema de corrupção na Petrobras. E, segundo eles, argumentava que era uma herança do governo Lula.

A presidente sempre negou que tivesse conhecimento de episódios de corrupção na estatal. "Não tinha informação de malfeito, porque, se eu tivesse, teria tomado medida”, afirmou em setembro do ano passado.Em junho deste ano, disse que é "impossível" que se aponte ligação entre ela e o escândalo na Petrobras.

De acordo com esses dirigentes, Dilma chegou a falar isso com todas as letras para o então ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, logo depois que ele tomou posse, no início de 2012.

Segundo esse relato, na ocasião, a bancada do PP queria manter Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Mas, de acordo com os dirigentes do PP, Dilma reagiu: “Não vou manter o Paulo Roberto Costa. Ele está envolvido num esquema pesado na Petrobras. Ele está fora”, teria dito a presidente.

Paulo Roberto Costa caiu logo depois da conversa de Dilma com o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro. “Essa coisa da Dilma dizer que não sabia de nada não se sustenta. Os fatos mostram que ela sabia do esquema. E que só depois de um bom tempo no governo é que fez as mudanças na Petrobras”, observou um dirigente do PP.

A atual cúpula do partido argumenta que assumiu o controle do PP no mesmo momento em que Paulo Roberto Costa caiu. Apesar desse argumento, os nomes que integram o atual comando do PP foram citados pelos delatores da Operação Lava Jato como beneficiários do esquema. Na primeira lista apresentada por Rodrigo Janot (PGR), aceita pelo Supremo Tribunal Federal, o PP aparece com o maior número de parlamentares investigados. 

Renan acelera criação de CPIs incômodas ao governo Dilma.

TAMBÉM NA MIRA DA LAVA JATO, RENAN AMEAÇA IR À JUSTIÇA CONTRA BUSCAS DA PF NAS CASAS FUNCIONAIS DE SENADORES (FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR).

Numa retaliação ao governo Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta quinta-feira (16) que tomará decisões que podem levar à criação de duas CPIs delicadas para o Palácio do Planalto. Renan afirmou que vai indicar os integrantes da CPI dos Fundos de Pensão nesta quinta, se o PT não o fizer. Por outro lado, marcou para agosto, na volta do recesso parlamentar, o dia da leitura do requerimento de criação da CPI do BNDES. O anúncio foi feito dois dias depois de a Polícia Federal realizar buscas e apreensões em casas de políticos da base aliada, como o senador Fernando Collor (PTB-AL), no âmbito da Operação Politeia.
No caso da CPI dos Fundos de Pensão, a comissão de inquérito foi criada no início de maio, mas, desde então, partidos não têm indicado os integrantes para que ela possa efetivamente iniciar os trabalhos. No momento, só falta o PT fazer a indicação. Com amparo no regimento, a oposição pressiona Renan para que, caso o PT não indique os nomes, ele o faça por conta própria.
"Nós hoje vamos indicar os nomes que faltam da CPI dos Fundos de Pensão. Só falta um partido e, se não indicar, eu farei", ameaçou Renan, no último dia de votações do Senado.
Também pressionado pela oposição desde o início do ano, o presidente do Senado agendou para o dia 6 de agosto a leitura do requerimento de criação da CPI do BNDES. O pedido foi apresentado no início de maio pela oposição com 27 assinaturas de apoio, mas Renan vem adiando a leitura do requerimento para sua criação. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, chegou a se encontrar com o presidente do Senado e pediu para conversar com senadores sobre a real necessidade de instalação da CPI.
Embora seja mais uma pressão que o presidente do Senado faz ao governo, a leitura do requerimento não é garantia de instalação da CPI. No dia em que ela for realizada por Renan, senadores poderão retirar os apoios. Se o governo conseguir retirar assinaturas e elas forem inferiores a 26, a comissão não será instalada. Em abril, o Palácio do Planalto montou uma operação para retirar assinaturas e barrou, à época, a abertura da CPI. (AE)
*Via http://bit.ly/1I7KcUP

MST é acusado de derrubar aeronave de prefeito, que morre no acidente.


Destroços da aeronave. No detalhe, o prefeito Destroços da aeronave. No detalhe, o prefeito.

O prefeito da cidade de Central de Minas (MG), Genil Mata Cruz (PP), morreu nesta terça-feira (14) em um acidente aéreo. O político, de 36 anos, pilotava um avião que caiu em uma fazenda em Tumiritinga, região do Vale do Rio Doce.
A assessoria de Genil informou que a aeronave pode ter sido abatida, por militantes do MST - Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra.
No momento da tragédia o prefeito sobrevoava a área de sua propriedade, que recentemente foi invadida por integrantes do MST.
"Em dado momento, ouviu-se vários disparos, possivelmente de arma de fogo, efetuados por pessoas que se encontravam em tal acampamento, dentro da fazenda de Genil. Aparentemente, alguns tiros alvejaram o avião que Genil pilotava, o que pode ter causado uma explosão ou algo que possa ter providenciado a queda do avião que ficou em chamas", foi publicado no Facebook oficial do político.
O porta-voz do MST em Minas, contudo, apresentou outra versão sobre o caso. Conforme Sílvio Neto, o prefeito realizava manobras perigosas para aterrorizar as aproximadamente 300 famílias que ocupam o local. Além disso, segundo ele, Genil arremessava bombas em cima do acampamento.
Para o integrante do MST, duas causas podem ter provocado a queda da aeronave: falha humana em decorrência das manobras ou a explosão das bombas que eram transportadas no avião.
Além de prefeito, Genil era presidente da Associação dos Municípios do Leste Mineiro (Assoleste).
* Via http://bit.ly/1I7JIhg

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O aumento da fortuna e do prontuário de Fernando Collor prova que por trás do Lula pai dos pobres existe um Lula mãe dos ricos.

Lula recita de meia em meia hora que só pensa nos pobres. Mas o farsante que inventou o Brasil Maravilha sempre encontrou tempo para enriquecer, garantir a prosperidade da família e aumentar a fortuna de amigos já milionários. 

Fernando Collor, por exemplo, foi premiado com uma diretoria da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Numa negociata desvendada pela Operação Lava Jato, embolsou 20 milhões de reais. Essa e muitas outras maracutaias em que se meteu justificaram a operação da Polícia Federal que deixou “indignado” o ex-presidente defenestrado do Planalto por vontade popular. 
Muito maior é a indignação do Brasil decente, ultrajado pelas delinquências protagonizadas em parceria por Lula e Collor.
Por enquanto, só foram apreendidos carrões e computadores. O país que presta aguarda, com justificada ansiedade, o confisco de ex-presidentes que imploram pela traseira de um camburão.

E Dilma saberia de tudo...

José Eduardo Cardozo, ontem, na CPI da Petrobras, disse:
"Começam a surgir teses de que doações de campanha legais poderiam ensejar situações criminosas se tivessem uma origem ilícita. Eu pessoalmente não creio que seja necessária somente uma origem ilícita [do dinheiro], mas seria necessária uma ciência daquele que recebeu a doação".
Naquele mesmo instante, Ciro Nogueira, do PP, assoprava para Gerson Camarotti, do G1, que Dilma Rousseff tinha plena "ciência" da "origem ilícita" de suas "doações de campanha legais".

Dilma Rousseff está morta. ( O Antagonista)

Renuncia Cedraz!

As contas da família do ministro já foram rejeitadas pela polícia
O adjetivo do dia é "devastador". A reportagem do Estadão sobre o enriquecimento de Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, presidente do TCU, é devastadora. O tráfico de influência dentro do tribunal, aliado às propinas que recebeu de Ricardo Pessoa, renderam-lhe, desde 2012, um patrimônio de 13 milhões de reais, segundo levantamento do jornal. Todos os imóveis foram adquiridos por uma empresas constituída em sociedade com a sua mãe, Eliana Leite de Oliveira, mulher de Aroldo Cedraz.
A cereja do bolo é uma chácara de 10 000 metros quadrados, no Lago Sul, comprada por 7,2 milhões de reais. Só a casa tem 1 500 metros quadrados e seis suítes. Pertencia aos Emirados Árabes Unidos. Quem foi buscar a chave na casa da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos? O ministro Aroldo Cedraz.
Aroldo Cedraz não tem a menor condição de permanecer no TCU, muito menos de ser o presidente do tribunal. Renuncie já, Aroldo Cedraz, e não devaste ainda mais a reputação do TCU.
*Via O Antagonista

Um novo "Ronaldinho" dos negócios?



quarta-feira, 15 de julho de 2015

Quem com ferro fere...


Dizem, em Alagoas, que Renan e Collor fizeram um pacto para tomar o poder e mandar em Alagoas nos próximos 50 anos.
Os comentários são muito difundidos em todos os cantos e a história é que Renan usando seu prestígio junto ao Governo Federal e Collor com seu poderio de comunicação fez tremer a muitos, inclusive altas autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário que se viram na iminência de terem seus nomes jogados na lama por reportagens capciosas e projetos atravancados.
E teria sido através de injúria, calúnia e difamação que conquistaram o Governo de Alagoas ( o atual Governador é o Filho do Senador Renan ) e nenhum projeto era e é aprovado, e verba liberada, sem que ambos "autorizem" no âmbito Federal.
Se isso corresponder a verdade, e parece que que há indícios da procedência verdadeira das informações, para um Estado pobre, Alagoas não poderia estar na dependência de tanta gente cujo interesse pessoal supera o interesse público.
O próprio Funcionalismo Público que ajudou a eleição do atual governador ganhou como compensação 0% ( zero por cento ) de reajuste salarial este ano, quebrando uma tradição dos dois governos anteriores ( do PSDB ) de obter reajustes anuais pelo índice inflacionário oficial.
Agora se vê dois representantes do estado, no Senado, envolvidos em escândalos de toda natureza.
Num Estado tão bonito, de um litoral maravilhosamente caprichado pela natureza, prevalece a violência, a injustiça social, a má gestão, a politicagem e a omissão das frentes sindicais, funcionais e estudantis, até mesmo as de esquerda antes eram tão "combativas" e intolerantes com o Governo Estadual, em tempos até não tão tenebrosos.
*Via Facebook

terça-feira, 14 de julho de 2015

Ferrari, Lamborghini e Porsche de Collor tinham adesivos “Foi Você que me Deu”.

Os carros apreendidos pela Polícia Federal na Casa da Dinda, de propriedade do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, em Brasília, tinham um adesivo curioso. Os três modelos esportivos, avaliados no total em mais de 6 milhões de reais tinham o adesivo: “Foi Você que Me Deu”
“Achamos estranho, porque as pessoas costumam colar aquele adesivo ‘Foi Deus que me Deu'”, disse um agente da PF que preferiu não se identificar. “Depois a gente entendeu. Ele estava agradecendo ao povo por ser bobo, não é? De ter dado condições a ele de voltar à política e conseguir comprar carros tão caros.”
Os carros apreendidos, levados para a sede da PF, são os modelos Ferrari 458 Italia (de preço em torno de R$ 2 milhões), uma Lamborhini Aventador (vendida a R$ 3,6 milhões) e um Porsche Panamera (por volta de R$ 400 mil).
Nenhuma Fiat Elba foi encontrada na propriedade.
*M Zorzanelli
*http://sensacionalista.uol.com.br/2015/07/14/ferrari-lamborghini-e-porsche-de-collor-tinham-adesivos-foi-voce-que-me-deu/

Para onde vamos?

"A tarefa para os brasileiros é se safar, política e democraticamente, do criador e da criatura. É uma questão de sobrevivência."
O Brasil está numa encruzilhada histórica. Para onde ir? Na República Velha, com todos os defeitos — que eram muitos —, a institucionalidade existente foi um anteparo durante mais de quatro décadas ao caudilhismo. Os principais líderes do período ficaram impossibilitados de exercer o poder à semelhança dos países platinos, assolados por este fenômeno desde o processo independentista. Um fazedor de presidentes, como o senador Pinheiro Machado, teve, se tanto, uma década de efetivo poder e, mesmo assim, não conseguiu chegar ao Palácio do Catete.
Os quinze anos do primeiro governo Getúlio Vargas se constituíram no primeiro momento que uma liderança caudilhista teve efetiva presença na cena política nacional. A ausência de liberdades durante mais de dez anos — excetuando o breve período 1934-1937 — acabou facilitando a consolidação da figura de Vargas, sem ter de travar um enfrentamento político com opositores devido à enorme concentração de poderes nas suas mãos.
O breve período democrático (1945-1964) acabou abrindo a possibilidade para a primeira liderança política efetiva, resultado do livre jogo eleitoral. Juscelino Kubitschek transformou seu quinquênio presidencial numa referência positiva de autoridade, dialogando com a oposição, injetando o país de otimismo e obtendo importantes vitórias no campo econômico.
O ciclo militar impossibilitou o surgimento de lideranças castrenses em parte devido às modificações adotadas, em 1965, que limitaram a permanência de oficiais em postos de comando e no mesmo grau hierárquico. A grande figura civil que emergiu do período foi Ulysses Guimarães, que, devido a diversas circunstâncias políticas, teve de ceder o posto para Tancredo Neves, como candidato oposicionista, em janeiro de 1985. A morte do presidente eleito e as particularidades da Nova República não permitiram ao Dr. Ulysses reassumir o papel exercido nos últimos anos do regime militar.
O processo eleitoral de 1989 deu ao país a possibilidade de restabelecer a democracia plena. Contudo, por decorrência de uma eleição solteira e do desgaste da presidência Sarney, acabou abrindo, pela primeira vez, as portas do Palácio do Planalto para dois candidatos antagônicos mas — paradoxalmente — similares. Incorporaram o figurino caudilhista, o salvacionismo popular, que, na República, ainda não tinha tido uma tradução tão perfeita como em Fernando Collor e Lula.
O impeachment acabou sinalizando a possibilidade de uma efetiva institucionalização da estrutura fundada pela Constituição de 1988. A ascensão de Itamar Franco ao governo, presidente sem carisma e nenhuma veleidade de caudilho, permitiu que sua sucessão ocorresse sem traumas e dentro da ordem constitucional. Fernando Henrique governou por oito anos e, na essência, de forma muito parecida com a do seu antecessor.
O ponto de ruptura ocorreu em 2002. A falta de compreensão da importância da eleição — deu até a impressão que o presidente desejava o triunfo do opositor — levou à vitória de Lula e do espírito caudilhista. Desde então a sua presença ofuscou, inclusive, lideranças do seu partido. O país passou a girar em torno dele, um caudilho de velho tipo, mesmo em plena vigência — suprema contradição! — da mais democrática e aperfeiçoada das constituições brasileiras.
Enquanto a economia dava sinais de vitalidade foi possível conciliar — na aparência — o caudilhismo com a democracia. Na essência, como seria de se esperar, foram solapados os fundamentos do Estado Democrático de Direito. A estruturação do que foi definido, com propriedade, na Ação Penal 470 como um projeto criminoso de poder, associou pela primeira vez na nossa história caudilhismo com um sólido partido político, dando sentido único a uma anomalia, que foi ocupando as estruturas de Estado.
A passagem do poder do criador para a criatura — sem carisma e história — trouxe mais um componente de crise. Que se agravou com as sérias dificuldades econômicas manifestadas a partir de 2013. O sistema político-institucional foi se esfarelando, não conseguindo dar respostas aos anseios da sociedade civil.
Vivemos o momento mais difícil desde a redemocratização de 1985. Não sabemos para onde ir. E o futuro próximo se avizinha cinzento. A pressão popular é desconsiderada pelos donos do poder. A desmoralização das instituições é evidente. Dois chefes de poderes — Dilma Rousseff e Ricardo Lewandowski — se encontraram em território estrangeiro para discutir não se sabe o quê. Ministro é acusado de chantagista cordial — ah, bons tempos do homem cordial de Sérgio Buarque de Holanda — e nada acontece. O PT teve um tesoureiro condenado pelo Superior Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha e seu sucessor, desde abril, também está preso. Em que país do mundo democrático há um partido no governo que tenha seus dois últimos tesoureiros presos?
Brasília está desconectada do Brasil. A vida segue na Praça dos Três Poderes como se o país vivesse no melhor dos mundos. A presidente diz que não vai cair com a maior naturalidade. Porém, dificilmente vai comer o peru de Natal no Palácio do Planalto. A gravidade da crise é tão grande que até seu criador está procurando uma forma de se livrar da criatura. O caudilho, que destruiu as instituições de Estado, tem plena consciência do significado negativo da permanência de Dilma para seu projeto pessoal. A tarefa para os brasileiros é se safar — política e democraticamente — tanto do criador, como da criatura. É uma questão de sobrevivência.
*Por Marco Antonio Villa é historiador