sábado, 6 de março de 2010

Polícia Federal detecta desvio de 700 milhões em obras com verbas federais

Charge Petralias - por Sponholz

Segundo reportagem do Jornal Folha de São Paulo, um levantamento do Serviço de Perícias de Engenharia e Meio Ambiente da Polícia Federal apontou um superfaturamento de cerca de R$ 700 milhões em 303 obras públicas investigadas no ano passado. O relatório, em poder do jornal, diz que, de cada R$ 100 pagos nas construções periciadas, R$ 29 foram desviados. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, já que o caso está sob sigilo; a Folha apurou que a ferrovia Norte-Sul faz parte do estudo.
O trabalho inclui inspeções em edificações, vias pavimentadas, sistemas de esgoto, rodovias, portos e aeroportos. As construções foram tocadas pelo governo federal, Estados ou municípios e foram avaliadas pela PF por terem recebido recursos da União.
As perícias foram todas feitas em 2009, mas isso não significa que as obras -e as irregularidades- sejam desse ano. Entre as obras analisadas, há desde contratos assinados em 1994 até alguns do ano passado.
O maior total de sobrepreços foi apurado em construções situadas no Rio de Janeiro, considerando valores absolutos. Em 14 obras avaliadas no Estado, os desvios somaram R$ 148 milhões.

Mais um "comício" que só o TSE não vê

Num misto de arogância, deboche e certeza da impunidade, o presidente do Brasil, ao lado de sua candidadata, do alto de um palanque em Juazeiro, no sertão baiano, cantarolou ontem uma musiquinha com conotação eleitoral: "Um Lulinha incomoda muita gente, uma Dilminha incomoda muito mais".
Horas antes, em entrevista a rádios em Petrolina, Lula abriu caminho para deixar a ministra responder sobre gasto com energia nuclear. A ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, esteve sempre ao lado de Lula.
O objetivo da viagem era a entrega dos primeiros lotes a agricultores familiares de um programa de irrigação para investimento em fruticultura. No palanque, o próprio Lula afirmou, quando a plateia gritou "Dilma, Dilma", que não poderia falar de campanha .
Mesmo assim, fez um "balanço" de seu governo, dizendo, com a mesma empáfia de sempre que suas realizações causam incômodo nos opositores.
"Este país começou a mudar, e isso incomoda muita gente. É só acompanhar os meios de comunicação que você vê como incomoda. Se eles pudessem, cantavam todo dia: "Um Lulinha incomoda muita gente, uma Dilminha incomoda muito mais'", cantarolou, arrancando risos da plateia.
*Com informações do jornal Folha de São Paulo

O esquema de desvio de dinheiro do PT

Montagem sobre foto Jose Meirelles Passos/ Agência O Globo

Depois de quase três anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo finalmente conseguiu pôr as mãos na caixa-preta que promete desvendar um dos mais espantosos esquemas de desvio de dinheiro perpetrados pelo núcleo duro do Partido dos Trabalhadores: o esquema Bancoop. Desde 2005, a sigla para Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo virou um pesadelo para milhares de associados. Criada com a promessa de entregar imóveis 40% mais baratos que os de mercado, ela deixou, no lugar dos apartamentos, um rastro de escombros. Pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa, alegando que, mesmo tendo quitado o valor integral dos imóveis, não só deixaram de recebê-los como passaram a ver as prestações se multiplicar a ponto de levá-las à ruína. Agora, começa-se a entender por quê.
Na semana passada, chegaram às mãos do promotor José Carlos Blat mais de 8.000 páginas de registros de transações bancárias realizadas pela Bancoop entre 2001 e 2008. O que elas revelam é que, nas mãos de dirigentes petistas, a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido. "A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002." Na sexta-feira, o promotor pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário daquele que ele considera ser o principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da cooperativa, seu ex-diretor financeiro e ex-presidente João Vaccari Neto. Vaccari acaba de ser nomeado o novo tesoureiro do PT e, como tal, deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência.
Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo MP é o milionário volume de saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada. O uso de cheques como esses é uma estratégia comum nos casos em que não se quer revelar o destino do dinheiro. Até agora, o MP conseguiu esquadrinhar um terço das ordens de pagamento do lote de trinta volumes recebidos. Metade desses documentos obedecia ao padrão destinado a permitir saques anônimos. Já outros cheques encontrados, totalizando 10 milhões de reais e compreendidos no período de 2003 a 2005, tiveram destino bem explícito: o bolso de quatro dirigentes da cooperativa, o ex-presidente Luiz Eduardo Malheiro e os ex-diretores Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e Tomas Edson Botelho Fraga – os três primeiros mortos em um acidente de carro em 2004 em Petrolina (PE).
Eles eram donos da Germany Empreiteira, cujo único cliente conhecido era a própria Bancoop. Segundo o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, que foi responsável por todas as construções da cooperativa, as notas emitidas pela Germany para a Bancoop eram superfaturadas em 20%. A favor da empreiteira, no entanto, pode-se dizer que ela ao menos existia de fato. De acordo com a mesma testemunha, não era o caso da empresa de "consultoria contábil" Mizu, por exemplo, pertencente aos mesmos dirigentes da Bancoop e em cuja contabilidade o MP encontrou, até o momento, seis saídas de dinheiro referentes ao ano de 2002 com a rubrica "doação PT", no valor total de 43 200 reais. Até setembro do ano passado, a lei não autorizava cooperativas a fazer doações eleitorais. Os depoimentos colhidos pelo MP indicam que o esquema de desvio de dinheiro da Bancoop obedeceu a uma trajetória que já se tornou um clássico petista. Começou para abastecer campanhas eleitorais do partido e acabou servindo para atender a interesses particulares de petistas.
'Cozinha' - Outro frequente agraciado com cheques da Bancoop tornou-se nacionalmente conhecido na esteira de um dos últimos escândalos que envolveram o partido. Freud "Aloprado" Godoy – ex-segurança das campanhas do presidente Lula, homem "da cozinha" do PT e um dos pivôs do caso da compra do falso dossiê contra tucanos na campanha de 2006 – recebeu, por meio da empresa que dirigia até o ano passado, onze cheques totalizando 1,5 milhão de reais, datados entre 2005 e 2006. Nesse período, a Caso Sistemas de Segurança, nome da sua empresa, funcionava no número 89 da Rua Alberto Frediani, em Santana do Parnaíba, segundo registro da Junta Comercial. Vizinhos dizem que, além da placa com o nome da firma, nada indicava que houvesse qualquer atividade por lá. O único funcionário visível da Caso era um rapaz que vinha semanalmente recolher as correspondências num carro popular azul. Hoje, a Caso se transferiu para uma casa no município de Santo André, na região do ABC.
Depoimentos colhidos pelo MP ao longo dos últimos dois anos já atestavam que o dinheiro da Bancoop havia servido para abastecer a campanha petista de 2002 que levou Lula à Presidência da República. VEJA ouviu uma das testemunhas, Andy Roberto, que trabalhou como segurança da Bancoop e de Luiz Malheiro entre 2001 e 2005. Em depoimento ao MP, Roberto afirmou que Malheiro, o ex-presidente morto da Bancoop, entregava envelopes de dinheiro diretamente a Vaccari, então presidente do Sindicato dos Bancários e indicado como o responsável pelo recolhimento da caixinha de campanha de Lula. Em entrevista a VEJA, Roberto não repetiu a afirmação categoricamente, mas disse estar convicto de que isso ocorria e relatou como, mesmo depois da eleição de Lula, entre 2003 e 2004, quantias semanais de dinheiro continuaram saindo de uma agência Bradesco do Viaduto do Chá, centro de São Paulo, supostamente para o Sindicato dos Bancários, então presidido por Vaccari. "A gente ia no banco e buscava pacotes, duas pessoas escoltando uma terceira." Os pacotes, afirmou, eram entregues à secretária de Luiz Malheiro, que os entregava ao chefe. "Quando essas operações aconteciam, com certeza, em algum horário daquele dia, o Malheiro ia até o Sindicato dos Bancários. Ou, então, se encontrava com o Vaccari em algum lugar."
*Leia mais na Revista Veja, desta semana, nas bancas.

Porque hoje é sábado, uma bela mulher

A bela atriz Mariana Rios

sexta-feira, 5 de março de 2010

Presimente

http://www.sponholz.arq.br/

Mensalão do PT: Peixes grandes começam a aparecer

Charge de Sinfronio

Ofício da juíza federal Margareth Thomaz Rostey (RJ) ao ministro Joaquim Barbosa, do STF, encaminhando relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), cita mais dois figurões no escândalo do mensalão do PT: o dono da Brasif S/A, Jonas Barcellos, e João Carlos Di Gênio, do grupo Objetivo. “Operações atípicas” de ambos, diz ela, “podem, em tese, guardar relação com o ‘Caso Mensalão’”. O Relatório de Inteligência nº 1092, do Coaf, cita “operações atípicas” de R$ 107 milhões por Barcellos e Di Gênio. Barcellos e Di Gênio são investigados por terem negócios com o dono do banco BMG, Flávio Pentagna Guimarães, enrolado no mensalão. O BMG de Flávio Pentagna Guimarães, banqueiro acusado de crimes contra o sistema financeiro, fez “empréstimos” ao PT e Marcos Valério. Jonas Barcellos ficou perplexo: “Isso é uma maluquice!” Seu advogado, Técio Lins e Silva, já aprontou um habeas corpus trancando a ação. *Li na coluna do Claudio Humberto

Desserviço ao país

É de causar perplexidade observar-se a divergência entre Hillary Clinton e Celso Amorim no tema de Honduras. Não se pode estabelecer, como condição para o reconhecimento do novo Governo hondurenho, a autorização para Zelaya retornar a seu país, sem a ameaça de ser detido. Isso significa mais uma grave intromissão em assuntos da competência interna exclusiva daquele país. E a decisão de absolvê-lo dos processos por crimes comuns é da competência do Judiciário, e não do Executivo de Honduras. Nossa diplomacia está cada vez mais confusa e atolada nos pântanos de Tegucigalpa...
Amorim continua prestando um desserviço à diplomacia brasileira.

Aécio Neves teria recebido dinheiro do mensalão mineiro


Nos próximos dias, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma peça jurídica capaz de provocar um terremoto político tão devastador quanto o do Escândalo do Mensalão. É a denúncia contra os políticos envolvidos no inquérito policial 2245-4/140-STF, que investiga o caixa 2 da malsucedida campanha do senador Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Com mais de cinco mil páginas, o inquérito tem num relatório da Polícia Federal a completa radiografia de como foi montado o esquema e quem se beneficiou com ele.
Obtidos com exclusividade por ISTOÉ, os documentos que integram as 172 páginas dessa conclusão são mostrados pela primeira vez. Eles atingem diretamente o atual ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (à época vice-governador e candidato a deputado federal), e envolvem o governador de Minas, Aécio Neves (que na ocasião tentava sua reeleição à Câmara federal). Aécio é nomeado numa lista assinada pelo coordenador financeiro da campanha, Cláudio Mourão, como beneficiário de um repasse de R$ 110 mil.Nos recibos recuperados pela PF a partir da chamada “Lista de Mourão”, fica provado que o dinheiro “não contabilizado” dos tucanos irrigou não só a campanha de reeleição de Azeredo, mas de boa parte da elite da política mineira. O valor total rateado entre ela teria alcançado R$ 10,8 milhões.
*Li no blog Acerto de contas

Marina atribui crescimento de Dilma a esforço de Lula

Rio - A senadora Marina Silva (PV-AC) desdenhou hoje dos índices apresentados pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), nas pesquisas à Presidência da República. Segundo ela, o crescimento da petista ocorreu pelo esforço de quase três anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para construir a candidatura dela. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 28, Dilma aparecia com 28% das intenções de voto, apenas quatro pontos percentuais atrás do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que tinha 32%. Marina estava com 8%, de acordo com o instituto.
"Acho que tem um esforço do presidente Lula de quase três anos. Acho que para sair de 1% para 5%, 6%, 7%, 8% demorou bastante tempo. Quase três anos", disse a senadora. "Então é um processo. Não se pode olhar para as pesquisas como se fosse algo estabelecido. As pesquisas mostram um momento ali da intenção manifesta do eleitor, mas ainda temos muita água para rolar debaixo dessa ponte", afirmou a senadora, pouco antes de participar de um debate sobre o setor energético e a transição para a economia de baixo carbono, num restaurante do centro do Rio.
Marina também criticou a utilização da máquina do Estado nesse período de pré-campanha. Para ela, há uma forte sinalização de que esse tipo de prática está ocorrendo. Ela afirmou que não faria uso das estruturas do Estado para sua campanha, caso o PV estivesse no comando do governo, embora tenha reconhecido que há uma zona cinzenta e uma dificuldade em se fazer a separação entre a atividade de gestor público e a de político em campanha.
"Aí o cuidado deve ser redobrado para que a lei seja observada e para que não haja nenhum desequilíbrio em termos de equidade no processo de disputa. Acho que isso, em muitos momentos, fica claramente quebrado".
Marina cumprirá extensa agenda de compromissos políticos até domingo no Rio de Janeiro.
*Por Alfredo Junqueira - Agência Estado.

Justiça bloqueia bens dos ex-governadores Garotinho,Rosinha e da atriz Deborah Secco

A juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Estado, acabou de conceder o bloqueio de bens dos 88 denunciados pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa. Entre os acusados estão os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, a atriz Deborah Secco e o ex-secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino. Rosinha e Garotinho terão bens bloqueados até o valor de R$ 176 milhões. A juíza Mirella Letízia Guimães Bizzini concedeu também a quebra do sigilo bancário de grupo entre junho de 2003 e dezembro de 2007. É possível ainda que parte dos suspeitos respondam ainda pelo crime de lavagem de dinheiro, já que o MP ainda não concluiu as investigações. Nas ações de busca e apreensão realizadas, nesta quinta-feira, pelo MP nas residências e empresas dos acusados, foram apreendidos computadores e documentos. Os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, a atriz Deborah Secco e outras 85 pessoas foram denunciados por improbidade administrativa em ação civil pública à Justiça. Eles são acusados de operar um esquema de desvio de verba com a utilização de ONGs e empresas de fachada.
*Leia mais em O Dia

quinta-feira, 4 de março de 2010

Serra aponta alguns erros do PT

Foto de André Dusek-Agência estado
O governador paulista José Serra, esteve em Brasília, onde participou das homenagens ao centenário do ex-presidente Tancredo Neves, que faria aniversário nesta quinta-feira, 4. Ao falar na tribuna, Serra elogiou a alternância de poder proporcionada pela Nova República e citou a vitória do Partido dos Trabalhadores (PT), "encarado, a princípio, se não como força desestabilizadora, ao menos de comportamento radical e deliberadamente à margem na política nacional".O governador disse também que o PT acabou por ser "um dos principais beneficiários dos grandes erros históricos de julgamento que cometeu". E prosseguiu: "Nos dois primeiros casos porque a eleição do primeiro presidente civil e as conquistas sociais e culturais da Constituição foram os fatores-chave que possibilitaram criar o clima que eventualmente conduziria o partido ao poder. Outros erros históricos seguiram-se."O tucano ainda lembrou que o PT se opôs à estabilização da economia brasileira, denunciando o Plano Real, o Proer e a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Mas soube, posteriormente, colher seus bons frutos", cutucou.
*Com informações de Ana Paula Scinocca, da Agência Estado

Zé Dirceu assume haver recebido R$ 629 mil de sócio da Eletronet

O ex-ministro José Dirceu atribuiu a uma "campanha eleitoral contra Dilma, Lula e o PT, e a favor de Serra, FHC e o PSDB" as notícias que têm sido publicadas sobre os trabalhos que prestou a Nelson dos Santos, que comprou por R$ 1 o controle da Eletronet, empresa falida que tem o governo como sócio. Em texto publicado ontem em seu blog, sob o título "O caso Eletronet: um ponto final", Dirceu confirmou ter recebido R$ 629 mil de Nelson dos Santos.
A Eletronet opera uma rede de fibras ópticas de 16 mil quilômetros, presente em 18 Estados. O governo planeja usar essa infraestrutura em seu Plano Nacional de Banda Larga, que está para ser anunciado em breve, e prevê também a volta da Telebrás. No fim do ano passado, a União ganhou na Justiça o direito de posse das fibras apagadas (que não estão em uso) da Eletronet, e foi obrigado a fazer um depósito judicial de R$ 270 milhões, como caução. Os principais credores da Eletronet são a Furukawa e a Alcatel Lucent, que forneceram os cabos e os equipamentos à empresa.Segundo Dirceu, o governo estudava a recuperação financeira da Eletronet e, dois meses depois do início de sua consultoria a Nelson dos Santos, decidiu dar prosseguimento ao processo de falência da companhia, optando por buscar a posse das fibras. "Se a consultoria que prestei a uma das empresas de Nelson dos Santos foi mesmo sobre a Eletronet e se eu sou de fato lobista, como me acusa parte da imprensa, gostaria de saber por que, dois meses após o início do contrato de consultoria, o governo brasileiro tomou uma decisão contrária aos interesses dos controladores privados da Eletronet", disse o ex-ministro.
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Empresários querem corrigir erros do PAC

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, disse hoje que apresentou, na reunião do Grupo de Acompanhamento do Crescimento (GAC), algumas propostas para corrigir erros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, houve atrasos de obras por falta de planejamento e de projetos e em razão de licitações malfeitas.
A proposta da CBIC, segundo ele, é que as obras selecionadas sigam alguns critérios para evitar esses problemas, como, por exemplo, a inclusão da obra no Plano Plurianual do município ou Estado, que tenha projetos básicos e o custo benefício social bem definido. Ele também defendeu a necessidade de ampliação dos agentes financeiros para o programa Minha Casa, Minha Vida. Além disso, o presidente da CBIC disse que é preciso ter uma preocupação maior com o planejamento urbano e não apenas atender a habitação individual.
Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que apresentou, durante a reunião, uma agenda para reduzir a burocracia, desonerar e melhorar as condições de financiamento das exportações. Ele disse que a agenda é antiga, mas que, num cenário pós-crise, é preciso acelerar essas definições. Ele lembrou que o governo já trabalha em medidas para o setor exportador. "Nós estamos na direção correta. O problema agora é 'time' (em inglês)", disse, ao deixar a reunião do GAC, que ainda tem prosseguimento no Ministério da Fazenda.
*Extraído do texto de Renata Veríssimo - Agência Estado

Jose Serra fala de seus feitos no Governo Federal

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), reforçou hoje a estratégia de rememorar seus feitos do passado na esfera federal. O reforço ocorre no dia em que o tucano admite a possibilidade de ser candidato nas próximas eleições. Se ontem, na inauguração de uma fábrica em Sorocaba (SP), Serra lembrou sua atuação como ministro do Planejamento, hoje gabou-se de suas ações como titular da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Serra aproveitou o palco da inauguração de um centro de parto no Hospital Estadual de Sapopemba, na zona leste da capital paulista, para mostrar os seus méritos no âmbito nacional na área da Saúde. O tucano usou metade do tempo de seu discurso de sete minutos para citar realizações dele próprio como ministro da pasta. A plateia era formada por não mais que 90 funcionários do hospital.
"No ministério, fizemos um governo muito amplo de expansão das UTIs neonatais e tomamos medidas para multiplicá-las pelo Brasil afora", afirmou o presidenciável. "Assistimos também a uma queda significativa da mortalidade infantil e materna nos partos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo daquele período", acrescentou.
O governador relembrou também a obrigatoriedade da oferta de anestesias para partos feitos pelo sistema público, a melhoria da remuneração dos profissionais pelo procedimento e a valorização das enfermeiras obstetras - tudo, segundo ele, realizado em sua gestão como ministro da Saúde.
Na entrevista coletiva, depois da inauguração, Serra ainda resgatou a experiência do programa Mãe Canguru. O projeto incentiva as mães a manterem próximo ao corpo o bebê nos dias seguintes ao parto para ajudar na recuperação dos recém-nascidos que apresentam problemas. "Não sei avaliar a quantas anda essa experiência. Desenvolvemos várias ações na época, principalmente no Nordeste, em Fortaleza e no Recife", destacou.
*Li na Abril.com

Hillary não consegue apoio do Brasil contra o Irã

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, não conseguiu obter apoio brasileiro a novas sanções contra o Irã durante visita nesta quarta-feira a Brasília. Apesar da posição firme da secretária, que disse acreditar que a República Islâmica só vai negociar após receber sanções, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou antes mesmo de se reunir com Hillary que "não é prudente encostar o Irã na parede". O Brasil atualmente ocupa uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e diplomatas norte-americanos têm tentado convencer os integrantes desse grupo a aprovarem novas sanções contra o Irã devido à recusa do país em abandonar seu programa de enriquecimento de urânio. As atenções estão voltadas principalmente para China e Rússia, que têm poder de veto sobre resoluções do Conselho, mas os Estados Unidos também gostariam de convencer membros não permanentes importantes, como Brasil e Turquia, para apresentar uma frente unida no impasse nuclear contra o Irã. "Só depois que tivermos aprovado sanções no Conselho de Segurança o Irã irá negociar de boa fé", disse Hillary em entrevista coletiva. "Essa é minha opinião, essa é a opinião do nosso governo: quando a comunidade internacional falar de forma única sobre uma resolução, então os iranianos vão começar a negociar.
Diplomatas em Nova York disseram à Reuters nesta semana que as potências Ocidentais prepararam o esboço de uma proposta revisada para uma quarta rodada de sanções contra o Irã por desafiar o pedido da ONU para que interrompa o enriquecimento de urânio. Eles disseram que o esboço foi enviado pelos Estados Unidos à Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, acrescentando que esses países esperavam manter em breve uma teleconferência, possivelmente nesta semana, para obter o aval de Rússia e China.
*Com informações da Agência Reuters

terça-feira, 2 de março de 2010

Justiça condena ex-presidente e ex-diretores do Banco do Nordeste


A Justiça Federal em Fortaleza condenou um ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e três ex-diretores a ressarcirem os danos sofridos pela instituição financeira em decorrência de supostos atos fraudulentos. De acordo com informações do Ministério Público Federal, o prejuízo causado ao banco pode chegar a mais de R$ 7 bilhões. Segundo informações do Ministério Público, o ex-presidente do BNB Byron Queiroz teria atuado "decisivamente" para a adulteração nos registros contábeis do banco. Ex-diretores do banco teriam autorizado a rolagem de dívidas sem qualquer análise técnica.
Os diretores teriam deixado de contabilizar créditos "podres" corretamente, além de não cobrar essas dívidas, segundo o Ministério Público. Além disso, sob a direção dos envolvidos, o banco teria deixado de cobrar dívidas em atraso com garantias, que poderiam cobrir o saldo devedor.
Ao proferir a condenação, o juiz federal João Luis Nogueira Matias observou que a diretoria do banco aprovou rolagem em bloco de dívidas sem qualquer análise técnica, por meio da utilização reiterada de um instrumento denominado carta-reversal.

*Leia mais no Portal G1.

Oposição quer Serra e Aécio

De GABRIELA GUERREIRO na Folha Online:
Depois da queda do governador José Serra (PSDB-SP) na pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial, a oposição deflagrou movimento para pressionar o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), a disputar o Palácio do Planalto como vice na chapa do tucano. DEM e PPS estão dispostos a conversar com Aécio e o PSDB na tentativa de convencer o governador mineiro a integrar uma chapa "puro sangue", o que na avaliação da oposição pode conter o crescimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT. O deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) disse que vai conversar com Aécio nesta quinta-feira para reiterar a posição do partido favorável ao lançamento da chapa puro sangue. "Nós do Democratas acreditamos que está é a melhor chapa da oposição na disputa presidencial. Agora, temos de convencer o governador Aécio Neves. Vamos aproveitar as homenagens a Tancredo Neves para conversar mais uma vez com ele", afirmou. O entendimento do deputado expressa o sentimento da cúpula do DEM, favorável à chapa puro-sangue. Depois que o governador afastado do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) foi descartado para a chapa de Serra em consequência da crise que atingiu o DF --e resultou na sua prisão --muitos democratas passaram a defender a tese da chapa composta apenas por integrantes do PSDB. Além do DEM, o PPS se mobiliza para aprovar manifesto em favor da chapa Serra-Aécio nas eleições de outubro. No manifesto, o PPS afirma que vem defendendo Serra para presidente e Aécio para vice desde o início das articulações para a disputa presidencial. A Folha Online apurou que o crescimento de Dilma nas pesquisas fez acender um sinal de alerta nos partidos que apoiam o PSDB na corrida presidencial. Embora oficialmente os tucanos adotem o discurso de que Serra ainda não é candidato e terá chances de crescer até outubro, nos bastidores reconhecem que a demora na definição da candidatura pode trazer prejuízos na disputa. Aécio anunciou no fim do ano passado que, diante da indefinição do partido em escolher o candidato ao Palácio do Planalto, retirava o seu nome da corrida presidencial, o que forçou Serra a se definir como candidato. O governador, porém, vem reafirmando que ainda não definiu se será o nome do PSDB na corrida presidencial. Como termina no início de abril o prazo para que candidatos deixem os cargos no Executivo, Serra terá que definir sua situação até o final deste mês. Dentro do PSDB, há pressão de vários tucanos para que o governador decida o seu destino político. O presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), já declarou que Serra anunciará sua pré-candidatura no fim de março, mesmo com as negativas públicas do governador.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nordestino pode ser vice de Serra

A redução da vantagem de 14 para 4 pontos sobre a ministra Dilma Rousseff (PT), registrada pelo último Datafolha, reforça a pressão do PSDB sobre o governador José Serra para que manifeste o quanto antes sua candidatura à Presidência, informa reportagem de Catia Seabra, publicada nesta segunda-feira pela Folha. Segundo a reportagem, os números amplificam o assédio ao governador de Minas, Aécio Neves, para que aceite ocupar a vice de Serra, mas estimulam um plano B saído do Nordeste --o senador Tasso Jereissati (CE)-- para a chapa. A Folha informa que, para os tucanos, Tasso é alternativa adequada a Aécio. Vendo em Serra sua única chance de vitória, o comando do PSDB espera que o governador avise logo que é candidato.
COMENTO: A pesquisa da Datafolha foi, de certa forma, dirigida. A diferença, hoje, não é tão pequena assim. É claro que com o "trabalho" de Lula, de suas base e imprensa alugadas, a tendência de Dilma é crescer, e cresceu. Mas não tão depressa e tanto assim. A opção por Tasso, para vice de Serra, poderá ou não ser uma boa opção. Se por um lado traz alguém do nordeste, por outro a figura de Tarso não me parece agregadora.

Ladrão que rouba ladrão?

A casa do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza foi assaltada por dois homens no sábado (27), em Minas Gerais. Foram levados objetos pessoais, joias, aparelhos de DVD e uma quantia em dinheiro não revelada. A polícia foi acionada por uma funcionária que estava sozinha na residência no momento da invasão. Ela relatou à polícia que abriu o portão para um dos assaltantes, que estava com uniforme do Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura. Depois do roubo, o homem fugiu de carro com seu comparsa, que o aguardava do lado de fora. Ainda não se sabe se o roubo foi flagrado pelas câmeras de segurança. A segurança sempre esteve na lista de prioridades de Valério, acusado de ser o operador do mensalão. Desde 2005, quando veio a público o caso, o empresário trocou de residência três vezes. Sua mansão - localizada em um condomínio na Região Metropolitana de Belo Horizonte - era conhecida por "Fortaleza". Discreto, vizinhos da casa onde reside há cerca de um ano afirmam que apenas no sábado conheceram a identidade do morador. O assalto à mansão do empresário ocorre poucos dias depois de a Justiça de Minas Gerais aceitar denúncia contra Marcos Valério pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro no inquérito do mensalão mineiro.