sábado, 29 de outubro de 2016

Renan Calheiros quer que a PF devolva ao Senado o equipamento que ajuda a desativar grampos.


Renan Calheiros já não faz muita questão de esconder o incômodo diante das investigações que se aproximam dele. Ao tentar peitar Vallisney de Souza Oliveira, juiz de primeira instância que autorizou a entrada da PF no Senado, foi peitado por Cármen Lúcia, a presidente do STF, que disse que o desrespeito do peemedebista a atingiu.
Contudo, Calheiros não baixou a guarda. E anunciou que entrou no STF com uma ADPF, um instrumento que exige que a Suprema Corte manifeste-se sobre os limites da atuação de cada poder. Mas até a devolução do equipamento para varreduras contra grampos foi exigida. Segundo o presidente do Senado, só a casa que vai analisar o dispositivo teria força para autorizar uma entrada na casa invadida pela PF.
O jogo se mostra indefinido. Se Cármen Lúcia não parece ter interesse em passar a mão na cabeça de Renan, há ministros como Gilmar Mendes que não escondem o desejo de conter operações como a Lava Jato. Se, por um lado, o STF adora se julgar dono do Brasil chamando para si todas as responsabilidades, recentemente deu plenos poderes à segunda instância para mandar culpados à cadeia sem a necessidade do trânsito em julgado.
Fato é que o foro privilegiado é uma vergonha que cria castas no Brasil. Quem está dentro dele está bem mais protegido das forças da Justiça. E a opinião pública começa a atentar a isso.
Para azar máximo de Renan Calheiros.

Ex-ministro é acusado de gerenciar pelo menos R$ 128 milhões em propina do PT.

Antonio Palocci é acusado de gerenciar a conta de propina paga pela Odebrecht para o PT. (Rodolfo Buhrer / Reuters)

SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci e mais 14 pessoas foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa do Ministério Pùblico Federal. Preso em setembro passado na 35ª Fase da Lava-Jato, Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula e está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. 

A denúncia, porém, refere-se à obtenção, pela Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras. Palocci, segundo os procuradores, teria interferido para que o edital de licitação para contratação de 21 sondas fosse formulado de forma a atender os interesses da empreiteira: não apenas ganhar a licitação, mas também a margem de lucro pretendida. Palocci teria consultado Marcelo Odebrecht antes da publicação do edital para verificar se ele estava adequado. 

Também foram denunciados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; os ex-funcionários da Sete Brasil, João Ferraz e Eduardo Musa; e o executivo da Odebrecht Rogério Araújo. 

Todos teriam participado do esquema que permitiu que a Odebrecht fechasse contrato para fornecer seis sondas para a Petrobras, por meio do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, do qual era sócia. A Sete Brasil era a empresa responsável pela contratação dos navios e sondas destinados à Petrobras. 

O esquema teria sido o mesmo usado pela Petrobras, na diretoria de Serviços, que era controlada pelo PT. Ferraz e Musa são delatores da Lava-Jato e afirmaram, em depoimento de delação, que foi pactuado com os estaleiros o pagamento de propina no valor de 0,9% dos contratos. Do valor da propina, dois terços iam para o PT e um terço era dividido entre Renato Duque e os executivos da Sete Brasil. 

Em nota, a defesa de Palocci afirmou que esperava a medida tomada pelo MPF. “Ela veicula mais uma deplorável injustiça e se mostra inepta porque não tem o menor apoio nos fatos. Palocci não é, nunca foi e jamais será o "Italiano" referido no apócrifo papelucho em que se apoia a irreal acusação, e fora essa monstruosa presunção, nenhum indício aponta em sua direção. Aliás, o codinome "Italiano" já foi anteriormente atribuído a outras três pessoas. Trata-se de um apelido em busca de um personagem”, comunicou a defesa do ex-ministro.
                   *Por Cleide Carvalho / Katna Baran/ Dimitrius Dantas em O Globo 

O juizeco e o senadorzinho que tem uma guarda pretoriana.

Renan Calheiros é o presidente de uma instituição que um dia decidiu criar uma guarda para… Para que mesmo ?
De acordo com a Resolução nº 59/2002, para cuidar da segurança do presidente da Casa e dos demais senadores “nas dependências do Senado Federal”. Ou ainda, “em qualquer localidade do território nacional e no exterior, quando determinado pelo Presidente do Senado Federal“.
Renan acha que um “juizeco de primeira instância” não tem a prerrogativa de molestar policiais do Senado que exorbitam o limite legal de sua atuação ao desarmar grampos determinados por algo como a Operação Lava Jato.
Ou seja: o juizeco não pode parar o processo de obstrução judicial patrocinado pelo senadorzinho. Mas o senadorzinho pode tudo. Inclusive mandar varrer a casa de um deputado que todos sabem quem é e podem imaginar por que foi destinatário de tão dileto favor.
Não importa que a proteção da guarda pretoriana de Renan Calheiros se estenda para muito além dos detentores de mandato senatorial, como José Sarney, ou alcance até quem jamais tenha sido integrante da Câmara Alta, caso de Cunha. A guarda é de Renan, o dono do Senado, que faz dela o que bem entender. E ai de quem reclamar.
Se alguém como o ministro da Justiça ousa defender a legalidade e a legitimidade da atuação da outra polícia, esta sim uma polícia de verdade, a Polícia Federal, então não será mais ministro pleno, e sim um ministro eventual, temporário, prestes a ser derrubado pelo Comandante-em-Chefe da Polícia do Senado. Hoje, para ser ministro no Brasil, é preciso ter o aval de Renan Calheiros, e também obedecê-lo. Só a vontade do Presidente da República não é suficiente.

José Eduardo Cardozo resistiu durante anos ao mesmo tipo de campanha coativa. O PT queria derrubá-lo porque não controlava a Polícia Federal, que seguia engaiolando petistas. Agora é a vez do PMDB de Renan assacar contra a corporação, ou quem supostamente está ali para controlá-la e livrar a ele e aos companheiros em perigo do risco iminente da prisão e do vexame das conduções coercitivas. Sinal de que os peemedebistas estão pestes a tomar o lugar desonroso dos petistas nas próximas etapas da Lava Jato ?

Deve ser uma perspectiva realmente assustadora. Ocorre que, para defender seus arroubos napoleônicos, o General das Alagoas acha que pode dispor de suas tropas como bem lhe aprouver, sem limites de nenhuma natureza. É o que Renan gostaria que o Ministério da Justiça fizesse por ele e seus companheiros em dificuldade perante o Poder de juizecos como Sérgio Moro, que também é um reles magistrado de primeira instância.

Mas o que Renan consegue no comando de sua pequena guarda pretoriana, nenhum ministro da Justiça conseguiria da PF. Até porque aquela é uma instituição do Estado, não um apêndice de um governo. Ou: A Polícia Federal não é a Polícia Legislativa que está sob ordens de Renan.
E os súditos devem entender o faniquito do conterrâneo de Deodoro e Teotônio como normal porque, dentro de seu sistema de valores, o Estado é para isso mesmo — para ser usado e usurpado por quem tem poder político, caso de Renan Calheiros. É a isso que alguns recalcados chamam de patrimonialismo.

Ocorre que esse padrão de comportamento desprovido de limites, que leva alguém a se julgar dono de guardas pretorianas, de polícias federais inteiras, do Estado e do dinheiro de todos os cofres púbicos está em franco declínio, como nos lembra Curitiba diariamente. Não fosse pela resistência de áulicos das práticas passadas como o senadorzinho, o dono do mundo, o General da polícia legislativa, ninguém mais neste País iria ouvir falar em tentar controlar a PF ou a guarda do Senado, em proteger de grampos legais gente como o próprio Napoleão do Senado ou seus acólitos.

Infelizmente o passado teima em não passar. A não ser pelo histrionismo das reações, pouco se pode perceber algum avanço no campo que deveria estar a pautar as relações da República — o da ética, da moralidade e da impessoalidade. Mas esse é um mundo completamente novo para gente como o senadorzinho da Polícia do Senado. E talvez eles tenham mesmo dificuldade em entender o que está acontecendo ao seu redor.

Pelo visto, os apuros de Lula, que outro dia mesmo era santo, e a longa prisão de Marcelo Odebrecht ainda não produziram todos os seus efeitos.

Mas eles virão, queira Renan ou não, queira Sarney ou não, queira Eduardo Cunha — ou não!

*Fábio Pannunzio - jornalista e escritor brasileiro.

Um péssimo "cabo eleitoral".


Lula pode decidir a eleição em São Bernardo. Para garantir a vitória de um candidato, o ex-presidente só precisa apoiar o outro.
Na primeira etapa da eleição em São Bernardo do Campo, Lula protagonizou um fiasco histórico. Seu filho Marcos Cláudio, com apenas 1.504 votos, não conseguiu reeleger-se vereador. E o candidato do PT à prefeitura, Tarcísio Secoli, estacionou no bisonho terceiro lugar e nem sequer chegou ao segundo turno. 
Nesta quarta-feira, o ex-presidente avisou que vai dispensar-se de votar no domingo porque já passou dos 70 anos. A decisão informa que continua grogue com o nocaute ocorrido no berço político do PT: alguém deveria lembrar-lhe que está desperdiçando a chance de decidir a disputa entre Orlando Morando, do PSDB, e Alex Manente, do PPS.
Se quiser impedir que o prefeito seja um tucano, por exemplo, basta apoiar publicamente Orlando Morando, que até agora lidera com folga as pesquisas eleitorais. Com Lula como adversário, Alex Manente poderia começar a preparar a festa da vitória.

Porque hoje é Sábado, uma linda mulher.

A beleza e o charme da minha amiga Bia Farias, destaque em evento social.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Quem delatou o "Vizinho"

E agora Serra? Saia dessa!
Os 23 milhões de reais repassados ilegalmente à campanha de José Serra não são uma novidade.
A Folha de S. Paulo já havia publicado uma reportagem sobre o assunto dois meses atrás.
Mas agora o jornal dá o nome dos dois delatores da empreiteira:
"Um deles é Pedro Novis, presidente do conglomerado de 2002 a 2009 e atual membro do conselho administrativo da holding Odebrecht S.A. O outro é o diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, que atuava no contato junto a políticos de São Paulo e na negociação de doações para campanhas eleitorais". 
A Folha de S. Paulo se apropriou também de um fato que foi revelado - claro - por O Antagonista:
"Pedro Novis e José Serra são amigos de longa data. O tucano é chamado de 'vizinho' em documentos internos da empreiteira por já ter sido vizinho do executivo". 

*Via O Antagonista

Os erros contumazes de Renan.

O Senador Renan Calheiros e seu filho, hoje Governador de Alagoas, tem o direito de tentar conquistar o maior colégio eleitoral do Estado alagoano, para se fortalecerem na eleição de 2018. O que não deveriam ter feito foi escolher, como candidato a prefeito de Maceió,um homem "Ficha Suja", condenado em primeira Instância por desviar Dinheiro Público em proveito Próprio,e réu confesso em segunda instância, já que sequer argumentou inocência em seu recurso.
No momento em que a Nação pede para passar a limpo o país e chama a atenção dos políticos para respeitarem os cofres públicos, é inadmissível que esse tipo de candidato seja agraciado com as benesses do Poder do Estado e influência do Governador e seu pai, este que já se arvora o mandante mór do país, numa notória desestabilização entre as forças políticas.
Muitos políticos não se intimidam em dizer, publicamente, que Renan interfere, diretamente, na escassez de recursos ao Município de Maceió determinando óbices e dificuldades do Prefeito atual em realizar obras públicas.e se for verdadeiro, isto será um vergonhoso erro entre os erros contumazes de Renan.
Francamente, não acho que seja assim que se deve "fazer política". O que desejo é que os políticos daqui, e de todo Brasil, se inspirem de forma a dedicar seus mandatos ao bem estar da população que lhes paga os altos salários e subsídios , além dos milionários penduricalhos que os enriquecem sem o suor laborativo.
O que Alagoas e o Brasil esperam de Renan, e demais políticos, é respeito, trabalho e dignidade. Só isso.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Renan Calheiros, lembrar da ditadura militar não te ajuda em nada.



Houve um grande exagero na contestação do senador Renan Calheiros, quando declarou que nem na ditadura haveria uma ação da Polícia Federal (PF) - legítima, por sinal - ao promover a condução coercitiva de integrantes da Polícia Legislativa e de busca e apreensão de documentos e equipamentos que depois de analisados poderão complicar a vida do presidente do Senado Federal e de outros parlamentares daquela Casa Legislativa. O senador alagoano parece que esqueceu como as coisas aconteciam no tempo dos governos militares quando algum parlamentar contestava até de modo mais brando os atos dos generais. Seus mandatos eram cassados e ficavam inelegíveis por dez anos, alguns desapareciam, com o deputado Rubens Paiva, que até hoje não teve seu corpo encontrado, e outros mofavam nas nada confortáveis celas onde eram trancafiados;

Alguém precisa dizer a Renan Calheiros no tempo da ditadura militar o atual Congresso Nacional cheio de corruptos já estaria fechado ou, se ainda estivesse em funcionamento estaria povoado de suplentes no exercício do mandato. É melhor que ele baixe o volume de seus protestos e nem pense em tentar aprovar o projeto que trata do que chamam de abuso de autoridade, cujo objetivo principal é proteger os colegas que na Câmara dos Deputados e no Senado estão enrolados na Operação Lava-Jato, que, se aprovado, aumentará o repúdio do eleitorado contra a qualidade dos políticos atuais. Em 2018, podem ter certeza e que o percentual de votos nulos, em branco e abstenções será maior que os 41% já observado nas eleições municipais do dia 2 deste mês. E não está descartada a hipótese de o povo sair às ruas e até se postar em frente ao Congresso para protestar contra a aprovação daquele famigerado projeto.


O que a Escola do PT faz com seu filho.


O grande e incompleto favor do PT para o Brasil.

Caros amigos

O despreparo moral e intelectual de Lula da Silva e do Partido dos Trabalhadores e a sede sem limites com que se lançaram a fazer tudo o que aparentemente condenavam potencializaram o mal da corrupção ao nível do paroxismo e o expuseram ao mundo em sua plenitude e para além dos limites da robusta tolerância nacional.

O crime já era do conhecimento da sociedade que, até então, “tão distraída”, não se apercebia de que era “subtraída em tenebrosas transações”, como, há algum tempo, alertou Chico Buarque antes de tornar-se conivente com elas.

O mal, encontrando ambiente propício no gigantismo do organismo estatal, já era hospedeiro de quase todos os seus sistemas e, mesmo apercebido pelo povo, convivia com ele beneficiado por sua apatia e resignação e, até mesmo, pela conivência de alguns oportunistas.

O escárnio e o desrespeito do PT trataram de escrever, como profetizou Chico na mesma canção, a “página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória das nossas novas gerações” que, cansadas de “errar cegas pelo continente, levando pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais, um dia, afinal”, disseram um “basta” a tudo isso.

O povo saiu às ruas indignado e o lado justo e honesto da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça, agastado pela arrogância e pela soberba da quadrilha, foi atrás e encontrou o fio da meada.

Todos, novos e velhos criminosos, julgavam-se acima e fora do alcance da lei!

Sérgio Moro e sua equipe, obstinados representantes da vontade nacional, estão a puxar este fio e a trazer com ele tudo e todos que a ele estavam agarrados, amarrados, enrolados ou aderidos e que, após o primeiro tranco, passaram à condição de fisgados e, por mais que se debatam, serão tirados para fora da água suja em que nadavam de braçadas.

A recente prisão de Eduardo Cunha, após cumprir o seu papel de “nosso bandido preferido” e assim que perdeu a imunidade parlamentar, é o melhor indício de que, por mais longa que seja, a linha é forte o suficiente para trazer todos os fisgados para dentro do puçá, sejam eles quem forem, ocupem os cargos que ocuparem, custe o que custar, tome o tempo que tomar.

Não há nada que justifique a leniência com o mal, porque ninguém é insubstituível e não há problema que não tenha uma solução legal ou constitucional!

Não há excesso de prisões, como quer que pensemos o comprometido Sr Rui Falcão, presidente do PT, mas excesso de bandidos cuja presunção de culpa é evidente e será provada ao longo dos processos, das suas confissões premiadas e das delações de seus comparsas. Ao contrário do que ele pensa, o povo brasileiro, honesto em sua maioria, só está preocupado com o fim da impunidade e quer todos os bandidos na cadeia, em especial, os corruPTos!

Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores, em meio a tantos desserviços, inadvertidamente, fizeram um grande favor ao Brasil, que só seria completo se tivessem construído bons e seguros presídios para todos.


*Gen Bda Paulo Chagas

Ruins de matemática.


O PT, as esquerdas em geral, são ruins de matemática. Falo de matemática simples, contas de somar e subtrair, cálculo de percentuais, coisas assim. Os mais, digamos, desatenciosos, têm dificuldade de ler uma quantidade, dependendo do número de zeros à direita – fazem costumeira confusão entre milhão e bilhão, que, às vezes, lhes parece a mesma coisa.

A dificuldade vem de duas vertentes. Os petistas têm mais pendor para as ciências sociais, a sociologia, a filosofia, a história. Podem acreditar: um petista ou esquerdista na escola,  em geral  detestava  matemática,  física,  química. Não é crítica: as ciências exatas também nunca foram a minha praia.

A outra vertente vem de Lula. Ele  contou em longa entrevista, em meio a risos, no tempo em que era da oposição, ele cansou de “viajar o mundo falando mal do Brasil. Era bonito falar: no Brasil tem 30 milhões de crianças de rua. Ou tem nem sei quantos milhões de abortos. Se um cara perguntasse a fonte, a gente não tinha, mas tinha de dizer números”. Era a lição do mestre e pai fundador.  Lula, quando não tem nada para se gabar, se gaba da própria esperteza, mesmo que ela seja feita de mentiras vulgares.

No governo, como era previsível, erraram feio. Não tinham claro para si que é preciso ter  uma ponderação entre receita e despesa, que a receita vem antes da despesa, e não o contrário,  sem o que as contas se deterioram e  no final não fecham.  O que foram as pedaladas senão a má leitura, o cálculo mal feito de receita, gastos e orçamento?

O PT,  em igual medida, botou o pé na jaca dos dispêndios públicos, porque sempre entendeu a responsabilidade fiscal como um valor da direita. O orçamento público, que é em toda a circunstância uma equação de natureza matemática - receita x gastos - , para eles é uma questão de valor político. Estamos no mesmo domínio teórico que desdenha conceitos como produtividade, eficiência, meritocracia, como valores de “direita”.

Durante muito tempo, esteve na ponta da língua de Lula e dos petistas, o discurso da “vontade política”. Dava-se a entender que os recursos existiam, e que os governantes só não resolviam os problemas do país por pura maldade, isto é, por falta da tal vontade política. Não foi por acaso que o partido votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.

No governo, as coisas andaram bem, enquanto a economia bombava e estava em expansão no mundo. Inebriados, imaginando que o mérito era deles, acharam ter encontrado a chave dos recursos inesgotáveis e da bonança. Quando sobreveio a crise, descobriram aturdidos que haviam gasto mal e muito além da conta os ganhos supostos.

Logo ali na frente havia uma eleição. Foi preciso fazer o diabo para vencê-la: pedalar,  maquiar as contas, reincidir em desmandos, botar a mão no caixa. Terminaram mal. Afastados do poder, depois de desferir golpes e mais golpes nos cofres e finanças públicas, saíram gritando: é golpe!  Tal como o ladrão que bate a carteira e grita “pega ladrão”!

Agora, pagam a conta das lambanças. Teriam se poupado de final tão melancólico, talvez, se tivessem estudado economia e não faltado às aulas de matemática.

*Tito Guarnieri - bacharel em direito e jornalismo e colunista do jornal O Sul, de Porto Alegre.

Comentário de Marco Antonio Vila.


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Você sabia que Eduardo Cunha começou na política impedindo Silvio Santos de ser presidente o Brasil?



Hoje, todo mundo já sabe que Eduardo Cunha ingressou na política quando foi indicado por PC Farias para a presidência da Telerj, a estatal telefônica do Rio de Janeiro. Mas poucos se perguntam o motivo da indicação.
Um perfil do ex-deputado federal feito pela Folha de S.Paulo ainda em 2014 relembra o caso. A indicação nasceu do bom trabalho prestado por Cunha à campanha que levou Fernando Collor de Mello a presidir o Brasil, em 1989. Certo… Mas o que chamou atenção de PC Farias?
A votação ocorreria no feriado de 15 de novembro de 1989. Dias antes, Silvio Santos resolveu entrar na disputa como candidato do minúsculo PMB. A coisa foi tão em cima da hora que o apresentador do SBT não apareceria nas cédulas de votação, que já estavam impressas, mas sob o nome de Armando Corrêa, candidato substituído pelo empresário. Breves pesquisas mostravam um grande interesse do eleitor e analistas davam como certa a presença dele num segundo turno ainda indefinido.
Isso, claro, causou um alvoroço enorme no comitê de campanha de Collor. Mas a reação foi avassaladora. A candidatura de Sílvio Santos foi impugnada nas vésperas da votação. E o PMB findou extinto. Sim, extinto. Motivo: foram encontradas irregularidades no registro que criara o partido. O detalhe técnico explorado mostrava que as convenções, que deveriam ter sido realizadas em 9 estados, ocorreram em apenas 5 deles.
O nome do funcionário da campanha de Collor que apontou o caminho para a impugnação? Eduardo Cunha.
Sim. Cunha não só ajudou Collor a se tornar presidente, ou mesmo a derrubar Dilma Rousseff. Ele impediu que Silvio Santos se tornasse o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura.

A satanização dos brancos feita pelo PT começa timidamente a ser combatida.

As cotas para negros
Essa COTA, o dia da consciência NEGRA, são na verdade uma forma menos explícita de racismo…
isso faz com que a criança negra já cresça na posição de coitadinho…
Dizer que o BRASIL não tem racismo é hipocrisia, mas camuflar o racismo em benefícios, é tapa na cara…
(pega 50% da verba das olimpíadas e investe em educação)
Onde fica o principio Constitucional da isonomia?
Cérebros de negros e brancos são iguais, basta estudar.
Acho que se fosse para favorecer alguém, deveriam fazer de maneira correta, usando de exemplo o sistema do ingresso em Universidades Publicas Norte Americanas, onde 100% das vagas são destinadas a quem não pode pagar, independente da raça.
Se um sujeito é branco e pobre, como irá pagar uma faculdade?
Então alguém na mesma vida que ele vai entrar em uma faculdade e ele não por ser branco?

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Zé Dirceu pede "penico" e Moro diz, NÃO!.


Tirando onda de desesperado, o subchefe do Mensalão e, segundo a imprensa, um dos maiores larápios do Petrolão, Zé Dirceu, “o famoso capitão do time de Lula Brahma”. Usando da esperteza que lhe é peculiar, por medo ou por qualquer  outra coisa que o valha, manteve o bico calado, ou seja, não aderiu a deleção Premiada, mas em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-ministro preso na Operação Lava Jato, quase chorando, pediu ao juiz  que o colocasse em liberdade. Mas o magistrado disse, NÃO!

No depoimento, Dirceu alegou que precisava trabalhar para sustentar a família. "Eu tenho mais de 70 anos, tenho uma filha menor, eu preciso trabalhar. Porque a realidade, o senhor sabe disso, a realidade da minha família toda é de dificuldade financeira. Eu não estou dizendo isso para o senhor ter piedade de ninguém, porque a responsabilidade é minha pelo que aconteceu. Eu estou dizendo isso porque são fatos subjetivos, para não passar para opinião pública a ideia de que eu tenho renda, sou rico", afirmou.

O ex-ministro também afirmou que não tem condições de atrapalhar as investigações da Lava Jato. "Não é crível que alguém acredite que eu vou fugir ou obstruir a Justiça, ou muito menos que eu vou ameaçar na situação em que estou", disse.
No entanto, matreiro como só ele mesmo:  Vejam a ficha do “artista”  - Em setembro de 1969, durante a ditadura militar, com mais quatorze presos políticos e criminosos, deportados do país, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, foi despachado  para o México. Posteriormente exilou-se em Cuba. Fez plástica e mudou de nome para não ser reconhecido em suas tentativas de voltar ao Brasil após ser exilado, e voltou ao país em 1971, vivendo um período clandestinamente na cidade de São Paulo e em algumas cidades do Nordeste. No entanto, quando sentiu novamente sua segurança ameaçada, retornou a Cuba, retornando ao Brasil em 1975, estabelecendo-se clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná. Casou, teve filho com a outra mulher e só reapareceu depois da Anistia.

Figura poderosa do partido dos Trabalhadores, Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005, quando deixou o Governo Federal acusado, por Roberto Jefferson, de ser o mentor do Escândalo do Mensalão. Em 2012 foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal 470 e em 2013, foi preso. Mas, segundo a imprensa,  mesmo preso, continuou roubando.

Em 18 de maio de 2016, Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por crimes como corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. Em 11 de abril de 2016, teve seu registro de advogado cancelado pela Primeira Câmara do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Conhecedor da imunda e desgastada ficha desse  sujeito Moro jamais iria dá liberdade a essa peça.

domingo, 23 de outubro de 2016

"Este não é o começo do fim de Temer"

Por ora, Christopher Garman, da Eurasia Group, não enxerga chances efetivas de Temer sair antes de 2018.
Uma hecatombe parece próxima de Brasília, após a prisão de Eduardo Cunha e da Operação Métis, lançada na sexta pela Polícia Federal e que atinge diretamente Renan Calheiros. Há quem veja, nessa conjunção corrosiva de fatos, o começo da derrocada de Michel Temer.
Quem pensa assim está muito enganado. Esta é a avaliação do cientista político Christopher Garman, chefe da área de pesquisas da Eurasia Group, uma das mais respeitadas consultorias de risco político do mundo. Tanto que, durante a semana, a Eurasia cortou de 20% para 10% as chances de Temer não concluir seu mandato.
Nesta conversa com O Financista, Garman explica por quê:


Financista: Há quem diga que a prisão de Cunha representa o início do fim do governo Temer. A Eurásia, contudo, vê apenas 10% de chances de Temer não terminar o mandato. Por quê?
Christopher Garman: Discordamos da avaliação de que a prisão de Cunha, de fato, possa ser o início do fim do governo Temer. A derrubada de um presidente depende de vários fatores. Não provém só de uma acusação. O impeachment de Dilma, por exemplo, ocorreu não só por causa de acusações que vieram da Lava Jato e de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas por causa de uma tremenda crise econômica e social, e uma crise de confiança na sua liderança, tanto no setor privado, quanto na classe política. E a provável delação de Cunha acontece em um momento totalmente distinto. Temer conta com o apoio maciço do Congresso, que enxerga nele a única maneira de construir uma ponte até 2018. Quanto mais o tempo passar, sem que Temer sofra uma denúncia grave de corrupção, e quanto mais apoio que ele angariar, menores serão as chances de ele não terminar o mandato.


Financista: Mesmo se isso se somar à Operação Métis, que atinge diretamente Renan Calheiros?
Garman: Não, não abala. O fato é que teremos muitas denúncias pela frente. Mas, para derrubar esse governo, serão necessárias evidências muito fortes contra Temer, a ponto de ele perder as condições de governar.


Financista: A Eurásia afirma que o Congresso é o que corre mais riscos com a prisão de Cunha. Isso vai atrapalhar a tramitação das reformas?
Garman: A Lava Jato não vai impactar as reformas no curto prazo. Vemos isso como um risco mais para 2017. Primeiro, porque a investigação sobre políticos demora um pouco. Não só no julgamento no Supremo que está andando, mas também pelo tempo necessário de Cunha negociar uma delação premiada com os procuradores. Segundo, o próprio êxito de Temer nas reformas, que levaria a economia a voltar a crescer no ano que vem, deve diminuir o senso de urgência no Congresso. Logo, votar contra o governo em um ambiente de crescimento econômico carrega um peso menor.


Financista: Temer será capaz de aprovar a reforma da Previdência, uma pauta impopular, em um momento em que o Congresso teme a delação de Cunha?
Garman: Achamos que alguma versão da reforma da previdência deve ser aprovada, mas nossa convicção sobre esse resultado não é alta, e o governo terá que diluir boa parte de sua proposta. Existe um certo consenso no Congresso para estabelecer uma idade mínima, mas os congressistas terão receio de aprovar medidas com um impacto mais expressivo no curto prazo, quando deputados e senadores estarão mais de olho nas eleições de 2018. Significa que aprovar a desvinculação do mínimo será bem difícil. Negociar tudo isso em um contexto de lideranças sob investigação é ainda mais difícil.


Financista: Neste cenário, o que os brasileiros podem esperar, de fato, do governo Temer até 2018?
Garman: No fundo, o governo Temer vai representar uma agenda reformista bem importante, mas que será incompleta. Logo, quem for eleito em 2018, muito provavelmente, terá de continuar uma agenda de reformas nada fácil.

* Por Márcio Juliboni

Fernando Haddad do PT faz "vaquinha" na internet e pede dinheiro para pagar dívidas de campanha.

Fernando Haddad fecha a disputa pela reeleição com o maior rombo nos cofres de campanha. No total, ele deve quase 8 milhões de reais.
Derrotado nas eleições 2016, o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), está pedindo ajuda nas redes sociais para pagar sua dívida de campanha. Entre os candidatos à prefeitura da cidade, ele é o que deixa a d
isputa com o maior rombo nas contas de campanha.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral de 17 de outubro, os cofres da campanha de Haddad têm um saldo negativo de quase 8 milhões de reais.
“A eleição já acabou, mas a campanha ainda não. Para a gente continuar defendendo nossas propostas para educação, para cidade, para o país, a gente precisa encerrar a campanha”, afirmou em vídeo publicado em sua página no Facebook. “A sua ajuda vai nos ajudar muito a quitar esses compromissos profissionais e seguir a vida porque a vida política não para”.
Haddad é um dos exemplos mais contundentes do impacto das mudanças no financiamento eleitoral, que vetaram as doações empresariais. Em 2012, o atual prefeito fechou a corrida eleitoral com mais de 42 milhões de reais em doações – um valor seis vezes maior do total arrecadado neste ano. Em todo o Brasil, a arrecadação para as campanhas municipais caiu 48% com relação ao aporte no pleito de 2012.