quinta-feira, 19 de março de 2009

TRT mantém cortes da Embraer e eleva indenização.

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, sediado em Campinas (SP), manteve as mais de 4.200 demissões feitas pela Embraer.
Prevaleceu a lógica. Dói, mas não há no ordenamento jurídico do país lei que impeça uma empresa privada de mandar trabalhadores ao meio-fio.
Em benefício dos demitidos, o TRT impôs à Embraer um reforço das indenizações.
A empresa terá de pagar mais dois avisos prévios até o teto de R$ 7 mil por cabeça.
A Justiça também determinou que sejam mantidos por um ano os convênios médicos dos demitidos e de seus dependentes por um ano.
Autor da ação que levou arrastou a Embraer aos escaninhos do TRT, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse que recorrerá ao TST.
Insiste na anulação das demissões. Quanto à Embraer, disse que aguardará a publicação do acórdão do TRT para decidir o que fazer.
Em Brasília, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) veio à boca do palco para anunciar uma boa nova.
Depois de passar três meses no vermelho, o cadastro de empregos do governo anotou um saldo positivo de 9.179 vagas no mês de fevereiro.
Significa dizer que o número de contratados (1,233 milhão) foi maior do que o de demitidos (1,224). Não é muito. Mas é alguma coisa.
Num otimismo que os números ainda não autorizam, Lupi voltou a manusear sua bola de cristal:
"A minha expectativa é que março será o mês da virada. O saldo negativo dos últimos três meses não se repetiu em fevereiro. E eu acredito que...”
“...A reação do mercado, a diminuição das demissões e o aumento do salário-mínimo serão determinantes para que a geração de empregos se recupere mais ainda no próximo mês...”
“...Eu continuarei sendo um otimista, confiando na economia do Brasil. O nosso país está sendo um dos primeiros a mostrar que saiu da crise".
Saiu da crise? Então, tá!

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