sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hamas não quer o fim da guerra



Hamas diz que não aceita condições israelenses para trégua em Gaza
Israel questiona duração do cessar-fogo e questão das fronteiras.
Hamas quer trégua de 1 ano, com saída das tropas e fim do bloqueio.


O movimento islâmico Hamas anunciou nesta sexta-feira (16) que não vai aceitar as condições impostas por Israel para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. O movimento disse que vai continuar com a resistência armada aos ataques israelenses.A informação é de Khaled Meshaal, principal líder do Hamas.
"Apesar de toda a destruição em Gaza, não aceitamos as condições de israel para um cessar-fogo, já que a resistência em Gaza não foi derrotada", disse.
O líder exilado falou durante a abertura de uma reunião de emergência sobre Gaza em Doha. Ele pediu aos líderes árabes presentes que rompam seus laços com o Estado de Israel.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad. disse que a iniciativa árabe de paz com Israel está "morta" e conclamou os países arabes a cortar todos os laços com Israel, inclusive fechando embaixadas.
O governo israelense disse nesta sexta que recusa algumas das condições impostas pelo Hamas para o estabelecimento de um cessar-fogo, incluindo sua duração e o problema das passagens de fronteira, disseram fontes israelenses e ocidentais.
As fontes israelenses e ocidentais, que falaram sob condição de anonimato, disseram que Israel se opôs ao estabelecimento de um limite para a duração do cessar-fogo. O cessar fogo, para Israel, deveria ser um compromisso do Hamas e do povo árabe em não mais iniciar confrontos na região e manter o "cinturão de segurança" de Israel na fronteira.
O movimento palestino Hamas propôs um cessar-fogo de apenas um ano com Israel, em troca da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza em no máximo cinco dias e da suspensão imediata do bloqueio imposto ao território.
Para Israel, uma trégua por tempo limitado servirá, apenas, para recuperar a estrutura do Hamas e seu reabastecimento de armas e munições com o objetivo de promoverem, no futuro, novos ataques ao povo Judeu.

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