sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Preços públicos têm reajustes maiores que salários

Ao tempo em que nega ao trabalhador reajustes salariais dignos, para fazer face as despoesas do cotidiano, o governo permite que taxas e preços públicos, e de serviços, tenham uma elevação muito acima da "inflação oficial", cujos indices jamais dei credibilidade.
A exemplo desta injustiça praticada aos menos favorecidos O aqueles que ganham salário mínimo, por exemplo ) as contas de luz terão aumento bem acima da inflação. Especialistas apontam que o reajuste médio do preço da energia elétrica será entre 9% e 11% para os consumidores, enquanto a meta de inflação do governo é de 4,5%. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já deu neste mês de fevereiro uma pequena amostra do que está por vir: concedeu aumentos nas tarifas de até 15% para duas pequenas empresas de energia.
Vários encargos embutidos na conta também contribuem para elevar mais ainda os preços da energia em 2011. São encaragos que, só no ano passado, representaram 17 bilhões de reais e que serão repassados ao consumidor.
Segundo a Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica). De 2001 a 2010, o aumento acumulado das tarifas de energia chegou a 186%, enquanto no mesmo período o IGP-M subiu 124% e o IPCA (índice oficial de inflação do governo) acumulou 86%.
É certo que, em razão do chamado efeito cascata, os reajustes da conta de luz devem pressionar ainda mais o índice de inflação e, assim, vão corroer, ainda mais, o poder de compra dos salários.
Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, afirma: "Nós pagamos uma energia cara e com tendência de aumento", diz ele. "O custo da energia no Brasil está entre os mais altos do mundo, o que compromete nossa competitividade", completou.
*Fonte: Folha de São Paulo

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