O encontro do G20 – o grupo dos 19 países mais ricos do mundo, mais a União Europeia – terminou nesta tarde em Paris com um acordo surpreendente sobre indicadores para medir os desequilíbrios da economia mundial, políticas para combater a especulação no mercado de commodities e a reformulação do sistema financeiro internacional.
Apesar da posição contrária dos BRICs (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, e agora também África do Sul) em relação ao uso do saldo em conta corrente como índice para mensurar as distorções da economia internacional, este indicador foi aceito, disse a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde.
Além deste, outros quatro indicadores serão utilizados pelo G20 para traçar futuras políticas que terão com objetivo reequilibrar a economia global: o déficit público e fiscal, o saldo de poupança privada, a dívida total do setor privado e o resultado da balança comercial (vencendo, neste último casos, as resistências de Pequim).
Sobre as commodities, saíram vitoriosos o Brasil, a Argentina e os Estados Unidos – que formaram uma aliança, apoiada pelos BRICs, para impedir a proposta francesa de impor um teto aos preços. O G20 aceitou a proposta do trio de focar apenas no combate à especulação no mercado de derivativos agrícolas e de energia, sem qualquer imposição de limite às cotações.
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