Na Folha Online:
O governo subiu o tom e mandou um recado aos aliados: partidos com presença em ministérios terão de votar em sua maioria com o governo na definição do salário mínimo de R$ 545 na sessão que delibera sobre o tema, amanhã. O PDT foi citado nominalmente por assessores que participaram de reunião no Palácio do Planalto. Segundo assessores da presidente Dilma Rousseff, partido que votar em sua maioria contra o governo será considerado oposição. Ou seja, corre o risco de perder cargos e receber pagamento de emendas do Orçamento na mesma proporção que os oposicionistas (no máximo 30% do proposto).
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), calculou que 60 dos 78 deputados da sua bancada devem votar com o governo. “Vamos aprovar os R$ 545, mas com 100% de apoio do PMDB não posso dizer”, afirmou. O PDT terá hoje uma reunião com o ministro Carlos Lupi (Trabalho) para fechar um acordo sobre a votação. A tendência, segundo o líder Geovanni Queiroz (PA), é liberar os 26 deputados. O recado do governo ao citar nominalmente o PDT é fazer com que Lupi trabalhe para minar resistências como a do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), que faz campanha contra os R$ 545.
Segundo o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT), que também participou da reunião de coordenação, o PC do B definiu apoio, o PDT abriu discussão interna e o PSB “avançou” na defesa dos R$ 545. Para ele, “PT, PMDB, PR, PTB e PP já estão bastante definidos”. O salário mínimo foi o tema principal da reunião de coordenação de ontem.
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