domingo, 14 de agosto de 2011

Também o ministro Wagner Rossi tem em casa os seus “Ronaldinhos”, como o Apedeuta.

Por Reinaldo Azevedo:
Entrou para a história a resposta que Lula deu sobre o fantástico desempenho empresarial de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, que era monitor de Jardim Zoológico antes de o pai ser presidente.
Um dia a Telemar, hoje Oi, injetou R$ 5 milhões da Gamecorp, e nascia, então, um próspero empresário. Ao responder aos críticos, o Apedeuta afirmou que tinha um “Ronaldinho” na família, sugerindo que o rapaz era mesmo um craque.
Nota: a empresa é concessionária de serviço público, da qual o BNDES é sócio. Os Lulas da Silva já estão na terceira geração de gênios. A mesma Oi decidiu patrocinar, com incentivo da Lei Rouanet (nós pagamos) o grupo de teatro a que pertence Bia Lula, neta do Babalorixá.
A falta de escrúpulos no país é uma megera indomada.
Muito bem!
Venceslau Borlina Filho e Leandro Martins informam na Folha Online que também Wagner Rossi tem Ronaldinhos em casa.
Sim, o ministro da Agricultura, aquele…
Leiam a reportagem.
Volto em seguida.
 *
 Donos de uma produtora em Ribeirão Preto, dois dos cinco filhos do ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), estão faturando com a produção de filmes para prefeituras.
 A empresa A Ilha Produção foi a autora de vídeos de propaganda para ao menos seis municípios em contratos intermediados por uma única agência.
 Nos seis casos, a produtora aparece como “terceirizada” da agência Versão BR, também de Ribeirão, que venceu as licitações.
A Ilha tem como sócios Paulo Luciano Tenuto Rossi, filho do ministro, e Vanessa da Cunha Rossi, mulher do deputado estadual Baleia Rossi, presidente do PMDB no Estado.
Quando a produtora foi fundada, em 1997, Baleia aparecia como sócio.
 Em 2003, no início de seu primeiro mandato como deputado, ele se retirou da sociedade e passou a parte para a mulher. Porém, em documento entregue à Justiça Eleitoral na eleição de 2010, Baleia declarou entre os seus bens as cotas de capital na empresa, em nome de Vanessa. A Constituição proíbe parlamentares de contratar com órgãos públicos, sob pena de perda do mandato.
Mas, na prática, a produtora dos filhos do ministro vem atuando de forma terceirizada para prefeituras. Produziu recentemente para Americana, Altinópolis, Bragança Paulista, Ibitinga, Valinhos e Sertãozinho.
Em todos os casos, o vínculo oficial das prefeituras é com a Versão BR, que administra ao menos R$ 23,6 milhões em verbas publicitárias dos seis locais.
O maior contrato é o assinado com a Prefeitura de Americana, de R$ 14,1 milhões.
Para o especialista em licitações Paulo Boselli, professor da Fatec especializado em direito administrativo e auditoria governamental, o veto constitucional aos contratos de empresas de parlamentares com o poder público vale mesmo em “terceirizações”.
Outro lado
 Baleia disse que, após transferir sua parte para a mulher, se afastou “totalmente” da empresa e nunca teve “função executiva” na A Ilha.
Porém, em registros da empresa na Junta Comercial do Estado, ele aparece por um período na função de “sócio-administrador” da empresa.
Ainda por e-mail, disse que nunca usou de influência política para beneficiar a empresa.
Já o irmão do deputado, Paulo Luciano, também por e-mail, reafirmou que a produtora nunca participou de licitações públicas e que Baleia nunca teve função executiva.
Além do caso da Versão BR, ele cita outras cinco agências por meio das quais A Ilha fez vídeos publicitários para prefeituras de Franca, Barueri e Ribeirão Preto.
Já o sócio-diretor da Versão BR, Gustavo Henrique Teixeira de Castro, disse por e-mail que a relação com a A Ilha é só comercial.
As prefeituras afirmam que todos os negócios estão dentro da lei.
Voltei
 Então…
 Tudo dentro da lei!
 Basta passar as cotas  para o nome da mulher, e tudo fica certo.
 É evidente que não se pode proibir a mulher, marido ou filho de políticos de tocar seus próprios negócios, suas empresas etc e tal.
Desde que não lidem com dinheiro público.
E a lei a respeito desse assunto é bastante clara.
Por isso mesmo, nota-se que a “A Ilha” entra na operação de modo triangulado: outra empresa vence a concorrência e contrata os filhos do ministro.
Simples, não é mesmo?
Eis aí.
Dilma agora decidiu — por necessidade ou boniteza, tanto faz — que Wagner Rossi é o seu homem “imexível”.
 Entrou naquele delírio de fortalecê-lo quanto mais evidências aparecem contra ele, o que a torna cúmplice política de seus métodos.

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