O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), anunciou nesta terça-feira (16) que a sigla deixa de integrar a base aliada da presidente Dilma Rousseff no Congresso. A decisão se dá depois de uma devassa no Ministério dos Transportes --pasta comandada pela sigla desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Um membro do partido, Paulo Sérgio Passos, continua no comando do ministério, mas sem apoio expressivo dos correligionários.
As denúncias na pasta ligada ao PR causaram a demissão de quase 30 funcionários, incluindo quase toda a direção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
“Estamos saindo sem nenhum rancor. O partido é maior do que cargos”, afirmou Portela. Segundo ele, a legenda dará “apoio crítico” à presidente e a entrega de cargos no governo é uma posição individual das bancadas dos Estados, ou seja, não há uma norma nacional.
O ex-ministro dos Transportes e presidente do PR, Alfredo Nascimento (AM), já se manifestou e disse que, apesar da saída, a legenda não vai apoiar nenhuma CPI. “Não vamos apoiar CPI contra um governo que ajudamos a construir.”
Nascimento reforçou o discurso de Portela e disse que cabe a cada setor do partido dialogar sobre os cargos. “Ela [Dilma] pode governar com quem quiser”, afirmou.
* Maurício Savarese, do UOL Notícias
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