Por Augusto Nunes:
A bordo de um jatinho fretado pela Odebrecht, Lula baixou em Cuba nesta terça-feira para vistoriar as obras do porto de Mariel, construído pela Odebrecht ao preço de 200 milhões de dólares bancados pelo BNDES. Depois de uma escala de dois dias, com todas as despesas custeadas pela Odebrecht, o ex-presidente decolou rumo à Venezuela para fazer uma palestra paga pela Odebrecht. Além dos companheiros José Dirceu e Franklin Martins, foi recepcionado em Caracas por Emilio Odebrecht, presidente do Conselho Administrativo da construtora, e o diretor-presidente Marcelo Odebrecht.
A plateia foi formada por empresários, investidores financeiros e diplomatas convidados pela Odebrecht. A imprensa não pôde testemunhar o evento.
Com mais de um ano de atraso, o presidentte Hugo Chávez ordenou, na véspera da chegada de Lula, o pagamento dos R$ 996 milhões que o governo venezuelano deve à Odebrecht, premiada com a construção do metrô de Caracas e da terceira ponte sobre o Rio Orinoco.
Quase 1 bilhão de reais, parcialmente financiados pelo BNDES. Os diretores da Odebrecht garantem que foi só uma agradabilíssima coincidência. Em todo caso, no encontro com o companheiro Chávez, Lula agradeceu a gentileza. Em seu nome e em nome da Odebrecht.
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