domingo, 12 de julho de 2015

"O Papa é pop, o Papa não poupa ninguém"

Uma empresa cuida da sua imagem. Os seus símbolos são a sua identidade para os consumidores, de modo que são protegidos com muita seriedade para que possam ter o seu valor simbólico preservado. A Apple, hoje, é a marca mais valiosa do mundo. Quando olhamos para aquela maçã, somos levados a pensar em qualidade, bom gosto, modernidade, inventividade, liderança. Ou seja, há valores que ela expressa que são relevantíssimos e que fazem com que as pessoas cada vez mais adiram a ela, sejam inspiradas por ela.
Ora, se com os símbolos comerciais essa realidade se impõe, com os religiosos avultam em gravidade e importância. É que os símbolos religiosos tocam o sagrado, o divino, o sobre-humano. Quando o católico olha para a hóstia consagrada, ele está ali vendo um símbolo da sua fé, o corpo místico de Cristo, que é presentação d'Ele na transubstanciação do pão em carne.
O que identifica os cristãos, porém, universalmente é a Cruz. O que seria o símbolo mais eloquente da derrota e da morte passou a ser a marca da redenção e da ressurreição. Ela representa o sentido vicário e salvífico da missão de Cristo, que ao ser imolado, cumpre todas as profecias, sela a nova aliança com Deus, e nos abre as portas para ressurreição e o Reino.
Não se brinca com os símbolos sagrados. Ou não seriam eles... sagrados! A sua sacralidade decorre justamente da sua intocabilidade, da sua dimensão transcendental. O sentimento do sagrado é a vivência do divino, do amálgama entre o dado real e o dado de fé que se expressa por meio dele.
A foto do Papa Francisco recebendo de Evo Morales a imagem de Cristo crucificado em um símbolo comunista é a degradação de um símbolo sagrado e um desrespeito à nossa fé. Pouco importa tenha sido produzida por um porralouca jesuíta da teologia da libertação; torna aquela imagem ainda mais uma grave ofensa, "per fas et nefas".
Francisco demonstra uma permissividade preocupante. Um Papa relativista, com uma formação teológica limitada, sem a estatura intelectual para os desafios da Igreja do Século XXI. E o que deveria fazer ele, diante do presente do presidente cocaleiro? Gentilmente, não recebê-lo e, depois, como líder religioso da Igreja de Deus admoestar os que fizeram a peça. Nada mais anticristão do que o marxismo; nada mais anticristão do que o materialismo dialético. Mas o nosso Papa é pop e com isso não poupa os católicos de assistirem essa degradação relativista dos nossos símbolos religiosos.
Depois de dois gigantes como São João Paulo II e Bento XVI, dá uma dor profunda que o primeiro Papa latinoamericano seja um homem com estreita visão da fé, do mundo e do seu papel para os católicos em uma época tão complexa como a nossa. Quem quer ser aprovado e elogiado pelo mundo, não poderá anunciar com força a palavra de Deus. Porque é ela "loucura para os gregos e escândalo para os gentios".
*Adriano Soares da Costa, via Facebook - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1626840004257175&set=a.1389855141288997.1073741828.100007935727197&type=1&theater

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