Por Maria Clara Prates e Ezequiel Fagundes, no Correio Braziliense:
Uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) está engordando seus cofres com verbas públicas, o que chamou a atenção da Polícia Federal e dos ministérios públicos Federal e Estadual de Minas Gerais. Com escritório num prédio discreto em Belo Horizonte, o Instituto Mineiro de Desenvolvimento (IMDC) recebeu cerca de R$ 100 milhões nos últimos quatro anos, de acordo com estimativa de publicações oficiais. A entidade teve um providencial reforço de caixa do Projovem, do Ministério do Trabalho e Emprego, do qual detém praticamente o monopólio em Minas, com ajuda do deputado federal Ademir Camilo (PDT-MG), considerado o pai do programa no estado. O parlamentar e o presidente do IMDC, Deivson Oliveira Vidal, 29 anos, não raro eram vistos a bordo de um avião particular rumo a inaugurações em municípios carentes às vésperas da eleição. Para abocanhar parte da mesma verba em São Paulo, o empurrão veio do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, correligionário de Ademir Camilo.
O instituto, que deveria ser sem fins lucrativos, cresce a olhos vistos, vendendo serviços que vão da construção de cisternas à produção de eventos de axé music. Mas os serviços nem sempre são entregues e os contratos cumpridos, conforme auditoria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome feita em 2009. Somente em 16 convênios, entre 2007 e 2010, foram repassados à Oscip pela União, estados e prefeituras mais de R$ 50 milhões. Na maioria dos casos, com dispensa de licitação.
Um comentário:
Além dos desvios o mau uso do dinheiro público estão impressos na execução do PROJOVEM em diversos municípios de Minas. Não é difícil buscar estas informações junto as secretarias parceiras. È deplorável o descaso desta entidade e compromisso com parceiros e beneficiários deste programa. No município em que trabalho o IMDC fez capanha declarada para o mais vil de todos (Ademir Camilo) junto aos jovens beneficiários do programa durante encerramento. Que a justiça seja feita.
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