sábado, 19 de novembro de 2011

A consolidaç​ão do nazismo na USP

No dia 27 de fevereiro de 1933, o Reichstag, sede do parlamento alemão, foi incendiado sob circunstâncias misteriosas. Esse evento marcou o início do recrudescimento do governo alemão, que, desde o dia 30 de janeiro daquele ano, tinha Adolf Hitler como chanceler. A radicalização da atuação dos nacional-socialistas -- sobretudo através de sua tropa de choque, a Sturmabtleing (SA) -- conduziu à supressão progressiva das liberdades políticas e ao aumento da perseguição às vozes dissonantes. Em 2 de agosto de 1934, o presidente alemão, Paul Von Hindenburg, faleceu. Ao arrepio da Constituição de Weimar, que estabelecia eleições para o cargo, a chancelaria alemã declarou a vacância do cargo e transferiu os poderes da presidência a Adolf Hitler como Führer und Reichskanzler (“líder e chanceler”).
Quando, há alguns dias, escrevemos aqui sobre o caráter inegavelmente nazista -- modus operandi e modus pensandi perfeitamente análogos ao que se viu na Alemanha dos anos 1930 -- das invasões da USP, não estava sendo utilizada uma hipérbole descabida na busca de um efeito sensacionalista puramente retórico. Ontem, dia 17 de novembro, a verificação empírica do espírito nazista do “movimento estudantil” da Universidade de São Paulo finalmente mostrou-se de modo horrendamente apoteótico. A assembléia estudantil uspiana reunida ontem decidiu, dentre outras coisas, o adiamento das eleições do DCE para 2012 sem definição de data para o pleito. Essa decisão foi tomada de maneira ilegítima, contra o que está claramente disposto no próprio Estatuto do DCE da USP (grifos nossos):
Artigo 15° – Compete à Assembléia Geral   Universitária:
1. Reconhecer os seus respectivos membros;
2.   Discutir e votar as propostas apresentadas.
Parágrafo único – no   que se refere às eleições da diretoria do Diretório Central dos Estudantes   Livre “Alexandre Vannuchi Leme”, compete ao CCA [Conselho de Centros   Acadêmicos], e não à Assembléia Geral Universitária, suas   deliberações.
[...]
Artigo 19º – Compete ao   CCA:
1. Encaminhar conjuntamente com a diretoria as deliberações do   Congresso dos Estudantes da USP e da Assembléia Geral Universitária;
2.   Deliberar acerca de teses, moções e propostas, desde que não conflitantes com   as deliberações do Congresso e da Assembléia Geral Universitária;
3.   Privativamente (privativo ao CCA), convocar as eleições, aprovar o Regimento   Eleitoral, analisar e julgar recursos do pleito eleitoral e dar posse à chapa   eleita para a diretoria do Diretório Central dos Estudantes Livre “Alexandre   Vannucchi Leme”;
4. Convocar a Assembléia Geral   Universitária;
5. Reconhecer as deliberações do Conselho de Assistência   Estudantil.
Em qualquer lugar do mundo, só há uma palavra para descrever essa manobra política: GOLPE. A justificativa dada por Thiago Aguiar, membro da atual gestão do DCE da USP -- que, coincidentemente, é controlada pelo PSOL --, é que “não há um clima de normalidade para se fazer as eleições”. Ironicamente (ou não), essa foi a mesma justificativa dada pelo então chanceler Adolf Hitler para a progressiva eliminação dos concorrentes políticos dentro da Alemanha após o incêndio do Reichstag.

A única chapa a se declarar contra esse golpe orquestrado pela esquerdalha da universidade foi a Reação USP, chapa do movimento Liberdade USP. Todas as outras chapas, ligadas aos mais delirantes setores da extrema-esquerda tupiniquim -- LER-QI (Liga Estratégica Revolucionária - Quarta Internacional), MNN (Movimento Negação da Negação), PCO (Partido da Causa Operária), POR (Partido Operário Revolucionário) e que tais --, foram cúmplices do covarde assassinato da verdadeira democracia universitária.
A atual gestão do DCE da USP, bem como todos os movimentos que apoiaram o golpe orquestrado, representam o que há mais de pútrido e pusilânime não apenas no “movimento estudantil”, mas na própria sociedade como um todo. Seus métodos tirânicos e intolerantes são a versão pós-moderna do que os nazistas promoveram na Alemanha. Diante dessa situação vergonhosa, o Diretório Central dos Estudantes Livre “Alexandre Vannucchi Leme” provou que deveria passar a se chamar Diretório Central dos Estudantes Nacional-Socialista “Adolf Hitler”.
*Por Juventude Conservadora da UnB

Nenhum comentário: