O modo petista de fazer campanha foi exportado para o Peru.
Luís Favre - ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT-SP)- e o petista Valdemir Garreta trabalham, desde janeiro, como consultores do nacionalista Ollanta Humala, hoje líder da corrida presidencial peruana.
Sob orientação de Favre e Garreta, a estratégia reproduz lances da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Além de suavizar a imagem do candidato -a exemplo do "Lulinha, paz e amor"-, o comitê de Humala acaba de lançar uma "Carta aos peruanos".
Numa reedição da "Carta ao Povo Brasileiro", divulgada por Lula em 2002, é uma tentativa de atenuar tremores na economia peruana diante da hipótese da eleição do candidato, chamado às vezes de o "Hugo Chávez peruano". Em 2006, ele recebeu o apoio do venezuelano.
Em entrevista à Folha nessa semana, um dos porta-vozes de Humala disse, no entanto, que ele poderá rever contratos de infraestrutura na Amazônia, tocados por construtoras brasileiras.
Homem forte da administração de Marta na Prefeitura de São Paulo (2001-2004), Garreta afastou-se da vida partidária em 2010. Favre, que sempre militou na área internacional do PT, submergiu em fevereiro de 2009, após separar-se de Marta.
Homem forte da administração de Marta na Prefeitura de São Paulo (2001-2004), Garreta afastou-se da vida partidária em 2010. Favre, que sempre militou na área internacional do PT, submergiu em fevereiro de 2009, após separar-se de Marta.
Em fevereiro, Humala se reuniu com o ex-presidente Lula, em meio às comemorações do 31º aniversário do PT.
Ele também foi orientado a se afastar do irmão, o líder ultranacionalista Antauro Humala, condenado a 25 anos de prisão após liderar uma revolta militar em 2005.
*Texto do Jornal Folha de São Paulo
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