segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quadrilha em dois tempos

Só um recadinho aos tolos: se e quando eu quiser, comento atos praticados por criminosos que, em países com uma Polícia Federal e um Judiciário um pouquinho mais ágeis, já estariam curtindo uma temporada na cadeia.
Não costumo dar bola para o subjornalismo pendurado nas tetas do governo federal e das estatais.
Conheço bem os métodos da canalha.
Tirem deles o dinheiro oficial para ver se conseguem se sustentar…
Essa escória é um tipo relativamente novo, que surge junto com a chegada do petismo ao poder.
De modo mais agressivo e organizado, passou a atuar depois do mensalão.
Inventou-se a tese do “golpe da mídia”.
Era a senha para justificar a formação de um eixo criminoso, composto por ex-jornalistas convertidos em lobistas, negociantes e esbirros de políticos enrolados com a Justiça.
O dinheiro que os sustenta, reitero, é público.
Quem viu a imprensa séria dar bola para o Dossiê Cayman, uma fraude fabulosa, viu coisa pior do que isso que está em curso agora.
Com a Inernet ainda nos seus primórdios, a calúnia se espalhava mais lentamente.
Também naquele caso, o material criminoso estava recheado de supostos “documentos”. Essa gente conta com a militância dos bucéfalos, como sempre, e com a ignorância dos crédulos.
Qual é o jogo da canalha?
Amontoar uma batelada de acusações sem fundamento e depois sair cacarejando: “Por que não responde? Por que não responde?”
Quem cai na sua conversa acaba refém de seus métodos. É como se Marcola ou Fernandinho Beira-Mar resolvessem fazer um dossiê contra as ações da polícia.
ATENÇÃO!
- AS PRIVATIZAÇÕES FORAM VIRADAS DO AVESSO, INCLUSIVE PELOS PETISTAS!
- SE HAVIA IRREGULARIDADES, POR QUE O SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NÃO ACIONOU A POLÍCIA FEDERAL? POR QUE NÃO TORNOU PÚBLICAS AS SUPOSTAS FRAUDES?
- SE HAVIA, COMO DIZEM, EVIDÊNCIAS CONTRA TUCANOS, POR QUE NÃO AS TROUXERAM A PÚBLICO OFICIALMENTE?
A resposta é simples: porque não havia nada!
Não por acaso, as campanhas eleitorais do PT nunca se concentraram nas supostas fraudes. Preferiram o embate ideológico.
As estatais, passaram a dizer, foram vendidas “a preço de banana”, outra estupidez.
Segundo o TCU, “preço de banana” era o das concessões de aeroportos definidos pelos petistas.
Foi necessário elevar o preço mínimo, em um dos casos, em quase MIL POR CENTO!!!
Sai, canalha!
Essa gente acha que caio no truque.
Há vagabundos que, num comentário, falam a linguagem de sempre dos jumentos.
No seguinte, com o mesmo IP, chegam mansinhos: “Pô, Rei, você deveria comentar tal coisa; afinal, os petralhas estão…”
Vão pastar!
Acompanhei no detalhe o massacre a que foi submetido o então secretário-geral da Presidência do governo FHC, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
No caso, os petistas ainda estavam na oposição e contavam com o auxílio da facção petista do Ministério Público.
Passados alguns anos, constatou-se que não havia uma só prova contra ele, um só indício, nada! Tudo era apenas parte de um projeto de poder.
Tratava-se apenas de uma “conspiração dos éticos”, como aqueles que estão na capa da VEJA desta semana, tramando, por telefone, recibos falsos para incriminar inocentes.
A canalha petralha chamaria àquilo tudo “prova”.
Se e quando quiser, falo do que eu quiser, ficou claro?
Eu não preciso recorrer ao mundo do crime para “bombar” o meu blog.
Os meus leitores decentes me bastam.
Os indecentes que passam por aqui o fazem porque querem e contra a minha vontade.
E o favor que sempre podem me fazer é ficar longe.
Falta de chute no traseiro é que não é.
Houvesse um mata-burros eletrônico, eu o adotaria.
Havendo algum leitor eventualmente desconfiado, que não tem muita certeza se aquela gente é criminosa ou não, se está a serviço do poder de turno ou não, uma dica prática: vejam quem lhes paga o salário, verifiquem se conseguiriam manter suas revistinhas ridículas e seus blogs e sites bisonhos SEM O DINHEIRO DAS ESTATAIS.
Se a resposta for “não”, vocês terão chegado a uma conclusão.
- já houve a escuta que resultou nas acusações fantasiosas sobre as privatizações;
- já houve o Dossiê Cayman;
- já houve o falso dossiê contra Eduardo Jorge;
- já houve o caso dos aloprados:
- já houve o dossiê contra FHC e Ruth Cardoso (calculem!), feito na Casa Civil;
- já houve o arapongagem da pré-campanha de 2010 por aquela turma chefiada, então, pelo “consultor” Fernando Pimentel;
- já houve a invasão do sigilo fiscal de tucanos e de familiares do candidato do PSDB à Presidência;
- há agora a retomada das acusações sobre as privatizações, tão falsas e estúpidas quanto aquelas feitas há mais de 10 anos.
Antes, tratava-se de uma quadrilha que operava à margem do estado.
Hoje, trata-se de uma quadrilha que se aproveita das benesses do estado.
Quando FHC estava no poder, o governo se esforçava para vencer a oposição.
Os lugares se inverteram, e o PT se organiza para eliminar a oposição.
Não por acaso, há eleições no ano que vem.
Nomes de quadrilheiros e das obras saídas de suas entranhas continuam vetados.
Se e quando eu decidir citá-los, então cito.
Quanto à imprensa, é bom lembrar que, não faz tempo, uma súcia tentou meter jornalistas na cadeia simplesmente porque faziam o seu trabalho.
*Por Reinaldo Azevedo

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