A
Organização Mundial da Saúde ainda não sabe porque os casos de microcefalia
estão concentrados no Brasil. A agência da ONU busca entender a situação e em
Genebra, o porta-voz Christian Lindmeier explicou que são necessárias muito
mais pesquisas.
Sobre os bebês
que nasceram com microcefalia no Brasil, o representante da OMS explicou ser
difícil estabelecer o que ocorreu há nove ou há 10 meses.
Transmissão
Segundo
Lindmeier, não se sabe o que afetou as grávidas no primeiro trimestre da
gestação ou até mesmo antes, durante a concepção. Por isso é importante
descobrir se o zika é mesmo o único responsável pela microcefalia.
O porta-voz da
OMS confirma que o vírus já foi encontrado no sangue e no sêmen, mas as
condições da transmissão ainda não estão completamente claras. Os pesquisadores
buscam descobrir, por exemplo, por quanto tempo após a infecção o zika pode ser
transmitido para outra pessoa.
Síndrome
A OMS também
pede cautela sobre a associação entre o vírus e a síndrome de Guillan-Barré. A
agência declarou o zika uma situação de emergência para a saúde pública
exatamente para promover mais pesquisas.
A Colômbia
registrou 20 mil casos de zika e 100 casos de Guillain-Barré, síndrome já
confirmada também no Brasil, em El Salvador e na Polinésia Francesa.
A agência da ONU
e parceiros estão formulando recomendações para evitar a transmissão do zika
vírus e investindo em pesquisas sobre a produção de medicamentos e vacina.
Financiamento
A Cruz Vermelha
lançou um apelo financeiro de US$ 2,4 milhões para apoiar os países afetados
pelo zika. O dinheiro é importante para os trabalhos de controle do mosquito e
para reduzir os riscos associados ao vírus.
Controlar o
mosquito Aedes aegypti e evitar focos de reprodução, como água parada, continua
sendo a melhor forma de combater o zika e a dengue. As pessoas devem utilizar
repelentes e roupas apropriadas para evitar a picada, como calças e camisetas
de manga comprida.
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