quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mais de uma década de mentiras e hipocrisia.

Uma das marcas desta década de petismo à frente do governo federal é sem dúvida a institucionalização da mentira como instrumento do embate político. São tantas, que é até difícil lembrar de todas.
 “Gente, é só uma mentirinha de nada.”
Dirceu cada vez mais convencido da própria inocência, Palocci repelindo “com veemência” as acusações de ter quebrado o sigilo de um caseiro, a gritaria acusando Alckmin de tramar a privatização das estatais (antes fosse verdade…), a Dilma gerentona sacada da cartola de Lula…

Exemplos não faltam.

Apoiado na subserviência de grande parte da imprensa nacional, sempre pronta a repercutir qualquer invenção saída da cabeça dos petistas (com medo de ser acusada de fazer parte do malfadado PIG), e numa minuciosamente orquestrada rede de difamação virtual, financiada com banners de estatais e maximizada por meio de anúncios pagos nas redes sociais, o PT construiu uma eficientíssima máquina de moer reputações, que usa com total desenvoltura contra qualquer um que se coloque em seu caminho.

Essa estrutura serve, também, para dar eco às ações dos vários braços petistas na dita “sociedade civil” (MST, CUT, UNE…), dando sempre ares de convulsão social a qualquer baderna causada por uma dezena de pelegos cuidadosamente colocados em locais estratégicos a fim de tumultuar as gestões que não são subservientes ao petismo.

Recentemente, a engrenagem da falsa propaganda petista entrou em ação novamente e o vereador tucano Andrea Matarazzo foi tratado como o pior dos corruptos por gente que ainda hoje se dirige a José Dirceu como “guerreiro do povo brasileiro”.

Indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, Matarazzo deve, nos próximos dias, ter sua reputação restaurada quando o Ministério Público determinar o arquivamento do inquérito que o investigou.
Segundo apurado pelo IG, fontes do MP disseram que o inquérito não tem sustentação jurídica, mas isso – claro! – não importa aos detratores da moral alheia.
O estrago político já foi feito e restabelecer a verdade é sempre mais complicado (e não se poderá contar com a retratação da canalha que concorreu para caluniar e difamar, logicamente).

Outro alvo do PT (já há alguns anos) é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin. O PT não se conforma de até hoje ter sido repelido pelos paulistas, sempre que tentou tomar o governo estadual.

Planeja uma nova e virulenta investida em 2014, quando contará com as máquinas federal e municipal para apoiá-lo na empreitada. Mas isso não basta: é preciso atacar o adversário político ao ponto de transformá-lo em inimigo.
O PT não tolera o embate democrático, pois não consegue conceber uma realidade em que não seja onipotente. Por isso precisa “extirpar” quem lhe é oposição – como Lula anunciou no passado, referindo-se ao DEM. Vejam um trecho da coluna Painel, da Folha de São Paulo de ontem:
O PT decidiu replicar com Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo o cerco que Sérgio Cabral (PMDB) enfrenta no RioO partido atua na organização de protestos marcados para esta semana e a próxima, que farão menção à investigação de cartel em governos tucanos. Dirigentes da CUT vão engrossar ato do Movimento Passe Livre na quarta-feira. No dia 28, na marcha pela reforma urbana, movimentos de moradia também ligados ao PT vão à rua pedir CPI sobre o caso Siemens.
Temos, pois, uma central sindical servindo de esbirro para o petismo. A intenção não poderia ser mais clara: desestabilizar um forte adversário às vésperas de um ano eleitoral que desde já se anuncia um dos mais duros desde a redemocratização.

Apesar de conhecida, essa estratégia, por ser corriqueira, acaba passando batida pelo cidadão comum, que apenas verá no Jornal Nacional, antes da novela, alguns segundos de frases prontas citando lugares-comuns como “protestos contra corrupção” e “mobilização da sociedade”.

Mais uma vez estará completa a estratégia: um braço petista na sociedade civil é usado para tumultuar o ambiente e criar um fato político apenas para que a rede de propagação de mentiras, organizada com apoio da imprensa e dos blogprog, possa repercutir a – como é mesmo que eles falam? – “indignação das massas”.

O exemplo mais recente da desenvoltura com que atua a máquina petista de moer reputações é a denúncia de que o senador Aécio Neves estaria respondendo na justiça pelo desvio de 4,3 bilhões de reais em recursos da saúde, quando foi governador de Minas Gerais.

É mentira! Não houve desvio algum. Nem um mísero centavo de dinheiro público saiu da esfera pública e deixou de ser investido em benefício de Minas.
O que existe é uma ação judicial na qual se questiona se o investimento de 4,3 bilhões feito pelo então governador Aécio Neves em saneamento básico pode ou não ser considerado como recurso aplicado na saúde pública. Repito: nenhum valor foi “desviado”, como tenta fazer crer a rede de mentiras construída pelo PT na imprensa escrita e na internet.
Na verdade, o único “crime” aparentemente cometido por Aécio foi investir em prevenção, coisa que todo gestor público deveria fazer. Afinal sabe-se quecada dólar investido em saneamento básico representa uma economia de cinco dólares em gastos com saúde pública (como pode ser confirmado aqui).

Assim, tem-se apenas mais um episódio no qual o PT torturou os fatos a fim de atacar um adversário direto por meio da propagação de mentiras. Aécio não é réu por desvio de dinheiro público, mas isso não interessa ao petismo.

Também não interessa saber que o mineiro atuou diligentemente na prevenção dos problemas de saúde pública, investindo em saneamento básico (coisa que até o governo Lula fez!).
Não! Nada disso importa, pois a máquina de falsa propaganda do PT não se importa com fatos, mas com maneiras de conseguir atacar seus oponentes. Pouco importa se a verdade for uma baixa colateral nessa guerra suja.

Como mencionado alhures, 2014 vai se desenhando como um ano onde os embates eleitorais serão mais cruentos do que nunca. O petismo, como é da natureza dele, terá na rede de propagação de mentiras um dos pilares de todas as suas campanhas.

É preciso estar sempre vigilantes a fim de “combater o bom combate”, como ensinou São Paulo, o apóstolo: não permitir que eles repitam suas mentiras tantas vezes, a ponto de se tornarem verdade aos olhos da sociedade.
A verdade objetiva dos fatos continua sendo o melhor escudo contra quem faz da leviandade sua principal arma de ação política.

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