Quem não se lembra da atuação de Dornelles em veemente defesa pela absolvição do Senador Renan Calheiros, disse:
"...Crime tributário não é causa para quebra de decoro. Amanhã isso pode ser usado contra os senhores. Porque muitos aqui têm problemas fiscais".
Pois bem...
Tinha EU especial admiração ao paulista desembargador Nelson Calanga, presidente da AMB, e, fiquei enojado com a sua incisiva defesa a "classe" que 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram movimentações consideradas "atípicas" no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010. Cerca de R$ 400 milhões desse total envolvem apenas quatro pessoas no Rio, São Paulo e Bahia.
Calanga, diferentemente da opinião pública, não se indignou sobre as operações financeiras dos Magistrados que fugiram aos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro, e sim, ficou extremamente indignado ao que considerou a investigação como uma violenta "quebra de sigilo".
Ainda mais nauseante Calanga ao comemorar a decisão do STF de "condenar" o Juiz Corrupto, "punindo-o" com a aposentadoria compulsória. Disse o desembargador Nelson Calanga que o magistrado não pode ficar marcado para sempre, perdendo o que conquistou e que é seu de direito.
A exoneração do juiz que cometeu um ato ilícito, com perda total de seus vencimentos, na opinião de Calanga, seria uma punição das mais injustas.
Na mesma noite que o STF, com uma mão dá um doce para a opinião pública, com a outra enfia no fiofó da UNIÃO uma pimenta como essa, que, como outras mais em todas as esferas, arde mesmo no no povâo.
E, dá para enxergar que é assim justamente a Têmis vendada-vendida. Nada cega a Justiça, pendendo a balança para o vendável e a espada crava como um martelo na pancada do corporativismo.
*Plínio Sgarbi, por e-mail, via Resistência Democrática
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