Do G1, com agências internacionais:
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decepcionou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso nesta quinta-feira (10), que pretende continuar no governo, à frente de uma transição.
Ele afirmou que a transição vai ocorrer "dia após dia" e prometeu proteger a Constituição durante todo o processo.
Mubarak anunciou "procedimentos constitucionais", com mudanças em seis artigos e a suspensão de um sétimo.
Ele disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.
Ele disse que iria transferir poderes ao vice-presidente Omar Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.
Ele disse que iria transferir poderes ao vice-presidente Omar Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.
Isso seria uma demonstração de que as reivindicações dos manifestantes seriam respondidas pelo diálogo.
Mubarak também disse que o diálogo com a oposição levou a um "consenso preliminar" para resolver a crise.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, discursa na noite desta quinta-feira (10) no Cairo (Foto: AP)
Mubarak também pediu desculpas pela repressão aos protestos de rua dos últimos dias e prometeu punir os responsáveis.
Ele afirmou que entendia e estava de acordo com as reivindicações dos jovens e disse que "não aceitaria ordem externas".
Mubarak também disse que as mudanças pretendem criar condições para anunciar o fim do estado de emergência, sob o qual governa desde o início, em 1981. Ele já havia prometido acabar com a medida, mas sem estabelecer data.
O discurso ocorreu em meio a vários relatos, muitos contraditórios, de que o contestado Mubarak iria renunciar imediatamente, depois de 17 dias de fortes protestos de rua contra seu regime, que já dura 30 anos no país.
O discurso ocorreu em meio a vários relatos, muitos contraditórios, de que o contestado Mubarak iria renunciar imediatamente, depois de 17 dias de fortes protestos de rua contra seu regime, que já dura 30 anos no país.
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