Esse Brasil Tiririca está cada dia mais parecido com uma fossa séptica, pois basta qualquer "mexidinha" para que novos podres apareçam. Agora mesmo, no Recife, descobriu-se, após uma intervenção do STJ e da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, que no Tribunal de Justiça de Pernambuco estaria ocorrendo uma situação, no mínimo, "ESQUISITA". Pasmem os brasileiros, mas os gestores do prédio onde funciona o TJPE, resolveram entregar a administração do estacionamento, da Central de Xérox e da Lan House, que funcionam em espaços públicos, para uma tal Associação dos Cônjuges de Magistrados de Pernambuco (Acmepe), sob a esfarrapada desculpa de que essa seria uma entidade filantrópica. Isso uma vergonha! Afinal, desde a antiga Roma, tinha-se como exigência o princípio de que "à mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta". Entregar alguns lucrativos instrumentos agregados ao prédio do TJPE, de mão beijada, para os "consortes dos magistrados", mesmo que não caracterize ilegalidade, é absolutamente antiético, posto que fere elementares preceitos de decência na condução do bem público. E pensar que são exatamente esses magistrados, a maioria dos quais, quando travestidos de "deuses", usam e abusam do direito de humilhar os "pobres mortais" (dizem que alguns juízes pensam que são deuses, outros, têm certeza). É por essas e por outras que, por questionar a honestidade de propósitos dos que são encarregados de sua aplicação, é cada vez menor a confiança do povo na Justiça.
* Júlio Ferreira - http://www.ex-vermelho.blogspot.com/
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