segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eleição 2010: Um arranjo eleitoral

Apenas 41% dos eleitores votaram em Dilma Rousseff. Entre brancos, nulos, abstenções e votos em José Serra, no segundo turno, 59% dos brasileiros não escolheram a candidata de Lula. Este número é 15 vezes maior do que os ditos 4% que acham o governo petista ruim ou péssimo. Ou apenas a metade daqueles que aprovam Lula e seu governo.
As eleições de 2010 foram uma grande farsa, a começar pela indicação, pela máquina da ditadura lulista, que comprou votos e apoios, de uma presidente sem a mínima expressão e sem nenhuma credencial para o cargo.
Nunca se torrou tanto dinheiro para eleger alguém. Nunca um ditador civil violou tanto o Código Eleitoral. As eleições de 2010 lembram aquela eleição indireta que elegeu Tancredo Neves. Em 1985, o mineiro venceu Maluf por 480 a 180 no colégio eleitoral, tendo como vice José Sarney que, com a sua morte, viria a ocupar a presidência. Tancredo havia formado um enorme arco de alianças, assim como Lula fez agora. Vejam que, em 2010, o mesmo PMDB viabilizou Dilma Rousseff para Lula. Ao lado dela, estava o segmento mais podre e corrupto da política brasileira. Hoje, nem mesmo Maluf é inimigo, muito antes pelo contrário, é um dos mais simbólicos aliados.
E Aécio Neves, neto de Tancredo, foi um dos que, na calada da noite, ajudaram a botar Dilma Rousseff no Planalto. Para a história se repetir com os mesmos personagens ou por meio das suas crias, só falta a presidente morrer de doença e o vice assumir o seu lugar.Não dá para saber o que seria pior para o Brasil.
*Texto do Blog Coturno Noturno

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