quinta-feira, 2 de julho de 2009

Após ameaça de Sarney, PT se desdiz e declara que renúncia não é solução

Berzoini foi encarregado, por Lula, para "abrir os olhos do PT"
Após a ameaça de renúncia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a bancada do PT na Casa amenizou a cobrança pelo afastamento do peemedebista. De manhã, a bancada de senadores petistas se reuniu com Sarney e propôs a ele que se licenciasse do cargo por 30 dias. Em resposta, Sarney disse que aceitava renunciar ou ficar, mas se recusava a tirar uma licença temporária.
"A renúncia não está no âmbito das possibilidades. Não parece uma solução adequada. A crise do Senado não pode ser debitada na conta de Sarney", disse o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Para Mercante, o encontro da bancada com o presidente Lula marcado para amanhã será decisivo para o posicionamento final da bancada. "A partir da reunião do presidente Lula e que a bancada vai tomar uma decisão", afirmou. O líder do PT negou que Sarney pressione a bancada em troca de apoio do PMDB para as eleições de 2010. "Isso não está em discussão", disse. Fora do país, Lula escalou o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), para defender Sarney junto aos senadores da legenda. Berzoini considerou precipitada a divulgação do pedido de licença pelo partido, tendo em vista que a bancada não oficializou a decisão.
No exterior, Lula também criticou o afastamento de Sarney. "É importante para o DEM e PSDB, que querem que ele [Sarney] se afaste para o [senador] Marconi Perillo [PSDB-GO] assumir, o que não é nenhuma vantagem para ninguém. A única vantagem é para o Marconi Perillo e para o PSDB, ou seja, que quer ganhar o Senado no tapetão. Assim não é possível. Isso não faz parte do jogo democrático", disse Lula em Sirte, na Líbia, onde participou da cerimônia de abertura da Cúpula da União Africana.

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