
Ao assumir o mandato de senador, passou a pagar o plano de previdência da Casa: R$ 1.900 por mês. Depois, como o valor lhe pesasse demais no orçamento doméstico, decidiu optar pelo plano de previdência do governo do Acre: R$ 1.200 por mês. Viana é médico concursado da Secretaria de Saúde do Estado. É também professor licenciado da Universidade Federal do Acre. O senador conta que foi a Agaciel, à época ainda diretor-geral do Senado, para comunicar-lhe que optara por não pagar mais o plano previdenciário de senador. Foi quando Agaciel tentou lhe estender a mão: “Ele me disse: senador, estou vendo que o senhor está em dificuldades. Posso lhe dar uma ajuda, a fundo perdido”. Tião Viana recusou a oferta. Agaciel esclareceu que repassava dinheiro, sempre “a fundo perdido”, a outros senadores. O senador petista contou o episódio a colegas do seu convívio. Entre eles o tucano Tasso Jereissati (CE). Nesta segunda (29), o episódio foi evocado por Arthur Virgílio (PSDB-AM) no discurso que fez em plenário. “O Tião Viana recusou a oferta. Se outros aceitaram... Reside aí a força desse escroque Agaciel Maia”, disse Virgílio.
O líder do PSDB injetou em seu discurso outro relato envolvendo dinheiro. Atribui a revelação a uma ex-secretária de Agaciel, cujo nome esquivou-se de mencionar. “Ela abriu um armário do DG [diretor-geral], como era chamado esse sacripanta, e tomou um susto porque começou a cair dinheiro em cima dela...”
“...Foi na sala-cofre, no último andar do Senado. A retirada do dinheiro ocorreu numa operação [de busca e apreensão da PF] abafada aqui, na gestão Renan Calheiros”.
Entre as investigações abertas pelo Ministério Público há uma que trata de denúncias de malfeitorias em contratos do Senado com empresas privadas. Contratos firmados sob Agaciel, para prover ao Senado mão-de-obra terceirizada. Tião Viana e Arthur Virgílio, ao que parece, têm muito a dizer aos procuradores.
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