quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tarso e as bobagens sobre a reforma política

O ministro Tarso Genro (Justiça) afirmou nesta quinta-feira acreditar que a proposta de reforma política apresentada na Câmara tem boas possibilidades de ser votada até setembro deste ano. Segundo o ministro, caso fosse votada hoje, as propostas sobre o financiamento público de campanha e o voto em lista fechada receberiam em torno de 300 votos.Em fevereiro deste ano, Tarso e o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) entregaram ao Congresso a proposta do governo para a reforma política, que reúne seis projetos de lei e uma PEC (proposta de emenda constitucional) a serem analisadas pelo Legislativo."O objetivo é combater a corrupção e as estruturas institucionais que as facilitam. Os partidos serão fortalecidos e haverá mais isonomia nas campanhas, com recursos financeiros menos díspares e gastos reduzidos", afirmou Tarso nesta quinta-feira, em evento na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, segundo sua assessoria.Ontem, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que a proposta em discussão no Congresso pode passar a valer apenas em 2014. Na avaliação de Temer, partidos e parlamentares são resistentes em aprovar mudanças para se aplicar na eleição seguinte.Temer afirma que com o chamado fatiamento da reforma --que trata de forma isolada os pontos que devem sofrer alteração no sistema eleitoral-- há temas que podem ganhar contornos oficiais ainda neste ano. Um deles seria o chamado financiamento público de campanha.
Comentário: Bem sabemos que, institucionalmente, o financiamento público de campanha, não facilita a corrupção coisa nenhuma. Como me disse ontem pensador que dirige um táxi, segundo Reinaldo Azevedo, nada impede que um “sem-vergonha” continue a receber dinheiro “por baixo do pano”. Vejam como esses gênios da política me empurram para a tautologia: hoje em dia, a doação ilegal já é... proibida!!! Hoje, com financiamento apenas parcialmente público — já que existe a verba do fundo partidário e que somos nós, em última instância, a pagar o horário eleitoral gratuito —, já existe caixa dois. Se houvesse mesmo um veto real, para valer, de dinheiro privado em campanha eleitoral, saltar-se-ia do Caixa Dois para o Caixa Três. Explico-me: muitos candidatos esconderiam até do partido a grana que recebem por fora.E, claro, há que se considerar que a população simplesmente não vai nem entender nem aceitar o expediente. Será uma maneira a mais de distanciar os representados dos representantes. É preciso mesmo estar com a cabeça nas nuvens, ou em lugar pior, para defender essa proposta agora.
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