
"O atraso deve acontecer, principalmente em esgoto", disse à Reuters o diretor do Departamento de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sergio Antonio Gonçalves. "Se conseguirmos manter o ritmo de investimento atual, até 2025, 2030, nós conseguiremos fazer a universalização (do serviço) na área urbana", afirmou.Em 2007, o país coletou 42 por cento do esgoto produzido por sua população e tratou 32,5 por cento do total, segundo dados do Ministério das Cidades. Para cumprir as metas estipuladas pelos ODM, o acesso à rede de esgoto no país teria de chegar a 69,71 por cento da população em 2015 -- ou um total projetado de 140 milhões de pessoas.Levando-se em conta os domicílios atendidos com fossa assética, o índice de cobertura no país sobe a 75 por cento. Mas, mesmo assim, o Brasil está atrasado em relação à média registrada na América Latina (82 por cento), da América do Norte, excluindo-se o México (100 por cento) e Europa (95 por cento), segundo dados fornecidos pela ONG Instituto Trata Brasil.
"Nem tem mais tempo para chegar lá. Não dá mais", disse o presidente do Trata Brasil, Raul Pinho. "Nós estamos trabalhando agora com uma meta de universalização em 20 anos, caso o PAC se mantenha. Estamos falando em 2027. Então nós só vamos conseguir chegar ao nosso Objetivo do Milênio (de 69,1 por cento de coleta de esgoto) lá para 2020", afirmou.Pinho aponta a "paralisação dos investimentos" brasileiros em saneamento básico entre 1990 e 2003 -- e os investimentos reduzidos entre 2003 e 2006 -- como os principais fatores para o atraso.
*Com informações da Agência Reuters
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